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segunda-feira, 28 de março de 2016
Lição 01 - A Epístola aos Romanos - 03.04.16 - EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em
Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 1.1-17
Reflexão: A Epístola aos Romanos mostra que sem a graça divina
todos os nossos esforços são inúteis para a nossa salvação e comunhão com Deus.
Paulo era “hebreu de hebreu”. Isso significa que ele
nasceu de uma família comprometida com a tradição dos pais. Seu nascimento ocorreu
provavelmente entre os anos I ou II da era cristã, segundo a contagem de
Dionísio Exigou; quatro ou cinco anos mais novo de que o Senhor Jesus Cristo,
na cidade de Tarso da Cilícia (Fp 3.5; At 21.39; 22.3).
Portanto, Paulo era um judeu da Diáspora e como tal
conheceu o mundo helenista desde a mocidade, na medida em que um judeu fiel tem
acesso a ela. Seu nome Saulo era a forma grega do nome hebraico Saul. Seu
relacionamento com o judaísmo foi através dos estudos teológicos em Jerusalém
(At 26.5).
Em sua carta aos Gálatas 1.22, o apóstolo Paulo deixa
claro que não era conhecido das igrejas em Jerusalém. Contudo, alguns pensam
que ele vivia em Jerusalém antes da sua conversão. Paulo era discípulo rabino
de origem farisaica, antes da conversão (Gl 1.14). Era zeloso da lei e
perseguia a igreja de Deus e a assolava (Gl 1.13).
Essa era sua posição antes do seu encontro com Jesus na
estrada de Damasco (At 9.1-9; 22.3-11, 26.9-18; Fp 3.6). Aquele encontro na
estrada de Damasco com Cristo, Paulo passou a considerar tão importante para
seu apostolado como as aparições do Cristo ressurreto aos apóstolos (1Co 15.8;
9.1; Gl 1.15).
Essas revelações ele entendeu como vocação a fé e ao
apostolado. Como apóstolo, percorreu as seguintes fases: Período preparatório de
atividades limitadas entre os nabateus – povos semíticos, ancestrais dos árabes
que habitavam a região norte da Arábia ao Sul da Jordânia e Canaã, e na
Cilícia, cerca de 32/34 até 40 dc. (Gl 1.15-24; 2Co 11.32; At 9.19-30).
Durante esse período ocorreu o notável encontro com os
representantes da igreja primitiva em Jerusalém três anos após sua conversão
(Gl 1.18).
Mas sua verdadeira vocação surgiu quando foi chamado por
Barnabé para a igreja de Antioquia da Síria, a matriz da igreja cristã
gentílica (At 11.19-30).
Foi durante a primavera do ano 57 dc., que o apóstolo
Paulo concluiu seu Tratado Doutrinário aos Romanos (Rm 15.25-27; 16.1,2). Nesta
ocasião ele estava em Corinto preparando-se para viajar, transportando o
dinheiro ofertado por algumas igrejas e vários cristãos aos irmãos empobrecidos
da igreja em Jerusalém.
Foi nesse período que o apóstolo esteve em Cencréia,
acerca de 9 km de Corinto com Gaio, seu anfitrião e Erasto procurador da cidade
e também o irmão Quarto, que eram naturais de Corinto e Febe, discípula fiel e
cooperadora, que vivia e ministrava em Cencréia (Rm 16.1,23; 1Co 1.14; 2Tm
4.20).
Está fora de qualquer discussão, a excepcional importância
da carta de Paulo aos Romanos, que é o escrito mais longo, mais estruturado, e
de inigualável riqueza teológica. Ela exerceu profunda influência na
antiguidade cristã.
Marcião, um herege guinóstico, procurou encontrar na carta
aos Romanos motivos que justificasse sua concepção herética do desligamento do
cristianismo da herança velho-testamentária e judaica. Agostinho bispo de
Hipona, encontrou na carta aos Romanos, apoio decisivo em sua polêmica antipelagiana.
A reforma protestante do século XVI, fez da carta aos Romanos seu texto
sagrado.
Os comentários de Lutero, Calvino e Melantonio, fez também
dela seu texto sagrado. Nos tempos modernos a obra de K. Barth, representou em
1919, uma virada histórica na Teologia Protestante Alemã, pondo fim a
orientação liberal e inaugurou a Teologia Dialética do século XX, que ressalta o sentido
existencial do cristianismo e o reintegra em sua base bíblica de doutrina e
revelação da fé.
A igreja Cristã de Roma – A capital do império, então com cerca de
aproximadamente um milhão de habitantes, acolhia diversos grupos de minorias
éticas vindas do Oriente.
Entre essas, se distinguia uma numerosa colônia judaica.
Em 139 ac., já se encontrava a existência de judeus em Roma, mas na época em
que o apóstolo Paulo escreve esta carta, havia em Roma aproximadamente
cinquenta mil judeus, e inúmeras sinagogas. Havia também um profundo sentimento
anti judaico. Os judeus sofriam muitas medidas restritivas.
Mas é no interior da Diáspora judaica, que surge a
primeira igreja cristã em Roma. É evidente que a presença de cristãos tinha
dado lugar a muitas discussões e tumultos no gueto judaico romano.
Segundo o historiador romano, Cláudio, a briga entre
grupos de judeus e cristãos palestinenses, e grupos de cristãos gentios, fez
com que o imperador publicasse seu edito no ano de 49, expulsando todos os
judeus da cidade de Roma. A essa expulsão se refere Áquila e Priscila quando se
encontraram com Paulo em Coríntios (At 18.1-3).
Na capital do império permaneceu um grupo de cristãos
gentios que procuraram novos lugares de reunião nas casas de irmãos fiéis. O
afastamento dos cristãos gentios das sinagogas não foi um ato meramente físico,
pois deu origem a várias igrejas cristãs locais e autóctones compostas apenas
de cristãos gentios.
Quando Nero se tornou imperador, revogou o édito de
Cláudio e os judeus puderam voltar a Jerusalém, mas passaram a formar igrejas
cristãs diferentes, somente com judeus cristãos, onde a hegemonia estava agora
com os cristãos gentios, que tinham se emancipado dos laços com a tradição
judaica e crescido numericamente.
