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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Lição 05 - Não tomarás o Nome do Senhor em Vão - 01.02.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
1º. Trimestre / 2015
                              Exodo 20.7; Mateus 5.33-37; 23.16-19

Reflexão: “Não tomarás, o nome do Senhor, teu Deus, em vão porque o Senhor não tem por inocente o que tomar o seu nome em vão”. (Ex 20.7).


A revelação do nome de Yaweh (Ex 3.13-15) – No antigo Israel o nome era a expressão do caráter da pessoa e a revelação de sua personalidade (Gn.37.36) – “Então disse ele:

ão foi o seu nome justamente chamado Jacó? Por isso, que já duas vezes me enganou: A minha primogenitura me tomou e eis que agora me tomou a minha bênção...”

A recusa de participar do nome de alguém, por outro lado, expressava a falta de disposição em si entregar completamente. Pois, conhecer todo o nome de alguém implicava na posse de algum poder ou controle sobre essa pessoa (Gn 33.20; Jz 13.20).

É por isso, extremamente significativo que Deus tenha revelado o seu nome pessoal a Moisés. É como se Deus tivesse feito uma declaração plena do seu ser.

Dentre as várias contribuições do Êxodo, ao pensamento bíblico, devemos considerar os conceitos de Deus, da história, e do pacto.

Em primeiro lugar Deus é mais conhecido por seu nome e por seus atos. E ambos são revelados claramente no livro de Êxodo. O nome pessoal do Deus do pacto é dado em Ex 3.14,15.

O nome expressa o conceito de Deus como ativo e atual na vida do seu povo. A frase “Eu sou o que sou” ou “Eu serei o que serei”, enfatiza a realidade de que Deus é presença, em contraposição à ideia abstrata de ser.

Deus estará com o seu povo. Não se pode sempre especificar como essa presença se manifesta, e certamente não se pode controlar sua presença. Pois, Deus será seja o que for que ele escolha ser.

Mas podemos estar certo da contínua presença de Deus.
Como a pessoa pode pronunciar o nome do Deus do pacto? No judaísmo desenvolveu-se o costume, já na era pré cristã, de se recusar a pronunciar o nome pessoal do Deus do pacto.

O nome revelado em Ex 3.14 e versículos seguintes, segundo se pensava, era santo demais para ser pronunciado. Portanto, em cada uma das vezes em que as consoantes hebraicas YHWH aparecem no texto hebraico, os judeus pronunciavam o nome Senhor (Adhonay).

Durante a Idade Média, os eruditos bíblicos adotaram um compromisso, formando uma palavra que jamais fora ouvida antes: Jehovah.

Para fazer isto, eles tomaram as consoantes do texto hebraico e lhes adicionaram as vogais da palavra hebraica traduzida como “Senhor”.

Em alemão o yodh é escrito com j em lugar de y e o w como v. Daí em alemão, as consoantes para o nome do Deus do pacto são jhvh.

E praticamente os principais eruditos do AT naquela época eram alemãs. Às consoantes jhvh foram acrescentadas as vogais da palavra hebraica traduzida como Senhor (Adonai), produzindo desta forma o nome Jeová.

Os estudiosos contemporâneos do AT não concordam. São unânimes a respeito das vogais que devem aparecer com yhvh, porém a maioria prefere Yahweh.

Este é o nome do Deus do pacto que aparece na Bíblia de Jerusalém. Em Êxodo 3.15 Moisés disse a Deus: “Quando eu for aos israelitas e disser, o Deus de vossos pais me enviou até vós; e me perguntarem:

Qual é o seu nome? Que direi? Disse Deus a Moisés: “Eu sou aquele que é”. Disse mais: “Assim dirás aos israelitas “Eu sou me enviou até vós”.

Disse Deus ainda a Moisés: “Assim dirás aos israelitas: “Yahweh, o Deus de vossos pais, de Abraão, o Deus de Isaque e Jacó me enviou até vós.

