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quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Comportamento dos Salvos em Cristo - Lição 03 - 3º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 21.07.2013

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa

Texto da Lição: Filipenses 1.27-30; 2.1-4               
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Compreender as características comportamentais de um cidadão do céu.
2.      Contextualizar o comportamento digno do crente ante uma posição oposta.
3.      Promover a unidade da Igreja. 

II  - INTRODUÇÃO
O estudo do comportamento do ser humano, tem como objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações, bem como os motivos que condicionam tais ações, e todas as possíveis alterações que o meio e as relações sociais, ao longo da vida, proporcionam a cada indivíduo.
O comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura, expectativas, papéis sociais e experiências.  É assim a ação do ser humano se relacionar com o mundo.
III – DESENVOLVIMENTO
1. O comportamento do cidadão dos céus – (Fp 1.27). Como um cidadão dos céus, os filipenses deveriam viver do mesmo modo como cada cidadão romano tinha de viver de acordo com as leis do império. Muito mais, como cidadãos romanos, os cristãos deveriam viver de modo digno do evangelho sem ofender a lei terrena, mas nunca negando a salvação recebida de Cristo Jesus.
Por isso, um cidadão consciente sabia que deveria sempre respeitar as leis do império para ter privilégio de cidadão (Rm 13.1-7). Do mesmo modo, o cristão deveria comportar-se como cidadão dos céus porque sua nova pátria é o reino de Deus. “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador e Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).
O cristão deve, portanto, comportar-se de forma digna dessa cidadania celestial. Todo aquele que for nascido de novo, é nova criatura e tem seu nome escrito no livro da vida do cordeiro, por isso faz parte da família celestial.
Em sua visão ética da vida cristã o apóstolo Paulo faz constante apelo ao padrão de conduta ética para as igrejas sob sua orientação pastoral.  Aos tessalonicenses ele escreveu: “Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós como o pai a seus filhos, para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino de glória” (1Ts 2.12).
Quando recomendou uma irmã em Cristo, chamada Febe, que era membro da igreja em Cencréia, Paulo escreveu aos romanos dizendo: “Recebei, pois, a Febe, nossa irmã, a qual serve á igreja que está em Cencréia. Peço-vos que a recebais no Senhor como convém aos santos” (Rm 16.1,2). Percebemos, portanto que é o evangelho quem estabelece as normas éticas do comportamento cristão.
A maior dificuldade do mundo está na palavra “conduta” que é vista como um modo de cercear a liberdade. A liberdade de ser e de fazer o que quiser. Entretanto, do ponto de vista bíblico, essa palavra cabe perfeitamente no estilo e no modo de vida cristã. A conduta requerida aqui não é um cerceamento á liberdade; pelo contrário, é um modo de exercer liberdade com domínio sobre todos os ímpetos da natureza humana.
Notemos o que o texto diz: “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo.....” (Fp 1.27,28). A palavra chave nessa frase é “portar-se” que melhor traduzida e de acordo com o contexto se refere ao comportamento de um cidadão.
Portanto, como “cidadão dos céus” os cristãos devem conduzir-se de um modo digno do evangelho. Esse modo digno de conduzir-se implica agir com firmeza e equilíbrio na vida do cotidiano. Como está escrito: “Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade”. (Pv 16.32).
2. O comportamento ante a oposição – (Fp 1.28-30). A resistência ao ensino do evangelho vinha de fora por intermédio de pregadores que negavam a divindade de Cristo e os valores ensinados pelo apóstolo Paulo. Essa resistência de alguns tinha por objetivo intimidar e ameaçar os cristãos sinceros.

Paulo estava preso. Então eles se aproveitaram da ausência do apóstolo e dos outros obreiros auxiliares de Paulo para exercerem influência nos pensamentos e no afastamento da fé cristã. Mas Paulo apela ao sentimento daqueles cristãos estimulando-os a permanecer firmes sem se deixar enganar e desanimar.

A oposição identificada no seio da igreja vinha de fora da comunidade abrindo o caminho para dentro da igreja e passando a influenciar alguns cristãos. “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crê nele como também padecer por ele” (Fp 1.29).

A voz passiva da frase “vos foi concedida” atribui todas as coisas que estava acontecendo à soberana vontade de Deus. Deus é quem concede experiência ao cristão de padecer por Cristo. 

O apóstolo Pedro em sua epístola escreveu: “Alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos regosigeis e alegreis” (!Pe 4.13).

Paulo via seus sofrimentos como um serviço que ele fazia para Cristo. Ele tinha consciência desse sentimento porque ouviu a palavra de Ananias em Damasco que foi à casa onde ele aguardava uma orientação do Senhor. 

