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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Lição 04 – A Tentação de Jesus - 26.04.2015


Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                             Lucas 4.1-13   

Reflexão: Jesus firmou-se na palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.

No estudo e meditação destas três tentações na vida de Jesus, devemos ter em mente, que Jesus era um homem que em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).

Pelo que convinha que, em tudo, fosse feito semelhante a seus irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.

Porque, naquilo em que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados (Hb 2.17,18).

Estas três tentações foram tanto reais como típicas, em essência. A expressão “mas sem pecado” confirma, que todas as tentações que veio sobre Jesus não tiveram origem em sua mente. Mas, uma investida de Satanás, portanto, uma tentação exterior, pois o texto Lucano diz: “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou ao Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lc 4.1).

A tentação é o ato pelo qual Satanás procura induzir o homem a pecar contra Deus.
O fato de o homem ser tentado não constitui pecado, porém, cair na tentação, sim, é pecado.

Durante toda sua vida na terra, Jesus suportou fortes e complexas tentações, em algumas delas a Bíblia não nos revela os detalhes.

Todavia, esse embate mereceu especial destaque, pois, esteve em questão todo o futuro da humanidade.

Os ataques do Diabo foram contra o Messias (o ungido de Deus) – At 10.38,
o cabeça da nova humanidade (Cl 2.15).

Jesus foi tentado de forma extrema, sutil, ardilosa e não menos poderosa. Contudo, venceu por nós.

O comentarista Pr. José Gonsalves, no seu livro: Lucas, o evangelho de Jesus – O homem perfeito, pág. 50, diz que a palavra grega peirasmos (Lc 4.2), dependendo do texto, pode significar tentação ou prova.

Enfatiza, que no contexto, onde Deus está por trás da ação, neste caso, o crente está sendo provado. Por outro lado, quando é o Diabo quem está por trás da ação, o crente está sendo tentado.

Em outras palavras, Deus nos prova, e o Diabo, nos tenta. Deus nos testa para nos aperfeiçoar.

Em Lc 4.1-3, Jesus é enviado pelo Espírito para ser testado, e em Gn 22.1, Deus testa Abraão em relação à morte de seu filho Isaque. Porque Deus a ninguém tenta.

Na citação de Lucas, o Diabo aproveitando-se das condições frágeis do homem Jesus, pois estava jejuando a quarenta dias e sentindo fome, procurou tirar proveito desta situação.

Nesta ocasião, a prova que Jesus estava sendo submetido, tornou-se uma tentação.  “Porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13).

O apóstolo Tiago adverte seus leitores a não culpar Deus, mas procurar compreender a causa e o resultado da tentação.

Ao ser tentado, ninguém deve dizer: “Deus está me tentando”, porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e nem ele tenta ninguém. Porém, cada um é tentado quando, seu próprio desejo perverso é atraído e seduzido.

Então depois de o desejo haver concebido, dá luz ao pecado; e o pecado, uma vez completamente amadurecido, dá luz a morte (Tg 1.13-15).

O crente que passa pelo teste é bem-aventurado, mas aquele que fracassa, fica com remorso.

O que fracassa nas tentações, nunca admite sua falta de fé e encontra sempre um culpado. Foi assim com Adão e Eva, e será sempre assim (Gn 3.8-13).

Ninguém deve dizer “sou tentado por Deus”. Tiago está dizendo, que Deus criador de todas as coisas, não é a causa do mal.

Em sua santidade, Deus está acima do mal e não pode ser influenciado pelo mal. Por causa de sua perfeição, Deus não tem nenhum contato com o mal e o mal não pode tenta-lo.

Além do mais, Deus a ninguém tenta. Não diga: Deus é culpado por meus fracassos.
Jesus ensinou os crentes a orar: “e não nos deixes cair em tentação” (Mt 6.13; Lc 11.4). Em outras palavras, peça a Deus para lhe guardar de cair em tentação.

Quem tenta é Satanás, ele é chamado de tentador (Mt 4.3; 1Ts 3.5). Assim, entendia o apóstolo Paulo: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; mas juntamente com a tentação vos dará livramento, de sorte que possais suportar” (1Co 10.13).