Este é o meu nome para sempre e é assim que me invocarão de geração em geração. (Transcrito do livro Comentário Bíblico Bradman – Vl 1, pág 379,380).

Nomear é localizar – Um nome também serve para marcar uma pessoa, fornece um meio de localizar essa pessoa no meio de uma multidão. Nosso nome se torna estreitamente identificado conosco.

A pessoa se sente menosprezado quando alguém erra ou se esquece de mencionar o seu nome. Deus também se identifica com o seu nome.

Louvar seu nome é louvá-lo; desprezar seu nome é desprezá-lo. Toda honra e toda glória é devida ao seu nome (Sl 29.2; 66.12; 96.8).

Somos salvos “por amor do seu nome” (Sl 23.3; 106.8; 1Sm 12.22; Sl25.11; 79.9). Pois, portanto ao seu nome, rendemos graça (Sl 140.13). E confiamos no seu nome (Sl 33.21).

Deus redime seu povo por amor de sua própria reputação. Sua glória, seu nome, tem atributos divinos, glorioso e terrível (Dt 28.58); magnífico (Sl 8.1,9) e santo (Lv 20.3; Sl 33.21; 99.3).

Assim como a Palavra de Deus, o nome de Deus é o próprio Deus. Os nomes nas Escrituras denotam e descrevem, ou seja: apresentam denotação e conotação. Nomear alguém é dizer algo sobre a sua pessoa.

Um pai expressa no nome do bebê suas esperanças para ele, algumas circunstâncias do seu nascimento, ou seus sentimentos sobre o acontecimento.

Abraão é um nome próprio designando um ser humano em particular, mas também o descreve como “pai de uma multidão”.

Yahweh, também é um nome próprio designando o único Deus verdadeiro. Mas também descreve Deus como o Senhor absoluto, enfatizando seus atributos de controle, autoridade e presença.

Deus nomeia a si mesmo, e ao fazê-lo Ele nos apresenta uma declaração autorizada de quem ele é e o que ele faz. Nesses sentidos seus nomes são revelatórios.

Yahweh, traz a conotação dos atributos de senhorio de Deus; Helohim, seu poder criativo; 

El-Shadai (Gn 17.1), sua força; El-Elyon, Deus o primeiro, o principal, o poderoso.
Assim, o mandamento não versa apenas sobre falar o nome de Deus. É mais amplo: é sobreportá-lo.

O que significa o nome de Deus? Deus põe seu nome sobre seu povo como em Nm 6.27 – “Assim eles invocarão o meu nome sobre todos os israelitas, e eu os abençoarei!” (Nm 6.27).

Assim nós pertencemos a Ele. Nossa identidade é ser povo de Deus. Levamos essa identidade conosco aonde quer que formos.

Sempre que transgredimos sua aliança geramos desonras ao nome de Deus que portamos. Manchamos a reputação de Deus, o seu bom nome.

Nesse sentido qualquer pecado é pecado, é uma violação do terceiro mandamento. Há um paralelo entre o terceiro mandamento e o Sl 24.3,4. “Quem subirá ao monte do Senhor? 

Quem há de permanecer no seu santo lugar?
O que é limpo de mão e puro de coração, que não entrega sua alma a falsidade, nem jura dolosamente”.

Juramentos e votos – Na Bíblia o juramento é realmente algo muito sério. A Escritura em geral nos ordena a jurar e fazer votos no nome de Deus.

Ex 22.10,11 – “Se alguém der ao seu próximo a guardar um jumento, ou boi, ou ovelha, ou algum animal, e morrer, ou for dilacerado, ou afugentado, ninguém o vendo,

então, haverá juramento do Senhor entre ambos de que não meteu sua mão na fazenda do seu próximo; e o seu dono aceitará, e o outro não o restituirá”. (Sl 22.25; 50.14; 61.8; 65.1).

