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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Deus Abomina a Soberba – Lição 05 – EBD CPAD – 4º. Tri 02.11.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 4.10-18

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.  Analisar a soberania divina na vida de Nabucodonosor.
2. Saber que Deus falou com Nabucodonosor por intermédio de sonhos.
3. Compreender a fidelidade da pregação de Daniel para o rei.

 CONSIDERAÇÕES
A prova da soberania de Deus – Deus revelou ao profeta Jeremias que havia escolhido Nabucodonosor para ser o instrumento através do qual puniria a Judá e demais nações por sua desobediência ao Senhor.
Apesar de Nabucodonosor ter se tornado um ‘instrumento” usado por Deus para corrigir seu povo, mesmo assim ele foi um dos homens mais ousados contra a soberania de Deus, talvez, superado apenas, pelos construtores de Babel, seus ancestrais.                    
“Eis que eu enviarei, e tomarei todas as gerações do norte, diz o Senhor, como também a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e sobre todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente, e pô-los-ei em espanto, e em assobio, e em perpétuos desertos.
E toda esta terra, virá a ser um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia 70 anos” (Jr 25.9,11).
Segundo os historiadores cristãos, Nabucodonosor reinou na Babilônia entre os anos 605 a 562 a.C. E foi um rei que Deus o constituiu dominador de todas as nações do mundo de então.
Em 570 a.C., Nabucodonosor dá um testemunho de si mesmo, declarando: “Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
Quão grandes são os seus sinais e quão poderosas são as suas maravilhas. O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração” (Dn 4 1-3).
Neste capítulo, o rei descreve a sua própria experiência, anunciando os sinais e maravilhas que Deus havia operado nele.
Ele reconheceu que este Deus está acima de todos os outros deuses e que o reino de Deus é sempiterno e superior ao reino da Babilônia.
A partir do versículo 4, o rei dá um testemunho da sua experiência: “Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa, e feliz no meu palácio.
Tive um sonho, que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões da minha cabeça me turbaram” (v 4,5).
Muitas vezes, quando o homem está na sua tranquilidade e felicidade, pensando que tudo está bem, Deus lhe mostra algo que o leva a fazer profundas reflexões.
Em Isaias cap. 14, Deus, ao julgar as nações, profetizou contra a Babilônia. Os vers. 12 a 15 são palavras proferidas contra o rei da Babilônia representando Satanás: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!”
Isso corresponde a árvore que chegou até aos céus e que agora foi cortada. Deus lhe havia entregue todas as nações, mas agora cortou.
Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”.
O princípio de Satanás é o de elevar-se cada vez mais para ser igual ao Altíssimo. Isso é orgulho sobre orgulho. A árvores já havia chegado até o céu e já podia ser vista dos confins da terra, mas queria chegar ainda mais alto.
Então chegou o vigilante com um mandado de cortar a árvore. “Contudo serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo”. Esse é o fim de Satanás, o orgulhoso.
Deus fala novamente a Nabucodonosor por meio de sonhos – O rei teve mais um sonho que o deixou muito perturbado. Sonhos, foi a forma que Deus usou para se revelar a Nabucodonosor como a nenhum outro homem na face da terra.
E através desses sonhos, Deus lhe revelava seus desígnios, tanto com relação à história dos reinos deste mundo, como acerca do próprio rei, conforme podemos ler em Jó 33.14-19.
“Antes, Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso”. Em sonho ou em visão de noite, quando cai sono profundo sobre os homens e adormecem na cama. Então, abre os ouvidos dos homens, e lhes sela a sua instrução, para apartar o homem do seu desígnio e esconder do homem a soberba; para desviar a sua alma da cova e a sua vida, de passar pela espada.
Também na sua cama é com dores castigado, e com incessante contenda dos seus ossos” (Jó 33.14-19).
Em sua perturbação o rei desejava que alguém pudesse interpretar o seu sonho à semelhança do que havia feito a 33 anos passados, quando teve um sonho de uma estátua com a cabeça de ouro, os peitos e os braços de prata, o ventre e a coxa de bronze, as pernas de ferro, e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
O rei convoca todos os sábios, magos, encantadores, caldeus, feiticeiros, e lhes contou o seu sonho; mas ninguém conseguiu interpretá-lo.