Deus testa o crente para fortalecer sua fé. Em sua providência, Deus permite que Satanás tente o cristão.

Deus permitiu, por exemplo, que   Satanás tirasse de Jó todos os seus bens, mas Jó louvou a Deus (Jó 1.21).

Mesmo quando sua esposa o incentivou a amaldiçoar Deus, Jó permaneceu fiel (Jó 2.9,10).

Por ter sido fiel nas provas e tentações, Deus abençoou a Jó, devidamente (Jó 42.10).
Satanás tentou Jesus com o desejo da carne (Mt 4.2,3), com o desejo dos olhos (Mt 4.8,9), e com o orgulho da vida (Mt 4.5,6; 1Jo 2.16).

Jesus não comeu nada durante os quarenta dias. Evidente, que a tentação de Jesus ocorreu durante todo o tempo do seu jejum. Diferente do que aconteceu com Moisés e Elias (Dt 9.9,18; 1Re 19.8).

Durante os quarenta dias de jejum, Satanás, o adversário, se aproximou de Jesus para o tentar.

O local onde Jesus estava era deserto, de acordo com Marcos, havia muitas feras, mas, os anjos de Deus o servia. Jesus não estava só (Mc 1.12,13).

Toda tentação é humana, é externa, e se comunica com o pecado que está dentro do coração do homem (Mc 7.21,23; Jr 17.9; Pv 4.23).

Mas, a natureza humana de Jesus, não se originou na queda. Sua tentação não era uma luta interna, emocional ou psicológica, mas um ataque externo por um ser pessoal, no auge da fome:

“Se és o Filho de Deus, ou, já que Você é o Filho de Deus, transforme estas pedras em pão. Jesus responde: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3).

Todas as três respostas que Jesus deu ao Diabo estão em Deuteronômio.
A Bíblia é a palavra de Deus revelada ao homem para todos os momentos (Ef 6.11; 2Tm 3.16,17; Hb 4.12,13).

Na segunda tentação Satanás cita as Escrituras (Sl 91.11,12). Aqui Satanás conduziu Jesus ao pináculo do templo, uma altura aproximada de cento e cinquenta metros. Jesus responde a Satanás com a Bíblia (Dt 6.16; Ex 17.2-7).

Por fim, de um alto monte, Satanás oferece a Jesus, os reinos do mundo. Satanás já é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11), e o deus deste século (2 Co 4.4), quando está sujeito ao seu poder (1Jo 5.19; Dn 10.13).

Jesus repreende Satanás com Dt 6.13,14). Como homem Jesus foi um vencedor.


Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
GIOIA, Egídio Notas e Comentários À Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981
COSTA Samuel. Capelania Cristã. Edit.Silvacosta. RioJaneiro, 2013
CAMPOS, Heber Carlos de. As Duas Naturezas do Redentor – A Pessoa de Cristo. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2004
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita – Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas Nelson. RJaneiro, 2014.
Bíblia Sagrada Tradução King James – Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur
Bíblia Em Ordem Cronológica – A Nova Versão Internacional – Edit. Vida
LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Editora Hagnus. SPaulo, 2003

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento. Editora Atos. SPaulo, 2008

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Lição 03 – A Infância de Jesus - 19.04.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                             Lucas 2.46-49; 3.21,22   
Reflexão: Crescer de forma integral e uniforme, como Jesus cresceu, deve ser o alvo de todo cristão.


O escritor aos Hebreus tem uma frase muito interessante a respeito da pessoa do Senhor Jesus Cristo: Ele se refere aos “dias da sua carne” (Hb 5.7).

Esta frase não só aponta indiretamente para o fato de ter tido ele uma existência anterior à encarnação; mas, quando fala dos “dias da sua carne”, ele está falando diretamente da sua existência entre nós, como ser humano igual a nós.

O propósito do autor é falar da real humanidade de Jesus Cristo. Além disso, o evangelista Lucas está pressupondo a historicidade de Jesus Cristo, que nasceu, viveu e sofreu entre nós.

