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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Elias no Monte da Transfiguração - Lição 09 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 03.03.13

Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: Mateus 17.1-8
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Descrever o episódio da transfiguração de Jesus.
  2. Explicar a tipologia representada em Moisés e Elias.
  3. Conscientizar-se de que Jesus era o Messias esperado.
 II  - INTRODUÇÃO: A divindade de Jesus foi revelada no monte da Transfiguração. Embora a transfiguração fornecesesse uma confirmação visível da divindade de Cristo, os discípulos perante os quais Ele havia exibido sua glória, já o haviam reconhecido através dos olhos da fé (Mc 9.1).

Na sua transfiguração, Jesus foi transformado na presença de três discípulos, que viram a sua gloria celestial, conforme Ele realmente era – Deus em corpo humano.

A experiência da transfiguração foi um alento para Jesus ante a sua imininente morte na cruz, um comunicado aos discípulos de que Jesus teria de sofrer na cruz e uma confirmação, por Deus, que Jesus era verdadeiramente seu filho, todo sufuciente para redimir a raça humana (Mt 11.21, 31, 35).

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO
1. 1 – Transfiguração   O termo transfiguração corresponde apenas à mudança de aparência e não mudança de essência. Jesus ao transfigurar-se continuou com a sua própria essência, apenas foi modificada a sua forma de apresentação, isto é, exibiu um novo perfil, assim relata-nos o capítulo 17.2 de Mateus:

“O seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes, tornaram-se brancas como a luz”. Dessa forma os discípulos puderam ver que Jesus sempre fora o verbo divino que se fez carne e habitou entre nós, sendo ele a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus, pois o Verbo era Deus (Jo 1.1).

Cristo pré-existia “com Deus” antes da criação do mundo (Cl 1.15-19). Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de Deus Pai, mas em eterna comunhão com Ele. Cristo era divino “o verbo era Deus”, e tinha a mesma natureza do Pai (Cl 2.9; Mc 1.11).

1. 2 – Glória divina – Conforme Mt 17.5, durante a transfiguração “uma nuvem luminosa os envolveu (Jesus e os três discípulos que com ele estavam no monte). No Antigo Testamento essa nuvem luminosa recebe o nome de shekiná, e é relacionada com a manifestação da presença de Deus. Tanto Moisés como Elias, quando estiveram no Sinai, presenciaram a manifestação dessa glória, porém, não como os discípulos nesse momento.

Na escuridão do deserto, a nuvem milagrosamente protegeu Israel, interpondo-se entre os egípcios e os israelitas. Ao mesmo tempo, a coluna de fogo da parte de Deus, projetava abundante luz sobre o caminho através do mar, de modo que os israelitas pudessem atravessá-lo (Ex 14.19.20).
  
  1. ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO:
  2.1 – Tipologia – Denominamos Tipologia ao estudo da simbologia entre fatos ou personagens do Antigo Testamento, considerados como símbolo dos fatos ou personagens do Novo.

No evento da transfiguração aparecem os personagens Moisés e Elias que tipologicamente configura a seguinte disposição: Moisés prefigura a Lei, enquanto Elias, os profetas.

A transfiguração revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a lei apontava para Ele. Vemos em Dt 18.15, Moisés falando aos israelitas: “O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos como eu, a ele ouvireis”.

E Mateus procura mostrar isso quando põe em evidência ao narrar o evento da transfiguração, o momento em que o próprio Deus fala: “......Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o”. Moisés citou exatamente a última expressão do versículo acima: “escutai-o”, referindo ao Profeta que viria depois dele – “Jesus”.

2.2         – Escatologia – Biblicamente o termo escatologia refere-se à doutrina das coisas que deverão acontecer no final do mundo. Trata da vinda de Cristo, dos eventos que precederão a sua vinda, da conversão de Israel, da vinda do Anticristo, da morte, da ressurreição, do milênio, do juízo, do estado dos homens depois deste.

Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias aparece em um contexto escatológico no evento da transfiguração. No Antigo Testamento, Malaquias profetiza que Elias viria ministrar antes que chegasse o dia do Senhor (Ml 4.5,6).

