Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º.
Trimestre / 2015
Lucas 4.1-13
Reflexão: Jesus firmou-se na palavra de Deus
para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.
No estudo e meditação destas três tentações na vida de Jesus, devemos
ter em mente, que Jesus era um homem que em tudo foi tentado, mas sem pecado
(Hb 4.15).
Pelo que convinha que, em tudo, fosse feito semelhante a seus irmãos,
para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar
os pecados do povo.
Porque, naquilo em que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer
aos que são tentados (Hb 2.17,18).
Estas três tentações foram tanto reais como típicas, em essência. A
expressão “mas sem pecado” confirma, que todas as tentações que veio sobre
Jesus não tiveram origem em sua mente. Mas, uma investida de Satanás, portanto,
uma tentação exterior, pois o texto Lucano diz: “E Jesus, cheio do Espírito
Santo, voltou ao Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lc 4.1).
A tentação é o ato pelo qual Satanás procura induzir o homem a pecar
contra Deus.
O fato de o homem ser tentado não constitui pecado, porém, cair na
tentação, sim, é pecado.
Durante toda sua vida na terra, Jesus suportou fortes e complexas
tentações, em algumas delas a Bíblia não nos revela os detalhes.
Todavia, esse embate mereceu especial destaque, pois, esteve em questão
todo o futuro da humanidade.
Os ataques do Diabo foram contra o Messias (o ungido de Deus) – At
10.38,
o cabeça da nova humanidade (Cl 2.15).
Jesus foi tentado de forma extrema, sutil, ardilosa e não menos
poderosa. Contudo, venceu por nós.
O comentarista Pr. José Gonsalves, no seu livro: Lucas, o evangelho de
Jesus – O homem perfeito, pág. 50, diz que a palavra grega peirasmos (Lc 4.2), dependendo do texto, pode significar tentação
ou prova.
Enfatiza, que no contexto, onde Deus está por trás da ação, neste caso,
o crente está sendo provado. Por outro lado, quando é o Diabo quem está por
trás da ação, o crente está sendo tentado.
Em outras palavras, Deus nos prova, e o Diabo, nos tenta. Deus nos testa
para nos aperfeiçoar.
Em Lc 4.1-3, Jesus é enviado pelo Espírito para ser testado, e em Gn
22.1, Deus testa Abraão em relação à morte de seu filho Isaque. Porque Deus a
ninguém tenta.
Na citação de Lucas, o Diabo aproveitando-se das condições frágeis do
homem Jesus, pois estava jejuando a quarenta dias e sentindo fome, procurou
tirar proveito desta situação.
Nesta ocasião, a prova que Jesus estava sendo submetido, tornou-se uma
tentação. “Porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg
1.13).
O apóstolo Tiago adverte seus leitores a não culpar Deus, mas procurar
compreender a causa e o resultado da tentação.
Ao ser tentado, ninguém deve dizer: “Deus está me tentando”, porque Deus
não pode ser tentado pelo mal, e nem ele tenta ninguém. Porém, cada um é
tentado quando, seu próprio desejo perverso é atraído e seduzido.
Então depois de o desejo haver concebido, dá luz ao pecado; e o pecado,
uma vez completamente amadurecido, dá luz a morte (Tg 1.13-15).
O crente que passa pelo teste é bem-aventurado, mas aquele que fracassa,
fica com remorso.
O que fracassa nas tentações, nunca admite sua falta de fé e encontra
sempre um culpado. Foi assim com Adão e Eva, e será sempre assim (Gn 3.8-13).
Ninguém deve dizer “sou tentado por Deus”. Tiago está dizendo, que Deus
criador de todas as coisas, não é a causa do mal.
Em sua santidade, Deus está acima do mal e não pode ser influenciado
pelo mal. Por causa de sua perfeição, Deus não tem nenhum contato com o mal e o
mal não pode tenta-lo.
Além do mais, Deus a ninguém tenta. Não diga: Deus é culpado por meus
fracassos.
Jesus ensinou os crentes a orar: “e não nos deixes cair em tentação” (Mt
6.13; Lc 11.4). Em outras palavras, peça a Deus para lhe guardar de cair em
tentação.
Quem tenta é Satanás, ele é chamado de tentador (Mt 4.3; 1Ts 3.5).
Assim, entendia o apóstolo Paulo: “Deus é
fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; mas juntamente
com a tentação vos dará livramento, de sorte que possais suportar” (1Co
10.13).
Deus testa o crente para fortalecer sua fé. Em sua providência, Deus
permite que Satanás tente o cristão.
Deus permitiu, por exemplo, que
Satanás tirasse de Jó todos os seus bens, mas Jó louvou a Deus (Jó
1.21).
Mesmo quando sua esposa o incentivou a amaldiçoar Deus, Jó permaneceu
fiel (Jó 2.9,10).
Por ter sido fiel nas provas e tentações, Deus abençoou a Jó,
devidamente (Jó 42.10).
Satanás tentou Jesus com o desejo da carne (Mt 4.2,3), com o desejo dos
olhos (Mt 4.8,9), e com o orgulho da vida (Mt 4.5,6; 1Jo 2.16).
Jesus não comeu nada durante os quarenta dias. Evidente, que a tentação
de Jesus ocorreu durante todo o tempo do seu jejum. Diferente do que aconteceu
com Moisés e Elias (Dt 9.9,18; 1Re 19.8).
Durante os quarenta dias de
jejum, Satanás, o adversário, se aproximou de Jesus para o tentar.
O local onde Jesus estava era deserto, de acordo com Marcos, havia
muitas feras, mas, os anjos de Deus o servia. Jesus não estava só (Mc 1.12,13).
Toda tentação é humana, é externa, e se comunica com o pecado que está
dentro do coração do homem (Mc 7.21,23; Jr 17.9; Pv 4.23).
Mas, a natureza humana de Jesus, não se originou na queda. Sua tentação
não era uma luta interna, emocional ou psicológica, mas um ataque externo por um
ser pessoal, no auge da fome:
“Se és o Filho de Deus, ou, já que Você é o Filho de Deus, transforme
estas pedras em pão. Jesus responde: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3).
Todas as três respostas que Jesus deu ao Diabo estão em Deuteronômio.
A Bíblia é a palavra de Deus revelada ao homem para todos os momentos
(Ef 6.11; 2Tm 3.16,17; Hb 4.12,13).
Na segunda tentação Satanás cita as Escrituras (Sl 91.11,12). Aqui Satanás
conduziu Jesus ao pináculo do templo, uma altura aproximada de cento e
cinquenta metros. Jesus responde a Satanás com a Bíblia (Dt 6.16; Ex 17.2-7).
Por fim, de um alto monte, Satanás oferece a Jesus, os reinos do mundo.
Satanás já é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11), e o deus deste
século (2 Co 4.4), quando está sujeito ao seu poder (1Jo 5.19; Dn 10.13).
Jesus repreende Satanás com Dt 6.13,14). Como homem Jesus foi um
vencedor.
Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da
Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho
de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
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Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981
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Edit.Silvacosta. RioJaneiro, 2013
CAMPOS, Heber Carlos de. As Duas
Naturezas do Redentor – A Pessoa de Cristo. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2004
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita –
Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas
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Bíblia Sagrada Tradução King James –
Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur
Bíblia Em Ordem Cronológica – A Nova
Versão Internacional – Edit. Vida
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STERN, David H. Comentário Judaico do
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