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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Uma Vida Cristã Equilibrada - Lição 11 - 3º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 15.09.2013

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Filipenses 4.5-9              
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Conscientizar-se a respeito da excelência da mente cristã.
2.      Compreender o que deve ocupar a mente do cristão.
3.      Analisar a conduta de Paulo como modelo. 

II  - INTRODUÇÃO
O crente não deve se deixar assaltar por ansiedades e dúvidas a respeito de qualquer coisa e não deve fazer nada em excesso, mas deve exercer a moderação, para que todos os homens percebam o espírito moderado que há nele. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas com ações de graças” (Fp 4.6).
No original grego temos para moderação o termo “eiekes”, que significa clemência, gentileza, graciosidade e complacência. Podendo também significar autocontrole ou restrição paciente.
Não devemos ansiar por coisa alguma porque a Vinda do Senhor está próxima, havendo ainda à nossa disposição o recurso da oração, que é um poder criativo, que pode alterar os acontecimentos e conferir-nos forças para enfrentar as adversidades (Ef 6.18).
Por meio da oração, a força espiritual se faz presente, porquanto põe à nossa disposição o mesmo Senhor que em breve voltará. A oração contínua serve de salva guarda contra toda e qualquer ansiedade, e Paulo a descreve em uma sentença comprimida, falando sobre a natureza da oração autêntica.
Antes de tudo, envolve a atitude de esperar em Deus; em seguida, indica que, em nossa debilidade, rogamos a sua ajuda; e finalmente, fica esclarecido que devemos deixar bem claro aquilo que queremos da parte de Deus, confiando que ele nos atenderá os pedidos. A oração serve de elemento disciplinador e de determinador da vontade de Deus.
III – DESENVOLVIMENTO
1. A excelência da mente cristã – A alma possui três funções:
1. A mente – que é a sede do pensamento. É ela que nos dá condições de conhecer, pensar, imaginar, lembrar e entender. O intelecto, a sabedoria, a inteligência e o raciocínio humanos, pertencem a mente. De modo geral a mente é o cérebro. A mente exerce um importante papel na vida humana porque o pensamento influencia a ação.
2. A vontade ou volição – que é a faculdade que permite ao homem tomar decisões; querer ou não querer, escolher ou não escolher, são operações típicas da vontade. Ela é o leme que nos permite navegar pelo mar da vida. Alguém já disse que a vontade é o nosso verdadeiro ego.
A ação da vontade é nossa própria ação. O homem precisa submeter sua vontade à soberania de Deus para que a ação do Espírito Santo em sua vida posso levá-lo ao arrependimento para a vida (At.11.18).
3. A emoção – A nossa emoção produz alegria, felicidade, animação, agitação, júbilo, estímulo, desalento, tristeza, pesar, melancolia, lamento, abatimento, ansiedade, zelo, frieza, afeição, aspirações, ambição, compaixão, bondade, preferência, interesse, expectação, orgulho, temor, remorso, ódio.
A mente é o órgão que nos leva a pensar e relacionar. A vontade é o órgão da nossa escolha e decisões, tudo mais, brota da emoção. O sentimento abrange uma área tão vasta da nossa existência, que a maior parte das ações carnais pertence a área da emoção. A vida emocional do homem é bastante ampla e por isso altamente complicada. A Palavra de Deus exorta-nos a preenchermos a nossa mente com aquilo que gera vida e maturidade espiritual, pois nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16).
Alguns especialistas resumem todas as expressões da emoção em três grupos: afeição, desejo e sentimento. Esses três grupos cobrem os três aspectos da emoção. Andar no caminho espiritual significa vencer os três aspectos da emoção. (Gl 5.16,17; Rm 8.1-17).
2. O que deve ocupar a mente do cristão – (Fp 4.7,8). A fim de que tenhamos uma melhor compreensão do v.8 precisamos conhecer a ideia de segurança e estímulo do v.7 que diz: “E a paz de Deus que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.
Essa afirmação do apóstolo Paulo une coração e mente. O coração, nessa passagem, é apresentado de forma metafórica porque o coração é entendido como o centro das motivações da mente, da vontade e das emoções de uma pessoa (Pv 4.23) – “Sobre tudo que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procede as saídas da vida”.
Jesus repreendendo aos fariseus sobre a tradição dos anciãos deixa registrado em Mc 7.21.22 – “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”.
A mente é a sede do raciocínio e do entendimento. Da vontade da pessoa advém as decisões e dos sentimentos, todas as emoções da vida pessoal. Paulo ensinou aos filipenses que Deus guardará nossos corações e nossos sentimentos para que sejam motivados por coisas boas. A paz de Deus é como um muro de proteção e como uma torre de vigia que avisa à nossa mente contra inimigos externos que são os maus pensamentos.