O Novo Testamento revela que essa profecia refere-se a João Batista (Mt 11.7-14), que no espírito e virtude de Elias, preparou o caminho ao Messias. Lucas no cap.1 e v.7, narra quando do anúncio do nascimento de João Batista: “e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais e aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto

  1. ELIAS, O MESSIAS E A REJEIÇÃO:
  3.1 – O Messias esperado – Os escribas não reconheceram a Jesus como Messias porque esperavam antes do advento do Messias, o aparecimento de Elias (Ml 4.5,6). Isto era para eles um sinal determinante. Mateus revela, no entanto, que Elias já teria vindo através de João Batista.
 
Elias teria sido um profeta do deserto, João também o foi e todos os fatos demonstravam que João era o Elias que havia de vir antes de Jesus: Elias pregou em um período de transição, João prega na transição entre as duas alianças; Elias confrontou Reis (1Re 17.1,2; 2Re 1.1-4); do mesmo modo  João (Mt 14.1-4). O exposto não deixa dúvidas de que João era o Elias que havia de vir e que Jesus era o Messias esperado.

3.2 – O Messias rejeitado – Deve ter sido motivo de grande consternação, para os discípulos imediatos de Jesus, ao virem sua popularidade decrescer, e perceberem as nuvens da tempestade que se aproximava, o que levaria Jesus à morte.

Do ponto de vista das descrições de suas obras, conforme todos bem conhecemos, esperaríamos uma total acolhida com sua entronização em todos os corações. Mas as coisas não ocorreram desse modo, mas bem pelo contrário. Os evangelistas narram a história como que em choque e horror. Israel rejeitará a seu próprio Messias; o Messias fora sacrificado.

O Messias em nada se assemelhava ao herói político que os judeus esperavam; pelo contrário, a sua mensagem assim como a de João Batista, não agradaria a muita gente e provocaria rejeição.

 ELIAS, O MESSIAS E A EXALTAÇÃO:
 
4.1 – Humilhação – “E os seus o interrogaram, dizendo: Por que dizem então, os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas.

Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. Então entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista”.

Os discípulos não entenderam como o Messias tão esperado pudesse morrer em um contexto de restauração. Cristo corrige esse equívoco mostrando que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt 17.12; Lc 9.31; Fp 2.1-11).

 4.2 – Exaltação – A exaltação do Messias revelado na transfiguração, conforme lembrou posteriormente o apóstolo Pedro que esta era uma prova de que a mensagem da cruz era verdadeira e digna de aceitação.

Pedro nos declara com muita firmeza: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade, porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando na magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz:

Este é o meu Filho amado, em quem tenho me comprazido. (2Pe 1.16,17). A exaltação do Messias revelado na transfiguração era uma prova inconteste da veracidade da mensagem da cruz.

 IV – CONCLUSÃO

Embora a transfiguração fosse sem dúvida uma maravilhosa revelação da natureza essencial de Jesus, no contexto ela era também uma poderosa manifestação da natureza do reino que o nosso Senhor pretendia estabelecer com a sua morte.

[...] A chave para entendermos o pretenso significado da transfiguração é encontrada em Marcos 9.2, na frase ‘seis dias depois’. O que havia acontecido antes dos seis dias? Jesus havia falado sobre a sua cruz e depois a glória, e feito uma promessa específica:

“Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder (Mc 9.1).
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
 Bibllia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Legado de Elias - Lição 08 - 1º. Trimestre 2013 - EBD CPAD – 24.02.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 1 Reis 19.16,17,19-21
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Reconhecer o caráter divino da vocação e chamada de Elias.
  2. Detalhar os princípios da exclusividade, autoridade da vocação e a chamada de Elias.
  3. Compreender como se deu a sucessão e o discipulado de Eliseu. 
II  - INTRODUÇÃO: A vida heroica e humilde de Elias nos motiva a ser como Cristo – a levantar nossos olhos acima das aflições e angústias de hoje e voltar nossa atenção para a glória e esperança do Grande Deus e Salvador Jesus Cristo.

Estudar a vida de Elias nos dá uma oportunidade de ver pequenos traços de Jesus refletidos na vida do profeta, enquanto aguardamos ver o Senhor face a face em sua glória. Qualquer pessoa que fizer uma lista dos grandes homens da Bíblia – mesmo que seja uma lista pequena – certamente incluirá Elias, homem de heroísmo e humildade.

Elias revelou-se um homem valioso para Deus, pois era humilde o suficiente para curvar-se à vontade do seu Senhor, sem jamais desobedecer-lhe, independentemente da missão que lhe era confiada.

