Total de visualizações de página

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O Diaconato – Lição 12 – 2º. Tri EBD CPAD –22.06.2014

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: 1Tm 3.8-13 
  
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Analisar o estilo de vida diaconal de Jesus.
2. Explicar a instituição do ministério do diácono.
3. Discorrer sobre o perfil e a função do diácono.

CONSIDERAÇÕES

O diácono – Em seu ministério, conforme o relato de Mateus 4.23, Jesus percorria toda a Galileia ensinando nas suas sinagogas, e pregando o Evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Podemos observar pelo texto que Jesus ensinava, pregava o evangelho e curava os enfermos. E em seus ensinos Jesus não especificou como seria a organização da igreja, nos diversos lugares por onde o seu evangelho havia de promover a conversão de milhares, senão, milhões de pessoas pelo poder do Espírito Santo.
Ele garantiu que edificaria a sua igreja e que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt 16.18). Com o rápido crescimento da igreja foi necessário o estabelecimento de medidas providenciais jamais experimentada por qualquer organização humana.
Para começar este grandioso trabalho, só restaram onze apóstolos. Judas o traidor perecera de maneira trágica indo para o seu próprio lugar (At 1.25).
A equipe que Jesus formara era pequena e diminuta, mas a obra precisava ser feita. Em lugar de Judas foi eleito Matias, que tomou o seu bispado (At 1.20).
Resolvido o problema da substituição de Judas, os apóstolos iniciaram a grande missão de prosseguir com a obra de Jesus. Fato este que veio ocorrer logo depois do pentecostes (At 1.8; 2.1-4), onde com a pregação cheia da unção do Espírito Santo pelo apóstolo Pedro, quase três mil novos crentes se agregaram ao pequeno grupo de cristãos (At 2.37-41).
A diaconia de Jesus Cristo – O termo diaconia significa  “ministério, serviço”. Jesus Cristo foi exemplo para a igreja em todos os aspectos.
Em sua diaconia ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hb 13.1), foi profeta (Lc 24.19), foi evangelista (Lc 4.18,19), foi pastor (Jo 10.11) e também foi diácono (Rm 15.8).
Ele demonstrou seu caráter e sua personalidade, dando exemplo de humildade. Para cumprir sua missão sacrificial em favor dos homens, Jesus despojou-se temporariamente da sua glória (Jo 17.14).
Paulo diz que ele assumiu a forma de servo, mas que isso, a forma de “escravo”. “Sendo ele em forma de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus.
Mas aniquilou-se a si mesmo, tornando a forma de servo, e fazendo-se semelhante aos homens, e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.6-8).
A expressão “tomando a forma de servo”, significa aparecer em uma condição humilde e desprezível.
Na véspera de sua crucificação o Senhor Jesus Cristo reuniu seus doze discípulos para comer a última ceia. Tomando uma bacia com água e uma toalha, ele começou a lavar os pés dos discípulos um a um.
A diaconia da toalha e da bacia é uma convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).
O discípulo é um serviçal – Certa vez, Tiago e João pediram ao Senhor lugares de destaque “à direita” e à “esquerda” de Jesus quando da implantação de seu reino (Mc 10.35-37).
Os discípulos ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do nazareno nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua igreja, mas a de serviço conforme demonstra sua resposta a ele:
“Antes qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal [diakonos] e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45).
A instituição dos diáconos – O crescimento vertiginoso da igreja trouxe diversos problemas; entre os conversos, havia pessoas de outros lugares.
Além dos judeus, ou seja, os judeus de fala grega – que eram os da diáspora – havia os judeus crentes, que viviam e moravam em toda a Palestina com a sua maioria em Jerusalém.
Os problemas não tardaram a surgir. O evangelista Lucas escritor dos Atos do Apóstolos, registrou que naqueles dias, quando a comunidade cristã cresceu grandemente, surgiram diversos problemas,  incluindo os de ordem social.