Quando Paulo ditou a Tércio o seu escrito (Rm 16.22), já havia há muito tempo uma igreja
cristã em Roma (At 2.10). O apóstolo expressa aos seus destinatários que há
vários anos tinha o desejo de visitar Roma (At 15.23).
Não existe nenhum personagem de relevo do cristianismo
primitivo mencionado na carta aos Romanos. Acredita-se que nem mesmo o apóstolo
Pedro tinha ainda chegado a capital do império quando Paulo escreve aos
cristãos gentios sobre a graça de ser apóstolo para conduzir a obediência da fé
a todos os gentios dos quais eles fazem parte (Rm 1.5-7).
No momento mais crítico da sua vida de apóstolo, ultimada
a sua missão no Oriente e prestes a abrir a do Ocidente, odiado pelo judaísmo,
contestado pelos cristãos judaizantes, sofrendo a desconfiança da igreja-mãe de
Jerusalém, Paulo é chamado a um dramático exame de sua ação missionária e do
seu anúncio evangélico.
A carta aos Romanos é quase um balanço, não no sentido de
que queira resumir e sistematizar o seu pensamento. Não se trata de uma suma
teológica, mas, de uma exposição aprofundada do evangelho, para justificar o
alto significado da coleta: a comunhão dos cristãos gentios e dos cristãos
judeus na única igreja de Cristo.
A maior fratura do mundo antigo era justamente, o que
havia entre circuncisos e incircuncisos: Uma fratura de caráter étnico, histórico
cultural e religioso. Ora, Paulo proclama que Cristo é a radical superação de
todos esses problemas.
Diante da revelação e da atuação da iniciativa salvífica
de Deus em seu eterno
Filho Jesus Cristo morto e ressuscitado (Rm 1.1-17).
Em Cristo desaparece todo o privilégio e toda a
desvantagem: Todos estão igualmente necessitados de salvação e libertação “Porque
Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia”
(Rm 11.32).
A carta aos Romanos revela com muita clareza que Deus não
faz acepção de pessoas. Porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus
e são justificados gratuitamente pela sua graça, através da redenção realizada
em Cristo Jesus (Rm 3.22-24; 10.12; 15.7-9).
A ação é do Deus de todos, e não só dos circuncisos (Rm
3.39; 10.12). Ele é justo, ou seja, fiel a si mesmo e ao seu projeto de salvação
universal. Sua ação é mediada por Cristo, o novo Adão que resgata (Rm 3.24;) a
velha humanidade escravizada pela força maléfica do pecado e destinada á morte
eterna (Rm 5.12-21; 7.25).
No plano objetivo a participação efetiva da salvação
ocorre unicamente pela fé (Rm 1.17; 3.21-31; 4; 5.1; 9;30-32; 10.6).
Paulo destaca alguns aspectos principais na carta aos
Romanos; a doutrina da salvação é apresentada dentro de alguns itens especiais:
O teológico (Rm 1.18 – 5.11), o antropológico (Rm 5.12 – 8.39), o histórico (Rm 9.1 – 11.36) e o ético (Rm 12. 1 – 15.33).
Esse plano alcança toda a obra e contém verdades incontestáveis
e irremovíveis. Na esfera teológica Paulo
apresenta a condição perdida dos homens sem nenhuma possibilidade de salvação
por méritos próprios, e mostra Cristo como a solução.
Na esfera antropológica
ele faz uma ilustração do primeiro e do segundo Adão e coloca o crente de
frente a uma nova realidade espiritual. O primeiro Adão foi vencido pelo
pecado, mas o segundo, venceu por todos os homens. Em Cristo, o homem assume um
novo regime de vida – a orientação do Espírito Santo.
Uma visão panorâmica da carta aos Romanos nos permite
vislumbrar a terrível situação espiritual na qual se encontra a humanidade
depois da queda. Mas a carta mostra de forma clara, que Deus por intermédio do
seu amor gracioso, que ultrapassa todo entendimento, veio ao encontro dos
pecadores para oferecer-lhe perdão e restauração através de Cristo, seu bendito
Filho.
Aquele que através de seu sacrifício vicário, tirou os
homens das trevas do pecado e deu a oportunidade ao pecador de viver uma nova
vida no poder do Espírito Santo, a saber: “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor
Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça e com a boca se faz confissão
para a salvação” (Rm 10.9,10).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES. José. Maravilhosa Graça – O
Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal
Vozes. R.Janeiro, 1982.
BARBAGLIO. Giuseppe. As Cartas de Paulo Vl 2. Edit. Loyola. São Paulo, 1991.
Bíblia King James. SBB Íbero Americana. 2012
quinta-feira, 24 de março de 2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
terça-feira, 22 de março de 2016
Lição 13 - O Destino Final dos Mortos - 27.03.16 – EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos Transversalizados
com o Tema em Estudo
1º. Trimestre 2016
Lucas 16.19-26
Reflexão: Os salvos que morreram em Cristo aguardam a ressurreição
no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.
A palavra portuguesa inferno vem do termo latino infernus, que significa “o que está
abaixo”, “inferior”, “subterrâneo”.
No imaginário mitológico dos gregos e dos romanos, o Hades
e o Infernus referiam-se a alegadas prisões subterrâneas onde as almas ficariam
encerradas, após a morte física.
De acordo com o pensamento hebraico e grego, o Hades,
originalmente, não era um lugar onde habitavam seres conscientes sofrendo
tormento.
Gradualmente, porém, foram sendo atribuída as almas do
Hades (a qualidade) um estado de consciência e, juntamente com isso, as ideias
de recompensa para as almas boas e de castigo para as almas más.
Posteriormente os hebreus passaram a dividir o Sheol, que
é equivalente ao Hades dos gregos, em compartimentos para os bons e outros
compartimentos para os maus, além de dar o nome de Paraíso para o compartimento
das almas boas.
Uma palavra de sentido mais profundo era Geena, que se
referia a um lugar de chamas; e foi em ligação a esta palavra que a ideia de
punição eterna tornou-se proverbial.
O Antigo e o Novo Testamento usam dezoito símbolos
diferentes para discorrer sobre o Inferno. Cada um contribui um pouco para uma
compreensão do ensino bíblico acerca do assunto.