O processo de vida pelo qual nosso Senhor Jesus passou aqui nos “dias da sua carne” foi de desenvolvimento e de aperfeiçoamento, para que pudesse exercer plenamente os seus ofícios mediatoriais.

Ele cresceu e aprendeu como qualquer outro ser humano com as suas experiências. 

Portanto, não é correto pensar que Jesus Cristo tenha vindo ao mundo com a plenitude de suas capacidades físicas, mentais, sociais e ministeriais.

É uma insanidade pensar dele como alguém que não experimentou desenvolvimento, pois tal pensamento retiraria dele a sua verdadeira humanidade.

Não é sem razão que o evangelista Lucas fala com palavras de forma muito clara desse desenvolvimento.

“E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.40,52).

Os evangelhos inspirados tratam Jesus Cristo como um verdadeiro homem. A sua informação corresponde à realidade e não é fantasiosa como as narrativas feitas pelos evangelhos apócrifos.

Estes últimos falam de loucas fábulas a respeito da onipotência arbitrária do menino Jesus e da sua onisciência mágica.

Os evangelhos apócrifos são fantasiosos e irreais, desumanizando a  pessoa de Jesus. As informações dadas em Lc 2.52, são praticamente a última da sua infância.

Então, vêm os anos de silêncio passados na Galileia que devem ser considerados os anos do seu pleno desenvolvimento humano.

Trinta anos são passados de sua vida, e neles o redentor é preparado em todas as esferas: física, mental e relacional.

Quando completou trinta anos que é a idade da maturidade na mentalidade judaica, Jesus já havia se desenvolvido nas várias formas de seu caráter, é quando ele inicia seu ministério público.

“E crescia Jesus... em estatura.” O desenvolvimento de Jesus e seu crescimento foi como os dos demais seres humanos.

Ele não veio à manjedoura com todas as suas características humanas desenvolvidas. Tudo que ele havia recebido de sua mãe (a sua natureza humana) havia de crescer de acordo com as leis da natureza.

E existe uma máxima de que a natureza não dá salto. Ela obedece as leis físicas estabelecidas na criação.

O desenvolvimento humano de Jesus Cristo aconteceu com o passar do tempo; ele veio à existência como vieram os demais seres humanos.

Jesus nasceu como nasce os outros bebês. Tinha provavelmente a média do tamanho das outras crianças, assim como o peso delas.

Os seus órgãos físicos se desenvolveram conforme podemos ler no Salmo 139. “Tu me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Pois, possuíste o meu interior; entreteceste-me no ventre de minha mãe.

Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.  Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas essas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formada, quando nem ainda uma delas havia” (Sl 139.5, 13, 15,16).

Depois de nascer o corpo de Jesus cresceu e se fortaleceu. É o que o evangelista Lucas fala no seu evangelho.

O fortalecimento gera o crescimento em estatura, que é o que diz o nosso texto sob análise.

O menino Jesus teve um desenvolvimento em sua natureza imaterial “e crescia jesus em sabedoria” (Lc 2.52).

É de grande importância perceber que o menino Jesus teve sua potencialidade intelectual desenvolvida num tempo de pobreza e de ignorância em que vivia o seu povo e a sociedade em geral.

Todo o contexto educacional de sua vida foi contra o desenvolvimento de sua natureza intelectual, pois a grande maioria dos de sua época não puderam desenvolver normalmente o seu intelecto, devido a pobreza predominante.

Ele mesmo nasceu num estábulo e viveu os seus primeiros meses como um refugiado o Egito (Mt 2. 13, 20-23).

Foi criado num lar de um carpinteiro, numa cidade de reputação muito ruim como era Nazaré da Galileia. 

Não é sem razão que Natanael perguntou a Filipe anos mais tarde a respeito de Jesus: “De Nazaré, pode sair alguma coisa boa?” (Jo 1.46).

Tornou-se um carpinteiro, aprendendo a profissão do pai, José. Não teve, portanto, nenhuma educação formal de um nível mais alto. Apenas foi treinado como era a maioria das crianças do seu tempo, um treinamento-padrão de todo judeu.