Fazer juramento no nome de Deus e não no nome de qualquer outro deus é um sinal de lealdade a Ele (Dt 6.13; 10.20; Is 19.18; 65.16; Jr 12.16).

própria aliança é uma relação de compromisso sob juramento, tanto da parte de Deus (Gn 26.3; Dt 7.8; 29.12,14; Hb 6.6,17), como da parte do homem (Ex 24.3; Dt 27 – 28).

Nos Salmos citados aqui, fazer e cumprir votos é uma “sinédoque” para a adoração de Deus como um todo. 
Sinédoque é uma figura de linguagem fundamentada na relação de compreensão e que consiste no uso do todo pela parte, do plural pelo singular, do gênero pela espécie, etc e vice-versa. (Gn 22.16; Hb 6.13-17; Sl 89.3,49; 110.4; 132.11; Jr 11.5; Ez 23.11; Lc 1.73).

Jesus aceitou adjuração do sumo sacerdote (Mt 26.63,64). – Jesus porém guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus: 

Tu o dissestes; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho de Deus assentado a direita do Todo poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.

Ele estava em silêncio até aquele momento do seu julgamento, mas em resposta a adjuração, falou claramente do seu poder divino como Filho do homem.

Um anjo faz um juramento em Ap 10.5,6. O apóstolo Paulo apela para Deus como testemunha do seu ensino (Rm 1.9; 9.1,2; 2 Co 1.23; 11.31; Gl 1.20; Fp 1.8; 1Ts 2.5,10).

E conjura outros (1Ts 5.27). Outros personagens bíblicos fizeram juramentos (Gn 14.22,23; 21.23,24). O escritor aos Hebreus vê no juramento uma prática comum (Hb 6.16).

A Escritura em geral se refere aos juramentos como legítimos, úteis e importantes. São fundamentais para o nosso relacionamento de alianças com Deus e são importantes para manter relacionamentos piedosos com outras pessoas.

Todavia, surge um problema, quando Jesus parece proibir todo tipo de juramento. Ao citar também ouviste o que foi dito ao antigos; “Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para om o Senhor os teus juramentos ao Senhor.

Entretanto, eu vos afirmo: “Não jureis de forma alguma; nem pelos céus, que são o trono de Deus; nem pela terra, por ser o estrado onde repousam seus pés;

nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei. E não jureis por tua cabeça, pois não tens o poder de tornar um fio de cabelo branco ou preto.

Seja, porém, o teu sim, sim! E o teu não não! O que passar disso vem do maligno. (Mt 5.33-37; Tg 5.20).
Estaria nestas passagens Jesus proibindo juramento? Não existe nenhum outro lugar da Escritura onde haja qualquer repreensão contra alguém por ter feito um juramento. Há exemplos de juramentos falsos ou insensatos.

Vimos também que o compromisso por meio de juramento é essencial para nosso relacionamento com Deus; esse é um dado de especial importância. O certo é que o próprio Deus jura.

Para interpretar Mt 5.33-37 devemos ficar cientes que o Sermão do Monte não é apenas uma exposição da lei de Deus, mas também uma crítica das distorções judaicas dela.

Em primeiro lugar Jesus não está falando de todos os juramentos. Mas de juramento “pelo céu”, “pela terra”, ou “por Jerusalém”.

Tais juramento era frequentemente feito para fugir da responsabilidade solene de um juramento no nome de Yahweh.

Em Mt 22.16-22 Jesus ensina que jurar por qualquer coisa na criação é jurar por Deus, pois o nome de Deus habita em toda criação.

Observe que Jesus não tem a intenção de restringir o uso de juramentos. Essas passagens nos lembram da seriedade dos juramentos. 

Onde o envolvimento de Deus é inevitável. E de que há sanções divinas pela falha de cumprirmos nossos compromissos.

Imposição de juramento e juramentos informais, geram obrigações, assim como jurar por “Jerusalém” ou pela “minha cabeça”. Um simples sim ou não também nos obriga diante de Deus a cumprirmos com nossas palavras.

Nos novos céus e nova terra, os juramento, não serão mais necessários. Uma coisa devemos estar certos. Que quando falamos a verdade isto agrada a Deus. Na família de Deus é melhor que os juramentos sejam raros.

