Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da
Silva
Texto da Lição: 2Timóteo 4.9-18
Vivendo os 65 anos da Mulher que O acompanha a 50 anos 01.09.2012. De 2 em 1967 nos transformamos em 21 no ano 2012 |
I - OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM:
- Reconhecer
a dor que um abandono familiar pode causar.
- Discutir
a respeito do
abandono em momentos difíceis.
- Conscientizar-se de que Deus jamais nos abandona.
II - TEXTO ÁUREO:
Éramos Seis - Para glória de Deus |
"Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões, mas os rebeldes habitam em terra seca". (Sl 68.10).
III - VERDADE PRÁTICA:
Ainda que sejamos abandonados por parentes, amigos ou irmãos, Deus jamais nos desamparará.
IV - PALAVRA CHAVE: Abandono
V - COMENTÁRIO DA LIÇÃO:
É característico do ser
humano abandonar o outro em momentos de adversidades, sejam elas de qualquer
natureza, porém é confortante não somente sabermos como também crermos que não nos
deixar nem nos abandonar é uma promessa de Jesus através do Espírito Santo – “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo,
e vós vivereis. Naquele dia, conhecereis que estou no meu Pai, e vós, em mim, e
eu, em vós. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei
a ele”. (Jo 14.18-21).
Em suas últimas orientações
aos discípulos antes de subir ao céu, é importante destacar o fato de que ele
fez-lhes um pedido precedido de uma série de promessas, dentre elas, a promessa
de não os abandonar – “Não se turbe o
vosso coração, credes em Deus e também em mim [...], e eu rogarei ao Pai, e ele
vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo
14.1,16).
Jesus rogou ao Pai que
enviasse o Consolador, mas somente àqueles que o amam sinceramente e se dedicam
à sua Palavra. Observe-se no versículo 15, que o termo empregado “Se me amardes”, está no tempo presente
e no modo subjuntivo que exige uma condição, o que implica em uma atitude de
amor e obediência contínua.
Se atendermos as
expectativas descritas, sem sombra de dúvidas o Espírito Santo estará ao nosso
lado para nos ajudar e nos consolar nas horas mais difíceis do nosso caminhar.
É também responsabilidade do cristão estar de acordo com a Palavra de Deus do
modo como o Salmista canta “Oh! Quão bom
e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl 133.1). A unidade e a
comunhão dependem da maior virtude espiritual de todas: o amor.
O abandono em qualquer
situação se torna muito difícil, por mais simples que seja o motivo. Ninguém
está livre de ser submetido a tal situação mesmo que seja um fiel servo de
Deus. O apóstolo Paulo, ao final de sua vida, no seu ministério sofreu abandono
dos amigos de jornada, sentiu-se solitário e à mercê da própria sorte.
Preso em Roma, enlevado por
uma situação de abandono, muito contristado com os amigos e companheiros de
viagem, que o desprezaram em uma hora de muita necessidade, o apóstolo Paulo
sentiu o dissabor da solidão.
Vivendo este momento difícil
de isolamento, exclusão e repúdio o apóstolo foi levado a denunciar sua
situação e fazer uma lamentosa reclamação dirigindo-se a Timóteo – “Procura vir ter comigo depressa. Porque
Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica;
crescente, para Galácia, Tito, para Dalmácia.
Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o
contigo, porque me é muito útil para o ministério. Também enviei Tíquico a
Éfeso. Quando vieres, traze a capa que deixei em Tróade, em casa de Carpo, e os
livros, principalmente os pergaminhos. Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos
males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
Tu, guarda-te também dele, porque resistiu
muito às nossas palavras. Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes,
todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor
assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e
todos os gentios a ouvisse; e fiquei livre da boca do leão” (2 Tm 4.9-17).
Alguns dos netos |
Deus deseja que os seus
filhos vivam em comunhão e se amem mutuamente, ou seja, se interessem um pelo
outro de forma que os desfavorecidos e vitimados pelos infortúnios da vida,
encontrem apoio, solidariedade e atenção dentro de sua própria casa – a Igreja.
Em 1Tm 5.8 está escrito: “Mas, se alguém
não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é
pior do que o infiel”.
Abandono é o lado contrário
do amor e pode se equiparar à indiferença, isto é, ignorar a dor e o sofrimento
do outro. Uma das piores experiências e sensações da vida é a do abandono.
Esta
situação é debatida em toda esfera que circunda aqueles que se preocupam com o
comportamento social, inclusive a igreja. Haja vista ter reflexos dignos de
atenção em todos os ângulos do viver humano abrangendo desde o mundo das
crianças ao mundo dos idosos.