Desta vez, porém, o rei não ficou furioso a ponto de querer matar todos os sábios. Por fim, Daniel apresentou-se ao rei.
E o rei contou-lhe o sonho. Nabucodonosor entendia que para Daniel não havia mistério que lhe fosse difícil, pois ele servia a um Deus que revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas e com ele mora a luz (Dn 2.22).
Então o rei disse-lhe o que vira em sonho e pediu a Daniel que desse a interpretação (Dn 4.8,9).
Daniel tinha o espírito de sabedoria e revelação, dados por Deus. A esses dons de revelações dados por Deus a Daniel, Nabucodonosor chamava de espíritos dos deuses santos.
Então o rei descreveu o sonho a Daniel: “Eram assim as visões da minha cabeça quando estava no meu leito: Eu estava olhando, e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande; crescia a árvore, e se tornava forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu; e era vista até os confins da terra.
A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e todos os seres viventes se mantinham dela” (vs. 10-12).
Daniel interpretou a visão dizendo: “A árvore.... és tu, ó rei, que crescestes, e vieste a ser forte; a tua grandeza cresceu, e chega até o céu e o teu domínio até a extremidade da terra” (vs. 20,22).
Essa visão prefigura os governos do mundo que ao se desenvolverem ficam cada vez mais altivos e não reconhecem a Deus.
Deus concedeu tal governo a Nabucodonosor e permitiu que se desenvolvesse dessa forma. Se Nabucodonosor não se orgulhasse, tal prosperidade permaneceria porque esses eram sinais e maravilhas que Deus estava fazendo sobre ele, como ele mesmo testificara.
Os vs. 13-17, dizem que o rei em seu sonho viu um vigilante, um santo que descia do céu clamando fortemente e dizendo: “Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves de seus ramos.
Mas o tronco, com as suas raízes, deixai na terra e, com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais na grama da terra.
Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e seja lhe dado coração de animal; e passe sobre ele sete tempos (anos).
Esta sentença é por decreto dos vigiadores; e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre ele”.
Essa foi uma palavra de advertência a Nabucodonosor, a fim de que não se orgulhasse, para que reconhecesse a obra do Altíssimo e que tudo que ele havia conseguido, lhe havia sido dado por Deus.
Esse não deveria orgulhar-se pelo fato de haver derrotado a Síria e o Egito. Esses foram sinais e maravilhas de Deus. Deus dá o reino a quem ele quer.
 A pregação de Daniel – Depois de relatado o sonho, o rei pediu a Daniel que lhe interpretasse o sonho sem temor, mesmo que o sonho fosse negativo (vs. 19).
Daniel disse-lhe que a árvore era ele mesmo, Nabucodonosor. O Altíssimo decretou que viria contra o rei. O rei seria expulso de entre os homens, e a sua morada seria com os animais do campo.
Dar-lhe-iam para comer erva com os bois, e seria molhado do orvalho do céu; e passar-se-iam sete tempos (anos), até que ele conhecesse que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Quanto ao que foi dito que deixasse a sepa da árvore com as suas raízes, indicava que ele seria restituído depois que tivesse conhecido que o céu domina.
Então Daniel disse ao rei que aceitasse seu conselho e pusesse fim aos seus pecados pela injustiça, e às suas   iniquidades usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongasse a sua tranquilidade.
Com toda riqueza da Babilônia, milhares de homens, mulheres e crianças viviam na mais extrema miséria, e esse clamor tinha chegado diante de Deus.
Mas o rei não acatou o conselho de Daniel e todas as coisas lhe sobrevieram.
Passados doze meses desde a interpretação do sonho, o rei admirava-se do seu reino dizendo: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com grande poder, e para a glória da minha majestade?” (Vs. 30).
Deus já lhe falara por Daniel que ele devia humilhar-se e reconhecer que quem faz todas as coisas, que dá o reino a quem quer e que se agrada dos humilde é Deus.
