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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Esperança em meio a Adversidade - Lição 02 - 3º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 14.07.2013

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Filipenses 1.12-21               
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Saber que as adversidades podem contribuir para a expansão do Evangelho.
2.      Explicar as motivações de Paulo para a pregação do Evangelho.
3.      Compreender que o significado da vida consiste em vivermos para o Evangelho. 

II  - INTRODUÇÃO
Ao concluir suas saudações iniciais o apóstolo Paulo começa a fornecer algumas informações sobre sua
situação presente e também dos resultados de seu aprisionamento em Roma. Podemos até lamentar o fato de que muitos acontecimentos na vida do apóstolo não tenham sido registrado. Todavia o mais importante foi preservado para nós. A saber, o exemplo da preocupação do apóstolo pela causa do  Evangelho de Cristo e sua suprema dedicação ao mesmo.

Isso deixa-nos a certeza do seu altruísmo, pois, sua ansiedade se voltava plenamente para o trabalho cristão e para o avanço do evangelho e não para si mesmo. Ele deixa claro que sua prisão estava ajudando na propagação do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Ao afirmar: “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram tem antes contribuído para o progresso do evangelho” (Fp 1.22).

III – DESENVOLVIMENTO
1.              O Evangelho é mais poderoso do que cadeias e grilhões – (Fp 1.12,13). O aprisionamento do apóstolo Paulo se tornou largamente conhecido, visto tratar-se de um caso incomum. Isso ilustra até que ponto a reputação de Paulo havia penetrado por todo o mundo antigo. Seu encarceramento tornou-se motivo de interesse público. Paulo, na qualidade de embaixador de Cristo, devido á notoriedade do seu caso, publicava o evangelho de Cristo.

Paulo não era apenas um prisioneiro a mais, ele era o prisioneiro de Cristo, pois, era mantido em custódia, devido  á sua lealdade a Cristo. E todos sabiam disto. Seu próprio encarceramento se tornou um meio de chamar a atenção dos homens para Cristo e seu evangelho. Ao invés de seu aprisionamento fazer cessar o seu testemunho, as tribulações que sofria era um meio de mais ainda propagar-se a sua mensagem (Fp 1.14).
2.                Paulo conquista a simpatia da guarda pretoriana – (Fp 1.13). O que era a guarda pretoriana? Era a guarda imperial, guardas do “pretor” – título de certo oficial romano que ficava um pouco abaixo da categoria dos cônsules. Essa guarda foi instituída por Augusto, por quem foi denominada de cortes pretorianas. Augusto postou três mil deles na cidade de Roma, e os demais foram espalhadas pelas cidades adjacentes.
Sob o imperador Tibério, todos foram trazidos de volta á Roma tendo ficado alojados em um acampamento fortificados. Esse grupo, devido ás qualificações e ao serviço superior que prestavam, recebia pagamento duplo, além de outros favores especiais. 

Seu tempo de serviço era de doze anos, o qual mais tarde foi ampliado para dezesseis anos; e grande soma em dinheiro era dada acada um de seus componentes quando iam para a reserva. Parece que sua patente como um corpo militar, equivalia a centuriões, e com o tempo obtiveram tanto poder que até imperadores chegaram a cortejar o seu favor.

No ano de 193 d.C. a guarda pretoriana foi dispensada, quando Severo subiu ao trono. Seus membros foram banidos. Porém, alguns anos mais tarde, o grupo foi reorganizado, e seu número se quadruplicou. Mais finalmente, foram suprimidos por Constantino (306 – 337 d.C), o primeiro imperador cristão de Roma. O contato do apóstolo dos gentios com a guarda pretoriana fez com que a sua fama se espalhasse paralelamente á fama do Senhor Jesus Cristo e do evangelho que Paulo propagava.

O apóstolo Paulo estava sob a vigilância dessa guarda em sua própria casa alugada (At 28.16,31). Essa forma de encarceramento era intitulada “custódia militar”. Sendo cidadão romano, Paulo foi alvo de algumas demonstrações de consideração, que outros cristãos primitivos não desfrutaram; porém isso não diminuiu em coisa alguma a ameaça de morte que ele enfrentava. E provavelmente após um segundo período de aprisionamento, ele sofreu martírio na própria Roma.