Mesmo com estas dezoito descrições, nosso conhecimento
sobre o Inferno é muito limitado.
1. O primeiro termo que descreve simbolicamente o local de
sofrimento é Sheol, que é utilizado
por sessenta e seis vezes no AT, sendo traduzido por inferno, trinta e uma
vezes (Dt 32.22; Sl 9.17; 18.5; Is 14.9), e por sepultura também trinta e uma
vezes (1Sm 2.6; Jó 7.9; 14.13), e três vezes traduzido por abismo (Nm 16.30.33;
Jó 17.16).
Esta era a denominação do AT para a habitação dos mortos.
Não se tratava apenas de um estado de existência, mas de existência consciente
(Dt 18.11; 1Sm 28.11-15; Is 14.9).
Deus era soberano sobre aquele lugar (Dt 32.22; Jó 26.6).
Era considerado um destino temporário e os justos anteviam sua ressurreição e
remoção daquele lugar para a vida no milênio (Jo 14.13-14, 19, 25, 27; Sl
16.9-11, 17.15; 49.15; 73.24).
2. Hades – Os
tradutores da Septuaginta grega, utilizavam a palavra Hades para traduzir
Sheol.
Hades também designava “o além” no pensamento grego. A
palavra grega Hades representa o mundo inferior, o reino dos mortos nas obras
clássicas.
Na septuaginta, é quase sempre utilizada para traduzir
Sheol, e no NT, tem quase sempre um relevo negativo. É utilizada exclusivamente
para descrever o lugar de castigo dos ímpios.
Na descrição do Hades, a principal passagem do NT é Lc
16.19-31, que descreve a condição de um homem rico e ímpio e um homem pobre e
piedoso (Lázaro).
O homem pobre morreu e foi levado pelos anjos para o Seio
de Abraão, mas o rico ao morrer foi sepultado (Lc 16.22).
O castigo no Hades inclui ser queimado, separação e
solidão, condenação em função das lembranças, sede, deterioração – mal cheiro.
O homem rico e ímpio podia ver sobre “um grande abismo”
(Lc 16.26), o local onde ficavam os salvos; porém o homem rico não tinha como
escapar de seus tormentos.
A relativa proximidade entre o mendigo e o homem rico
sugere que, originalmente, o Hades e o Paraíso – o Seio de Abraão – ficavam no
mesmo lugar.
Ao morrer, na cruz, Cristo desceu “as regiões inferiores
da terra” e “levou cativo o cativeiro”. Ele, em seguida, subiu daquele lugar
(Ef 4.8-10).
Muitos comentaristas acreditam que o Paraíso foi, naquele
momento, separado do Hades e levado ao Terceiro Céu.
3. Tártaro – É
outro termo bíblico que descreve o Inferno. Aparece apenas uma vez nas
Escrituras e, mesmo no caso em questão, é tecnicamente um verbo e não um
substantivo propriamente dito.
Pedro descreve que Deus não poupou os anjos que pecaram,
mas “lançou-os no inferno” (2Pe 2.4). Tártaro descreve o mais inferior dos nove
níveis infernais do pensamento grego.
4. Geena –
Traduzido por inferno, é a palavra mais grave utilizada para o Inferno nas
Escrituras e foi usada quase que exclusivamente por Jesus.
Devido à gravidade de algumas frases e ilustrações
associadas a palavra Geena, aqueles que se contrapõem à existência do inferno
literal, como as Testemunhas de Jeová, são os mais propensos a discutir o
significado deste termo.
O NT, contudo, ao descrever o Inferno, associa-o a um
lugar no Vale de Hinon, onde na antiguidade, eram oferecidos sacrifícios
humanos (2Cr 33.6; Jr 7.31).
É o nome dado, na Bíblia, para o Lago de Fogo, o destino final
e eterno dos que se perderem (Ap 19.20; 20.10; 14.15).
O uso do termo Geena no NT não se refere apenas a um vale
histórico nos arredores de Jerusalém, o termo está associado a fogo, castigo e
tormentos eternos.
5. Castigo – O
conceito de castigo ou retribuição é fundamental em nossa compreensão de Deus.
Os conceitos bíblicos de punição, vingança e ira, sugerem
o castigo como parte do juízo de Deus sobre o pecado. Trata-se, portanto, da
consequência legal e da ira e da fúria de Deus.
Além disso, o
castigo no Inferno existe, porque a destruição é uma consequência natural do pecado
(Pv 14.12. 16.25; Mt 7.13; Rm 5.12).
A natureza corruptora do pecado destrói tudo com que entra
em pecado.
6. Prisão – Em
duas ocasiões, a Bíblia utiliza a palavra “prisão” em uma aparente referência
ao inferno (1Pe 3.19; Ap 20.7).
7. Cadeias – a
imagem de cadeia, ou correntes, é mais uma descrição bíblica do Inferno. Nas
Escrituras, as cadeias parecem estar reservadas aos seres angelicais de
natureza caída (2Pe 2.4; Jd 6; Ap 20.1).
A terceira referência fala sobre Satanás sendo amarrado em
cadeias e preso no abismo por mil anos. Isto indica que Deus é soberano mesmo
sobre o reino de Satanás.
8. Açoites –
Enfatizando a ideia de níveis de punição no Inferno, Jesus usou a ilustração de
“açoites” para descrever o juízo vindouro e os níveis de punição ali existentes
(Lc 12.48; Mt 11.20-24).
9. Choro e ranger
de dentes – Em diversas ocasiões, Jesus usou a expressão “choro e ranger de
dentes” para descrever a aflição pessoal de indivíduos no inferno (Mt 8.12;
13.42,50; 22.13; 24.51; 25.30; Lc 13.28).
A palavra “ranger” é utilizada para descrever as ações de
alguém que comprime e esfrega os dentes com raiva, dor ou profunda decepção. No
NT, ela representa fúria, raiva e ódio.
10. Abismo ou poço
do abismo – No último livro da Bíblia, João, por sete vezes, descreve o
inferno como um abismo (Ap 9.1,2,11; 11.7; 17.8; 20.1,3). Em cada caso, o
abismo está intimamente associado a demônios, que geralmente estão sendo
aprisionados ou libertados do abismo.