Mas Nabucodonosor viu o seu reino e ensoberbeceu-se. Nabucodonosor não se humilhou e o cumprimento do sonho aconteceu.
Ele foi forçosamente humilhado tornando-se como um boi no campo. “Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos (anos, por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer” (vs. 32).
Após sete tempos (anos), Deus teve misericórdia do rei, e restaurou-lhe à condição normal: “Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos aos céus, e tornou-se-me a vir o entendimento, e eu bendisse o altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para todo o sempre, cujo domínio é sempiterno e cujo reino é de geração em geração.
Todos os moradores da terra são por ele reputados como nada; e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (vs 34,35).
O Senhor tem o domínio. Todos os governos da terra estão debaixo da sua autoridade celestial.
E tão logo me tornou a vir o entendimento, também para a dignidade do meu reino tornou a vir a minha majestade e o meu resplendor;
Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza” (vs 36).
Quando se humilhou e reconheceu o domínio do Deus Altíssimo, Deus lhe restituiu o reino.
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao rei do céu; porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (vs.37).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
ARCHER .Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. SPaulo, 2001. Editora Vida
ERICKSON. Milard J. Escatologia – A polêmica em torno do Milênio. SPaulo, 2010. Ed. Vida Nova
SZPILMAN. Marcelo. Judeus – Suas extraordinárias Histórias e Contribuição para o Progresso da Humanidade. RJaneiro, 2012. Mauad Editora Ltda. Ltda.
LOPES, Hernandes Dias. Um Homem Amado no Céu. SPaulo, 2005. Editora Hagnos
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais.RJaneiro, 2010. Edit. Central Gospel Ltda.
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética. SPaulo. Editora Hagnos.

Bíblia de Estudo de Genebra. SPaulo.  Editora Cultura Cristã e SBB

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Providência Divina na Fidelidade Humana – Lição 04 – EBD CPAD – 4º. Tri 26.10.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 3.1-7,14

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.  Analisar a tentativa de Nabucodonosor de instituir uma religião mundial.
2. Conscientizar-se de que não podemos aceitar a idolatria.
3. Compreender a fidelidade dos amigos de Daniel ante a fornalha ardente.

 CONSIDERAÇÕES
A tentativa de se instituir uma religião mundial – Vinte e cinco anos haviam se passado entre a deportação de Daniel e seus companheiros para a Babilônia, desde 605 a.C., até aquele momento 580 a.C.
E vinte e três anos da interpretação do sonho da estátua da cabeça de ouro, peito de prata, ventre de bronze, pernas de ferro e pés de ferro com parte de barro.
Nabucodonosor provavelmente já havia se esquecido do milagre que Deus tinha operado, quando ele mesmo reconheceu ao afirmar que o Deus de Daniel era o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos.
Agora ele manda construir uma imagem de ouro que media 60 côvados de altura e seis côvados de largura, o equivalente a 27m de altura e 2.70cm de largura.
Levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia. Então mandou ajuntar todas as autoridades e oficiais das províncias para que viessem à consagração da imagem.
O arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas:
No momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro, que o rei Nabucodonosor levantou.
Qualquer que se não prostrar e não a adorar, será no mesmo instante lançado na fornalha de fogo ardente. (Dn 3.4-6).
Na verdade, o império babilônico foi o primeiro grande império mundial a    construir uma grande estátua que deveria ser adorada por todos os súditos do império.
É digno de nota, que em nenhum momento se identifica a estátua da planície de Dura com algum dos deuses babilônicos.
Algo semelhante sucederá na segunda metade da septuagésima semana de Daniel, que se relaciona diretamente com a história de Israel (entenda-se semana de anos equivalendo cada dia a um ano, portanto, sete anos) Gn 29.18-21, 25-27; Nm 14.34.
Nos três anos e meio finais desta semana (Dn 9.24-27), o Anticristo levantará a sua imagem no templo em Jerusalém, e fará que todos os povos e nações adorem-na; isto é revelado em Ap 13. 11,12.
 “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão exerce toda autoridade da primeira besta na sua presença.
Faz com que a terra e os seus habitantes adore a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.  