Nunca façamos um juramento onde possamos cometer pecados.

Fonte de pesquisa:
SOARES Esequias – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 1tri 2015
SOARES Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Outubro / 014
CHAMPLIN. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia Vl 3
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. Soc.
Teologia Sistemática – Vl.8 Editora Hagnus. SPaulo, 2003.
FRAME, John M. A Doutrina da Vida Cristã. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2013
PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
KEVAN, Ernest. A Lei Moral. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
Bíblia de Estudo Macartur – Versão Almeida Revista e Atualizada
Bíblia B. K. J. Sociedade Bíblica Íbero-Americana., SPaulo 2012
Comentário Bíblico Broadman V.1 – Gênesis - Èxodo. Editora Juerpe. Rio de Janeiro 1986.
Obs – As referências bíblicas desses estudo são da versão B.K.J atualizada


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Lição 04 - Não farás imagens de esculturas - 25.01.2015


Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo

                     Exodo 20.4-6; Deuteronômio 4. 15-19

http://nasendadacruz.blogspot.com

Reflexão: “Não farás para ti imagem de escultura nem semelhança alguma do 

que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da 

terra.....” (Dt 5.8-10).

Este mandamento fala da nossa perspectiva de Deus. Qual é a dimensão de 

nosso Deus? Temos o direito de formar imagens de Deus ou de Jesus Cristo? 

Como Deus se revela? A Bíblia nos ensina com muita clareza que não 

devemos fazer ou ter imagens de Deus. O conceito de imagem na mente do 

idólatra não é apenas uma semelhança do ser representado, mas em certo 

sentido é ele mesmo.

A imagem é coberta por uma força demoníaca que se comunica com o 

adorador, estabelecendo um laço de afetividade com aquele ídolo. Em outras 

palavras a imagem é uma representação de alguma coisa real ou irreal, física 

ou metafísica por desenho, pintura ou escultura de projeção humana.

Este segundo mandamento preceitua o verdadeiro culto a Deus como disse 

Jesus à mulher samaritana. (Jo 4.24) – “Deus é Espírito, e importa que os 

verdadeiros adoradores o adorem em espírito e em verdade”.

Dentro da Teologia católica romana a adoração às imagens não viola os 

mandamentos, chegando ao absurdo de afirmar que no tabernáculo tinha 

querubins e que Moisés fez a serpente de bronze (Ex 25.10-22; 1Re 6.23-28; 

7.23 – 26; Nm 21.8; Jo 3.14,15).

Estes argumentos não têm sustentação pois os querubins estão na arca dentro 

do Santo dos Santos e ninguém os via a não ser o sumo sacerdote uma vez 

A serpente de metal quando começou a ser adorada há uns seiscentos anos 

depois, o rei Ezequias tirou os autos, quebrou as estátuas e deitou abaixo os 

bosques, 

e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até aquele 

dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam de Neustã. (Ex 

26.33; Lv 16.2; Hb 9.3-5; 2Re 18.4). Mesmo assim tudo eram figuras e sobre os 

bens futuros (Hb 9.5-9; Jo 3.14,15). 

Em Ex 34.17 temos a proibição de fazer deuses  fundidos. Construir um deus 

ou uma imagem divina através do processo de fundição: Não farás para ti 

deuses fundidos. 

Esta severa advertência fora feita depois que Israel fez o bezerro de ouro e 

Deus renovou a aliança com o povo escolhido. Em Lv 19.4, lemos:  “Não vos 

virareis para os ídolos, nem fareis imagens de fundição (Lv 26.1).

Na Bíblia encontramos exemplos terríveis de uso de imagens com objetivo de 

ter algumas vantagens sobre os demais, visto que quem possuísse os ídolos 

da família tinha direito à maior parte da herança com a morte dos pais;

a exemplo de Raquel, esposa de Jacó (Gn 31.19).