O AT também utiliza a ilustração de um abismo para falar
sobre o destino dos ímpios ao morrer. A palavra “abismo” refere-se a um lugar
fundo, de onde não há como escapar.
11. Trevas
exteriores – Uma outra ilustração de Cristo para falar sobre o Inferno foi
“as trevas” (Mt 8.12).
Na Escatologia do NT, o Céu é retratado como um lugar
claro e bem iluminado. Ser lançado do Céu significa ser lançado nas trevas
exteriores.
12 – Destruição
– Apesar de “destruidor” ser um dos muitos títulos de Satanás (Ap 9.11),
somente Paulo identifica o Inferno de forma específica como um local de
destruição. (2Ts 1.8,9).
13. Tormentos –
O Inferno também é descrito como um lugar de tormentos (Lc 16.23,28). Das
várias palavras que significam sofrimento no NT, esta deve ser a que transmite
maior severidade.
Denota dor, angústia e forma de extremo sofrimento humano,
que é demonstrado pelo homem rico que descreve o Hades como “um lugar de
tormento” (Lc 16.28),
14. Vermes – O
profeta Isaias e Jesus, ao descrever os sofrimentos eternos, usaram palavras
imaginárias como vermes inextinguíveis, para descrever a sorte dos ímpios (Is
14.11; 66.24; Mc 9.44,46,48).
O verme pertence mais ao Geena do que ao Hades. A imagem
de um verme no Geena foi compreendida pelos que ouviram Jesus, como uma
tenebrosa representação do juízo de Deus (Is 66.24).
E sairão e verão os corpos dos homens que prevaricaram
contra mim, porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e será
um horror para toda a carne.
15. Fogo – A
mais conhecida imagem do Inferno é o fogo. O homem rico é descrito sendo
atormentado por chamas (Lc 16.24).
Os Homens são salgados com fogo (Mc 9.49), e lançados na
fornalha de fogo (Mt 13.42), e também fogo e enxofre (Ap 21.8), além de chamas
que não se apagam (Mc 9. 43, 45-46, 48). São termos utilizados para descrever o
Inferno.
O uso do fogo para retratar o Inferno não é apenas
descritivo, mas também enfatiza o contínuo sofrimento.
16. Segunda morte
– O destino eterno dos homens perdidos é denominado de “segunda morte”, em
contraste com a morte física.
Aqueles que defendem uma visão aniquilacionista ou pregam
o sono da alma, não raro redefinem este termo. Atribuem a ele o sentido de um
estado de não existência ou existência inconsciente.
Na Bíblia, porém, a morte de um ser nunca diz respeito à
extinção da vida, mas de uma separação de algo a que este ser pertence (Jo
11.11-14).
17. Ira – O
Inferno é também descrito como uma manifestação da ira de Deus (Rm 2.5-7).
18. Eternidade –
Todos os adjetivos atribuídos ao Inferno possuem um nível de sofrimento que
ultrapassa a capacidade de entendimento humano. Então acrescente a palavra
“eternidade” a todas as palavras que descrevem este sofrimento e a realidade do
Inferno ultrapassa totalmente a compreensão humana.
Uma coisa é ser objeto da ira de Deus; outra é
encontrar-se nesta situação por toda eternidade. Uma coisa é ser atormentado;
outra é ser atormentado por toda a eternidade. Se o Inferno pudesse ser de
alguma forma tolerável por seus habitantes, o conceito de eternidade torna-o
completamente intolerável.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 1º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.Elinaldo Renovato
RENOVATO Elinaldo. O
Final de Todas as Coisas – Esperança e Glórias para os Salvos. CPAD. RJaneiro
2015
HOEKEMA. A. Anthony. A Bíblia e o Futuro – Escatologia Futura e
Escatologia Realizada – 3ª. Edição. Editora Cultura Cristã. SPaulo,2012.
PENTECOST. J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise detalhada dos
eventos futuros. 8ª. Edição. Edit. Vida. São Paulo, 2010.
WALVOORD John F. Todas as Profecias da Bíblia. Edit.
Vida, SPaulo, 2012
OLSON N. Lawrence. O Plano Divino Através
dos Séculos. CPAD. RJaneiro, 1979.
HAYE. Tim.
Bíblia de Estudo Profética. Editora Hagnus. São Paulo, 2005.
GEISLER
Norman. Teologia Sistemática: Vl 2. Pecado – Salvação. A Igreja –As Últimas
Coisas. SBB – Rio de Janeiro 2010
GRUDEM, Wayne.
Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova. SPaulo, 1999
Hamplin, R.N,
Ph.D. Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia Vl 4. Edit. Hagnus, SPaulo.
COHEN.Armando
C.Estudo sobre o Apocalipse. CPAD. RJaneiro
POHL, Adolf.
Apocalipse de João – Comentário esperança. Vl II. Editora Ev. Esperança
Curitiba, 2001
CHAFFER e
Lewis Sperry. Teologia SistemáticaVl 3 & 4. Editora Hagnos. SPaulo, 2003
HINDSON T.
Lahaye Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro,
2010.
quinta-feira, 17 de março de 2016
Lição 12 - Novos Céus e Nova Terra - 20.03.16 – EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos Transversalizados
com o Tema em Estudo
1º. Trimestre 2016
Apocalipse 21.1-5, 24-27
Reflexão: Os crentes viverão eternamente com Jesus Cristo na
cidade santa, a Nova Jerusalém.
O Céu na era presente é o lugar em que Deus habita. O
Senhor diz “O céu é o meu trono” (Is 66.1). E Jesus nos ensina a orar “Pai
nosso, que estás nos céus” (Mt 6.9).
Depois de consumada a sua obra na cruz e subir aos céus,
Jesus está a destra de Deus.
O Céu pode ser definido da seguinte maneira: Céu é o lugar
em que Deus torna conhecida da forma mais completa a sua presença abençoadora.
A Bíblia fala de três Céus:
1º. O céu
atmosférico – Que é o espaço visível, ou troposfera: Região atmosférica
respirável que envolve o nosso planeta. Gn 7.11,12 diz: “As janelas dos céus se
abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites”.