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. O LONGO PERCURSO DE ELIAS:  
1. 1 – Uma volta às origens – Biblicamente a origem da chamada de Elias é desconhecida, no entanto podemos acompanhá-lo  através de suas jornadas:

Treinado em Querite, lapidado e refinado em Sarepta, usado de maneira magnífica no monte Carmelo, ungido poderosamente para colocar-se diante do rei Acabe em várias ocasiões, e, finalmente, recebendo a companhia de seu fiel amigo e substituto Eliseu.

O profeta Elias surgira como um homem de Deus num momento heróico de maneira quase inacreditável, ainda que humilde de coração, Elias parecia ter alcançado o pináculo das experiências de sua vida. Mas agora ele iria passar pela maior de todas as experiências anteriores: iria escapar da morte. A foice da morte não o encontraria.

Não passar pela morte colocava Elias na rara categoria “de partidas sem morte”. Somente duas pessoas em todos os registros bíblicos não foram apanhadas pelas garras da morte. Isso mesmo: apenas duas pessoas foram levadas desta terra diretamente à presença de Deus. O primeiro foi Enoque (Gn 5.21-24), e Elias foi o segundo (2Re 2.11,12).

A última experiência deste tipo acontecerá com os crentes que estiverem vivos na terra no momento da primeira parte da segunda vinda de Cristo. Não sabemos nem o dia nem a hora (1Co 15.51,54; 1Ts 4.13-18).

1. 2 – Uma revelação transformadora – Enclausurado em uma caverna, Elias pode descobrir que Deus tinha grandes planos para a sua vida bem como pode assegurar-se através do diálogo de Deus com ele naquele lugar solitário, que Deus continuava sendo o Senhor da sua vida e, equivocadamente ele não estava sozinho naquele combate, o seu trabalho não teria sido em vão.

O Senhor revelou a Elias que não somente ele estava sendo fiel para o serviço de Deus, mas havia ainda sete mil remanescentes fiéis de adoração a Deus. Posteriormente Deus revelou ao profeta a necessidade de um sucessor para Elias – daí surgir no cenário Eliseu, discípulo de Elias (1Re 19.15-18).


  1. ELIAS NA CASA DE ELISEU: 
2.1 – A exclusividade da chamada – Deus mandou Elias ungir Eliseu como seu sucessor. Note-se que naqueles dias não somente sacerdotes e reis eram ungidos para seus respectivos cargos, mas também profetas.

Eliseu iria auxiliar Elias, ungir Hazael rei da Síria e Jeú, rei de Israel, e ajudar a derrotar os inimigos de Deus. Também era tarefa de Eliseu proclamar a Palavra de Deus ao remanescente fiel (1Re 19.16-18).

Embora Deus tenha ordenado a Elias que ungisse a Hazael rei da Síria e Jeú, rei sobre Israel, ele apenas conseguiu cumprir a parte de ungir a Eliseu profeta em seu lugar, pois o tempo dele aqui na terra findara. Ficando o profeta Eliseu para cumprir o restante da tarefa.

Eliseu foi um fiel servidor do profeta ancião e ficou conhecido como “aquele que deitava água sobre as mãos de Elias” (2Re 3.11).

2.2 – A autoridade da chamada – “Partiu, pois, Elias dali e achou Eliseu, filho de Zafate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele.

Então, deixou este os bois, correu após Elias e disse: deixa-me beijar meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: vai em volta; pois já sabes o que fiz contigo.

Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os aparelhos dos bois, coseu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se dispôs, e seguiu a Elias e o servia” (1Re 19.19-21).

Na cultura bíblica, o manto é símbolo da autoridade profética (1Re 19.19; 2Re 1.8; 2.14). Lançá-lo sobre outrem demonstrava transferência de poder e autoridade. Ao ser envolvido pelo manto de Elias, Eliseu estava sendo credenciado para o ofício profético.

  1. ELIAS E DISCIPULADO DE ELISEU: 
3.1 – As virtudes de Eliseu – Eliseu tinha conhecimento do que o Senhor estava prestes a realizar na vida de Elias (2Re 2.1). Ele estava consciente de que algo extraordinário envolvendo o profeta Elias aconteceria a qualquer momento (2Re 2.3), e sabia que também fazia parte dessa história, daí a sua perseverança em não deixar Elias.

