Abordagem de Conteúdos Transversalizados
com o Tema em Estudo
1º. Trimestre 2016
Mateus 24.21,22; Apocalipse 7.13,14
Reflexão: Depois que os crentes em Jesus Cristo tiverem sido
arrebatados, a Grande Tribulação começará na Terra.
Os discípulos fizeram a Jesus três perguntas no Monte das Oliveiras
(Mt 24.1-3). Eles perguntaram:
1º. Quando serão estas coisas?
2º. Que sinal haverá da tua vinda?
3º. E que sinal haverá do fim do mundo?
Jesus responde as perguntas dos discípulos
de forma inversa à ordem das perguntas feitas.
O fim do mundo (Mt 24.4-25).
Sinais da sua vinda (Mt 24.26-35).
Quando serão estas coisas (Mt 24. 36-41).
É como se Jesus estivesse dizendo: O fim
do mundo será marcado por um sofrimento intenso, que terá início com a profecia
de Daniel sobre a Septuagésima Semana (Dn 9.27).
Sobre “a abominação da desolação” (Mt 24.15). Sua própria vinda será visível para
todos (Mt 24. 29,30; Ap 19.19,20; 1.7), porque retornará abertamente com a sua
igreja arrebatada sete anos antes e com um exército de anjos (Ap 19.14-16). Porém
ninguém sabe quando isto acontecerá.
A Grande Tribulação será um período de
sete anos entre o Arrebatamento da Igreja e a Vinda de Jesus em Glória, e será
o início de um tempo de grande aflição como nunca houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tampouco haverá jamais (Mt 24.21).
Após o Arrebatamento da Igreja, o
Anticristo se manifestará e fará uma falsa aliança com Israel, durante sete
anos (Dn 9.27).
Certamente, nesse período o templo dos
judeus será reconstruído no local onde hoje está a mesquita de Omar, antiga eira
de Araúna, onde Salomão construiu o templo, destruído por Nabucodonosor,
reconstruído nos dias de Esdras e Neemias, reformado por Herodes o Grande e
destruído por Tito em 70 d.C.
Sem dúvida, esta aliança será o maior equívoco
da nação israelita, que rejeitou o Messias crucificando-o.
Jesus advertiu aos judeus acerca de sua
rejeição: “Eu vim em nome do meu Pai e não
me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo
5.43).
Três anos e seis meses depois da aliança
feita entre o governante mundial e Israel, ele romperá o acordo e começará a
perseguir os judeus.
Essa primeira parte de trinta e seis
meses, alguns teólogos chama de Tribulação. O segundo período de mais trinta e
seis meses é denominado a Grande Tribulação propriamente dita, e se refere à
segunda metade da septuagésima semana de Daniel.
O Anticristo, ou a Besta, governador do
mundo, impedirá o culto a Deus, tanto pelos israelitas quanto por todos os
crentes que confessarem a Cristo naquele tempo de angústia de acordo com Dn 7.21-25, que fala que o
Anticristo proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo,
e cuidará em mudar os tempos e a lei, e eles serão entregues nas suas mãos por
um tempo, e tempos, e metade de um tempo .
Isso ocorrerá quando o Anticristo
sentar-se no templo de Deus, como Deus, querendo parecer Deus. Exigindo para si
toda a adoração qeu é feita a Deus, profanando desta forma o templo recém
construído (2Ts 2.3,4; Dn 8.13; Mt
24.15,24).
Os judeus não mais poderão cultuar a Jeová;
haverá a mais tremenda perseguição religiosa de todos os tempos (Dn 8.13). No
seu sermão Jesus aconselhou que os judeus nesse período, deveriam fugir para as
montanhas (Mt 24.16; Ap 12.6).
Os judeus estavam familiarizados e
alertados quanto à vinda de um tempo de intenso sofrimento. O profeta Jeremias
chama este período de tempo de angústia para Jacó.
Essa fase da história de Israel tem na Bíblia,
no Antigo e no Novo Testamento, diversos nomes tais, como: “Dia do Senhor”, “Septuagésima
Semana de Daniel”, “Dia de Desolação”, “Ira Vindoura”, “Tribulação” e “Grande
Tribulação”.
O profeta
Daniel e o apóstolo João foram muito claros, ao descrever este tempo de sete
anos (Dn 9.26). A Grande Tribulação será o mais terrível período de sofrimento
e terror que haverá sobre a terra.
Mesmo
sendo um período de apenas sete anos, parecerá interminável para os que se
converterem a Cristo naqueles dias. Será também um tempo de misericórdia e
graça.