Aprendeu a ler, para conhecer as Escrituras, como um bom judeu deveria fazer. Não havia nenhum aparato que tornasse mais rápido o seu desenvolvimento mental e intelectual. 
Todavia, ele “crescia em sabedoria”.

E certamente nisso ele sobrepujou a todos os homens de seu tempo. A sabedoria da qual ele se desenvolveu (embora tenha vindo de Deus, como a de Salomão veio de Deus) não era a sabedoria da divindade, porque esta não se desenvolve. O que se desenvolve é o que pertence a esfera da humanidade.

E Jesus tinha mente e comportamento humanos, e nessas coisas ele crescia, certamente com a ajuda do Espírito Santo.

Samuel Costa, em seu livro “Capelania Cristã”, conta que de acordo com fonte oral, na época em que Jesus esteve no mundo dos viventes e em forma corpórea, todas as crianças israelenses, com seis anos de idade eram matriculadas em uma sinagoga e lá permaneciam em tempo integral até os dez anos de idade, aprendendo a Torá.

Cremos que Jesus, tendo sido uma dessas crianças, foi matriculado em uma sinagoga, e com os ensinamentos que recebera dos rabinos, cresceu em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens, conforme documentou o médico Lucas que foi um dos biógrafos de Jesus.

A sabedoria com que ele dava resposta às perguntas mais difíceis que os adversários lhes fizeram, é produto de um crescimento que levou anos e se aperfeiçoou à medida que tinha experiência com Deus e com os homens, somando-se a isso, a ação do Espírito de Deus em sua vida.

Não é sem razão que o seu desenvolvimento intelectual causou espanto e admiração aos que ouviam Jesus responder coisas de modo tão sábio e inteligente (Lc 2.47). ”E todos que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas”.

Jesus teve um desenvolvimento em sua natureza relacional “e crescia Jesus... em graça”. Todo crescimento relacional de Jesus Cristo pode resumir-se nessas palavras: “em graça”.

Crescer em graça significa crescer na simpatia daqueles com os quais convivia. Por outro lado, lemos em Lucas 2.40 que a graça de Deus era com ele.


Foi pela graça de Deus que, nos anos de silêncio, ele aprendeu a relacionar-se com as pessoas com as quais vivia constantemente.

O menino aprendeu a viver em submissão aos seus pais. Essa informação também é dada nos últimos registros de sua infância (Lc 2.51). Não é um aprendizado de rebeldia para submissão, mas, um desenvolvimento no aprendizado da obediência. 

Os anos da obscuridade foram anos de obediência aos seus pais.O menino aprendeu a relacionar-se com Deus. 

O conhecimento que ele veio a ter de Deus não foi dado de maneira imediata, mas foi o produto do seu aprendizado com seus pais e através da leitura das Escrituras na sinagoga.

O desenvolvimento foi tão grande, que já aos doze anos, ele sabia mais que alguns doutores da lei, e, “todos que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas” (Lc 2.47).
O relacionamento do menino de Nazaré com Deus, passou por um processo de desenvolvimento, e à medida que estudava a lei de Deus passava a ter um maior conhecimento daquele a quem, no desenvolvimento da sua messianidade somado à sua divindade, veio a chamar Deus, de meu Pai (Lc 12.49).

“E ele lhes disse: porque é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?

Os anos de obscuridade foram anos em que ele aprendeu obedecer a Deus, para que os propósitos de Deus fossem cumpridos na sua vida, pois, desde a infância, fazer a vontade de Deus era a sua comida e a sua bebida (Jo 4.32,34).

O menino aprendeu a relacionar-se em todas as esferas de sua vida terrena. Com toda probabilidade, ele foi tentado já na sua infância. As tentações eram enfrentadas dia após dia, e vencidas.

Porque  haveremos de crer que ele só foi tentado depois do batismo. Aquele foi o teste maior, mas, certamente ele foi tentado a quebrar princípios divinos desde a sua infância.