Essa outra besta é o falso profeta. A primeira besta é o Anticristo. O falso profeta ergue uma imagem do Anticristo no templo em Jerusalém e fará com que todos os habitantes da terra adorem-na.
Os versículos 14 e 15 de Ap 13, dizem: “E engana os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu, e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que, não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.
Nabucodonosor era como a outra besta, o falso profeta, fazendo todos os povos e nações adorarem a imagem de ouro que havia levantado. Quem não adorasse essa imagem seria morto.
Ao longo das eras, Satanás sempre perseguiu o povo de Deus com a idolatria, procurando, por todos os meios, desviar o povo de Deus da adoração ao único e verdadeiro Deus.
Isto aconteceu no tempo de Daniel, acontece ainda hoje e acontecerá no final desta era, com o aparecimento do Anticristo.
 O desafio da idolatria – Quando todos os povos ouviram a música, prostraram-se e adoraram a imagem de ouro que o rei havia levantado (Dn 3.7).
Os companheiros de Daniel, no entanto, não se curvaram diante da imagem. Ora, no mesmo instante, se chegaram alguns homens caldeus, e acusaram os judeus e disseram ao rei Nabucodonosor:
Ó rei, vive eternamente! Tu, ó rei, baixaste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da música, se prostraria e adoraria a imagem de ouro, e, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado na fornalha de fogo ardente.
Há uns homens judeus, que tu constituísse sobre os negócios da província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti, a teus deuses não servem, nem adoram a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.8-12).
A Bíblia nos ensina que devemos estar sujeitos às autoridades superiores, porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas (Rm 3.1).
Eles não obedeceram a ordem do rei, porque essa ordem foi contra o princípio de Deus. Aos que Deus constituiu, sejam governantes, oficiais, policiais, devemos obedecer.
Mas se é para negarmos a Deus e adorarmos a ídolos, então precisamos ser fortes. Podemos obedecer em tudo, menos nisso.
Essa foi a posição dos companheiros de Daniel. Eles serviam ao único e verdadeiro Deus do céu. Sabiam que imagem nenhuma poderia ser adorada como se fosse Deus.
Em Ex 20.2,3; Deus falou, ao ordenar os dez mandamentos, para que seu povo não tivesse outros deuses nem fizessem imagem de escultura para adorar, porque só o Senhor é Deus.
Então Nabucodonosor irado e furioso, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-nego, e lhes perguntou porque não adoraram a imagem que ele havia levantado.
E os ameaçou a lhes lançar na fornalha de fogo ardente (Dn 3.13-15), e os desafiou dessa maneira: Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó rei Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser nos livrar da fornalha de fogo ardente, ele nos livrará.
Senão, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.16-18).
Foram tão ousados porque sabiam que Deus poderia livrá-los. Mas, mesmo que Deus não os livrassem, não se curvariam diante da imagem. Eles resistiram à perseguição da idolatria.
O próprio rei se havia prostrado diante de Daniel, após ele interpretar seu sonho, 23 anos antes. E ainda falou na frente de todos, que o Deus de Daniel era o Deus dos deuses e o Senhor dos reis.
A fidelidade a Deus ante a fornalha de fogo ardente – Satanás procurou eliminar os amigos de Daniel lançando-os na fornalha de fogo ardente.
É importante entender que não fomos chamados para sermos advogados de Deus, mas, suas testemunhas.
Os três jovens não entraram numa discussão infrutífera. Eles não tentaram defender Deus. Eles apenas, testemunharam dele, mostrando que estavam prontos a morrer, mas não a ser infiéis a Deus.
Nabucodonosor tenta intimidá-los, dizendo que Deus nenhum poderia livrá-los de suas mãos, mas eles não tentam defender a reputação de Deus, procuram apenas obedecer (Dn 3.15-18).
Devemos ser fiéis a Deus não apenas pelo que Deus faz, mas por quem Deus é. Aqueles jovens não serviam a Deus por causa dos benefícios recebidos.
A religião deles não era um negócio, uma barganha com Deus. Eles serviam a Deus por causa do caráter de Deus.
