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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dons de Elocução – Lição 05 – 2º. Tri EBD CPAD – 04.05.2014

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: 1Co 12.7, 10 -12     
  
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1. Analisar biblicamente os dons de elocução.
2. Compreender o dom de variedades de línguas.
3. Valorizar o dom de interpretação de línguas.

CONSIDERAÇÕES:
Antes do estudo dos dons de elocução, e em particular o dom de profecia no NT conforme exposição de Paulo no cap.12 – 14 de 1 Coríntios, é importante conhecermos o ofício de profeta na AT, com homens como Moisés, Samuel, Natã, Gade, Elias, Eliseu, Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Qual era o propósito desses profetas? E que autoridade eles possuíam? O que acontecia quando alguém ousava desobedecê-los? O profeta do AT era um mensageiro de Deus, enviado para falar a homens e mulheres as palavras do próprio Deus (Ag 1.13; Ob 1.1).
De forma similar, o Senhor enviou o profeta Natã com uma mensagem ao rei Davi (2Sm 12.25), e deu ao profeta Isaias uma mensagem para ser entregue ao rei Ezequias (2Re 20.4-6). O Senhor era com Samuel e nenhuma de suas palavras deixou de se cumprir (1Sm 3.19). Por isto, o servo de Saul dizia acerca de Samuel: “Tudo que ele diz acontece” (ISm 9.6).
O dom de profecia no NT – A palavra hebraica para profeta é nabi, que vem da raiz verbal naba. Essa palavra signifca anunciador, declarador e por extensão, aquele que anuncia as mensagens de Deus, recebidas por revelação ou discernimento intuitivo.
No NT a palavra comumente usada é prophétes; essas palavras derivam-se do grego pro, antes, em favor de, e phemi, falar, ou seja: alguém que fala por outro e, por extensão – intérprete, especialmente da vontade de Deus.
Tais palavras gregas, naturalmente, estão por trás do termo português, profeta. O teólogo petencostal Stanley Horton, descreve o dom de profecia como relatado pelo apóstolo Paulo em 1Co 14, como uma mensagem espontânea, inspirada pelo Espírito Santo em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve.
Com o objetivo de edificar, exortar, e consolar (1Co 14.3). O dom de profecia é tão importante na igreja, que o apóstolo Paulo exortou os crentes da igreja em Corinto a buscarem o dom de profecia (1Co 14.1). Esse dom de profecia está relacionado nas epístolas paulinas, entre os dons espirituais (1 Co12.10; 14.1-4), entre  os dons de serviço (Rm 12.6-8) e entre os dons ministeriais (Ef 4.11).
Segundo os teólogos Earl D. Radmacher, Ronald B. Allen, e H. Wayne House, em seu “O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento”, comentando sobre dons, afirma que essa palavra grega (charisma), é uma referência às habilidades determinadas por Deus, as quais deveriam ser utilizadas para edificar os membros do corpo de Cristo. Embora os dons de Deus não possam ser cancelados ou mudados (Rm 11.29), eles podem ser administrados e podem ser desenvolvidos (1Pe 4.10).
Profecia – Essa palavra é usada em Rm 12.6 como uma referência geral a todos os dons espirituais que envolvem o anúncio da palavra de Deus, por exemplo (1Co 14.3). O termo exortação é um dom relacionado à profecia. Em um sentido mais estrito, profecia significa a revelação da vontade de Deus em uma situação particular (At 13.1-3).
Ministério – ou seja serviço. Esse é um dom que está em contraste com os dons relacionados ao falar, ou anunciar, algo (1 Pe 4.11). A Bíblia lista cinco dons relacionados com a pregação: profecia, ensino, encorajamento, palavra de sabedoria e palavra de conhecimento. Além disso, são nomeados sete dons de serviço: socorro, misericórdia, fé, discernimento de espírito, liderança, administração, e mordomia.
Dentre as muitas dificuldade que o apóstolo Paulo foi forçado a lidar em Corintio, com o orgulho dos que tinham dons espirituais mais perceptíveis (1Co 1.31; 4.7; 5.6; 10.12; 13.4,5), e o sentimento de menor importância daqueles que tinham dons de menor percepção externa (1Co 3.2,3; 10.10; 14.4), o apóstolo lida com todos esses problemas de uma só vez, ao afirmar:
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar; socorros; governos e variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos?
São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelentes”.
Esse caminho mais excelente é exatamente 1 Co 13.1-13. Embora encontramos alguns profetas fora do contexto como relatado acima, como Ágabo (At 11.28; 21.10,11) e as quatro filhas de Filipe (At 21.8,9). Esses profetas não se equiparam aos profetas da antiga dispensação. Foram manifestações esporádicas, e não se tem conhecimento de seu desenvolvimento na igreja primitiva.
Na economia do NT Deus tem formas sublimes de se revelar àqueles que lhe buscam. E quando essas formas de revelação são usadas não se trata de profecia.  Em Atos 8, 29, o Espírito Santo diz a Filipe: “Aproxime-se dessa carruagem...; Em Atos 10.19, enquanto pedro ainda estava pensando na visão, o Espírito lhe disse: “Simão, três homens estão procurando por você...” – não é profecia.
Atos 18.9: “Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão, não tenha medo, continue falando e não fique calado” – não é profecia. Atos 15.28: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além das seguintes exigências necessárias” – não é profecia.
Atos 16.6,7: “Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia. Quando chegaram a fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus o impediu” – não há indicação de que isto seja profecia.
Atos 16.9: “Durante a noite Paulo teve uma visão, na qual um homem da Macedônia estava em pé e lhe suplicava: Passe à Macedônia e ajude-nos.” – não é profecia. Atos 20.23: “O Espírito Santo me avisa que prisões e sofrimentos me esperam.” – aqui pode-se incluir profecias e/ou, outros tipos de comunicação do Espírito Santo.
Variedade de línguas – Esse dom, provavelmente faz menção à capacidade de o crente falar várias línguas que não entende e que jamais estudou, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina.
A língua falada através deste dom não é aprendida e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (1Co 14.14), como pelos que ouvem (1Co 14.16). A variedade de línguas é importante se for seguida de interpretação (1Co 14.26-28).
Interpretação de línguas – Esse dom resulta da capacidade de explicar ou interpretar as línguas faladas na congregação,  para que todos os crentes presentes possam se beneficiar com a oração feita por quem fala em línguas (1Co 14.13, 28). As línguas, ao contrário da profecia não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom.
À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo também edificado, pois o Espírito Santo o toca e renova diretamente (1Co 14.2). Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia.
Toda congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda congregação recebe a mensagem.
Variedade de línguas + interpretação de línguas = a profecia.


 Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).RENOVATO, Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD - GRUDEM, Wayne. O Dom de Profecia – Do NT aos dias atuais. São Paulo, 2004. Edit.Vida - GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva.São Paulo, 2004 Edit.Vida - BARCLAY, William. As Obras da Carne e o fruto do Espírito. Vl 2. São Paulo, 2000. Edit. Vida Nova - SOUZA, Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná. 2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda. - CARSON. A. D. A manifestação do Espírito – A Contemporaneidade dos dons à luz de 1º. Coríntios 12 a 14. São Paulo, 2013. Edit. Vida Nova   KUYPER Abraham. OSBORN. T.L. Curai os Enfermos e Expulsai os Demõnios. rio de Janeiro, 200. Graça Editorial. A Obra do Espírito – O Espírito Santo em ação na igreja e no indivíduo. São Paulo, 2-010. Ed.Cultura Cristã. CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus   

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