Todavia, os anos de silêncio lhes foram certamente de aprendizado e de desenvolvimento a fim de que pudesse exercer com perfeição anos mais tarde, seu ministério público, à vista de todos.

É também significativo que todo desenvolvimento pelo qual Jesus passou foi sem riqueza. Foi um homem que trabalhou duro, com seu pai, legal (Mt 13.55,56; Mc 6.3,4).

Ele possuiu o suficiente para o seu desenvolvimento: amor, apoio da comunidade, oportunidades mínimas de aprender e um material básico. Com poucas coisas à disposição, ele realizou os propósitos do Pai celestial em sua vida terrena.

As providências naturais para a vida humana de Jesus Cristo, podem também serem as mesmas para nós.

Devemos aprender a aplicar algumas leis básicas em nossas vidas. Se forem analisados textos como Pv 30.8,9; 2Co 8.13-15 e Hb 13. 5,6, perceber-se-á quão significativo pode ser nossa vida quando realizarmos plenamente a obra de Deus com os recursos básicos que ele nos dá.

Muitos que ignoram esses princípios bíblicos perdem a grande oportunidade de se desenvolver, para chegarem à estatura da varonilidade de Jesus Cristo, para o qual fomos chamados (Ef 4.3).

Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
GIOIA, Egídio .Notas e Comentários À Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981
COSTA Samuel. Capelania Cristã. Edit.Silvacosta. RioJaneiro, 2013
CAMPOS, Heber Carlos de. As Duas Naturezasdo Redentos – A Pessoa de Cristo. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2004
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita – Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas Nelson. RJaneiro, 2014.
Bíblia Sagrada Tradução King James – Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur
Bíblia Em Ordem Cronológica – A Nova Versão Internacional – Edit. Vida
LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Editora Hagnus. SPaulo, 2003

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento. Editora Atos. SPaulo, 2008

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Lição 02 – O Nascimento de Jesus - 12.04.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                                                Lucas 2.1-7    

Reflexão: (Deus revelou o seu amor à humanidade ao enviar o seu eterno Filho, Jesus Cristo).

Lucas relaciona sua narrativa aos grandes fatos históricos do seu tempo. Caio Otávio, que era sobrinho-neto e filho adotivo de Júlio César, que havia designado Otávio como seu sucessor, morreu em 44 a.C.

Roma mergulhou então em um período de grande turbulência e guerra civil, visto que Marco Antônio se considerava o grande governante de Roma. Mas na batalha de Ácio, foi derrotado por Caio Otávio, em 31 a.C.

Em 29 a.C., o senado romano declarou Caio Otávio o primeiro imperador de Roma e em 27 a.C., lhe concedeu o título de “Augusto”, que em latim significa “exaltado” ou “digno de toda a reverência”.

Este César Augusto morreu aos 76 anos em 14, d.C. Foi este o imperador que mais ou menos em 8 a.C. ordenou o recenseamento que aconteceu entre os anos 6, ou 5 a.C, considerando que um dos fatos históricos relevantes, é que Herodes O Grande, morreu em 4 a.C.

Quirino foi um oficial romano que coincidentemente trabalhou neste censo e em um segundo alistamento geral que ocorreu de 6 a 9 d.C, registrado por Lucas em At 5.37, o qual se levantou contra o governo romano da época, alegando que Deus era o único e verdadeiro Rei de Israel.

Portanto, quando César Augusto morreu em 14.a.C., Jesus já tinha mais ou menos, 18 anos de idade.

Os leitores de Lucas, familiarizado com a história daquela época, com certeza foram capazes de determinar uma data bastante precisa a partir da informação por ele fornecida.
Deus se utilizou do decreto do imperador; razão para cumprir o que falara o profeta em Miqueias (Mq 5.2).

Belém, é a mesma cidade onde nasceu o rei Davi cerca de 1.000 anos antes destes eventos. (1Sm 17.12; 20.6). Belém fica localizada a uma distância aproximada de 10km ao Sul de Jerusalém.