Aqui, a palavra “céu” diz respeito à cobertura atmosférica
que envolve o mundo, que é onde ocorre o círculo da água. No Sl 147.8 está
escrito: “Deus cobre o céu de nuvens”. Este é o primeiro céu.
2º. O
céu estelar – É onde estão as estrelas, a lua e os planetas. As Escrituras usam
esta palavra, “céu”, para descrever esta região (Gn 1.14-17). Este é o
segundo céu.
3º. O
céu mencionado por Paulo em 2Co 12.2 – É onde habitam Deus, seus santos anjos e
os santos que já partiram. Os outros dois céus passarão (2Pe 3.10), mas este é
eterno.
No primeiro ponto da lição nº.12 da CPAD – 1º. Trimestre
2016, o primeiro ponto, sob o tema “Todas
as coisas serão renovadas”, e o primeiro subponto onde diz que “Deus criou os céus”, o comentarista diz
que no princípio Deus “criou os céus”, mas o “céu”, morada de Deus já existia. Deus
habita nos “céus” acima do espaço sideral (Sl 11.4).
As Escrituras revelam que o “céu” não é limitado por
dimensões físicas, como altura, profundidade e largura. O céu parece
ultrapassar todos esses conceitos e vai muito além (1Re 8.27).
Na mensagem de Cristo à Igreja de Filadélfia, ele fala
sobre o reino eterno como “a Nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus” (Ap
3.12).
Nos últimos capítulos da Bíblia, o apóstolo João fala
sobre “a grande cidade, a Nova Jerusalém, que de Deus descia do céu” (Ap
21.10). Novos Céus e Nova Terra combinados em um grande reino que engloba os
dois domínios.
O paraíso da eternidade é deste modo revelado como um
grandioso reino, que une o Céu e a Terra em tamanha grandiosidade e glória que
ultrapassa todos os limites da imaginação humana e das dimensões da terra.
Onde está localizado o Céu – O Céu, portanto, não se encontra em um lugar específico
determinado por limites físicos ou visíveis. Ele transcende o conceito de
espaço-tempo.
É provável que o Céu faça parte do que lemos na Bíblia
sobre Deus habitar na eternidade (Is 57.15). O local da habitação de Deus – o
Céu – não está sujeito às dimensões finitas ou a limites normais.
Não devemos especular sobre como isto é possível; basta
entender que é assim que as Escrituras descrevem o Céu. É um lugar real, onde
pessoas com corpos físicos habitarão na presença de Deus por toda a Eternidade.
Também um domínio que sobrepuja todo nosso limitado
conceito de “lugar”. O “céu” transcende as dimensões normais de tempo e espaço
em um outro importante sentido.
Segundo as Escrituras, uma misteriosa forma do reino de
Deus, englobando todos os elementos do próprio céu, é a esfera espiritual onde
todos os verdadeiros cristãos já vivem.
Neste aspecto o reino dos céus invade e passa a governar a
vida de cada crente em Cristo. Espiritualmente, o cristão torna-se parte do céu
nesta vida, com todos os direitos de um cidadão celestial, aqui e agora. Era
exatamente isso que Paulo dizia ao afirmar: “Mas a nossa cidade está nos céus”
(Fp 3.20).
No que diz respeito a nossa atitude para com a vida, nós,
que cremos, já estamos vivendo no reino de Deus. Em Ef. 1.3, Paulo diz que:
“Deus nos abençoou com todas as bênçãos celestiais nos lugares espirituais em
Cristo”.
De forma semelhante declara o apóstolo Paulo: “Estando nós
ainda mortos em nossas ofensas nos vivificou juntamente com Cristo e nos
ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais em
Cristo Jesus” (Ef 2.5-6).
Observe que, em ambas as passagens, os verbos encontram-se
no passado. Paulo, neste trecho, está falando sobre uma realidade consumada. Ainda
que não possuímos corpos celestiais, mas no que tange a nossa posição estamos
sentados com Cristo nos lugares celestiais.
A glória do Céu – Como crentes, tudo o que nos é precioso está no Céu. O
Pai está no Céu. É por isso que Jesus nos ensinou a orar:
“Pai nosso que estás no Céu, bendito seja o teu nome” (Mt
6.9). O próprio Jesus está à direita do Pai (Hb 9.24), onde intercede por nós
(Hb 7.25).
Muitos irmãos e irmãs em Cristo também estão lá (Hb
12.23). Nossos nomes estão registrados lá (Lc 10.20). Cristo nos assegura que
temos uma propriedade lá, trata-se da nossa herança (1Pe 1.4).
Nossa pátria está nos céus, de acordo com Fp 3.20. O céu é
o nosso lar, somos apenas estrangeiros e peregrinos na terra (Hb 11.13). “Nossa
recompensa eterna está no céu” (Mt 5.12; 6.19,20).
O Novo Céu e a Nova Terra – O Céu na eternidade será diferente daquele onde Deus
habita agora. Na consumação de todas as coisas, Deus renovará os céus e a
terra, unificando seu céu ao um novo universo e formando uma habitação perfeita
que será o nosso lar eterno.
Em outras palavras, o céu irá expandir-se e englobar todo
universo da criação. Tudo será transformado em um lugar perfeito e magnífico,
adequado à glória do céu.
O apóstolo Pedro descreve isto como a esperança de todos
os remidos: “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova
terra, em que habita a justiça (2Pe 3.13). Esta foi também a graciosa promessa
que, por meio dos profetas do AT, Deus deu ao seu povo (Is 65.117-19).
Neste trecho, Deus declara que transformará de tal forma o
céu e a terra que hoje conhecemos, que corresponderá a uma nova criação.
Observe que, em um novo
universo, a Nova Jerusalém será o foco de todas as coisas.
O novo céu e a nova terra serão tão magníficos que
tornarão os antigos insignificantes “Não haverá lembrança das coisas passadas,
nem mais se recordarão” (Is 65.17).
A criação física será renovada e continuaremos a existir e
atuar nela. Além de um céu renovado, Deus fara uma “nova terra” (2Pe 3.13; Ap
21.1). A criação física será renovada de forma expressiva.
