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terça-feira, 11 de setembro de 2012

As Dores do Abandono - Lição 12 - 3º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 16.09.12


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
                       Texto da Lição: 2Timóteo 4.9-18                            
Vivendo os 65 anos da Mulher que O acompanha a  50 anos
01.09.2012.
 De 2 em 1967 nos transformamos em 21 no ano 2012
I   - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Reconhecer a dor que um abandono familiar pode causar.
  2. Discutir a respeito do abandono em momentos difíceis.
  3. Conscientizar-se de que Deus jamais nos abandona. 
II  - TEXTO ÁUREO
Éramos Seis - Para glória de Deus
"Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões, mas os rebeldes habitam em terra seca". (Sl 68.10).

III - VERDADE PRÁTICA:
Ainda que sejamos abandonados por parentes, amigos ou irmãos, Deus jamais nos desamparará.

IV  - PALAVRA CHAVE: Abandono

V  - COMENTÁRIO DA LIÇÃO:
É característico do ser humano abandonar o outro em momentos de adversidades, sejam elas de qualquer natureza, porém é confortante não somente sabermos como também crermos que não nos deixar nem nos abandonar é uma promessa de Jesus através do Espírito Santo – “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 

Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia, conhecereis que estou no meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. (Jo 14.18-21).

Em suas últimas orientações aos discípulos antes de subir ao céu, é importante destacar o fato de que ele fez-lhes um pedido precedido de uma série de promessas, dentre elas, a promessa de não os abandonar – “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus e também em mim [...], e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.1,16).

Jesus rogou ao Pai que enviasse o Consolador, mas somente àqueles que o amam sinceramente e se dedicam à sua Palavra. Observe-se no versículo 15, que o termo empregado “Se me amardes”, está no tempo presente e no modo subjuntivo que exige uma condição, o que implica em uma atitude de amor e obediência contínua.

Se atendermos as expectativas descritas, sem sombra de dúvidas o Espírito Santo estará ao nosso lado para nos ajudar e nos consolar nas horas mais difíceis do nosso caminhar. É também responsabilidade do cristão estar de acordo com a Palavra de Deus do modo como o Salmista canta “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl 133.1). A unidade e a comunhão dependem da maior virtude espiritual de todas: o amor.

O abandono em qualquer situação se torna muito difícil, por mais simples que seja o motivo. Ninguém está livre de ser submetido a tal situação mesmo que seja um fiel servo de Deus. O apóstolo Paulo, ao final de sua vida, no seu ministério sofreu abandono dos amigos de jornada, sentiu-se solitário e à mercê da própria sorte.

Preso em Roma, enlevado por uma situação de abandono, muito contristado com os amigos e companheiros de viagem, que o desprezaram em uma hora de muita necessidade, o apóstolo Paulo sentiu o dissabor da solidão.

Vivendo este momento difícil de isolamento, exclusão e repúdio o apóstolo foi levado a denunciar sua situação e fazer uma lamentosa reclamação dirigindo-se a Timóteo – “Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; crescente, para Galácia, Tito, para Dalmácia.

Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério. Também enviei Tíquico a Éfeso. Quando vieres, traze a capa que deixei em Tróade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.

Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras. Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os gentios a ouvisse; e fiquei livre da boca do leão” (2 Tm 4.9-17).

Alguns dos netos
Deus deseja que os seus filhos vivam em comunhão e se amem mutuamente, ou seja, se interessem um pelo outro de forma que os desfavorecidos e vitimados pelos infortúnios da vida, encontrem apoio, solidariedade e atenção dentro de sua própria casa – a Igreja. Em 1Tm 5.8 está escrito: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Abandono é o lado contrário do amor e pode se equiparar à indiferença, isto é, ignorar a dor e o sofrimento do outro. Uma das piores experiências e sensações da vida é a do abandono. 

Esta situação é debatida em toda esfera que circunda aqueles que se preocupam com o comportamento social, inclusive a igreja. Haja vista ter reflexos dignos de atenção em todos os ângulos do viver humano abrangendo desde o mundo das crianças ao mundo dos idosos.