José e Maria subiram a Belém em obediência à ordem do imperador César Augusto para se alistarem. Havia em Israel duas cidades com este nome: Uma na Galileia (Js 9.15), outra na Judéia (Gn 35.19).

Esta era chamada de Belém da Judéia, exatamente para distingui-la da outra. E também era chamada de Efrata, a fecunda (Rt 1.2). Belém (casa de pão) está situada entre Hebrom e Jerusalém a 770m acima do nível do mar.

Waltson e Allen em sua “Harmonia dos Evangelhos” Pág.227, diz que o imperador do mundo civilizado, César Augusto, inconscientemente, tornou possível que o Messias, filho de Davi, nascesse em Belém, ainda que o lar da mãe de Jesus, fosse em Nazaré, na Galileia.

Para que assim, toda história prévia de Roma e de Israel se reunisse em torno da manjedoura.

Jerusalém, no templo. Em 7 ou 6 a.C.  (Lc 1.5-25) – Zacarias servia ao Senhor, no templo, como sacerdote. Fazia parte de uma das 24 turmas de sacerdotes que, a mais ou menos 900 anos passados, o grande rei Davi assim dividira, sendo que cada turma de 25 sacerdotes servia durante sete dias.

Anuncio e promessa do nascimento de João Batista, pelo anjo Gabriel (Lc 1.5-14) – Este ofício de sacerdote, o de entrar no santuário, era sumamente honroso; por isso, somente duas vezes por dia, ás 9 e ás 15 horas (Ex 30.7), era oferecido o incenso santo ao Senhor.

E só era permitido a um dos sacerdotes de cada vez, pertencente ás 24 turmas, e sendo auxiliado por dois outros; um removia as cinzas do serviço do dia anterior; outro punha sobre o altar de ouro o braseiro cheio de brasas vivas, tiradas do altar do holocausto.

E, o terceiro, lançava solenemente o incenso santo sobre as brasas vivas. E enquanto o fumo odorífero do incenso se elevava, este terceiro sacerdote (que neste dia era Zacarias), fazia intercessão pelo povo.

O incenso oferecido a Deus é emblema de intercessão de Cristo, e era feito exatamente na hora do sacrifício (Ef 5.2); esta hora era chamada “a hora de oração”.

O povo todo estava na parte exterior do templo, onde se achava o altar do holocausto. Foi nesta hora belíssima, em que Zacarias orava intercedendo pelo povo, e quando o sacrifício e o incenso eram oferecidos a Deus, que o anjo Gabriel lhe apareceu, “posto em pé, à direita do altar do incenso”.

E Zacarias vendo-o ficou turbado, e o temor o assaltou”. Sim, a presença do que é santo perturba o coração impuro. Mas o Senhor conhece o homem na sua imperfeição e, por isso, o anjo o encorajou-o, dizendo-lhe:

“Não temas, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João”.

O nascimento e missão deste menino que havia de nascer e que se chamaria João, o Batista, já haviam sido preditos no livro das profecias de Isaias e no de Malaquias (Is 40.3; Ml 4.5; Mc 1.1-3).

Agora, cumpria-se a palavra do Senhor. João (nome que significa em hebraico, “dádiva de Jeová”, “Jeová gratificou”), deveria ser para os pais, uma constante fonte de alegria, pois as multidões, mais tarde, haveriam de converter-se dos seus maus caminhos e os que se convertessem se tornariam servos do Senhor:

“E terás gozo e alegria, e muitos se regozijarão com o seu nascimento”, dizia o anjo que, continuando sua mensagem divina, profetiza qual seria a vida o caráter e a missão de filho de Zacarias (Lc 1.15-17).

Seria grande diante do Senhor, porque seria o Precursor do Filho de Deus. Seu caráter e sua vida seria de santidade; seria nazireu (Nm 6.3).

Separando-se voluntariamente para o ministério a que Deus o vocacionara desde a eternidade, e seria cheio do Espírito Santo; e isto seria a coroa de sua santificação e a plena certeza da vitória de sua missão pelo poder do Espírito Santo.

