Texto da Lição: Atos 8.26-35; Efésios 4.11
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Estudar sobre o envio dos setenta
Refletir sobre a tarefa inacabada da Grande Comissão
Compreender o papel do evangelista em o Novo Testamento
CONSIDERAÇÕES
Existe um único Deus vivo e verdadeiro, o Criador do Universo, Senhor das nações e o Deus de toda carne.
Acerca de 4.000 anos, Deus chamou a Abraão e fez com ele uma aliança prometendo não apenas abençoá-lo, mas também abençoar por meio da sua posteridade todas as famílias da terra (Gl 3.16; Gn 12.1-4).
Se pela fé pertencemos a Cristo como filhos espirituais de Abraão, temos uma responsabilidade para com a raça humana, como também os profetas do AT profetizaram que Deus faria desse Cristo o herdeiro e a luz das nações (Sl 2.8; Is 42.6; 49.6).
Quando Jesus veio ele confirmou esta promessa. É verdade que durante seu ministério terreno ele ficou restrito às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6; 15.24).
Todavia ele afirmava que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus (Mt 8.11; Lc 3.29).
Mas depois da sua ressurreição e antes de sua ascenção, ele deu esse grandioso testemunho dizendo: "É-me dado todo poder no céu na terra" (Mt 28.18).
E em consequência de sua autoridade universal ele ordenou aos seus seguidores que fizessem discípulos de todas as nações batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19), com a garantia de estarem com todos aqueles que anunciarem o evangelho todos os dias até a consumação dos séculos, ordenando-lhes que aguardassem em Jerusalém, serem revestidos do poder do alto, antes de iniciarem sua missão (At 1.8).
Nosso chamado não é somente para ordenar nossas próprias vidas pelos princípios divinos, mas também nos comprometer em transformar o mundo, por isso, devemos cumprir o ide da Grande Comissão (Mc 16.15) isto é, a evangelização mundial, como também a Comissão Cultural, a exemplo da generosidade de Barnabé que foi destacado no seu tempo, possivelmente por ser vulto excepcional, e certamente pela sua sensibilidade para com os que sofriam algum tipo de necessidade (At 4.11.22-26; 11.22-26).
A ação de Barnabé não significa que temos que vender tudo quanto possuímos para ajudar os necessitados, e sim que devemos compartilhar de acordo com as nossas condições de posses.
Há diferentes possibilidades para desenvolvermos a Comissão Cultural, além da filantropia caracterizada pela ajuda nas necessidades emergenciais ou aqueles mais pobres dentre os pobres, os descriminados socialmente ou incapacitados para o trabalho ou para cuidarem de si mesmos, precisando de constante apoio ou provisão.
A Comissão Cultural engloba a educação cristã para a compreensão dos fenômenos sociais para além das impressões e prejulgamentos através de uma consciência crítica e profética; bem como orientação visando a integração dos jovens no meio acadêmico para sua profissionalização, entre outras formas de atuação tal como a atuação política de forma supra-partidária, que está acima de qualquer filosofia partidária.
Um cristão que tenha participado de um saque oportuno, este não foi alcançado pela Comissão Cultural, e sim apenas, pela Grande Comissão. Faltou-lhe sobretudo, o entendimento e a capacidade de uma consciência crítica diante da situação social.
Nosso objetivo é preparar o crente para apresentar uma cosmovisão do nosso mundo pós-moderno, o sistema de vida do cristianismo e aproveitar a oportunidade do novo milênio para ser nada menos que agentes de Deus na construção de uma nova cultura cristã mediante diferentes possibilidades de atuação.
Evangelismo e Comissão Cultural, são ambas, tarefas divinamente ordenadas por Deus. Quando a igreja age dessa forma ela cumpre o ide da Grande Comissão (Evangelização e a Comissão Cultural, educar o povo como cristãos).
