O Legado de
Moisés - Lição 13 – 1º. Tri EBD CPAD - 30.03.2014
Subsídios para o
Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
Texto da Lição: Dt 34.10-12; Hb 11.23-29
I - OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM:
1. Conhecer a respeito
dos últimos dias de Moisés.
2. Explicar as
características de Moisés como homem de Deus e pastor de Israel.
3. Aprender à luz do legado de Moisés
sobre a comunhão, a piedade e a prudência.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Os últimos quatro livros do pentateuco, apresenta
Moisés, o homem, providencialmente preparado para um serviço singular: Ser o
mediador de Israel diante de Deus. O livro de Josué contém cerca de cinquenta
referências a Moisés, o servo de Deus, sendo dez referências no primeiro
capítulo. Deus assegurou a Josué que estaria com ele, assim como estivera com
Moisés Js 1.5; 3.7).
Josué exaltou Moisés diante dos israelitas, como
aquele por meio de quem Deus outorgou a lei (Js 8.1-31-35; 23.1-6), e aquele
que fez os preparativos para tomar a Terra Prometida (Js 9.24; 11.12-15,23;
12.6), especialmente a terra à Leste do Jordão (Js 13.8,15,29; 14.3; 18.7), bem
como aquele que determinou o estabelecimento de seis cidades de refúgio, três
de cada lado do Jordão (Js 20.2).
Josué é a figura chave do livro que tem o seu nome,
mas é apresentado como seguindo na força do espírito de Moisés (Js 1.1,2). Ele
cumpriu as ordens deixadas por Moisés; insiste em apegar-se aos regulamentos e
determinações que Moisés estabelecera.
Os livro históricos que se seguem a Josué estão
repletos de referências a Moisés. O livro de Juízes, menciona a parentela de
Moisés (Jz 1.16; 4.11), e faz menção da promessa de Moisés a Calebe, com
relação a Hebrom (Jz 1.20), e o fato de eles serem testados com relação à sua
fidelidade a lei de Moisés (Jz 3.4).
Samuel aponta para os ancestrais do povo do Egito
por meio de Moisés e os efeitos disso sobre a herança presente de seus descendentes
(1Sm 12.6-8). Enquanto o livro dos Reis cita Moisés como legislador (2Reis
14.6; 21.8), e aquele que os curou por meio da serpente de bronze (2Re 18.4).
O cronista menciona a genealogia de Moisés (1Cr
6.3), e nota sua regulamentação das ofertas dos sacerdotes (!Cr 6.49), a
construção do Tabernáculo (1Cr 21.29; 2Cr 1.3) emissão de estatutos e juízos
(1Cr 22.13) e a outorga da lei (2Cr 23.18; 33.8) relativa a sacrifício durante
as grandes festas (2Cr 8.13; 23.18; 35.11,12), inclusive a Páscoa (2Cr 35.6) e
a cobrança de impostos (2Cr 24.6,9).
Muito importante foi a descoberta da lei de Moisés
na casa do Senhor (2Cr 34.14). Duas obras pós exílicas contêm referências similares
a Moisés: A observância do livro de Moisés (Es 6.18) e a falta de sua observância
pelos exilados (Ne 1.7). A lei de Moisés, longamente neglicenciada, foi lida ao
povo (Ne 8.13; 9.3; 13.1). Entre os salmos estão incluídas oito citações a
respeito de Moisés.
A mais conhecida é o Salmo 90 intitulado oração de
Moisés homem de Deus. O Salmo 105 relembra os milagres que Moisés realizou no
Egito (vs. 26,27), enquanto que o Sl 106 relembra ao povo sua inveja de Moisés
(v.16), e a intercessão de Moisés em favor do povo (v 22), e a rebelião do povo
que fez Moisés perder a paciência (v 32).
Os profetas maiores e menores falam de Moisés
diretamente. Isaias relembra a libertação de Israel do Egito por meio de Moisés
(Is 63.11,12). Jeremias nota a presença intercessória de Moisés diante do
Senhor (Jr 15.1), Daniel fala da lei de Moisés (Dn 9.11,13). Miqueías recorda
Moisés guiando Israel em sua peregrinação no deserto (Mq 6.4). Como no caso dos
Salmos, os escritos proféticos referem-se claramente aos feitos de Moisés. A
importância da lei de Moisés é realçada nas palavra finais do último profeta do
AT “Lembrai-vos da lei de Moisés, meu
servo” (Ml 4.4).