A dúvida pecaminosa de Zacarias e o justo castigo divino (Lc 1.18-25) – Zacarias era crente sincero, mas ficara perplexo diante da promessa do anjo a ele, que já era tão avançado em idade, e mais ainda a sua esposa, por isso duvidou.

A incredulidade à semelhança de Tomé (Jo 20.17), é um pecado em que todo crente que facilitar pode cair. Por isso mesmo que como Zacarias, somos, com justiça, castigados pelo Senhor.

Zacarias ficou mudo. O povo, entretanto estava à espera da costumeira bênção sacerdotal, narrada em Números 6.23-27, mas sua boca fora selada pela mão do Senhor. Não lhe foi permitido este privilégio.

A multidão compreendera que algum evento miraculoso se havia desenrolado, porque o aspecto e os acenos do velho sacerdote mostravam haver estado na presença da glória de Deus. “E terminado os dias do seu ministério, voltou para casa”.

O nascimento de Jesus anunciado à virgem Maria (Nazaré, em 7 ou 6 a.C –  Lc 1.26-38) – Maria, a virgem, posto que descendente da tribo real de Judá, era de origem familiar humilde e pobre.

Nasceu em Nazaré, da Galileia, província esta, desprezada pelo povo de outras províncias de Israel. “De Nazaré, pode sair coisa boa que seja?”

Assim, falara Natanael, quando Filipe, seu irmão, lhe anunciara que exatamente daquela pequena Vila era aquele de quem escreveu Moisés, na Lei, e de quem falara os profetas – Jesus de Nazaré.

Maria, era noiva de José, sendo este, também, da descendência de Davi, o rei de Israel, e honrado carpinteiro em Nazaré.

Quando, em Israel era anunciado um noivado, tal era a força do significado deste ato social, que os nubentes se consideravam e eram considerados pelo povo como se fossem já casados.

Maria recebe a visita e a mensagem do anjo  Gabriel (Lc 1.28-33) – Inesperadamente, Maria recebe a visita do anjo Gabriel, enviado por Deus, lá no aconchego do seu lar: “Salve, agraciada, o Senhor é contigo” – é a saudação do mensageiro divino.

Maria recebeu graciosamente de Deus, o Criador e Doador de todas as coisas, e de todas as bênçãos, a graça de ser a mãe de Jesus – favor este que nenhuma outra virgem, poderá jamais receber. Por isso, Maria, a virgem de Nazaré, é “bendita entre as mulheres”, conforme o anjo proclamou.

Diálogo de Maria e o anjo Gabriel (Lc 1.34-38) – “E disse Maria ao anjo: como se fará isto, uma vez que não conheço varão? Logo, foi necessário que o anjo lhe explicasse o mistério: “Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso, o que há de nascer, será chamado santo, Filho de Deus (Is 7.14).

Continuando, o anjo anuncia à virgem, outro evento que aos homens parece impossível: “Eis que também Izabel, tua parenta, conceberá um filho em sua velhice; e é este o sexto mês, para aquela que era chamada estéril”.

E o anjo termina sua divina mensagem com estas palavras, que apagaram completamente qualquer sombra de dúvida que, porventura, lhe perturbasse o coração: “Porque para Deus nada será impossível”.

“Disse então Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim, segundo a tua palavra”. Maria de fato, creu e compreendeu o anúncio.

Maria visita Izabel (Lcv 1.39-40) – Após haver o anjo anunciado a Maria que ela estava para conceber e dar à luz um filho pela virtude do Espírito Santo, e que seria chamado Filho do Altíssimo, todo o seu ser transvasou de infinda alegria e enfrentou uma caminhada de quatro dias, de Nazaré às montanhas da Judéia, a uma pequena cidade onde residiam o sacerdote Zacarias e sua esposa Izabel.

O Cântico de Izabel (Lc 1.41-45) – Izabel, ao ouvir a saudação de Maria, ficou possuída do Espírito Santo, e a criança que depois seria chamada João, o Batista, estremeceu em seu seio, e ela exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”.

Estas eram mais duas provas divinas que fortaleceriam tanto a Izabel, quanto a Maria, do cumprimento das promessas de Deus.