A resposta dos três companheiros de Daniel irritou a Nabucodonosor que se encheu de fúria e ordenou que se acendessem a fornalha sete vezes mais do que se costumava, e que os lançassem atados na fornalha de fogo ardente.
A fornalha estava tão quente que os soldados que lançaram os três dentro dela, morreram queimados.
Estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
Então o rei Nabucodonosor se espantou e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados?
Respondeu e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus” (Dn 3.23-25).
Então chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, e falou, e disse: Sadraque, Mesaque  e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde.
Então Sadraque, Mesaque  e Abede-Nego  saíram do meio do fogo (Dn 3.16). Todos se admiraram que nenhum dos três haviam sofrido dano algum.
Os seus cabelos não se chamuscaram, as suas vestes não se queimaram, nem mesmo havia cheiro de fumaça neles (Dn 3.27).
Então o rei disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque  e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos a servirem e adorar a qualquer outro deus, senão o seu Deus.
Portanto faço um decreto, pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmias contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, seja despedaçado, porque não há outro deus que possa livrar como este Deus (Dn 3.28,29). O resultado dessa perseguição foi a exaltação do nosso Deus.
Antes, Nabucodonosor havia dito: Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos. Mas agora diz: Não há Deus que possa livrar como este.
Os três companheiros de Daniel não somente venceram a perseguição da idolatria, como também, por causa do seu testemunho, o único e verdadeiro Deus do céu, foi bendito e exaltado pelo rei terreno.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
ARCHER .Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. SPaulo, 2001. Editora Vida
ERICKSON. Milard J. Escatologia – A polêmica em torno do Milênio. SPaulo, 2010. Ed. Vida Nova
SZPILMAN. Marcelo. Judeus – Suas extraordinárias Histórias e Contribuição para o Progresso da Humanidade. RJaneiro, 2012. Mauad Editora Ltda. Ltda.
LOPES, Hernandes Dias. Um Homem Amado no Céu. SPaulo, 2005. Editora Hagnos
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais.RJaneiro, 2010. Edit. Central Gospel Ltda.
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética. SPaulo. Editora Hagnos.

Bíblia de Estudo de Genebra. SPaulo.  Editora Cultura Cristã e SBB

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Deus que Intervém na História – Lição 03 – EBD CPAD – 4º. Tri 19.10.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 2.12-23

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.  Conhecer o sonho perturbador de Nabucodonosor.
2. Analisar a atitude sábia de Daniel perante o rei.
3. Compreender a interpretação do sonho de Daniel.

 CONSIDERAÇÕES
A cidade de Babilônia, localizada acerca de 80km Sul da atual Bagdá, é a segunda mais influente cidade sobre a terra. Fundada pouco mais de 100 anos após o dilúvio por um grupo de descendentes rebeldes de Noé.
Babilônia foi um viveiro de idolatria e heresias. A Bíblia a menciona por 280 vezes. Somente Jerusalém ultrapassa esta marca sendo mencionada por mais de 300 vezes.
A Babilônia bem poderia ser chamada de “Cidade de Satanás”, pois, rapidamente tornou-se a fonte de todo tipo de heresias e blasfêmias.
A cidade cresceu em sua influência e rebeldia contra Deus. O Senhor, ao castigá-la, “confundiu a linguagem de toda a terra”, na torre de Babel, dispersando o povo (Gn 11.9).
Em 626 a.C., Nabupolossar – pai de Nabucodonosor, tornou-se rei da Babilônia e mudou o curso da história antiga.
Rapidamente ele pôs fim ao domínio de seu antigo rival, a Assíria, e na época de sua morte em 605 a.C., já havia eliminado o império assírio e o incorporado àquele que se tornou conhecido como o império neo-babilônico ou caldeu.
Esses acontecimentos tiveram implicações significativas para Judá, o remanescente da nação de Israel. No mesmo ano da morte de Nabupolossar, o rei Jeoaquim, de Judá, tornou-se vassalo de Nabucodonosor (2Re 24.1).
Nabucodonosor levou o império iniciado por seu pai a alcançar domínio ainda maior, eventualmente deportando muitos judeus para a Babilônia.