 Em juízes 17.3; 18.30; Dt 4.15-18. Temos vários exemplos de uso de imagens 

– nunca aprovado por Deus e que trouxe muitos prejuízos à nação de Israel 

(1Re 12.28-31; 14.23).

Em Dt 4.19.20, temos a advertência de que o homem não deve reverenciar as 

estrelas, a lua e o sol. Muitas vezes deparamo-nos com esta forma de idolatria 

nas religiões animistas, nas culturas indígenas ou no velho culto babilônico 

chamado astrologia.

A astrologia não tem nenhuma relação com a astronomia, enquanto a 

astronomia é uma ciência moderna e avançada que estuda a constelação física 

das estrelas e o universo em geral. A chamada astrologia é a arte metafísica de 

adivinhar por meio de astros.

 O povo de Deus na antiga aliança foi fortemente advertido contra a astrologia. 

Os judeus receberam instruções proféticas para que não temessem  àqueles 

que seguem ou exercem essas práticas (Is 44. 25; Jr 10.2).

O profeta Isaias ainda fala do cansaço e da fadiga daqueles que consultam 

inutilmente os astros (Is 47.13). É digno de nota que neste mesmo capítulo 

Isaias fala da destruição da Babilônia, onde a astrologia era a religião oficial. 

No livro de Daniel percebemos que o poder e a influência da astrologia são 

bastante limitados. Os astrólogos babilônicos não conseguiram interpretar os 

sonhos do rei Nabucodonosor (Dn 2.27). 

Foi a adoração aos exércitos dos céus uma referência à fenomenologia  

astrológica que levou as dez tribos do norte ao cativeiro assírio. 

No reinado do ímpio Manassés, Judá, prostrou-se diante dos exércitos dos 

céus (2 Re 21.3).

A influência da astrologia babilônica foi interrompida pelo piedoso rei Josias (2 

Re 23.5). Aqueles você consulta horóscopo saiba que a maldição de Deus está 

sobre ele e sua família. 

Nos dias vetero testamentário quem quebrasse isto era maldito e abominável  

perante o Senhor e o povo dirá amém (Dt 27.15).

Existe hoje um abominável seguimento dito “cristão” que trocou a adoração ao 

Deus vivo e verdadeiro por uma forma de adoração que se assemelha em tudo 

ao antigo paganismo. 

Por exemplo: o culto às mulheres de um determinado grupo cristão paganizado 

tem sua origem em Babel ou Babilônia.

Foi lá que surgiu todas as formas de idolatria em uma rebelião contra Deus. 

Contrariando as ordens de Deus de se espalharem sobre a terra, Ninrode 

construiu nas planícies de Sinai uma cidade e uma torre cujo topo chegasse 

aos céus.  (Gn 11.4).

Esta foi a primeira rebelião contra Deus depois do dilúvio, a torre era um 

zigurate, que servia como templo para adoração das estrelas.  Foi em Babel 

que a primeira mulher foi adorada como mãe de “Deus” – Semíramis e seu 

abominável bebê. 

Segundo fontes históricas, Semíramis teve um filho a quem chamou Tamuz, 

que teria sido concebido de forma “miraculosa”. Conforme a tradição dos 

babilônicos, Tamuz foi morto por um animal selvagem e miraculosamente 

ressuscitou. 

Com o tempo, a  lenda de Semíramis e Tamuz espalhou-se pelo mundo, mas 

os nomes de seus personagens foram alterados conforme cada cultura e 

Na Assíria essa mesma mãe agora é Ishtar, e o filho Tamuz; na Fenícia eram 

Astarote e Baal; no Egito, Isis e Osiris, ou Horus; na Grécia eram Afrodite e 

Héros e em Roma Vênus e Cupido.

Essa nova Babilônia tornou-se a mãe de todas as prostituições. A sede deste 

abominável “cristianismo” está em um determinado país por esse mundo àfora.

Essa adoração às mulheres como mãe de Deus, é cantado em versos e prosas 

por cantores famosos. 