O NT começa onde o AT parou. Entre os quatro
evangelistas, Mateus relembra os judeus da lei de Moisés – especialmente das
ofertas (Mt 8.4), da controvérsia a respeito do divórcio (Mt 19.7) e do levirato
(Mt 22.24) e a aparição do profeta no monte da Transfiguração (Mt 17.3,4;) e
seus paralelos (Mc 9.4,5; Lc 9.30).
Lucas inclui as diretas palavras de Jesus a
respeito de Israel possuir “Moisés e os profetas” (Lc 16.29-31) e suas
instruções aos dois homens de Emaus (Lc 24.27) e mais tarde, naquela noite, aos
onze (Lc 24.44), sobre a mensagem messiânica de Moisés.
A comunidade do NT falou de Moisés. Em sua defesa,
Estevão selecionou diversos incidentes da vida de Moisés: Sua aquisição da
sabedoria do Egito, sua fuga para o deserto e seu chamamento (At 7.22,29,31).
Paulo aponta o valor do Êxodo como o “batismo em Moisés” (1Co 10.12) e a
face radiante de Moisés, a qual deveria
ser coberta por um véu para não cegar o povo (2Co 3.7; 13.15).
O autor da carta aos Hebreus fala de Moisés como
uma pessoa fiel em toda sua casa (Hb 2.3,5), que foi um instrumento na
construção do Tabernáculo (Hb 8.5) e que simbolicamente selou os preceitos
divinos (Hb 9.19,20). Na lista dos heróis da fé, Moisés é retratado como quem
renunciou a todos os prazeres do Egito e identificou-se com o povo de Deus na observância da Páscoa e na jornada através
do Mar Vermelho (Hb 11.23-29).
As últimas referências no NT acerca de Moisés estão
em (Jd v. 9 e Ap 15.3), o “cântico de Moisés”, uma provável alusão ao cântico
de Moisés logo depois que Israel escapou de Faraó (Ex 15.21-29). Com base nessa
esmagadora comprovação bíblica, sem dúvida, podemos concluir que a Escritura
inteira atesta que Deus chamou e usou o homem Moisés.
III – DESENVOLVIMENTO
1.Os últimos dias de Moisés – A Bíblia diz que quando Moisés faleceu estava com
120 anos, que era uma idade já bem avançada para os padrões da sua época,
conforme depoimento do próprio Moisés (Sl 90.10). Não obstante, “os seus olhos
nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7). O último capítulo
de Deuteronômio, que é o único capítulo que não foi escrito por Moisés,
registra o reconhecimento e o amor do povo após a morte desse grande legislador
de Israel.
Depois que Moisés predisse a cada uma das tribos o que lhes deveria
acontecer e desejou-lhes mil bênçãos, toda aquela multidão não pode reter suas
lágrimas, inclusive as crianças, o que deixou Moisés deveras comovido. Assim
caminhou Moisés para o lugar onde deveria terminar sua vida, e todos
seguiram-no gemendo.
Ele fez sinal com a mão aos que
estavam mais afastados para que parassem e rogou aos que estavam mais próximos
que não o afligissem mais ainda seguindo-o com tantas demonstrações de afeto.
Assim para obedecer, eles pararam e todos juntamente, lamentavam sua
infelicidade por tão grande perda. Os anciãos e Eleazar, o Sumo sacerdote, e
Josué, o comandante do exército, foram os únicos que o acompanharam.
Quando ele chegou ao monte Nebo, que está em frente a Jericó, tão alto
que de lá se vê todo o país de Canaã, despediu-se da comitiva, e abraçando-se
com Eleazar e Josué, deu-lhes seu último adeus. Ainda falava Moisés quando uma
nuvem o rodeou e ele foi levado a um vale.
O povo chorou-o durante trinta dias e nenhuma outra perda lhe foi jamais
tão sensível. Mas ele não foi chorado somente por aqueles que tiveram a
felicidade de o conhecer, mas também por aqueles que conheceram as leis
admiráveis que ele nos deixou, porque a santidade que nelas se nota não pode
permitir dúvidas sobre a eminente virtude do legislador.
Ninguém sabe onde a sepultura de Moisés se encontra, desde aquela época
(Dt 34.6b) até hoje. A única informação é que Deus mesmo o sepultou “num vale,
na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor” (Dt 34.6a). Deus fez com que sua
sepultura nunca fosse encontrada para que, provavelmente, não se criasse uma
idolatria e romaria em torno do túmulo de seu servo (Jd v.9).
Devido ter desobedecido a Deus quando o Senhor o ordenou no deserto, que
ele falasse à rocha visto que anteriormente ele já a havia ferido em Orebe (Ex
17.5-7); Moisés ao invés de falar a
rocha como Deus ordenara, feriu-a duas vezes, desobedecendo ao Senhor, motivo
pelo qual o Senhor o disse que ele não entraria na terra (Nm 20.7-13, 22-29).