Paulo escrevendo em 1Co 12.26 e 27 exortou à unidade de todos que compõem o corpo de Cristo – os irmãos. “De maneira que, se um membro padece, todos os membros, padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular”.

O próprio Jesus não foi eximido do abandono e do sofrimento. Ao ser crucificado, no ponto culminante dos seus sofrimentos pelo mundo perdido, ele bradou em língua aramaica: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?  

 “E desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.45,46). Isto testemunha que ele experimentou a separação de Deus Pai, ao tornar-se substituto do pecador.

No Salmo 22, Davi prevê o sofrimento e o triunfo do Messias – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias? Este Salmo, um dos mais citados no NT, é chamado “o salmo da cruz”, porque retrata com exatidão o cruel sofrimento de Cristo na cruz.

Existem abandonos de naturezas diversas, no entanto, cremos ser o abandono da família aquele que causa não somente maior dor como maior custo emocional. Pais que abandonam filhos e vice-versa. De igual modo abandono por um dos cônjuges.

Entretanto, em alguns países fechados para a pregação do evangelho, a situação é ainda mais difícil, pois em muitos deles, abandonar a religião é crime de apostasia, passível de morte; e em outros, a evangelização é vista como uma manifestação de oposição ao estado ateísta, sendo o cristão condenado à prisão – e em alguns casos até a morte.

Jesus falou que esses acontecimentos iriam se intensificar nos últimos dias, como sinal da proximidade da sua Segunda Vinda – “E até pelos pais, e irmãos, e parentes; e amigos  sereis entregues, e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome”. (Lc 21. 16,17).

Na família muitos são abandonados por motivo de uma doença incurável e que requer muitas vezes dedicação total de alguém pelo fato de a pessoa ter ficado impossibilitado de cuidar de si próprio. Existe também na família a situação dos idosos que são vitimas de abandono e indiferença por ser considerado um “peso” para a família.

Muitas vezes, não mais suportando o estresse, para se livrar até dos próprios pais, avós ou mesmo tios, que não mais tendo o que oferecer, necessitam do retorno através de cuidado, amor, carinho, compreensão e tempo, os jogam em asilos e casas de repouso, onde lá sofrem a dor do abandono. 

Os que agem dessa forma demonstram não ter o amor de Deus em seu coração. Amar é o maior dos mandamentos – “... Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.30,31).

Equacionados transformamo-nos em  21 porque possuímos heranças do Senhor
Honrar aos pais é um mandamento e isto inclui todas as fases da vida, inclusive na velhice – “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus” (Dt 5.16). E Paulo admoesta: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” (Ef 6.2,3).

Nos dias atuais uma situação dolorosa de vícios encontra-se instalada dentro de muitos lares e por não conhecer o melhor caminho de superação, muitos familiares expõem seus entes queridos à marginalização tornando-os excluídos da sociedade como consequência de seus comportamentos e vícios. 

Geralmente é na fase da adolescência que se conhece e se começa a consumir o fumo, o álcool e até drogas ilícitas. Muitos entram no submundo das drogas por carência afetiva, curiosidade ou para ser aceito por um determinado grupo social.

Para satisfazer o vício muitos se tornam capazes de roubar e matar. Alguns cometem suicídio porque se sentem sozinhos e abandonados por amigos e familiares. É nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-los a livrarem-se das drogas. 

A Palavra de Deus é enfática: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” (Cl 3.21). A essência da educação cristã consiste nisto: o pai voltar-se para o coração dos filhos, a fim de levar o coração dos filhos ao coração do Salvador.

Ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá – “Porque quando meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me recolherá” (Sl 27.20). Por mais óbvio que seja, Deus não nos abandona. 

Muitas vezes ele permite que sejamos afligidos, perseguidos e até tentados. Mas em qualquer que seja a circunstância Ele está sempre ao nosso lado para fortalecer, dirigir, iluminar e sustentar. A sua promessa é: “....... e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. (Mt 28.20).

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva).
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
RIGGS, Ralph M. O Espírito Santo. Editora Vida.

DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
COELHO, Alexander e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD-2012.

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