A guerra cultural não é só sobre aborto, direito dos homossexuais e da delinquência juvenil, ou declínio da saúde e da educação pública. Esses são apenas os conflitos. A verdadeira guerra é uma luta cósmica entre a cosmovisão cristã e as várias cosmovisões seculares e espirituais que estão em ordem de combate contra ela. Isto é o que devemos entender se vamos ser efetivos tanto em evangelizar nosso mundo hoje, bem como transformá-lo para refletir a sabedoria do Criador.
O pacto de Lauzanne define o evangelismo em termo de evangelho. O seu paragrafo 4 declara: "Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e creem".
Atos 8.4 diz: Os que andavam dispersos por toda parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe á cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo (At 8.5). Filipe que embora fosse diácono (At 6.123-5), Deus lhe concedeu o dom ministerial de evangelista (At 21.8).
Em sua vida e ministério operava os dons de revelação, dons de poder e dons de elocução, conforme podemos observar no livro de Atos 8.5-40, como Deus se utilizou do diácono Filipe de forma extraordinária a ponto de Pedro ser enviado pelos apóstolos em Jerusalém para confirmar a obra que Deus estava realizando através de Filipe, um dos sete, mas que Deus lhe concedeu o dom de evangelista (At 8.14-25).
Na igreja cristã, evangelistas faziam parte de uma ordem distinta de ministérios. Esse título descrevia a natureza do trabalho cristão de certos homens, que eram especialmente dotados para o ministério de evangelismo e que eram reconhecidos como tal.
O próprio título evangelista significa alguém que anuncia as boas novas. A forma verbal desse substantivo tem uma própria aplicação
sendo usada para indicar a pessoa de Deus e do Senhor Jesus Cristo - "Ora, tendo as Escrituras previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti" (Gl 3.8).
"E aconteceu, num daqueles dias, que, estando ele ensinando o povo no templo e anunciando o evangelho, sobrevieram os principais dos sacerdotes e os anciãos" (Lc 20.1). O termo evangelista era também aplicado aos apóstolos e a membros ordinários da igreja cristã (At 8.4; 11.19-21).
O substantivo para designar pessoas dedicadas ao evangelismo, é empregado apenas por três vezes, em todo o NT. Atos 21.8 - acerca de Filipe, em Ef 4.11 - acerca do ministério do evangelismo e daqueles que o usam, e em 2Tm 4.5 - onde Paulo encoraja Timóteo a fazer o melhor uso de seus dons - e chamadas espirituais, incluindo a obra de um evangelista. Evangelista é um dom ministerial e não um cargo a exemplo de apóstolo e pastor.
A passagem de Efésios 4.11 afirma que ele concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. Ef 4.7, fala sobre os dons que são dados para serem exercitados nesses ministérios.
No NT evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, as boas novas da salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).
Filipe, "o evangelista" (At 21.8), retrata claramente a obra deste ministério segundo o padrão do NT. Filipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.5.35). Muitos foram salvos e batizados em águas (At 8.6,12). Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam suas pregações (At 8.6,7,13). Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo. Filipe cumpriu perfeitamente o ide da comissão dos setenta (Lc 10.1-5; 9.10, 17-20).
O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista, cessará de ganhar almas para o reino de Deus e tornar-se-á uma igreja sem expectativa, sem crescimento e indiferente á obra missionária. A igreja que reconhece o dom ministerial de evangelista, tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At 12.14-41).
Consultas:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 2 Tri 2014 - Comentarista Pr Elinaldo Renovato
RENOVATO, Elinado. Os Dons E e Ministeriais. Rio de Janeiro, 2014 - CPAD - 1ª. Edição
Bíblia de Estudo Pentecostal e Bíblia de Estudo Explicada - Almeida. Revista e Corrigida -CPAD
COLSON, Charles & Nancy Pearcey. E Agora como Viveremos? Rio de Janeiro, 2000. CPAD - 2ª. Edição
WINTER, RRalph D. Perspectivas no Movimento Cristão Mundial. São Paulo, 2009 - Editora Vida Nova.
CHAMPLIN, R.N. - O NT Interpretado Versículo por Versículo. Rio de Janeiro, 2012 - Editora Hagnus
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