O exemplo de Moisés como líder e homem de Deus nunca será esquecido.
Sobretudo pelos últimos quarenta anos de sua vida, ele sempre será lembrado
como um exemplo de fé, vida de santidade, seriedade, liderança, sabedoria,
paciência, fidelidade ao chamado divino, e vida dedicada totalmente ao Senhor.
2. Moisés, Pastor de Israel – Moisés como pastor de Israel era um
homem de Deus, de oração, de fé e de obediência. No capítulo 33 e verso 1 de Deuteronômio,
Moisés é chamado “Homem de Deus”, um título que aparece pela primeira vez na
Bíblia. Moisés era um homem de Deus em face da grande missão que recebera, de
tirar Israel do Egito e levá-lo em segurança até a planície de Moabe – nas fronteiras
da Terra Prometida.
Os versículos finais do livro de Deuteronômio (Dt 34. 10-12) diz que
nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor
conhecera face à face. A citação nos leva a observar a avaliação do autor
quanto à vida e à missão de Moisés. No tocante a envergadura espiritual, nenhum
outro profeta de Israel chegou a comparar-se a Moisés como líder carismático.
Quanto a Moisés como o maior dos profetas de Israel, parte dessa
grandeza estava no fato de que ele conhecia Yahweh face a face, e não meramente
através de sonhos, visões e visitas angelicais, embora, sem dúvida também
tivesse participação dessas coisas (Nm 12.6-8). Com Moisés Yahweh falava boca a
boca, ou seja, em diálogo íntimo. De conformidade com as tradições judaicas
somente o Messias viria a ser maior do que Moisés.
3. Aprendendo com Moisés – Moisés foi um homem
que cultivou uma comunhão profunda e intensa com Deus e muitas das qualidades
específicas do seu caráter podem ser citadas: a). Liderança – No tocante à
envergadura espiritual, nenhum outro profeta de Israel chegou a comparar-se a
Moisés como líder (Dt 18.15-22; Nm 12.6-8).
b) Fé – Conforme destaca o capítulo 11 do livro de
Hebeus vs 24-27. “Pela fé, Moisés, sendo
já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó. Escolhendo, antes, ser
maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo ter o gozo do
pecado; e tendo por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros
do Egito. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei, porque ficou
firme, como vendo o invisível”.
c) Intensa vida de oração – Isso faz parte
indispensável da vida espiritual de qualquer pessoa séria em sua inquirição
espiritual. Em qualquer momento de emergência, Moisés apelava imediatamente a
Yahweh. Ele não falava então como um estranho, mas antes como um filho que pede
algo a seu pai; e foi assim que ele nunca pleiteou em vão. Muito seriamente,
vemos Moisés a intervir em favor de Israel em momentos críticos, quando seu
povo tornava-se culpado de algum grave pecado ou apostasia (Ex 32.31; 33.11).
d) Humildade – Moisés era suficientemente grande
para não ter de fingir que era. A grandeza vinha ao encontro dele, sem que ele
tivesse de perseguí-la. A humildade de Moisés é mencionada como uma
característica especial de sua personalidade, em Nm 12.3. Ele não cobiçava
distinção e nem procurava proeminência.
e) Resistência, persistência – Alguns intérpretes
pensam que o vocábulo hebraico ‘anayw’
, em Nm 12.3 – traduzido por ‘manso’
em nossa versão portuguesa, deveria ser entendido como ‘persistente’. Sem
importar se assim devemos interpretar ou não aquela palavra hebraica, torna-se
óbvio pelo próprio relato bíblico, que a sua persistência, na causa que
defendia, nunca sofreu qualquer lapso ou hesitação.
f) Serviço amoroso – Em tempos de crise, quando
Moisés rogava em favor do seu povo Israel, há ilustrações especiais do amor que
lhes devotava. Ele se aliou aos seus compatriotas, em sua servidão degradante
(Ex 2.11; 5.4); ele se esqueceu de vingar-se das afrontas sofridas (Ex 2.14):
ele desejou que seu irmão fosse o líder, em vez dele mesmo (Ex 4.13); e quando
Yahweh ofereceu-se para destruir o povo, fazendo de Moisés uma grande nação (Ex
32.10), ele orou para que o Senhor os perdoasse, “...ou se não, risca-me, peço-te do livro que escreveste....(Ex 32.32).
