Abordagem de Conteúdos Transversalizados
com o Tema em Estudo
1º. Trimestre 2016
João 3.18,19; Apocalipse 20.11-15
Reflexão: Todos os ímpios terão de prestar contas dos seus atos
perante o Supremo Juiz.
A Bíblia nos fala de uma eternidade passada e uma
eternidade futura (Sl 90.2; Hb 13.8).
E antes desta nova eternidade ter início, a Era atual deve
acabar. Is 51.6, declara que os céus desaparecerão como fumaça, e a terra
envelhecerá como se fosse uma roupa (Is 13.10,13, 34.4; Sl 102.26; Ez 32.7,8;
Jl 2.10).
Em Rm 8.18-22 fala do gemer da criação por causa da sua
escravidão e decadência e seu profundo desejo de ser liberta dessa condição.
Em 2Pe 3.7,10, temos ali uma indicação de como ocorrerá
essa libertação da criação: Os céus passarão com grande estrondo e as obras que
nela há serão descobertas.
A decadência que mantém a criação escravizada deve ser
destruída, para que a criação se uma aos filhos de Deus, no Novo Céu e na Nova
Terra.
João nos fala que a Terra e os Céus fugiram da presença de
Cristo. E não foram achados lugar para eles.
A ideia de fugir da presença de Deus retrata um
julgamento. Moisés não podia olhar para a face de Deus e permanecer vivo (Ex
33.20).
A criação igualmente fugirá da sua presença. Aqui temos a
mesma ideia de Ap 16.20 e Ap 6.14 em
que todas as ilhas fugiram, e os montes
desapareceram
com o abalo do Céu no sétimo juízo das taças, há uma
conotação de destruição total.
A segunda declaração: e não foi achado lugar para eles é
igual a Ap 12.8, onde afirma que Satanás e os anjos caídos perderam seu lugar
no Céu.
Essa linguagem é extraída de Dn 2.35, onde é descrita a
aniquilação do quarto reino.
|Assim, temos também aqui um quadro de destruição. O
resultado dessa destruição é encontrado em Ap 21.1.
O novo céu e a nova terra
puderam descer, pois o primeiro céu e a primeira terra se foram.
Com a mudança de cenário, João apresenta a revelação do
Grande Trono Branco. Aquele que estava sentado sobre ele de cuja presença fugiu
a Terra e o Céu e não se achou lugar para eles.
O vocábulo trono, aparece trinta vezes no livro de
Apocalipse. Mas esse trono é totalmente distinto de todos os mencionados
anteriormente; por isso é chamado de “Grande Trono Branco”.
Ao contrário dos demais tronos terrenos ou celestiais,
esse trono se situa no espaço, nem na terra nem no Céu. E é ocupado por Cristo.
Isso se apoia na afirmação de João 5.22,23.
O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo juízo. A fim
de que todos honrem ao Filho do modo como honram o Pai.
O fato de o Céu e a Terra fugirem da presença daquele que está assentado no Trono, está de
acordo com Ap 21.1.
Quando João apresenta o novo céu e a nova terra, enquanto
observava, ele viu esse grande julgamento acontecer.
Disse João: “Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, posto em pé diante do trono”. Então, se abriram os livros. Ainda
outro livro que é o da vida e os mortos foram julgados segundo as suas obras.
Conforme o que se achava escrito nos livros.
Deu o mar, os mortos que nele havia.
A morte e o inferno entregaram os mortos que nele estavam.
Um por um, segundo as suas obras.
Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do Lago
de Fogo.
Essa é a segunda morte. E se alguém não foi achado inscrito no livro
da vida, esse foi lançado para dentro do Lago de Fogo. Naquele julgamento estarão
os livros das obras, os livros da consciência (Rm 2.15,16).
O livro da vida Ap 20.12; o livro dos vivos Sl 69.28 e o
livro de Deus Ex 32.32,33.
Nesse livro está registrado todo o percurso da vida de um
homem, desde a sua concepção (Sl 139.16), até o dia de sua morte.
Quem pecar contra Deus terá seu nome riscado do livro da
vida (Ex 32.33). Mas o vencedor, jamais seu nome será riscado do livro da vida
(Ap 3.5).
Quem alterar a palavra de Deus em benefício próprio, seu
nome será riscado do livro da vida. Quando nascemos, nossos nomes são
automaticamente registrados no livro da vida e ali permanecem enquanto vivemos.
Quando morremos, se tivermos cometido pecados (e todos
pecamos), e não tivermos sido redimidos pelo cordeiro de Deus, e se
tivermos eliminado qualquer palavra da sua profecia, Deus
riscará o nome dessa pessoa do livro da vida.
Em Apocalipse 13,8, nos fala de um livro semelhante, o
“Livro da Vida do Cordeiro”. O Cordeiro mencionado é Jesus Cristo, o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
O livro da vida do Cordeiro é aquele em que Jesus registra
o nome daqueles que receberam a vida
eterna (Dn 12.1).