“A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos
filhos de Deus. Pois a criação está sujeita á vaidade, não voluntariamente, mas
por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será
redimida do cativeiro e da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de
Deus (Rm 8.19-21).
A renovação dos novos céus e da nova terra será tão
profunda que o escritor aos Hebreus citando o Salmo 102 fala-nos dos céus e da
terra:
“Eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles
envelhecerão qual veste; também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes,
serão igualmente mudados (Hb 1.11,12).
Mais tarde ele nos diz que Deus prometeu: “Ainda uma vez
por todas, farei abalar não só a terra, mas também os céus”, um abalo tão forte
que envolve “a remoção dessas coisas abaladas para que as coisas que não são
abaladas permaneçam” (Hb 12.26-27).
João diz “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e
a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21.1). No novo céu e na
nova terra, haverá lugar e atividade para nosso corpo ressurreto, que nunca
envelhecerá nem se enfraquecerá nem adoecerá.
Uma forte consideração a favor desse ponto de vista é o
fato de que Deus fez a criação física original muito boa (Gn 1.31).
Não há, portanto, nada pecaminoso ou mau ou “não
espiritual” no mundo físico que Deus fez ou nas criaturas que colocou nele, ou
ainda no corpo físico que nos deu na criação.
Embora todas estas coisas tenham sido desfiguradas e
distorcidas pelo pecado, Deus não destruirá o mundo físico por completo.
Antes, aperfeiçoará toda a criação e a colocará em
harmonia com os propósitos para os quais ele criou originalmente. Logo, podemos
esperar que no novo céu e na nova terra haverá uma terra plenamente perfeita
que será de novo muito boa.
E podemos esperar que teremos um corpo físico que será
mais uma vez “muito bom” aos olhos de Deus e que servirá para cumprir os
propósitos originais com que o Senhor colocou o homem sobre a terra.
Quando o autor de Hebreus diz que “ainda não” vemos todas
as coisas sujeitas ao homem (Hb 2.8), implica que por fim todas as coisas
estarão dentro do nosso domínio, sobre o reinado do homem Cristo Jesus (Hb
2.9).
Isso concretizará o plano original de Deus de ter todas as
coisas no mundo sujeitas aos seres humanos que ele criou. Nesse sentido, então,
cumprir-se-á o que disse Jesus nas suas bem-aventuranças: “Bem aventurados os
mansos porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5).
E reinaremos sobre ela como Deus planejou no princípio.
Por essa razão, não deveria nos causar tanta surpresa o fato de que algumas
descrições da vida no céu incluem aspectos que em grande medida são partes da
criação física ou material que Deus fez.
“Comeremos e
beberemos” na ceia das bodas (Ap19.9).
Jesus mais uma vez beberá vinho com seus discípulos no
reino celestial (Lc 22.18).
O “rio da água da vida” fruirá “do trono de Deus e do
Cordeiro e que passa no meio da rua principal da cidade” (Ap 22.1, BLH).
A árvore da vida produzirá “doze frutos, dando o seu fruto
de mês em mês” (Ap 22.2). Não há nenhuma razão forte para dizer que essas
expressões são meramente simbólicas sem nenhuma referência literal.
Será que no plano eterno de Deus banquetes simbólicos e
vinhos simbólicos e rios e águas simbólicos poderiam ser de algum modo
superiores a baquetes reais e vinho real e rios e árvores reais?
Essas coisas são apenas alguns dos aspectos excelentes da
perfeição e da bondade final da criação física de Deus.
Obviamente, há descrições simbólicas no livro de
Apocalipse, e é inevitável que em alguns pontos sejamos incapazes de decidir se
é simbólico ou literal.
Mas não parece difícil pensar que a descrição da cidade
celestial com portões, um muro e fundações é uma descrição de algo literal e
real, a saber, “a santa cidade Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
a qual tem a glória de Deus.
O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima,
como a pedra de jaspe cristalina” (Ap 21.10.11).
“A praça da cidade é de ouro puro, como um vidro
transparente, e os reis da terra lhe trazem a sua glória. As suas portas nunca
jamais se fecharão de dia, porque nela não haverá noite e lhe trarão a glória e
a honra das nações (Ap 21.21-26).
Deus é infinito e jamais poderemos exaurir sua grandeza
(Sl 145.3). Mesmo na nova cidade nosso conhecimento nunca se igualará a Deus em
conhecimento, nem seremos oniscientes, por isso, podemos esperar que
continuaremos por toda a eternidade aprendendo mais e mais sobre Deus e sobre
seu relacionamento com a criação.
Desse modo, prosseguiremos no processo de aprendizado
iniciado nesta vida, em que uma vida “para seu inteiro agrado” é a que inclui
constante crescimento “no pleno conhecimento de Deus” (Cl 1.10).
No AT quando a glória de Deus encheu o templo, os
sacerdotes não conseguiam permanecer ali e ministrar (2Cr 5.14). No NT quando a
glória de Deus cercou os pastores nas campinas de Belém, “ficaram tomados de
grande temor” (Lc 2.9).
Mas ali na cidade celestial seremos capazes de suportar o
poder e a santidade da presença da glória de Deus, pois viveremos continuamente
na atmosfera da glória de Deus.
“A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe
darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o cordeiro é a sua
lâmpada” (Ap 21.23).
Esse será o cumprimento do propósito de Deus em nos chamar
“para sua própria glória e virtude” (2Pe 1.3).
Então, habitaremos continuamente “com exultação,
imaculados diante da sua glória” (Jd v.24; Rm 3.23; 8.18; 9.23; 1Co 15.43; 2Co
3.18; 4.17; Cl 3.4; 1Ts 2.12; Hb 2.10; 1Pe 5.1,4,10).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 1º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.Elinaldo Renovato
RENOVATO Elinaldo. O
Final de Todas as Coisas – Esperança e Glórias para os Salvos. CPAD. RJaneiro
2015
HOEKEMA. A. Anthony. A Bíblia e o Futuro – Escatologia Futura e
Escatologia Realizada – 3ª. Edição. Editora Cultura Cristã. SPaulo,2012.
PENTECOST. J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise detalhada dos
eventos futuros. 8ª. Edição. Edit. Vida. São Paulo, 2010.