Os juízos
da Grande Tribulação servirão de dois propósitos: Punir os ímpios e pecadores e
levar milhões ou talvez bilhões que tendo ficado para traz no Arrebatamento,
aceitam a Cristo mesmo custando-lhes a própria vida (Jl 2.30-32; Mt 24.14).
O remanescente na Segunda Vinda: Passagens como (Ml 3.16. Ez 20.33-38; 37.11-28; Zc
13.8,9; Ap 7.1-8) entre outras passagens indicam claramente que, quando o
Senhor voltar à Terra, haverá um restante de crentes em Israel aguardando o seu
retorno.
Junto com essas a outras passagens, com
Mt 25.31-40, que mostram que haverá uma multidão de crentes dentre os gentios
que creram nele e aguardam o seu retorno.
Deve existir também um grupo de crentes
gentios que possam receber pela fé, os benefícios da aliança no seu reinado. Esse
grupo entra no milênio com um corpo natural, salvo, mas sem experimentar a
morte e a ressurreição.
Se a igreja estivesse na terra até a
Segunda Vinda, esses indivíduos teriam sido salvos e recebido uma posição na
igreja.Teriam sido arrebatados naquela hora e, consequentemente, não restaria
uma pessoa salva na terra.
Essas considerações tornam necessário o
arrebatamento pré-tribulacionista da igreja, para que Deus possa chamar e
preservar o remanescente durante a Tribulação e por meio deles cumprir as
promessas.
Os cento e quarenta e quatro mil selados de Israel: Enquanto a igreja estiver na terra não existirá nenhum
salvo que experimente um relacionamento exclusivamente judaico. Todos são
salvos para receber uma posição no corpo de Cristo conforme indicado em (Cl
1.26-29; 3.11; Ef 2.14-22; 3.1-7).
Durante a Septuagésima Semana, a igreja
estará ausente. Deus sela cento e quarenta e quatro mil judeus – doze mil de cada tribo. De acordo com Ap.
7.14, haverá uma grande multidão que se converterá durante a Grande Tribulação,
pela pregação dos cento e quarenta e quatro mil.
Esse novo relacionamento de Deus com
Israel, separando-o por identidade nacional e mandando-os como representante às
nações no lugar das testemunhas da igreja, indica que a igreja não estará mais
na terra.
Cronologia do livro de Apocalipse: Os capítulos 1 a 3 apresentam o desenvolvimento da
igreja na presente época. Os capítulos 4 a 11, abrangem os acontecimentos de
toda a Septuagésima Semana e concluem com o Retorno de Cristo para reinar na
terra (Ap 11.15-28).
Desse modo os Selos ocorrem nos primeiros
três anos e meio, e as Trombetas se referem aos últimos três anos e meio. De
acordo com as instruções dadas a João em 10.11, os capítulos 12 a 19 examinam a
Septuagésima Semana, com o objetivo de revelar os atores no palco desse drama
histórico.
Essa cronologia torna impossível a
perspectiva mesotribulacionista, pois o suposto arrebatamento mesotribulacionista
de 11.15-18 é, na verdade, o retorno pós tribulacionista à Terra, e não o
Arrebatamento. Isso fornece mais evidência para a posição do Arrebatamento pré
tribulacionista.
A igreja não passará pela Grande Tribulação: O apóstolo Paulo recebeu revelação da parte de Deus
sobre este fato, quando escreveu: “E
esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).
João, em Apocalipse, registrou o
livramento da igreja de Filadélfia, que é o tipo da igreja que será arrebatada,
formada por crentes salvos, do período de provação pela qual passará toda a
humanidade:
“Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu
guardarei da hora da tentação que virá sobre todo mundo, para tentar os que
habitam na terra” (Ap 3.10; Is 57.1).
O livramento da “hora da tentação”, ou da
“provação”, que virá sobre todo o mundo não se refere apenas à igreja em Filadélfia,
mas é uma advertência a todas as igrejas cristãs:
“Quem
tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas” (Ap 3.13).
A Igreja não estará mais na terra quando
começar a Grande Tribulação.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 1º. Trimestre 2016.
Comentarista: Pr.Elinaldo Renovato
RENOVATO Elinaldo. O Final de Todas as Coisas – Esperança
e Glórias para os Salvos. CPAD. RJaneiro 2015
HOEKEMA. A. Anthony. A Bíblia e o Futuro – Escatologia
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PENTECOST. J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise
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WALVOORD John F. Todas as Profecias da Bíblia. Edit. Vida,
SPaulo, 2012
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TOGNINI, Enéas. O
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HINDSON T. Lahaye Ed.
Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
CPAD. RJaneiro, 2010.
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