Embora, muitos destes conheçam os fundamentos da idolatria, mesmo assim, 

dedicam sua vida a propagação do abominável culto à essas citadas mulheres 

que eles chamam “mãe de Deus”.

Na antiguidade o paganismo tinha espalhado pelo mundo muitos centros de 

idolatria. O maior e mais famoso ficava na cidade de Éfeso, na Ásia Menor.

O templo da grande deusa Diana dos Efésios que toda Ásia e o mundo 

venerava (At 19.26-28, 34). 

Se pararmos um pouco para analisar, é exatamente isto que acontece no 

Brasil. Cada região ou cidade tem seu nicho de idolatria para as várias versões 

de “santos” e “santas”. 

A Bíblia deixa bem claro que há uma maldição de Deus sobre cada adorador 

de imagens de escultura (Dt 5.8-10).

“Não farás para ti imagem de escultura nem semelhança alguma do que há em 

cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

Não te encurvarás a elas, nem as servirás, porque Eu, o Senhor teu Deus, sou 

Deus zeloso que visito a maldade dos pais sobre os filhos, até à terceira e 

quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares 

aos que me amam e guardam os meus mandamentos” (Dt 5.8-10).

Fonte de pesquisa: SOARES Esequias – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 1tri 2015 

SOARES Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. 1ª. 

Edição. RJaneiro, Outubro / 014.

CHAMPLIN. Enciclopédia de|Bíblia teologia e Filosofia Vl3

REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. Soc. Religiosa Edições Vida Nova. SPaulo, 1992.

CHAFFER. Teologia Sistemática – Vl.8 Editora Hagnus. SPaulo, 2003.

FRAME, John M. A Doutrina da Vida Cristã. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2013

PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000

KEVAN, Ernest. A Lei Moral. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000 

Bíblia de Estudo Macartur – Versão Almeida Revista e Atualizada

domingo, 11 de janeiro de 2015

Lição 03 EBD CPAD - Não terás outros deuses - 18.01.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
1º. Trimestre / 2015
Deuteronômio 5.6,7; 6.1-6

Reflexão: “Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3; Dt 5.7).

Amar a Deus, temê-lo e adorá-lo de todo coração e sinceridade – Deus é um ser singular. Por isso, a nossa adoração e devoção devem ser exclusivas.


Desde a antiguidade, contratos, convênios ou constituições seculares requerem uma boa introdução.

Na Bíblia este preâmbulo representa mais que uma mera cláusula introdutória. Do preâmbulo ao decálogo é expressa a soberania de Deus e o legítimo domínio sobre o seu povo – Israel.

Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito da casa da servidão” (Ex 20.2; Dt 5.6).

Deus começa os Dez Mandamentos com o preâmbulo, antes de exigir deveres; antes de dar mandamentos, Deus liberta o seu povo.
A primeira ação de Deus é libertação, evangelho, dádiva – só depois vem as exigências. Eu sou o Senhor teu Deus” e “Eu te tirei da terra do Egito da casa da servidão”.

A primeira afirmação é uma declaração da autoridade divina. A segunda é uma afirmação daquilo que Ele faz:

“Eu sou o teu libertador” – uma declaração da salvação divina. Isto mostra que o fundo histórico dos Dez Mandamentos é o evangelho.

Esta expressão – “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito da casa da servidão”, é considerada o prefácio de toda a Lei (Ex 20.2).

Antes, Deus já tinha se revelado a Moisés em momentos distintos. Lá na sarça ardente (Ex 3.2-8, 13-15; 4.22,23; 5.1-3; 7.12). Agora, ao outorgar a Lei, Deus lembra que tirou Israel da casa da servidão.

A casa da servidão se tornou na Bíblia, o símbolo da opressão social que os filhos de Israel sofreram no Egito.

A terra dos faraós era uma terra de bênção como o jardim do Senhor (Gn 13.10; Dt 10.11).

Mas, por causa da opressão dos filhos de Israel, e pela dureza com a qual os mesmos eram tratados, passou a ser chamada na história como um quartel de escravos.