O “Magnificat”, o cântico de Maria (Lc 1.46-55) – No seu cântico, Maria expressa as impressões próprias do seu espírito, e Maria chama Deus de seu Senhor e Salvador.

O nascimento de Jesus proclamado pelos anjos aos pastores de Belém (Lc 2.8-20) – Cremos que não era inverno na Palestina, porquanto o texto nos diz: “Ora, havia naquela mesma região, pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho”.

Um sinal foi dado aos pastores de Belém para terem a certeza de que havia nascido o Salvador “um menino envolto em faixas e deitado em uma manjedoura.

O recém-nascido Rei divino enfaixado em simples panos... Tudo representava profunda e verdadeira humildade. Mas eis que, nesta humildade, o Deus eterno, o Criador do universo, se glorifica!

Os exércitos celestiais entoam o glorioso coro das boas novas de salvação: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem” (Lc 2.8-18).

A circuncisão de Jesus (Lc 2.21) – Aos 8 dias de idade, o menino foi circuncidado. Deste modo, José e Maria observam zelosamente a lei do Senhor (Gn 17.22; Lv 12.3). Esta lei foi estabelecida por Deus, como sinal do pacto que Deus fizera com Abraão (Gn 17.9-14) e o preceito foi renovado a Moisés.

Pela circuncisão, Jesus tornou-se “filho da Lei” (Gl 4.4), tendo o privilégio de ter o seu nome escrito no rol dos que faziam parte do Concerto entre Deus e Abraão.

Outrossim, se algum hebreu não fosse circuncidado, não poderia participar do sacrifício pascal; e o escopo da circuncisão era o de assinalar indelevelmente, os descendentes machos dos hebreus, sendo assim, separados dos outros povos do mundo.

A apresentação de Jesus no templo (Lc 2.22-38) – Aos 40 dias de idade, jesus foi levado por José e Maria a Jerusalém, para ser apresentado a Deus, no templo. Era mais uma observância do preceito da lei cerimonial de Deus e que significava a purificação dos pais e a remissão do filho primogênito.

Após a cerimônia, os pais apresentavam seu filho primogênito, reconhecendo que seu filho era propriedade do Senhor.

Os pobres podiam oferecer apenas um par de rolas ou dois pombinhos. E, então, o sacerdote, tomando o menino nos seus braços proferia duas bênçãos: Uma de ação de graças, pela lei da redenção, e outra, pela oferta do primogênito ao Senhor.

O cântico de Simeão (Lc 2.29-32) – Nesse dia memorável, fora ao templo, um venerável e piedoso homem, chamado Simeão. Era justo e aguardava a vinda do Messias. Na sua avançada idade, o Espírito Santo lhe revelara que não morreria sem ver o Messias, o ungido do Senhor.

E quando José e Maria apresentaram seu filho, Jesus, o Espírito lhe revelou claramente que aquele menino era o Messias.

Tomando-o em seus braços, inspirado pelo Espírito, proferiu em poética profecia, um solene cântico.

Simeão viu com seus olhos espirituais, o sofrimento do Redentor, o poder real do Rei Messiânico, o Salvador do mundo, e Luz para todos os povos e nações e a glória do povo escolhido, Israel, terminando com a sua bênção sobre a família escolhida.

E então, Simeão após haver abençoado a José e Maria, profere dupla profecia: uma em relação a seu filho: “Eis que é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição.

A outra profecia de Simeão é a respeito de Maria: “Uma espada transpassará a tua própria alma, para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”.

Esta espada é a figura do sofrimento profundíssimo de Maria, em consequência do sofrimento e morte de seu Filho, suportando as injustiças, o ódio, as perseguições e a morte na cruz.

Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
GIOIA, Egídio .Notas e Comentários À Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita – Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas Nelson. RJaneiro, 2014.
Bíblia Sagrada Tradução King James – Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur
Bíblia Em Ordem Cronológica – A Nova Versão Internacional – Edit. Vida
LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Editora Hagnus. SPaulo, 2003
STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento. Editora Atos. SPaulo, 2008