Paulo escrevendo em 1Co
12.26 e 27 exortou à unidade de todos que compõem o corpo de Cristo – os irmãos.
“De maneira que, se um membro padece,
todos os membros, padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros
se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em
particular”.
O próprio Jesus não foi
eximido do abandono e do sofrimento. Ao ser crucificado, no ponto culminante
dos seus sofrimentos pelo mundo perdido, ele bradou em língua aramaica: Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste?
“E
desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. E, perto
da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni,
isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.45,46). Isto
testemunha que ele experimentou a separação de Deus Pai, ao tornar-se
substituto do pecador.
No Salmo 22, Davi prevê o sofrimento e o
triunfo do Messias – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te
alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias? Este Salmo, um dos mais citados no NT, é
chamado “o salmo da cruz”, porque retrata com exatidão o cruel sofrimento de
Cristo na cruz.
Existem abandonos de
naturezas diversas, no entanto, cremos ser o abandono da família aquele que
causa não somente maior dor como maior custo emocional. Pais que abandonam
filhos e vice-versa. De igual modo abandono por um dos cônjuges.
Entretanto, em alguns países
fechados para a pregação do evangelho, a situação é ainda mais difícil, pois em
muitos deles, abandonar a religião é crime de apostasia, passível de morte; e
em outros, a evangelização é vista como uma manifestação de oposição ao estado
ateísta, sendo o cristão condenado à prisão – e em alguns casos até a morte.
Jesus falou que esses
acontecimentos iriam se intensificar nos últimos dias, como sinal da
proximidade da sua Segunda Vinda – “E até
pelos pais, e irmãos, e parentes; e amigos
sereis entregues, e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por
causa do meu nome”. (Lc 21. 16,17).
Na família muitos são
abandonados por motivo de uma doença incurável e que requer muitas vezes
dedicação total de alguém pelo fato de a pessoa ter ficado impossibilitado de
cuidar de si próprio. Existe também na família a situação dos idosos que são
vitimas de abandono e indiferença por ser considerado um “peso” para a família.
Muitas vezes, não mais
suportando o estresse, para se livrar até dos próprios pais, avós ou mesmo
tios, que não mais tendo o que oferecer, necessitam do retorno através de
cuidado, amor, carinho, compreensão e tempo, os jogam em asilos e casas de
repouso, onde lá sofrem a dor do abandono.
Os que agem dessa forma demonstram
não ter o amor de Deus em seu coração. Amar é o maior dos mandamentos – “... Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.30,31).
Equacionados transformamo-nos em 21 porque possuímos heranças do Senhor |
Honrar aos pais é um
mandamento e isto inclui todas as fases da vida, inclusive na velhice – “Honra a teu pai e a tua mãe, como o
Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te
vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus” (Dt 5.16). E Paulo admoesta: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre
a terra.” (Ef 6.2,3).
Nos dias atuais uma situação
dolorosa de vícios encontra-se instalada dentro de muitos lares e por não
conhecer o melhor caminho de superação, muitos familiares expõem seus entes
queridos à marginalização tornando-os excluídos da sociedade como consequência
de seus comportamentos e vícios.
Geralmente é na fase da adolescência que se
conhece e se começa a consumir o fumo, o álcool e até drogas ilícitas. Muitos
entram no submundo das drogas por carência afetiva, curiosidade ou para ser
aceito por um determinado grupo social.
Para satisfazer o vício
muitos se tornam capazes de roubar e matar. Alguns cometem suicídio porque se
sentem sozinhos e abandonados por amigos e familiares. É nessa hora que a
família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-los a livrarem-se
das drogas.
A Palavra de Deus é enfática: “Vós,
pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” (Cl 3.21).
A essência da educação cristã consiste nisto: o pai voltar-se para o coração
dos filhos, a fim de levar o coração dos filhos ao coração do Salvador.
Ainda que a família e os
amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá – “Porque quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me
recolherá” (Sl 27.20). Por mais óbvio que seja, Deus não nos abandona.
Muitas vezes ele permite que sejamos afligidos, perseguidos e até tentados. Mas
em qualquer que seja a circunstância Ele está sempre ao nosso lado para
fortalecer, dirigir, iluminar e sustentar. A sua promessa é: “....... e eis que estou convosco todos os
dias até a consumação dos séculos”. (Mt 28.20).
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e
Silva).
COELHO,
Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro,
2012.
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
RIGGS,
Ralph M. O Espírito Santo. Editora Vida.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia –
Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
COELHO, Alexander e DANIEL, Silas.
Vencendo as Aflições da Vida. CPAD-2012.
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