Antes de ser arrebatado para o Céu, Elias visitou três lugares: Gilgal, Betel e Jericó. Os historiadores afirmam que estes três lugares eram os antigos seminários. Provavelmente fundados por Samuel: escolas onde rapazes eram treinados para responder ao chamado divino e aprender o estilo de vida de um profeta (2Re 2.2-6).

Gilgal era o lugar do início. De acordo com Josué 4, Gilgal foi o lugar onde os filhos de Israel acamparam logo depois de terem cruzado o Jordão em direção a Canaã. Ali os filhos de Israel foram circuncidados e o Senhor disse a Josué: Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito (Js 5.7-9). Gilgal foi o lugar da preparação da jornada final de Elias.

Betel, a próxima parada de Elias, era o lugar de oração. “Bet-el” significa “casa de Deus”. Foi ali onde Abraão construiu um altar e frequentemente se encontrava com Deus (Gn 12.8).

Elias foi então para Jericó, o lugar da batalha. Jericó foi o lugar onde o povo de Deus lançou fortes bases contra a oposição. Jericó foi para os israelitas o que foi o dia D significou para os Aliados na Segunda Guerra Mundial. Foi a Normandia do povo de Deus. Jericó era uma cidade de grandes e vivas lembranças.

Finalmente Elias se dirige ao Jordão o lugar da morte – não da morte física, mas da morte do eu. Ali Elias lembrou-se dos dias em que morrera para seus próprios desejos, seus planos e onde rendeu as forças da sua própria carne.

 3.2 – A nobreza de um pedido – Quando Elias chegou ao Jordão seu último destino terreno, Eliseu disse: “Tão certo como vive o Senhor, não te deixarei”. Elias tentava separar-se de Eliseu desde Gilgal, cremos, porém que o que Elias estava tentando fazer não era se livrar de Eliseu, mas colocar seu amigo íntimo e sucessor à prova.

Mas Eliseu foi inflexível. E assim ambos foram juntos ao Jordão. “Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco.

Elias disse a Eliseu: pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: peço que haja porção dobrada do teu Espírito sobre mim E disse: coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se fará, porém, se não, não se fará” (2Re 2.8-10).

Eles continuaram a andar e iam conversando. Mas, de repente, um carro de fogo, com cavalos de fogo surgiu no meio deles e separou os dois; Eliseu admirado viu quando Elias era levado ao Céu num redemoinho. (Bíblia Viva).

O que vendo Eliseu clamou: Meu Pai, meu Pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes as rasgou em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra e voltou-se às bordas do Jordão” (2Re 2.11-13).

  1. O LEGADO DE ELIAS:
4. 1 – Espiritual – Elias foi uma daquelas grandes vidas humanas que desafiam qualquer explicação natural. Elias foi um homem cujas ações e realizações não conseguem ser explicadas em termos humanos. Era homem dedicado a oração e de grande poder espiritual, evidenciados por sua vida e por seu ministério em geral.

4. 2 – Moral – O valor e coragem de Elias são evidentes ao confrontar os profetas de Baal reprimindo-os severamente (1Re 18.19). Elias serviu a Deus com integridade e foi um modelo para o seu sucessor.

 IV – CONCLUSÃO

Elias foi o precursor do profetismo no seu tempo, e os escritos dos profetas, a partir de seus dias, adquiriram imensa proeminência nas Escrituras. Ele deu um tremendo exemplo de poder espiritual e de busca pela verdade, pela justiça e pela santidade em Israel. Tudo o que veio a tornar-se temas dos profetas que se seguiram.

Elias exerceu um ministério excepcional no reino do Norte e, foi o responsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade. Na qualidade de principal profeta da época, precisou fazer finca pé, e, subitamente, compareceu diante do rei Acabe a fim de anunciar a iminente vingança de Yahweh.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

SWINDOLL, Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001.  10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Vinha de Nabote - Lição 07 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 17.02.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 1 Reis 21.1-5; 15,16
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Identificar o objeto da cobiça de Acabe.
  2. Citar as causas da cobiça.
  3. Conscientizar-se dos frutos e consequências da cobiça.

II  - INTRODUÇÃO: A cobiça é uma consequência da visão de mundo que o ser humano possui. O mundo em que vivemos é um mundo materialista (estilo de vida pautado nas coisas materiais), hedonista (ética pautada na busca intensa do prazer inteiramente pessoal) e pragmatista (estilo de vida que objetiva o lucro pessoal). Todavia o evangelho demanda de cada um de nós um estilo rigorosamente contrário ao mundano.