Primariamente pelo fato de o nome de uma pessoa poder ser
riscado do Livro da Vida, estamos certos de que o Livro da Vida e o Livro da
Vida do Cordeiro, não são o mesmo Livro.
O Salmo 69.28 diz: “Sejam riscados do livro dos vivos, e
não sejam inscritos com os justos”.
O livro da vida é um livro que contém os nomes de todas as
pessoas que já viveram. Se uma pessoa recebeu a Cristo, e o seu perdão para os
pecados, o nome dessa pessoa foi pontualmente registrado no Livro da Vida do
Cordeiro.(registrado com os justos).
E lhe será garantido a entrada na Cidade Santa (Ap 21.27).
Se a pessoa jamais confessou ao Senhor Jesus Cristo, como seu Salvador, seu
nome não será registrado no Livro da Vida do Cordeiro e, mais tarde, será
riscado do Livro da Vida (Ap 20.15).
Já que os salvos estarão com Cristo na Nova Jerusalém (Ap
21.1-4), e os ímpios serão lanchados no Inferno, e todas as gentes que se
esquecem de Deus (Sl 9.17).
Inferno é o termo bíblico para o destino dos que estão
eternamente perdidos. As duas palavras gregas usadas para “inferno” no NT são
Hades e Geena.
O lugar de estado temporário é o Hades, enquanto Geena se
refere a “penitenciária” final para as almas perdidas.
O Lago de Fogo é sinônimo de Geena, que difere do Hades
por ser um lugar onde há graus de sofrimentos. Assim, o estado final será
diferente dependendo das más obras da pessoa e de quantas
vezes rejeitou a
Cristo (Rm 2.5; Mt 11.20-24; 23.14).
O Hades era o lugar onde a alma e o espírito de todos os
homens foram até a cruz. Sheol no AT e Hades do NT são o mesmo lugar.
No Sheol ou Hades, havia dois compartimentos, um para os
ímpios e outro para os justos, um para sofrimento e outro para descanso e paz.
O lugar de descanso era conhecido como Seio de Abraão ou
Paraíso (Lc 16.22,23). O ladrão da cruz foi para o paraíso, como prometido por
Cristo (Lc 23.43).
Foi para aquele lugar que Cristo se reconduziu depois de
sua morte (Ef 4.8-10), libertando e transportando todos os justos mortos até o
“Terceiro Céu”) 2Co 12.2).
É por isso que o NT se refere a um lugar “acima”, quando
fala do paraíso (Ap 2.7; 2Co 12.4). Então presentemente, a divisão do Hades,
onde havia consolo foi esvaziado por aquele que tem as chaves da morte e do
inferno (Ap 20.13; 1.18).
A divisão do Hades onde há sofrimentos, ainda está cheia
de ímpios, á medida que os não regenerados continuam a morrer dia após dia e
são adicionados à sua população.
Eles se juntam ao homem rico (Lc 16.23). E só sairão de lá
no Dia do Juízo do Grande Trono Branco quando serão julgados por Cristo e
transferidos para o Lago de Fogo, que é a prisão final das almas perdidas, a
Geena (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.22,23; At 2.27.31; Ap 1.18; 6.8;
20.13,14).
A palavra Geena é usada doze vezes no NT. Este nome vem de
uma expressão hebraica “Vale de Hinon”, lugar onde o rei Acaz introduziu o
sacrifício de crianças ao deus Moloque (2Re 16.3,4; 1Re 11.7).
Este local se tornou tão detestado que foi usado como um
depósito de lixo para todo tipo de refugo, que ali queimava continuamente.
Portanto, Geena é o equivalente a “Lago de Fogo”. Cristo
se refere a Geena traduzida como “Inferno” ou “Fogo do Inferno”, nas seguintes
passagens bíblicas (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15, 33; Mc 9.43-47).
O Lago de Fogo ou Geena é o lugar final de punição e
tormento para todos os que rejeitarem a Cristo (Ap 19.20; 20.10, 14, 15). Irão
para lá aqueles cujos nomes não se encontram no Livro da Vida (Ap 20.15),
inclusive os adoradores do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 19.20), o Diabo (Ap
20.10; Mt 24.42). Todos estarão separados de Deus para sempre.
O Lago de Fogo é descrito na Bíblia como um lugar onde o
bicho não morre (Mc 9.42), lugar de trevas exteriores (Mt 8.12) e de fogo
eterno (Mt 18.8). Onde a fumaça do seu tormento sobe (Ap 14.11) e ocorre a
segunda morte – separação eterna de Deus em fogo e enxofre (Ap 20.14; 21.8).
Bibliografia:
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2016. Comentarista: Pr.Elinaldo Renovato
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