A palavra de Deus para Ananias acerca de Paulo foi essa: “Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (At 10.16). Essa predição cumpriu-se literalmente na experiência apostólica de Paulo. E ele aceitou seus sofrimentos como participação nos sofrimentos de Cristo (Fp 3.10).

Quando temos uma visão genuína do nosso futuro, não temos problemas com os sofrimentos presentes em nosso viver cristão. Lucas nos relata no livro de Atos como os apóstolos foram açoitados e lançados na prisão (At 5.18). 

E acrescenta que esses apóstolos sentiam-se privilegiados em sofrer por Jesus Cristo (At 5.40.41). Tudo que Paulo desejava dos filipenses é que eles enfrentassem seus sofrimentos e afrontas com a alegria de sofrerem  pelo nome de Jesus.  

3. Os cristãos devem ter uma conduta que promova a unidade da igreja – (Fp 2.1-4).  Nos tempos atuais, a igreja de Cristo tem sido invadida por falsos pregadores e ensinadores. São obreiros falsos que trazem para o seio da igreja doutrinas falsas que contrariam a sã doutrina.

O apóstolo Paulo, em meio aos seus pensamentos expressos na carta, deixa de lado assuntos sobre sofrimentos exteriores envolvendo perseguições e privações materiais e focaliza um outro tipo de sofrimento que estava afetando a vida da igreja. 

Alguns acontecimentos internos na vida eclesiástica que estavam prejudicando a unidade da igreja eram do conhecimento do apóstolo, e ele não podia estar presente para dirimir dúvidas e desfazer alguns equívocos.

Como uma igreja poderá conseguir unidade quando se depara com pessoas com atitudes contenciosas, egoístas e cheias de vã glória, divergindo e contestando as doutrinas ensinadas pelo apóstolo? 

Essas pessoas divergiam do pensamento central do cristianismo, que é o Senhor Jesus Cristo disseminando doutrinas cristãs com pensamentos filosóficos.

O apóstolo alerta que esses falsos conceitos visavam promover a discórdia entre os irmãos e dispersá-los da convivência e da comunhão fraternal que há em Cristo Jesus. O apóstolo apela aos irmãos para que tenham um mesmo sentimento e um mesmo parecer (Fp 2.2).

A despeito de os seres humanos serem de culturas e temperamentos diferentes, podiam compartilhar o mesmo sentimento que também houve em Cristo Jesus. E escreveu; “Que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (Fp 2.5).

A presença interior do Espírito Santo na vida dos crente faz-nos lembrar de que Jesus é o Senhor sobre todas as coisas. Sua presença em nós promove a paz e a união no seio da igreja. 

A lealdade a Cristo torna-se o fruto dessa presença que nos faz obedecer á sua Palavra, o novo mandamento deixado por Jesus. “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (Jo 13.34,35).
IV – CONCLUSÃO
A perseguição e as tribulações redundam em benefícios para o cristão. A tribulação ajuda-nos tanto a compreender como a ajudar outras pessoas que também sofrem tribulações.  

A tribulação nos torna conselheiros e guias mais sábios. A tribulação e a perseguição podem servir-nos de excelentes disciplinadores, ensinando-nos os valores espirituais certos e próprios.
A tribulação e a perseguição podem fazer com que nossa entrada futura em nossa herança celestial do que seria de outra maneira, se porventura não experimentássemos também a adversidade. 

Não nos devemos olvidar que o próprio Senhor Jesus aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu. “Ainda que era Filho aprendeu a obediência por aquilo que padeceu” (Hb 5.8).
A tribulação nos torna cônscio do fato de que somo criaturas muito dependentes. De que somente Deus é independente e serve de lei para si mesmo. Todas as demais entidades são criaturas que dependem da sua bondade e do seu poder divinos. 

As enfermidades graves, os choques severos, a tristeza avassaladora, os desânimos do próprio coração, as desilusões, todas essas coisas nos ensinam a depender somente de Deus e não de nós mesmos.
A tribulação também faz nos aproximarmos um dos outros, especialmente daqueles que também estão sendo atribulados conosco, como nenhuma outra experiência humana é capaz de fazer. 

As tribulações unem as famílias e as igrejas, as comunidades e as nações. E esses grupos tomam propósitos de unidade em meio à tribulação.



Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
 Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
CABRAL. Elienai, Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
SOUZA.Itamir Neves de. Atos dos apóstolos; Uma história singular. Londrina / PR. 1ªd. 1999. Descoberta Edit. Ltda.
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.


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