Acabe não se contentou com o que tinha, que não era pouco. Ele tinha “apenas” o governo da nação de Israel, o reino do  norte, à sua disposição. Poderia comprar ou possuir qualquer terra em Israel, mas tomado pela cobiça do seu coração, cegou pela vinha de Nabote, chegando ao extremo de rendido aos desejos da cobiça e apoiado na impiedade de sua maligna esposa Jezabel que administrou a morte de Nabote, afim de prover Acabe de condições favoráveis a possuí-la.

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. O OBJETO DA COBIÇA:
 1. 1 – O direito à propriedade no antigo Israel – Deus disse aos israelitas que eles não eram os verdadeiros donos da terra; pois ela lhe pertencia; eles eram simplesmente administradores da terra (Lv 25.23).

Dessa forma o direito à terra era apenas uma concessão de usufruto que conforme Números 36.7-9, a herança dos filhos de Israel não passaria de tribo em tribo devendo os filhos de Israel segundo ordem de Deus, se chegarem cada um à herança da tribo de seus pais.

A ordem era que qualquer filha que herdasse alguma herança dos filhos das tribos de Israel se casaria com alguém da geração da tribo de seu pai; para que os filhos de Israel possuam cada um a herança de seus pais. Assim a herança não passará de uma tribo a outra; pois as tribos dos filhos de Israel se chegarão cada um à sua herança.

Como Nabote era temente a Deus, ele tinha esses princípios em mente e não queria vender, nem tampouco arrendar a sua vinha que era uma dádiva de Deus para a família, além disso, ele não estava passando por nenhuma necessidade.  – uma brecha concedida na lei de arrendamento temporário, àqueles que eventualmente fossem acometidos de uma necessidade; sendo conveniente, deixar bem claro que no ano do Jubileu essas terras deveriam ser devolvidas para seu dono original (Lv 25.25-27).

1. 2 – A herança de Nabote – A vinha de Nabote ficava muito próxima ao palácio do rei Acabe em Jezreel. Para tornar o seu palácio mais belo e atraente, bem como tornar-lhe suprido de frutas e verduras frescas além de arvoredos que tornaria o ambiente de sua propriedade mais agradável, Acabe cobiçou aquele maravilhoso empreendimento – a vinha de Nabote, um homem simples que temia a Deus, para transformá-la numa horta.

O rei Acabe tentou adquirir as terras de Nabote, ou a dinheiro ou em troca de um vinhedo melhor. Mas Nabote recusou-se a negociar, sob a alegação de que aquelas terras faziam parte da herança da sua família.

Ora, a lei mosaica protegia as heranças (Lv 25.23-28; Nm 36.7-9). Naturalmente, devemos pensar que um rei não teria achado dificuldade para garantir uma herança de família para Nabote, em algum outro lugar, e que talvez até Nabote saísse ganhando nas negociações.

No entanto, Nabote parece ter temido a sinceridade de Acabe, e simplesmente não quis estabelecer negociações. Embora com relutância, Acabe já se dispunha a aceitar a decisão de Nabote; entretanto, Jezabel, a pagã rainha esposa de Acabe, não concordou com isso e partiu para seus intentos maléficos afim de realizar os propósitos do seu coração bem como do rei Acabe.

  1. AS CAUSAS DA COBIÇA:
 2. 1 – A casa de campo de Acabe – Era uma segunda residência de Acabe em Jezreel – uma casa de verão que ficava entre o monte Carmelo e Samaria (1Re 18.45,46).

Desse modo, possuía Acabe um palácio – a casa real, e uma casa de campo; mas não estava satisfeito e foi engodado a cobiçar a pequena vinha do simples Nabote, indo até as consequências finais por não resistir e dar um basta ao seu pecado, bem como a impiedade de sua esposa – rainha Jezabel.

2. 2 – A horta de Acabe – Possuído pela cobiça Acabe não mais se contentava com a casa real e a casa de campo que certamente era um lugar belo e confortável. Totalmente dominado pelos desejos cobiçosos do seu coração, não se importava de quebrar o mandamento divino “Não cobiçarás” (Ex 20.17).

Seu palácio era um lugar suntuoso, mas parecia melhor ainda se contasse com um jardim adjacente. A dificuldade porém, foi que Nabote era o proprietário das terras vizinhas ao palácio e isso impedia a aventura estética de Acabe.