CONCLUSÃO
O grande legado de Moisés está expresso em suas
obras que atravessaram séculos, chegando até os nossos dias e formando parte
significativa e basilar do cânone veterotestamentário. São de Moisés o
Pentateuco (Gênesis, Exodo, Levítico, Números e Deuteronômio), o Salmo 90 – que
é portanto o mais antigo salmo de Israel, e provavelmente também o belíssimo
Livro de Jó.
A riqueza e a importância histórica, social,
espiritual e literária dessas obras para o mundo revelam a grandeza do
ministério desse grande homem de Deus para o seu povo e para toda a humanidade.
Moisés, foi esse emissário de Deus encarregado de
executar tarefas tão importantes e definitivas para a humanidade do seu tempo e
para nós hoje, também. Podemos destacar alguns dos muitos aspectos
revolucionários da legislação hebraica para a história do Direito no mundo.
Ela foi revolucionária para a sua época e tempos
depois, serviria de inspiração para muitos avanços legais saudáveis com os
quais já estamos muito habituados em nossos dias, mas que, na época de Moisés,
se constituíam em uma grande inovação.
Dentre seus muitos aspectos revolucionários, a
legislação hebraica, por exemplo, atribuía um grande valor à vida humana,
exigia um grande respeito para com a honra da mulher e conferia mais dignidade
à posição de escravo do que poderíamos encontrar em qualquer um dos códigos
legais das outras nações do Oriente Próximo.
Não àtoa, costuma-se chamar os valores tradicionais
do Ocidente, que foram responsáveis pela sua formação e se constituem a base de
todas as suas conquistas, de valores judaicos-cristãos. Os princípios do
Decálogo (Ex 20.1-17), por exemplo, ajudaram a moldar todos os valores do
Ocidente, juntamente com o cristianismo.
Para a igreja Moisés deixou um legado que
metaforicamente pode-se chamar de herança para os nossos dias através do seu
exemplo de liderança, paciência, intercessão, integridade, persistência,
comunhão com Deus e sobretudo, exemplo de fé como registrou com destaque o
escritor do Livro de Hebreus na “Galeria dos Heróis da Fé” (Hb 11.23-29).
Somente um homem que ama e serve a Deus com uma fé
robusta rejeita as riquezas e a glória do mundo, preferindo sofrer fazendo a
obra do Senhor. Moisés não tomava as suas decisões baseado simplesmente no que
a lógica humana e os seus cinco sentidos lhe diziam, mas tinha em vista a
importância histórica e espiritual do que estava fazendo e a “recompensa” que
receberia do seu Senhor pela sua fidelidade ao seu chamado. Ele via além do que
poderia perceber a maioria das pessoas do seu tempo, porque via “o invisível’.
Ademais, somente um homem que ama e serve a Deus
com uma fé robusta não empalidece diante das adversidades mais intensas, não
esmorece diante dos poderosos e das circunstâncias prementes que o pressionam a
abandonar a vontade divina. A Bíblia diz que Moisés desprezou completamente “a
ira do rei” a oposição dos grandes e poderosos deste mundo, e ficou firme, como
quem está “vendo o invisível”.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º.
Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Antônio Gilberto).
REIFLER, Hans Ulrick. A Ética dos Dez
Mandamentos. São Paulo, 1992. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas Moisés,
o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida. Rio de Janeiro, 2013. Editora CPAD.
GEISLER. Norman L. Ética cristã –
Opções e Questões Contemporâneas. São Paulo, 2010. Edit. vida Nova
CHAFER. Lewis Sperry. Teologia Sistemática
– Vl 7 e 8. São Paulo,2003. Editora
Hagnus
BROADMAN. Comentário Bíblico –Vol.1 Gênesis-Êxodo. Rio de Janeiro, 1986
– 2ª.Edição. JUERP
SOARES, Antonio Ribeiro. A Santa Ceia. São Paulo, 2005 – 1ª. dição -
Editora SOCEP
ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. São Paulo,
2003. Editora Hagnus
O Catecismo Maior de Westminster. São Paulo, 2002 – 12ª. Edição –
Editora Cultura Cristã
VOS, Geehardus. Teologia Bíblica do
Antigo e Novo Testamentos. – São Paulo 2010. Editora Cultura Cristã.
READMACHER. Early D. O Novo
Comentário do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, 2010. 1ª. Edição
DAVIS, John. Novo Dicionário da
Bíblia – Ampliado e Atualizado. São Paulo 2005 – 1ª Edição. Editora
Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento
Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus
CHAMPLIN. R. N .Enciclopédia de Bíblia
e Teologia – Vol.1 Editora Hagnus
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