WALVOORD John F. Todas as Profecias da Bíblia. Edit.
Vida, SPaulo, 2012
OLSON N. Lawrence. O Plano Divino Através
dos Séculos. CPAD. RJaneiro, 1979.
HAYE. Tim.
Bíblia de Estudo Profética. Editora Hagnus. São Paulo, 2005.
GEISLER
Norman. Teologia Sistemática: Vl 2. Pecado – Salvação. A Igreja –As Últimas
Coisas. SBB – Rio de Janeiro 2010
GRUDEM, Wayne.
Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova. SPaulo, 1999
Hamplin, R.N,
Ph.D. Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia Vl 4. Edit. Hagnus, SPaulo.
COHEN.Armando
C.Estudo sobre o Apocalipse. CPAD. RJaneiro
POHL, Adolf.
Apocalipse de João – Comentário esperança. Vl II. Editora Ev. Esperança
Curitiba, 2001
CHAFFER e
Lewis Sperry. Teologia SistemáticaVl 3 & 4. Editora Hagnos. SPaulo, 2003
HINDSON T.
Lahaye Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro,
2010.
quinta-feira, 10 de março de 2016
quarta-feira, 9 de março de 2016
Lição 11 - O Juízo Final - 13.03.16 – EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos Transversalizados
com o Tema em Estudo
1º. Trimestre 2016
João 3.18,19; Apocalipse 20.11-15
Reflexão: Todos os ímpios terão de prestar contas dos seus atos
perante o Supremo Juiz.
A Bíblia nos fala de uma eternidade passada e uma
eternidade futura (Sl 90.2; Hb 13.8).
E antes desta nova eternidade ter início, a Era atual deve
acabar. Is 51.6, declara que os céus desaparecerão como fumaça, e a terra
envelhecerá como se fosse uma roupa (Is 13.10,13, 34.4; Sl 102.26; Ez 32.7,8;
Jl 2.10).
Em Rm 8.18-22 fala do gemer da criação por causa da sua
escravidão e decadência e seu profundo desejo de ser liberta dessa condição.
Em 2Pe 3.7,10, temos ali uma indicação de como ocorrerá
essa libertação da criação: Os céus passarão com grande estrondo e as obras que
nela há serão descobertas.
A decadência que mantém a criação escravizada deve ser
destruída, para que a criação se uma aos filhos de Deus, no Novo Céu e na Nova
Terra.
João nos fala que a Terra e os Céus fugiram da presença de
Cristo. E não foram achados lugar para eles.
A ideia de fugir da presença de Deus retrata um
julgamento. Moisés não podia olhar para a face de Deus e permanecer vivo (Ex
33.20).
A criação igualmente fugirá da sua presença. Aqui temos a
mesma ideia de Ap 16.20 e Ap 6.14 em
que todas as ilhas fugiram, e os montes
desapareceram
com o abalo do Céu no sétimo juízo das taças, há uma
conotação de destruição total.
A segunda declaração: e não foi achado lugar para eles é
igual a Ap 12.8, onde afirma que Satanás e os anjos caídos perderam seu lugar
no Céu.
Essa linguagem é extraída de Dn 2.35, onde é descrita a
aniquilação do quarto reino.
|Assim, temos também aqui um quadro de destruição. O
resultado dessa destruição é encontrado em Ap 21.1.
O novo céu e a nova terra
puderam descer, pois o primeiro céu e a primeira terra se foram.
Com a mudança de cenário, João apresenta a revelação do
Grande Trono Branco. Aquele que estava sentado sobre ele de cuja presença fugiu
a Terra e o Céu e não se achou lugar para eles.
O vocábulo trono, aparece trinta vezes no livro de
Apocalipse. Mas esse trono é totalmente distinto de todos os mencionados
anteriormente; por isso é chamado de “Grande Trono Branco”.
Ao contrário dos demais tronos terrenos ou celestiais,
esse trono se situa no espaço, nem na terra nem no Céu. E é ocupado por Cristo.
Isso se apoia na afirmação de João 5.22,23.
O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo juízo. A fim
de que todos honrem ao Filho do modo como honram o Pai.
O fato de o Céu e a Terra fugirem da presença daquele que está assentado no Trono, está de
acordo com Ap 21.1.
Quando João apresenta o novo céu e a nova terra, enquanto
observava, ele viu esse grande julgamento acontecer.
Disse João: “Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, posto em pé diante do trono”. Então, se abriram os livros. Ainda
outro livro que é o da vida e os mortos foram julgados segundo as suas obras.
Conforme o que se achava escrito nos livros.
Deu o mar, os mortos que nele havia.
A morte e o inferno entregaram os mortos que nele estavam.
Um por um, segundo as suas obras.
Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do Lago
de Fogo.
Essa é a segunda morte. E se alguém não foi achado inscrito no livro
da vida, esse foi lançado para dentro do Lago de Fogo. Naquele julgamento estarão
os livros das obras, os livros da consciência (Rm 2.15,16).
O livro da vida Ap 20.12; o livro dos vivos Sl 69.28 e o
livro de Deus Ex 32.32,33.
Nesse livro está registrado todo o percurso da vida de um
homem, desde a sua concepção (Sl 139.16), até o dia de sua morte.
Quem pecar contra Deus terá seu nome riscado do livro da
vida (Ex 32.33). Mas o vencedor, jamais seu nome será riscado do livro da vida
(Ap 3.5).
Quem alterar a palavra de Deus em benefício próprio, seu
nome será riscado do livro da vida. Quando nascemos, nossos nomes são
automaticamente registrados no livro da vida e ali permanecem enquanto vivemos.
Quando morremos, se tivermos cometido pecados (e todos
pecamos), e não tivermos sido redimidos pelo cordeiro de Deus, e se
tivermos eliminado qualquer palavra da sua profecia, Deus
riscará o nome dessa pessoa do livro da vida.
Em Apocalipse 13,8, nos fala de um livro semelhante, o
“Livro da Vida do Cordeiro”. O Cordeiro mencionado é Jesus Cristo, o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
O livro da vida do Cordeiro é aquele em que Jesus registra
o nome daqueles que receberam a vida
eterna (Dn 12.1).