Daniel viveu em meio a todos esses acontecimentos marcantes, e tornou-se confidente de Nabucodonosor ao longo do reinado deste, de 605 a 562 a.C.
Daniel foi levado para o cativeiro aos 15 anos de idade e quando interpretou o sonho de Nabucodonosor, tinha mais ou menos 18 anos de idade.
Mais tarde, com 85 anos, serviu com igual distinção na corte de Ciro, o governante persa que conquistou a Babilônia.
O sonho perturbador de Nabucodonosor (Dn 2.1-15) – Deus revela de maneira maravilhosa, sua soberania sobre os governos do mundo; a destruição dos megas-impérios e o estabelecimento vitorioso do reino de Cristo.
A Babilônia é a dona do mundo, conforme observou Isaias. “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus a transtornou.
Nunca mais será habitada, nem nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores farão deitar ali os seus rebanhos.
Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali” (Is 13.19-21).
As glórias da Babilônia atingiu o seu apogeu. De repente, o sonho do rei tira não apenas seu sono, mas também a paz de todos os seus sábios.
O sonho de Nabucodonosor lhe tirou o sono e perturbou seu espírito, isto é, foi golpeado e encheu-se de ansiedade, insegurança e medo.
Seu sonho revelou a fragilidade dos poderosos. Nada, nem ninguém poderia ameaçar a fortaleza do reino de Nabucodonosor.
Ele tinha poder, riqueza e fama. Sua palavra era lei. Suas ordens não podiam ser questionadas. Mas, agora o rei foi abalado. Sentiu que alguém maior que ele o ameaçava.
A segurança de seu império estava ameaçado por algo fora do seu controle. Algo invisível e além deste mundo. O rei mandou chamar os sábios da Babilônia, mas eles não puderam contar o sonho nem dar sua interpretação ao rei.
Quem eram esses sábios? Em primeiro lugar, os magos. Eles eram possuidores de conhecimento dos mistérios sagrados e das ciências ocultas.
Em segundo lugar, os encantadores. Eles eram astrólogos, ou seja, aqueles que se dedicavam a contemplar os céus e buscar sinais nas estrelas com o propósito de predizer o futuro.
Em terceiro lugar, os feiticeiros. Eram aqueles que usavam a magia, invocando o nome de espíritos malignos.
E por fim, os caldeus. Eram uma casta sacerdotal de homens sábios da própria Babilônia.
A resposta desses sábios acerca da incapacidade deles era baseada em vários argumentos. De acordo com (Dn 2.10,11), eles disseram ao rei: “...não há ninguém sobre a terra que possa declarar a palavra ao rei;
pois nenhum rei há, grande ou dominador, que requeira coisas semelhantes de algum mago ou astrólogo, ou caldeu, porque o assunto que o rei requer é difícil; e ninguém há que o possa declarar diante do rei; senão os deuses, cuja morada não é com a carne”.
Nabucodonosor revela sua prepotência, até mesmo nas hora de perturbação do espírito.
Ele demonstrou isso de três maneiras:
1.           Exigindo dos homens o que eles não poderiam oferecer.
2.           Oferecendo vantagens financeiras e promoções. O rei tinha poder e riquezas nas mãos. Com essas duas armas pensava que podia pôr o mundo debaixo de seus pés.
3.           O rei determinou o extermínio dos sábios para satisfazer um capricho pessoal. (Dn 2.5, 8, 9, 12, 13)
O rei não respeitou as limitações dos sábios. Acusou-os de esperteza e conspiração e determinou o extermínio de todos.
A atitude sábia de Daniel (Dn 2.16-30) – Ao tomar conhecimento do decreto do rei, Daniel toma três atitudes importantes para a solução daquele intrincado problema.
Em primeiro lugar, ele vai ao rei e pede tempo (v.16); Daniel tem iniciativa e ousadia. Reconhece sua limitação, mas demonstra confiança na intervenção divina.
Em segundo lugar, Daniel vai aos amigos e pede oração (v.17). Daniel acreditava que ainda havia recursos na oração.
Ele sabia que quando os crentes se unem à oração, isto agrada a Deus, e a vitória é certa.