Daí a expressão bíblica, casa da servidão (Dt 5.6; 6.12; 7.8; 8.14; 13.5,10; Is 24.17; Is 6.8; Mq 6.4).

Os judeus da atualidade consideram Ex 20.2 e Dt 5.6, como parte do primeiro mandamento. O núcleo do primeiro mandamento é: Não terás outros deuses diante de mim (Ex 20.3; Dt 5.7).

Quando Deus diz a Israel que o tirou da casa da servidão, essa afirmação apresenta o importante argumento de que o livramento misericordioso de Deus precede as exigências da lei e forma a base para a obediência de Israel. A graça precede e motiva as obras – Esse relacionamento entre graça e obras é o mesmo na nova aliança.

Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20.3; Dt 5.7). O primeiro mandamento é o testemunho da singularidade de Deus.

Vemos como o Senhor revela seu caráter, seu ser e sua ação. Não terás outros deuses diante de mim, atinge diretamente a idolatria.

Quando Deus fez essa proibição, os filhos de Israel estavam envolvidos com o bezerro de ouro (Ex 32.1-10). A religião revelada no Sinai é plenamente contra a idolatria e abomina as imagens de escultura.

A versão crítica ou negativa ao primeiro mandamento, é a condenação explícita de qualquer forma de idolatria, seja visível ou invisível.

De todas as práticas das religiões falsas, o povo de Deus deve se abster: adivinhação, feitiçaria, necromancia, bruxaria, sacrifícios humanos e superstições (Lv 18.21-30; 19.26,31; 20. 6,27; Dt 16.21; 18.9-14).

Apenas o Deus verdadeiro deve ser adorado e somente ele conhece o futuro. Ele é o único a quem o crente deve ajuda sobrenatural.

Qualquer grupo religioso que se intitule de cristão ou não, que adore imagens de escultura sob qualquer pretexto ou em nome de algum personagem, seja em cima nos céus, embaixo na terra ou debaixo da terra, está invocando demônios.

Qualquer culto ou oferenda que se faz aos elementares da terra, do ar ou das águas, são oferendas aos demônios.

Em sua primeira carta aos Co 10.18-21, o apóstolo afirma que as coisas sacrificadas aos ídolos são na verdade sacrificadas aos demônios e não a Deus.

Nos sacrifícios do AT a oferta era em favor de todos que comiam (Lv 7.15-18). Por meio deste ato as pessoas se identificavam com a oferta e afirmavam a sua devoção a Deus, a quem ela era oferecida.

Paulo por meio disto está declarando que qualquer sacrifício feito a um ídolo, significa identificar-se com esse ídolo. Um autêntico cristão não pode participar de nenhuma adoração a algum ser, a não ser a Deus.

Os ídolos e as coisas sacrificadas a eles não têm natureza espiritual nem poder nelas mesmas (1Co 10.6-8), pois os ídolos representam demônios (Ef 6.10-18).

Nos ídolos não há nada de Deus, mas, uma força espiritual satânica (Dt 32.17; Sl 106.37).

Os ídolos são artifícios em forma de imagens. Nada são, não possuem nenhum prestígio, não entendem. Têm olhos e não vêm; têm ouvidos e não escutam; têm lábios e não falam; têm cabeça e não pensam; têm braços que não se movimentam e pés que não andam (Sl 115.4-8).

São muitas as referências bíblicas que nos mostram com detalhes as implicações do primeiro mandamento (Ex 22.20).

Sacrificam aos deuses e não somente ao Senhor. Levam a destruição. Sacrifícios a ídolos é uma calamidade.

O testemunho das Escrituras é: Não se encurve às imagens de escultura (Dt 5.6-10).

Dt 13 e 14 referem-se às três espécies mais comuns de idolatria praticadas por Israel:

Altares, colunas e poste-ídolos (Ex 34.13). Essas formas visíveis tornaram-se práticas comuns no reino dividido (1º. e 2º. Reis). Por ser zeloso, Deus adverte o povo escolhido a não adorar esses deuses (Ex 34.14).