Mas, os pensamentos alimentados por uma mente cristã tem coisas boas. Essas coisas boas se manifestam pelo menos em seis qualidades ou virtudes relacionadas em Fp 4.8, as quais devem ocupar a mente do crente e ser praticadas em seu viver diário a fim de que ele tenha paz com Deus.
Os filósofos costumam dizer que o homem é aquilo que ele pensa. Devemos fechar a nossa mente para tudo que é vil e pernicioso e devemos abrir os portais da nossa mente para tudo o que é justo – “Quanto ao mais, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).
A expressão verdadeiro conforme está escrito no grego bíblico como “alethe”, que significa verdade e se opõe a tudo que é falso, e que é irreal e ao que não contém substância. Vivemos em um mundo de mentiras que influencia a vida da humanidade. O papel do cristão é não só proclamar a verdade, mas viver a verdade no seu cotidiano.
A palavra honestidade da língua grega do NT tem três termos: “Kalos” que significa aquilo que é excelente e nesse sentido, bom.  “Semnos” que significa aquilo que é venerável e honrável. O terceiro termo grego é “euschemonos” que significa decente, decoroso. Na língua grega a palavra justo é “dikaios” que significa praticar as coisas certas e retas e também fazer tudo aquilo que não prejudique o seu irmão ou o seu próximo. 
Pureza – implica limpeza, algo não contaminado ou poluído. No grego do NT a palavra puro advém de “hagnus”. Essa palavra grega sugere e descreve aquilo que é moralmente puro e livre de sujeiras ou de manchas. Amável é tudo aquilo que se pode amar para sermos dignos de sermos amados por aquele que nos amou com amor profundo (Jo 3.16).
As coisas amáveis são coisas que atraem e causam prazer a todas as pessoas. Significa pensar naquilo que promove amor fraternal e amizade. O termo boa fama, aparece no grego bíblico como “euphemos”, um adjetivo que sugere um sentido ativo de falar bem de. Virtude refere-se à excelência, bondade moral e ética, que rejeite qualquer inversão de valores. As coisas excelentes são coisas elevadas e deve permear a mente do cristão. No mundo em que vivemos percebe-se a falta de virtudes que empobrecem a vida moral e espiritual. O cristão tem por obrigação demonstrar para o mundo a excelência de seu modo de viver e pensar.
3. A conduta de Paulo como modelo – “O que também aprendestes, e  recebestes, e ouviste, e vistes em mim, isso praticai, e o Deus de paz seja convosco (Fp 4.9). Nesse versículo de maneira enfática, Paulo se apresenta uma vez mais como exemplo a ser seguido (Fp 3.17; 1Co 11.1).
Quando alguém se torna seguidor do exemplo de Paulo torna-se também seguidor do exemplo de Jesus Cristo. Isso porque o apóstolo dos gentios ensinava preceitos verazes, vivendo-os pessoalmente, de modo que ninguém podia culpar-se de não haver compreendido as exigências cristãs de ordem moral em contraste com aquilo que os cristãos primitivos estavam acostumados a ver no paganismo.
A expressão “paz com Deus” não está em foco apenas a calma e a tranquilidade, mas também a paz interior devido a reconciliação com Deus e com os outros homens que também foram assim reconciliados com o Senhor. Esse senso de bem estar, baseado na realidade do bem estar da alma, vem da parte de Deus.
IV – CONCLUSÃO
Na batalha da mente o ser humano recebe muitas impressões exteriores, tanto no campo científico quanto no campo espiritual. O cristão, na sua conversão, recebe uma limpeza total dos antigos pensamentos do homem natural e carnal. Mas o cristão regenerado não está imune aos ataques do mundo espiritual na sua mente (2Co 5.17) “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.
Satanás procura romper a proteção de nossas mentes com pensamentos fúteis e carnais para que não pensemos nas coisas que são de cima, isto é, do céu.
Paulo exortou aos colossenses: “Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.2). Nossa mente absorve muitas coisas do que se vê e ouve, e do que se faz no dia a dia. Por isso, precisamos ter controle sobre a nossa mente. Mentes ocupadas por pensamentos maus produzem coisas más. Porém, mentes ocupadas com coisas boas produzem coisas boas.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
 Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
LUTERO. Martinho. Nascido Escravo. São Paulo 2007 – 2ª Edição em Português. Edit. Fiel
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
CABRAL. Elienai, Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
CHAMPLIN. R. N.Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. V.’1 –Uma abordagem científica à crença na alma e em sua sobrevivência ante a morte física e V. 5 – Carta aos filipenses - Editora Hagnos.
STRINE, Hildomar Campostrini. O homem de Adão a cristo. Rio de Janeiro, 1995 –  Edição do Autor. EBAR Editora
CAMPOS, Heber Carlos de. A União das Duas Naturezas do Redentor. São Paulo, 2004 – 1ª. Ed. Edit. Cultura Cristã.
CAMPOS, Heber Carlos de. A Pessoa de Cristo - As Duas Naturezas do Redentor. São Paulo, 2004 – 1ª. Ed. Edit. Cultura Cristã.
LEWIS, Sperry Chafer. Teologia Sistemática – Vl.1,2 –São Paulo 2008.  2ª. Ed. Editora Hagnus




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