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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Lição 02 EBD CPAD - O Padrão da Lei Moral - 11.01.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
1º. Trimestre / 2015
Deuteronômio 9.9-11; 10.1-5

Reflexão: “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Salmos 85.10)

A transitoriedade da Lei para a dispensação da Graça – Os teólogos cristãos têm distinguido três tipos de Leis dentro do código mosaico.

Essas são as leis morais (questões do bem e mal, que não se alteram com a passagem do tempo);

as leis cerimoniais (os ritos que acompanhavam a legislações mosaica, quanto aos preceitos que não envolviam questões morais, e que podiam ser alterados com a passagem do tempo);

e as leis civis (os estatutos que governavam os cidadãos de Israel, questões agrárias, e etc. E que não tinham aplicação a povos fora da antiga nação de Israel, excetuando, talvez, como ideia sugestiva).

O argumento de muitos teólogos cristãos, pois, é que os crentes em Cristo que o aceitaram como Senhor e Salvador, estão na obrigação de observar somente os preceitos morais, ao passo que os outros tipos de lei tornaram-se obsoletos com a morte e ressurreição de Cristo  (Hb 10.1,11,12).

É verdade que o Novo Testamento incorpora a lei moral em seus ensinamentos éticos; mas faz isso através da lei espiritual.

Porém, a lei moral do Antigo Testamento não é nosso guia nem nosso impulsionador. Esses dois ofícios pertencem ao Espírito Santo (Rm 8.1).

A lei cerimonial inclui coisas que eram altamente obrigatórias e morais, como a circuncisão. Porém, o Novo Testamento descontinuou completamente essas cerimônias, que não fazem parte na prática cristã, embora ela sinalizem realidades espirituais (At 15.19,20)

– “Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue”.

A lei de Deus e os Dez Mandamentos não são a mesma coisa. Os Dez Mandamentos encabeçam os demais preceitos entregues por Deus a Moisés no monte Sinai desde Ex 19.16-19, até Lev 26.46 e 27.34.

Esses preceitos são identificados com frequência como estatutos, juízos, leis e mandamentos. Muitos deles são repetidos nos livros de Números e Deuteronômio.


Todo esse sistema legal integra o Pentateuco, que aparece na Bíblia como lei, livro da lei, lei de Moisés, lei de Deus, e lei do Senhor.

Então, o que a Bíblia quer dizer quando usa as palavras Lei de Deus? O termo aparece sete vezes nas Escrituras, quatro no AT e três no Novo, e nenhum lugar diz respeito ao Decálogo.

As quatro primeiras ocorrências referem-se a toda a lei de Moisés e ao Pentateuco como livro. Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus (Js 24.26).

E leram o livro, na lei de Deus... (Ne 8.8,18; 10.29). Assim, as expressões “lei de Deus”, Lei do Senhor” e Lei de Moisés”, dizem respeito à mesma coisa (Ne 8.1; 8.18; Lc 2.22,23).

Trata-se do Pentateuco no seu todo e não do decálogo, do livro, e não das tábuas de pedra. As outras três aparecem somente em Romanos e nenhuma dizem respeito ao Decálogo (Rm 7.22,25; 8.7).

Os preceitos cerimoniais e civis derivam dos preceitos morais. Esses três tipos de leis estão presentes no Pentateuco, entretanto, tudo é a lei de Moisés.

Mas, em nenhum lugar do NT no qual aparece o termo “Lei” afirma-se que essa lei é moral, cerimonial ou civil.

O que significa quando o Senhor Jesus declara que não veio destruir a lei, mas cumprir?

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir... ” (Mt 5.17,18).

A lei teve a função de conduzir os homens a Cristo como um aio (Gl 3.24). A lei serviu de mestre-escola ou aio, mas, assim que Cristo veio, a lei perdeu essa função (Gl 3.24). Uma vez unido ao Pai, o crente não mais precisa de aio (Gl 3.25,26).

A lei era apenas uma sombra, e não a substância própria da espiritualidade (Cl 2.16,17). Todas as obrigações morais da lei cumpre-se na lei do amor (Rm 13.8-10).

A lei e a epístola aos Hebreus – A questão da lei do AT é destacada nessa epístola. Ali a lei é vista como cumprida em Cristo, o novo Moisés, superior ao antigo Moisés.

O antigo sacerdócio, que promovia a lei e cumpria suas exigências, foi substituído por Cristo, o nosso Sumo Sacerdócio.

Toda lei teve seu cumprimento nesse novo sumo sacerdote. O verdadeiro propósito da lei consistiu em antecipar a pessoa de Cristo, que cumpria todas as exigências e ofícios representados simbolicamente na lei.

Através do novo sumo sacerdote, os homens têm acesso final a Cristo. A introdução dessa epístola afirma isto, desde as suas primeiras declarações: “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo filho” (Hb 1.1,2).

A legislação mosaica era apenas uma sombra da superior revelação que seria dada em Cristo. Assim, aquela revelação inferior fora substituída por uma revelação superior, alicerçada sobre superiores promessas.

Uma antiga aliança foi assim substituída por um novo pacto (Hb 8.3-8; 10.1). E os que eram os ministradores e guardiães da lei foram substituídos e não aprimorados pelo eterno Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo (Hb 7.28; Sl 110.4).

Dentro da teologia cristã, a graça indica o favor divino gratuitamente oferecido com base na missão de Cristo, recebida na confiança humana através de sua morte vicária no Calvário (Tt 2.11) – “Portanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”.

A graça de Deus não é um simples atributo divino da graça, mas é o próprio Jesus Cristo, a graça encarnada, a dádiva graciosa de Deus à humanidade caída (Jo 1.14)

– “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai”.

Daí o apóstolo Paulo afirmar em sua carta aos Ef 2.8,9 – “Porque pela graça sois salvos mediante a fé, isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. (Jo 1.17).

Fonte de pesquisa: SOARES Esequias – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 1tri 2015
SOARES Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Outubro / 014.
CHAMPLIN. Enciclopédia de|Bíblia teologia e Filosofia Vl3
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. Soc. Religiosa Edições Vida Nova. SPaulo, 1992.
CHAFFER. Teologia Sistemática – Vl.8 Editora Hagnus. SPaulo, 2003.
FRAME, John M. A Doutrina da Vida Cristã. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2013
PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
KEVAN, Ernest. A Lei Moral. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
Bíblia de Estudo Macartur – Versão Almeida Revista e Atualizada



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