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terça-feira, 3 de junho de 2014

O Ministério de Mestre ou Doutor – Lição 10 – 2º. Tri EBD CPAD –08.06.2014

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Mt 7.28,29; At 13.1; Rm 12.6,7; Tg 3.1     
  
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Aprender que Jesus, o Mestre da Galileia, é mestre por excelência.
2. Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século.
3. Saber da importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.

CONSIDERAÇÕES:

Mestre ou doutor, um dom de Deus para a igreja – A atividade do mestre, doutor ou ensinador é cuidar do ensino fundamental da Palavra de Deus. 
É tão importante que a Bíblia requer que haja dedicação ao exercício desse dom. “... se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7).
Talvez seja uma das grandes falhas em muitos ministérios nas igrejas, a falta de dedicação ao ensino. O avanço das ciências, das tecnologias, as questões da bioética, as mudanças rápidas no comportamento social, provocam questões que exigem não só o conhecimento bíblico e tecnológico, mas também o secular.
O mestre, doutor ou ensinador precisa ter o cuidado de não se considerar superior ao pastor ou ao dirigente de uma congregação, pelo fato de ter mais conhecimento que a média dos obreiros.
Humildade, modéstia, sabedoria e equilíbrio são qualidades indispensáveis aos que são dotados por Deus de mais capacidade para se dedicarem ao ensino.
Mas cuidado ainda, deve ter o mestre, pois dele será requerido mais, como diz Tiago: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1).
Jesus, o mestre por excelência – Nenhum outro aspecto do ministério de Jesus é tão frequentemente salientado nos evangelhos como seu ensino. Até mesmo questões como a pregação e os milagres envolviam, necessariamente, o ato de ensinar.
Em certo sentido, pode-se afirmar que tudo quanto Jesus dizia e fazia tinha por finalidade dar-lhe oportunidade  de apresentar o seu ensino.
Embora Jesus tenha sido muito mais do que um mestre, a certa altura foi caracterizado como mestre vindo da parte de Deus (Jo 3.2).
Os ouvintes de Jesus ficavam atônitos diante de seu ensino em face do tom de firme autoridade, com que ele falava (Mt 7.28,29).
A origem dessa autoridade, provinha da consciência de que ele tinha de ser o perfeito porta voz de Deus Pai, por ser o filho encarnado (Jo 1.14,17).
Essa natureza divina foi gradualmente desvendada, conforme se vê nos títulos sucessivos que lhes foram sendo aplicados: Mestre.
A palavra grega mais frequentemente traduzida por mestre é “didaskalos”. Nas páginas do NT esse termo indica alguém que ensina as realidades de Deus e os deveres dos homens.
Esse vocábulo grego, é uma tradução do termo hebraico rabi. Jesus usava esse vocábulo grego, acima de tudo para indicar a si mesmo. Os crentes só têm um verdadeiro mestre, Jesus Cristo o mestre divino, enviado por Deus.
Queremos destacar o relacionamento que havia entre Jesus e seus discípulos (Jo 13.13). Neste versículo, é a palavra mestre do grego “didaskalos” que está associada a Senhor. 
As pessoas dirigiam-se a Jesus com o título usual de mestre, em sinal de respeito. Essa palavra vem diretamente do hebraico onde significa “grande”.
Quando usada com o pronome possessivo, resultava em “meu grande”. Embora nunca seja traduzida como tal em nossas Bíblias portuguesas.
Tanto os discípulos de Jesus como outras pessoas (Jo 3.2; 6.25), trataram a Jesus desse modo.
Por causa dos fariseus Jesu aconselhou seus discípulos a nunca se intitular de mestre (“didaskalos”). ‘Porque um só é o vosso mestre (“didaskalos”) e todos vós sois irmãos” (Mt 23.8).
O ensino das Escrituras na igreja do primeiro século – Os mestres são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, a fim de edificar o corpo de Cristo (Ef 4.12).
A missão dos mestres bíblicos é defender, preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado (2Tm 1.11-14).
O mestre tem o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e à mensagem original de Cristo. Há um compromisso inarredável com o modo piedoso de vida segundo a Palavra de Deus.