3.                Motivações da propagação do Evangelho – (Fp 1.14-18).  As motivações que estavam na mente e no coração dos cristãos espalhados por toda a Ásia Menor, que era o campo missionário do apóstolo Paulo e também da Europa (região da Macedônia) eram tanto positivas como negativas. Essa motivação produziu no coração e na mente dos cristãos filipenses uma renovação e disposição para continuar fiel ao propósito da propagação do evangelho.

A questão positiva dizia respeito ao estímulo dos filipenses quanto ás notícias da simpatia da guarda pretoriana á situação prisional de Paulo e as motivações negativas eram quando alguém pregava também o evangelho, mas pregava para tirar proveito próprio, por isso diz o apóstolo: pregavam por inveja, por porfia e por contenda, com o objetivo de tirarem proveitos pessoais e não em prol da causa de Cristo, enquanto que um bom número faziam de boa vontade.

Mas o apóstolo admoestou a igreja a não proibir que aquele grupo faccioso continuasse propagando a Cristo mesmo por inveja e contendas (Fp 1.15-18). “...Mas o que importa, contanto que Cristo seja anunciado de toda maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisso me regozijo e me regozijarei ainda”.
Quando o apóstolo Paulo afirma, importa que Cristo seja anunciado de toda maneira, essa atitude revela o anseio do apóstolo pelo crescimento da igreja, sem se importar quais meios, visto que o poder do evangelho superaria os problemas dos homens. O apóstolo entendia que todos esses problemas redundaria em bênçãos e na salvação de muitas pessoas, e assegurava que na sua intensa expectação não ficaria envergonhado ou confundido (Fp 1.20).
4.                O dilema de Paulo– (Fp 1. 20,21).  Paulo vê a morte e a vida em sua experiência pessoal. “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Em sua carta aos Gálatas 2.20, o apóstolo afirma: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.
Paulo percebia que essa forma de vida nos é dada mediante a crucificação para o eu, onde damos o primeiro lugar ao Senhor, e isso mediante a crucificação juntamente com Cristo. E ainda acrescentou na sua carta aos gálatas; “Mas longe esteja de mim gloriar-me a não ser na cruz do Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo esta crucificado para mim, e eu para o mundo”. (Gl 6.14).
Ao expressar porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro, isso revela o sentimento que dominava o coração e a mente do apóstolo. Viver, para ele, era a vida que estava vivendo. E não seu passado que não era vida, mas um passado de morte. Essa declaração do apóstolo não significa apenas viver para servir a Cristo, para fazer o melhor que possa no seu reino aqui na terra, para agradá-lo, fazer a sua vontade ou para ganhar muitas almas para Cristo. 
Essa declaração do apóstolo para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro, significa uma total identificação com Cristo no sentido de que o viver é ter Cristo em sua própria vida. As coisas do mundo não podiam mais afetar o apóstolo visto ele assegurar estou crucificado com Cristo.
IV – CONCLUSÃO
Na mente do apóstolo, continuar vivo fisicamente significaria continuar fazendo o seu trabalho missionário. Pois ele via o seu sofrimento físico como um modo de glorificar a Cristo no seu corpo, pois o seu ideal estava acima de qualquer sofrimento.
A morte traria lucro pessoal para Paulo, porque ele poderia estar para sempre com o Senhor. Porém, o que importava era a pregação do evangelho. Por vida ou por morte, tudo o que Paulo queria era que Cristo fosse engrandecido no mundo (Fp 1.21).
Ele queria viver para servir a Cristo, para agradar-lhe e fazer a sua vontade, mas ao mesmo tempo entendia, que o que importava era Cristo, não ele propriamente. Por isto, dizia: “Não vivo mais eu; mas cristo vive em mim “.
Sua consagração a Cristo era total e completa. Cristo para Paulo era o principio, a essência e o fim na sua vida pessoal. Nele o apóstolo vivia e se movia para honra e glória do Senhor. Por isso podia dizer: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
 Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
CABRAL. Elienai, Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
SOUZA.Itamir Neves de. Atos dos apóstolos; Uma história singular. Londrina / PR. 1ªd. 1999. Descoberta Edit. Ltda.

CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.

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