Em terceiro lugar, Daniel vai a Deus e pede misericórdia (v.18). Ele ora ao Deus dos céus.
O nosso Deus está acima do céu, isto é, acima do sol, da lua e das estrelas que os babilônios adoravam.
Enquanto os caldeus adoravam os astros, Daniel adora ao Deus criador dos astros. Daniel se aproxima de Deus pedindo misericórdia. A oração é um ato de humildade.
Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão à noite. Daniel exalta a Deus reconhecendo que ele tem todo poder e sabedoria acima do poder de Nabucodonosor e de todos os sábios e poderosos deste mundo.
A resposta veio a Daniel através de uma visão de noite, (v.19,22) – “Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.
Falou Daniel, dizendo; Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele são, a sabedoria e a força.
Ele muda o tempo e as estações Ele remove os reis e estabelece os reis. Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz”.
Daniel bendisse a Deus porque ele é o Senhor do tempo. As rédeas da história estão nas mãos de Deus, não nas mãos dos poderosos deste mundo.
Daniel disse para Nabucodonosor que seus sucesso foi ação de Deus e não mérito seu (v 37,38). Deus é quem remove reis e os estabelece. Ele levanta reinos e abate reinos. A história está nas mãos de Deus.
Daniel conta o sonho e interpreta-o (Dn 2.31-45) – Daniel pediu para ser introduzido na presença do rei para revelar-lhe o sonho.
Respondeu o rei, e disse a Daniel cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o que vi no sonho e sua interpretação? Respondeu Daniel na presença do rei e disse:
O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos, nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela os mistérios; pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias (v 26-28).
Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, e em parte de barro.
Quando estavas olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mão, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.
Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios.
Mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra (v.31-35).
Daniel descreve o sonho da estátua como um contraste entre os reinos do mundo e o reino de Cristo. A estátua vista em sonho por Nabucodonosor tinha quatro destaques:
Em primeiro lugar ele fala acerca da cabeça de ouro. Nabucodonosor foi chamado de rei de reis (v.37). Ele era a cabeça de ouro.
Ele governou a Babilônia durante 41 anos. Transformou-a no maior império e na maior cidade do mundo. A Babilônia era uma cidade quadrangular e media 24km de cada lado.
Suas muralhas, segundo Champlin, mediam 106m de altura por 23 de largura, e tinha 1.000.000 de habitantes. Por isso ela era chamada de ornamento dos reinos, glória e soberba dos caldeus.
As riquezas e o poder da Babilônia foram dadas por Deus a Nabucodonosor (v.37,38). A Babilônia deu ao mundo a organização da legislação. (Código de Hamurabi).
Em segundo lugar Daniel interpretou o peito e os braços de pratas (v.32-39). O peito e os braços de prata simbolizava o império medo-persa.
Como a estátua indicava os dois pratos ligados pelo peito representam a união de dois povos: os medos e os persas.
Nesse reino, o rei não estava acima da lei, mas sob a lei. A lei era maior que o rei. O rei tinha menos autoridade.
O império medo-persa deu ao mundo o aperfeiçoamento do sistema tributário.
Em terceiro lugar, Daniel fala sobre o ventre e os quadris de bronze (v.32,39), que representa o império grego macedônio estabelecido por Alexandre Magno, filho de Felipe II, da Macedônia.
Alexandre magno dominou o mundo inteiro, mas esse reino desintegrou-se com a sua morte. O império grego deu ao mundo a cultura, a língua e os jogos. 
Em quarto lugar Daniel interpreta o significado das pernas de ferro e dos pés de ferro e barro (v.33, 40-43).
Esse é o império mais importante que os outros. Trata-se do império romano. Era o mais forte dos quatro. Mas, internamente, seu valor era inferior aos seus predecessores, como o ferro é inferior aos outros metais.
Ao mesmo tempo, o império romano era forte como o ferro: (exército, leis e organização política), mas débil como o barro (baixo nível moral).
O império romano deu ao mundo o aperfeiçoamento da legislação (o direito romano).