Primariamente pelo fato de o nome de uma pessoa poder ser
riscado do Livro da Vida, estamos certos de que o Livro da Vida e o Livro da
Vida do Cordeiro, não são o mesmo Livro.
O Salmo 69.28 diz: “Sejam riscados do livro dos vivos, e
não sejam inscritos com os justos”.
O livro da vida é um livro que contém os nomes de todas as
pessoas que já viveram. Se uma pessoa recebeu a Cristo, e o seu perdão para os
pecados, o nome dessa pessoa foi pontualmente registrado no Livro da Vida do
Cordeiro.(registrado com os justos).
E lhe será garantido a entrada na Cidade Santa (Ap 21.27).
Se a pessoa jamais confessou ao Senhor Jesus Cristo, como seu Salvador, seu
nome não será registrado no Livro da Vida do Cordeiro e, mais tarde, será
riscado do Livro da Vida (Ap 20.15).
Já que os salvos estarão com Cristo na Nova Jerusalém (Ap
21.1-4), e os ímpios serão lanchados no Inferno, e todas as gentes que se
esquecem de Deus (Sl 9.17).
Inferno é o termo bíblico para o destino dos que estão
eternamente perdidos. As duas palavras gregas usadas para “inferno” no NT são
Hades e Geena.
O lugar de estado temporário é o Hades, enquanto Geena se
refere a “penitenciária” final para as almas perdidas.
O Lago de Fogo é sinônimo de Geena, que difere do Hades
por ser um lugar onde há graus de sofrimentos. Assim, o estado final será
diferente dependendo das más obras da pessoa e de quantas
vezes rejeitou a
Cristo (Rm 2.5; Mt 11.20-24; 23.14).
O Hades era o lugar onde a alma e o espírito de todos os
homens foram até a cruz. Sheol no AT e Hades do NT são o mesmo lugar.
No Sheol ou Hades, havia dois compartimentos, um para os
ímpios e outro para os justos, um para sofrimento e outro para descanso e paz.
O lugar de descanso era conhecido como Seio de Abraão ou
Paraíso (Lc 16.22,23). O ladrão da cruz foi para o paraíso, como prometido por
Cristo (Lc 23.43).
Foi para aquele lugar que Cristo se reconduziu depois de
sua morte (Ef 4.8-10), libertando e transportando todos os justos mortos até o
“Terceiro Céu”) 2Co 12.2).
É por isso que o NT se refere a um lugar “acima”, quando
fala do paraíso (Ap 2.7; 2Co 12.4). Então presentemente, a divisão do Hades,
onde havia consolo foi esvaziado por aquele que tem as chaves da morte e do
inferno (Ap 20.13; 1.18).
A divisão do Hades onde há sofrimentos, ainda está cheia
de ímpios, á medida que os não regenerados continuam a morrer dia após dia e
são adicionados à sua população.
Eles se juntam ao homem rico (Lc 16.23). E só sairão de lá
no Dia do Juízo do Grande Trono Branco quando serão julgados por Cristo e
transferidos para o Lago de Fogo, que é a prisão final das almas perdidas, a
Geena (Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.22,23; At 2.27.31; Ap 1.18; 6.8;
20.13,14).
A palavra Geena é usada doze vezes no NT. Este nome vem de
uma expressão hebraica “Vale de Hinon”, lugar onde o rei Acaz introduziu o
sacrifício de crianças ao deus Moloque (2Re 16.3,4; 1Re 11.7).
Este local se tornou tão detestado que foi usado como um
depósito de lixo para todo tipo de refugo, que ali queimava continuamente.
Portanto, Geena é o equivalente a “Lago de Fogo”. Cristo
se refere a Geena traduzida como “Inferno” ou “Fogo do Inferno”, nas seguintes
passagens bíblicas (Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15, 33; Mc 9.43-47).
O Lago de Fogo ou Geena é o lugar final de punição e
tormento para todos os que rejeitarem a Cristo (Ap 19.20; 20.10, 14, 15). Irão
para lá aqueles cujos nomes não se encontram no Livro da Vida (Ap 20.15),
inclusive os adoradores do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 19.20), o Diabo (Ap
20.10; Mt 24.42). Todos estarão separados de Deus para sempre.
O Lago de Fogo é descrito na Bíblia como um lugar onde o
bicho não morre (Mc 9.42), lugar de trevas exteriores (Mt 8.12) e de fogo
eterno (Mt 18.8). Onde a fumaça do seu tormento sobe (Ap 14.11) e ocorre a
segunda morte – separação eterna de Deus em fogo e enxofre (Ap 20.14; 21.8).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 1º. Trimestre
2016. Comentarista: Pr.Elinaldo Renovato
RENOVATO Elinaldo. O Final de Todas as
Coisas – Esperança e Glórias para os Salvos. CPAD. RJaneiro 2015
HOEKEMA. A.
Anthony. A Bíblia e o Futuro – Escatologia Futura e Escatologia Realizada – 3ª.
Edição. Editora Cultura Cristã. SPaulo,2012.
PENTECOST. J.
Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise detalhada dos eventos futuros. 8ª.
Edição. Edit. Vida. São Paulo, 2010.
WALVOORD John
F. Todas as Profecias da Bíblia. Edit. Vida, SPaulo, 2012
OLSON N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. CPAD. RJaneiro, 1979.
HAYE. Tim. Bíblia de Estudo
Profética. Editora Hagnus. São Paulo, 2005.
GEISLER Norman. Teologia
Sistemática: Vl 2. Pecado – Salvação. A Igreja –As Últimas Coisas. SBB – Rio de
Janeiro 2010
GRUDEM, Wayne. Teologia
Sistemática – Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova. SPaulo, 1999
Hamplin, R.N, Ph.D.
Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia Vl 4. Edit. Hagnus, SPaulo.
COHEN.Armando C.Estudo sobre o
Apocalipse. CPAD. RJaneiro
POHL, Adolf. Apocalipse de João
– Comentário esperança. Vl II. Editora Ev. Esperança Curitiba, 2001
CHAFFER e Lewis Sperry.
Teologia SistemáticaVl 3 & 4. Editora Hagnos. SPaulo, 2003
HINDSON T. Lahaye Ed.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro, 2010.
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