As Escrituras declaram em 1Tm 1.5, que o alvo da instrução cristã é a caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
Podemos então afirmar que a aprendizagem cristã não é simplesmente aquilo que a pessoa sabe, mas como ela vive: a manifestação na vida, do amor, da pureza, da fé e da piedade sincera.
Compete ao mestre concentrar-se no que está ensinando. Deve conhecer as Escrituras em todos os sentidos: histórica, textual, crítica e expositivamente.
Deve ser um depositório de conhecimentos bíblico e em nada ficará prejudicado se for pessoa bem informada sobre outros temas relacionados na história, na filosofia, na psicologia entre outras ciências de tal modo a reconhecer que está implícito em sua própria fé.
A importância do ministério de mestrea) Ensinemos por meio de palavras, pela mensagem dos hinos, pela força do exemplo de vida. O ensino faz parte da grande comissão e da comissão cultural.
b) Os dons espirituais e ministeriais existem para servir de auxílio no ministério do ensino, e o alvo de tudo é a maturidade espiritual, o crescimento e o aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12).
c) Os verdadeiros mestres são dádivas divinas à igreja, para seu benefício (Ef 4.11). E o dom “do conhecimento” é dado especialmente aos mestres, a fim de que sejam eficazes em seu ministério (1Co12.8).
O ensino tem um efeito edificador, portanto, é importante, se a igreja tiver de ser edificada. O ensino é vital para esse propósito.
d) Acima de tudo o mais, se seguirmos o exemplo que nos deixou Cristo, o mestre supremo, sem dúvidas haveremos de ensinar conforme nos exortou o apóstolo Paulo: “... se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Rm 12.7).
é) Aqueles que somente evangelizam negligenciando o ensino cristão, terão de contentar-se com uma igreja infantil, carnal, com disputas e cisões na igreja local. Um povo faminto espiritualmente, será um povo infeliz.
f) A ausência do ensino cristão, arma o palco para a apostasia (Hb 6.1) – “Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus”.
g)  Chega um tempo na vida de cada crente, que se espera que ele se torne um mestre, e não um aprendiz (Hb 5.12) – “Porque, devendo já ser mestre pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento”.
h) Observemos a importância prestada por Paulo à necessidade  de haverem homens bons que sejam mestres de outras pessoas na fé cristã, para que esta possa passar de uma geração à outra (2Tm 2.2).
Na verdade, o ministério do ensino cristão exige muito mais doação e dedicação  a esse mister por algumas horas diárias. -É necessário que um mestre seja profundo conhecedor das Escrituras e de todas as temáticas que envolvem o homem nessa pós modernidade.
Um mestre na Palavra de Deus deve ser um homem de erudição suficiente, que entenda bem quais ensinos estão explícitos (fora) e implícitos (dentro) na Palavra de Deus escrita.
Uma erudição formal é com frequência necessária e útil para a preparação de bons mestres bíblicos.
Muita coisa há para ser aprendida dentro da variedade bíblica; fundos históricos, idiomas, manuscritos antigos, conhecimentos sobre o cânon sagrado, literatura cristã primitiva e extra bíblicas, cultura geral sobre os costumes dos tempos e povos bíblicos.
Tudo que não pode ser fácil e adequadamente apresentados somente na igreja, mas que requer horas de estudo dedicado.
Os primeiros grandes mestres das Escrituras foram os integrantes do colégio apostólico. E os apóstolos davam com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça (At 4.33; 5.42).
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD
Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná. 2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda.
 MARTINS, Jaziel Guerreiro – Manual do Pastor e da igreja, Curitiba, 2005. Santos, Editora. - CHAMPLIN. R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia – Editora Hagnus  

 CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo –  Editora Hagnus   
 CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Editora Hagnus   

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