Por uma decisão sábia e unânime, escolheram sete homens, com qualidades exemplares para cuidarem daquele ‘importante negócio”, que era dar assistência aos novos convertidos nas suas necessidades básicas;
Visto que muitos aceitavam a Cristo e ficavam em situação difícil, rejeitados por suas famílias e expulsos de casa e desprezados da sociedade.
Diante de uma crise de caráter humanitário, os apóstolos tiveram de tomar medidas que serviram de base para a criação do cargo ou da função de diácono, que faz parte, até hoje, do ministério ordenado nas igrejas cristãs.
“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
Não é razoável que deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra. E este parecer contentou a toda multidão, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócolo e Nicanor, e Timão e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. E crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedeciam a fé” (At 6.1-7).
O perfil do diácono – Na conceituação de diácono, vimos que além de serem considerados “servos” e “serviçais”, e até “escravos”, há também a conceituação de “ministros”.
Paulo considerou a si próprio e a Apolo como ministros de Cristo. “Pois quem é Paulo e quem é Apolo senão ministro sobre os quais crestes e conforme o Senhor deu a cada um” (1Co 3.5).
A qualificação do diácono – No NT, os apóstolos são também intitulados de diáconos (2Co 6.4); 9.19; Ef 3.7; Cl 1.23). O próprio Cristo é chamado de diácono da circuncisão (Rm 15.8).
Visto que essa palavra implica em ministrar ou servir, ela é aplicada a todos aqueles que possuíam a tarefa de ajudar aos  homens sem importar se fossem apóstolos, pastores, ou até mesmo a comunidade dos irmãos em Cristo.
Nesse contexto, temos o sentido geral da palavra “diakonos” onde qualquer ministro cristão ou mesmo cada cristão é um diácono.
Entretanto, com o passar do tempo, a palavra passou a ter um significado especial (Fp 1.1; 1Tm 3.8-13), designando aqueles que foram eleitos para deveres especiais na igreja local. Os diáconos precisam ser equipados moral, espiritual e mentalmente (At 6.1-6).
Só devem ser eleitos para o diaconato aqueles que realmente tenham o dom de ministrar ou servir.
De acordo com 1Tm 3.8-13 devem ser:
a)    Honestos e sábios em suas decisões;
b)    Não de língua dobre;
c)    Temperantes;
d)    Bom administrador de suas próprias posses;
e)    Devem ser testados primeiro;
f)     Devem ser pessoas de fé;
g)     Devem ser irrepreensíveis;
h)    Deve ser monogâmicos;
i)     Devem governar bem seus filhos e sua própria casa.
Semelhantemente, os diáconos devem cuidar das necessidades das famílias da igreja, pois os problemas sociais e filantrópicos absorvem muito tempo e energia das igrejas em nosso tempo.
Sendo assim, os pastores não ficarão sobrecarregados e poderão dedicar-se mais ao ministério da pregação da palavra, à semelhança da igreja de Jerusalém (At 1.6,7).
Existem outras responsabilidades que os diáconos podem exercer na igreja, tais como:
Ajudar a igreja no levantamento das ofertas, ajudar o pastor nas visitações e na disciplina eclesiástica, visitar os novos crentes e os doentes nos hospitais, evangelizar, e dirigir cultos.
Os diáconos devem ficar à disposição durante o trabalho da igreja para ajudá-la em qualquer serviço ou necessidade.
Até mesmo quando o pastor, evangelista ou presbítero não estiver presente por algum motivo, e não haja ninguém escalado para substituí-lo, o diácono pode então ficar á frente do trabalho da igreja.

Não existe tempo específico para o ministério diaconal.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD
Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná. 2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda.
 MARTINS, Jaziel Guerreiro – Manual do Pastor e da igreja, Curitiba, 2005. Santos, Editora. - CHAMPLIN. R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Editora Hagnus  
 CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus   - CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus   

Nenhum comentário:

Postar um comentário