Kimch informa-nos que era costumeiro às pessoas mais ricas ocupar-se de pequenos projetos agrícolas, próximo de suas casas, a fim de embelezá-las além de dar-lhes um suprimento de verduras frescas. A oferta de Acabe para Nabote foi “cortês e liberal”, mas era contrária à herança dos hebreus.

  1. O FRUTO DA COBIÇA:
 3.1 – Falso testemunho  – Ao ver seu marido sob forte estresse e pressão, Jezabel teve a ousadia de assumir o controle da situação e age sozinha. Jezabel, porque era ímpia, vivia sua vida na carnalidade da satisfação de seus próprios desejos, não possuía qualidades de pedir a Deus que atuasse no coração de seu marido nem foi capaz de avaliar sabiamente a situação.

“Eu cuido disso para você, meu marido – apenas saia da frente, conjecturou Jezabel”. Ela não tinha autoridade para escrever cartas em nome do rei. Mas este não foi o seu maior crime. Ao escrever aquelas cartas, ela coloca em ação um plano para matar Nabote.

“Então escreveu cartas em nome de Acabe, selou-as com o sinete dele e as enviou aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote. E escreveu nas cartas dizendo:
Apregoai um jejum e trazei Nabote para a frente do povo. Fazei sentar defronte dele dois homens malignos, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois levai-o para fora e apedrejai-o, para que morra” (1Re 21.8-10).

 3.2 – Assassinato e apropriação indevida  – O plano ardiloso de Jezabel foi cumprido sem o mínimo embaraço. Para que não houvesse dificuldades futuras com a herança de Nabote, seus filhos também foram apedrejados e mortos ((2Re 9.26).

Resolvido o problema, agora o rei apoderar-se-ia da vinha de Nabote – “E sucedeu que, ouvindo Acabe que já Nabote era morto, Acabe se levantou, para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para a possuir (1Re 21.16).

  1. AS CONSEQUÊNCIAS DA COBIÇA:
4. 1 – Julgamento divino – Tão logo Acabe apossou-se da vinha de Nabote, ordena Deus ao profeta Elias que se apresentasse ao rei e lhe proclamasse o juízo divino: “Falar-lhe-ás dizendo: Assim diz o Senhor: 

Porventura, não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo” (1Re 21.19,20).

Essa profecia se cumpriu quando Acabe foi morto na batalha e os cães lamberam o seu sangue, ao ser lavado o seu carro, no qual ele morreu (1Re 22.25,38). Os filhos de Acabe também morreram de modo violento (2Re 1.2,17; 9.22-26), e a esposa de Acabe, Jezabel, também teve uma morte violenta (2Re 9.30-37).

4. 2 – Arrependimento e morte – Logo após Acabe receber a profecia sentenciando sua morte “... rasgou as suas vestes e cobriu a sua carne de pano de saco, e jejuou; e dormia em cima de sacos e andava mansamente. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbita, dizendo:

“Não viste que Acabe se humilha perante mim, não trarei esse mal nos seus dias, mas nos dias de seus filhos, trarei este mal sobre a sua casa” (1Re 21.27-29). Acabe arrependeu-se, mas mesmo assim não teve como se livrar das consequências de suas ações (1Re 22.29-40; 2Re 1.1-17). O pecado sempre tem seu alto custo.

 IV – CONCLUSÃO

A paciência de Deus tem limites – Deus, em sua grandiosa paciência e misericórdia, espera que ouçamos sua voz e lhe obedeçamos. Por intermédio da história do rei Acabe, podemos estar certos de que o pecado não compensa.

Acabe fracassou porque esqueceu-se da palavra de Deus. A cobiça é uma forma de auto-adoração que expulsa Deus de nossas vidas. Devemos em primeiro lugar medir nossas intenções pela Palavra de Deus e em seguida levarmos a efeito os nossos desejos. Nossas ações devem glorificar a Deus em vez de satisfazer nosso próprio ego.

 O principal objetivo da vida do crente é agradar a Deus e promover a sua glória. Sendo assim, aquilo que não pode ser feito para a glória de Deus, e em sua honra e ações de graças como nosso Senhor, Criador e Redentor não deve ser feito de modo nenhum. 

Viver para Deus deve ser uma norma fundamental em nossa vida, o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações.

O apóstolo Paulo assim escreveu aos corintos: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31).
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

SWINDOLL, Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001.  10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.