Finalmente, Daniel explica a respeito da pedra que esmiúça a estátua ( v. 34,35,44,45). A pedra representa o reino de Cristo, que vem, e destrói todos os reinos do mundo, e enche toda a terra. O reino de Cristo é literal e se prolonga no estado eterno.
O reino de Cristo, já veio. Ele está entre nós e dentro de nós.
Mas, na segunda vinda de Cristo, os reinos deste mundo serão destruídos e o reino de Cristo será estabelecido para sempre. É quando todo reino se dobrará diante dele e toda língua confessará que ele é o Cristo para honra e glória de Deus Pai.
Profecias veterotestamentárias – Is 13-14 e Jr 50 e 51, descrevem a destruição da Babilônia. Embora tenha caído sob o império medo-persa (Dn 5.31), em 539 a.C. a queda da Babilônia histórica não combina com a linguagem catastrófica encontradas em Isaias e Jeremias.
Para que essas profecias possam ser perfeitamente cumpridas, alguns teólogos afirmam que a Babilônia terá de ser reconstruída e voltar a ser destruída, conforme os detalhes específicos apresentados em Isaias e Jeremias.
Durante o governo do ditador Sadam Hussein, a Babilônia chegou a ter parte reconstruída e já estava sendo transformada em um centro de ocultismo onde bruxos do mundo inteiro já estavam frequentando a mesma.
Sadam Hussein se intitulava descendente direto de Nabucodonosor, conforme narra o livro “O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos, de Charles H. Dyer”.
Zacarias 5. 5 -11), afirma que, conforme a vontade de Deus, a iniquidade, o comércio e a religião humana, voltarão mais uma vez para a Babilônia.
Como Babilônia já tinha caído em 539 a.C., ao tempo desta profecia, em 519 a.C., a visão de Zacarias parece predizer uma Babilônia reconstruída no futuro. (Ap.17 – 18), registra as circunstâncias em que esta visão será comprida.
O mistério, “A grande Babilônia” – O império romano deixou um grande legado democrático e se tornou um símbolo de prosperidade econômica.
Pressupõe-se que nenhuma cidade na terra é considerada simultaneamente como entidade política e religiosa.
No entanto, alguns teólogos acreditam que uma babilônia reconstruída sob o anticristo, pode ser sugerida em Ap 18.
Somente o mistério, “A grande Babilônia”, concluirá a obra dos construtores da Torre de Babel e do rei Nabucodonosor, um sistema global sob a filosofia da democracia política, da economia livre, e de um sistema financeiro unificado, e, de uma fé religiosa mundial.
Embora, uma babilônia literal não exista mais, o espírito da Babilônia, caracterizado pela rebelião e confusão, continua.
Babilônia é um símbolo da rebeldia contra Deus, cuja posição nesse sentido passou para a medo persa, Grécia, e finalmente, Roma.
O espírito de rebelião e licenciosidade babilônico prossegue ainda hoje e chegará ao ponto culminante no grande confronto entre a luz e as trevas na segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
VEITH, JR. Gene Edward – Tempos Pós-modernos. SPaulo 1999. Edit. Cultura Cristã.
GONÇALVES. Josué. Colunas do Caráter Cristão. SPaulo, 2008. Editora Mensagem para Todos
ARCHER .Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. SPaulo, 2001. Editora Vida
ERICKSON. Milard J. Escatologia – A polêmica em torno do Milênio. SPaulo, 2010. Ed. Vida Nova
SZPILMAN. Marcelo. Judeus – Suas extraordinárias Histórias e Contribuição para o Progresso da Humanidade. RJaneiro, 2012. Mauad Editora Ltda. Ltda.
LOPES, Hernandes Dias. Um Homem Amado no Céu. SPaulo, 2005. Editora Hagnos
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
DYER, Charles H. O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos. SPaulo 1995. Editora Unilit.
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética. SPaulo. Editora Hagnos.
Bíblia de Estudo de Genebra. SPaulo.  Editora Cultura Cristã e SBB

CAVALCANTI. Robinson. Cristianismo & Política – Teoria bíblica e prática histórica. Minas Gerais, 2002. Editora Ultimato Ltda.