É necessário derrubar os altares, quebrar as colunas e cortar os poste-ídolos. Isso aconteceu apenas duas vezes na história de Israel:

No reinado de Ezequias (2Re 18.1-4) e Josias (2Re 22.1,2; 2Cr 34.4). Em ambos os casos o povo presenciou um avivamento espiritual.

Confiar na suficiência de Deus – A visão positiva é evidente nesta frase “Não terás outros deuses”. Nós não precisamos de deuses, porque podemos confiar na suficiência de Deus.

Não temos motivos para querer outros deuses ou precisar deles. Se Deus nos é suficiente, confiamos e esperamos somente nele.

Se temos um problema para resolver, uma decisão a tomar, oramos, acreditando que ele nos guia, como Pedro sugeriu: “...lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.7).

Para aquele que crê na suficiência de Deus restam apenas palavras de gratidão e adoração. Salomão orou: “Ó Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus, nem embaixo na terra, como tu que guardas a aliança e a misericórdia a teus servos que de todo o coração andam diante de ti” (1Re 8.23).

Em meio a todo culto a Baal no monte Carmelo, a confiança na suficiência de Deus foi renovada, quando o fogo do Senhor consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e ainda lambeu a água que estava na valeta ao redor do altar.

Lá o povo novamente reconheceu a singularidade e exclusividade de seu Deus e confiou na suficiência dele: “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! (1Re 18.39).

A crença na suficiência de Deus também caracteriza a oração do rei Ezequias relatada em (1Re 19.15-19) e em (Is 37.16-20).

Nela o rei exéquias expressa sua total fé na suficiência, singularidade e exclusividade do Deus Javé: “Ó Senhor Deus de Israel, tu estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizestes os céus e a terra (2Re 19.15; Is 37.16b).

O período dos juízes encerra a triste história de um ciclo vicioso de quatrocentos e trinta anos de infidelidade espiritual de Israel.

Toleraram-se outros povos, casaram-se com mulheres pagãs, adoraram deuses falsos, tornaram-se cativos de reis estrangeiros, choraram por socorro, eram libertados por Deus mediante juízes para depois repetirem as lições não aprendidas.

O texto de 2Reis 17.33, relata a origem do sincretismo religioso dos samaritanos. Segundo o testemunho do Saltério, haverá glória, alegria, comunhão e domínio divino entre os que temem ao Senhor (Sl 16.1-3; 97.1-6, 8-12). Mas muitas penas e confusão entre os que servem imagens de esculturas (Sl 97.7).

Repetidas vezes os profetas se levantaram contra a idolatria do povo de Deus (Is 57.5-8; Jr 2.20,24; 3.6; Ez 6.1-14; Os 2.3,5), condenando de forma específica a prostituição espiritual nos lugares altos, em Israel e Judá.

As trágicas consequências da desobediência ao primeiro mandamento são: pestinência, morte, fome, rejeição, deportação, pragas e, separação da comunhão com o Senhor.

Daí podemos concluir que quebrar o primeiro mandamento significa cultuar qualquer coisa visível ou invisível, exterior ou interior, pessoal ou impessoal.

“...sabemos que o ídolo de si mesmo nada é (1Co 8.4). Com isso ele minimiza a questão, não querendo dizer que os ídolos não são uma realidade, mas que eles não possuem nenhuma divindade em si.


Fonte de pesquisa: SOARES Esequias – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 1tri 2015
SOARES Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Outubro / 014.
CHAMPLIN. Enciclopédia de|Bíblia teologia e Filosofia Vl3
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. Soc. Religiosa Edições Vida Nova. SPaulo, 1992.
CHAFFER. Teologia Sistemática – Vl.8 Editora Hagnus. SPaulo, 2003.
FRAME, John M. A Doutrina da Vida Cristã. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2013
PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
KEVAN, Ernest. A Lei Moral. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
Bíblia de Estudo Macartur – Versão Almeida Revista e Atualizada