I OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Compreender qual deve ser a verdadeira motivação do crente.
- Conscientizar-se de que não fomos chamados para a fama.
- Saber que o anonimato não é sinônimo de derrota.
II – TEXTO ÁUREO:
“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento
e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto, e teu Pai,
que vê o que está oculto, te recompensará”. (Mateus 6.6).
III – VERDADE PRÁTICA:
A verdadeira motivação do
crente não está na fama ou no poder, mas em viver
Para glorificar a Cristo.
IV – PALAVRA CHAVE: Motivação
V – COMENTÁRIO
DA LIÇÃO: Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
http://nasendadacruz.blogspot.com
“Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conhece a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.15,16).
“Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conhece a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.15,16).
O
cristão que tem a mente de Cristo conhece a sua vontade e o seu propósito, por
isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais
estabelecidos por sua Palavra. Todas as nossas ações devem ser operadas pelo
canal de uma mente espiritual.
A
motivação errada conduz a caminhos errados e a recompensas erradas. Quando
nosso objetivo é a auto glorificação, deixamos de fazer o que Deus nos chamou a
fazer e passamos a administrar nossa própria vida, centrados em nós mesmos.
Deus se torna, quando muito, um coadjuvante em nosso espetáculo particular.
Vivemos
numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser. Sofremos pressões diárias para
vivermos de forma materialista. Fama poder e influência política procuram
atrair-nos. No entanto, quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no
anonimato, perde o total controle da situação.
O
crente fiel dispensa a vaidade, ou seja, a idéia de valorização que se atribui
à própria aparência; o desejo de ser reconhecida e admirada pelos outros. A
verdadeira motivação do crente deve ser a que João Batista manifestou em João
3.30 – “É necessário que ele cresça e que
eu diminua”.
Estas
foram das últimas palavras de João Batista, porquanto, nada mais ouvimos falar
a respeito dele, até que ele é lançado na prisão, quando sua obra realmente
terminou. Jesus, em contraste com isso, foi crescendo em fama e popularidade,
até o tempo de sua própria Via Dolorosa.
O valor
e a glória do homem jaz no fato de que, eventualmente, ele participará da
glória e da grandeza de Cristo. Sua verdadeira grandeza reside em sua identificação
e união com Jesus Cristo, porquanto, é nele que encontra o homem o seu destino
certo.
Buscar
desenfreadamente a fama é a maio tragédia na vida do crente. A verdadeira
motivação cristã dispensa a vaidade, não deseja o primeiro lugar e não se porta
soberbamente. O que caracteriza a verdadeira sabedoria é o temor do Senhor – “O temor do Senhor é o princípio da ciência;
os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
O objetivo do crente neste
mundo não é a fama ou o poder, mas é viver para glorificar a Cristo – “Sede unânimes entre vós; não ambicioneis
coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos”
(Rm 12.16). As Sagradas Escrituras revelam que aqueles a quem Deus mais usou
grandemente eram quase sempre preparados para essas experiências durante
períodos de solidão, silêncio e obscuridade.
Moisés foi um jovem que
cresceu no ambiente prestigioso da suntuosa corte de Faraó e era preparado para
abraçar um futuro político notável. Depois de assassinar um cidadão egípcio por
presenciá-lo maltratando os seus irmãos, foi forçado a se refugiar nas
planícies de Midiã. Moisés tornou-se um fugitivo de Faraó. Em Midiã, Moisés se
casou com a filha de um sacerdote da região.
Moisés passou os 40 anos
seguintes cuidando dos rebanhos de ovelhas de seu sogro. Não foi senão aos 80
anos que Deus finalmente tirou da obscuridade o ex-príncipe egípcio que se
tornara pastor e colocou-o nos píncaros da grandeza.
Davi foi ungido rei de
Israel quando adolescente, mas só subiu ao trono aos 30 anos der idade. Depois
de vencer o gigante Golias de forma heróica passou os treze anos seguintes como
fugitivo, escondendo-se nas cavernas de Engedi do rei Saul, que quase
enlouquecera de inveja dele.
Alguns dos mais notáveis Salmos
de Davi foram escritos durante esse longo período de solidão. Na maior parte do
tempo Davi permaneceu na obscuridade, sobreviveu no deserto da Judéia, um dos
mais rudes e inóspitos lugares do mundo para se viver.
José era o filho amado do
seu pai, o filho da destra – assim o chamou seu pai desde o nascimento. Foi
rejeitado por seus irmãos, vendido como escravo, comprado por dinheiro por um
oficial de Faraó de nome Potifar. Sofreu assédio da mulher do seu senhor.
Caluniado foi injustamente colocado na prisão. José passou dois anos nas
prisões do Egito. Talvez não cuidasse se algum dia voltaria a ver a luz do dia.
Embora sua condenação fosse
injusta, José aprendeu amar a Deus e ao seu próximo e nunca perdeu a confiança
em Deus, até o dia em que Deus o tirou da prisão e o fez sentar junto ao trono
com Faraó.
Elias teve sua primeira
aparição na Bíblia diante do rei Acabe e transmitiu àquele ímpio rei uma
corajosa mensagem de juízo da parte de Deus. Disse Elias apontando o dedo em
direção ao rei dentro do palácio e perante o trono de Acabe, diante dos seus
seguranças:
“Nem chuva, nem orvalho,
cairá sobre o teu reino senão segundo a minha palavra”. Com a finalidade de
proteger o seu servo Elias da fúria da infiel e perversa Jezabel, Deus o
escondeu junto ao ribeiro de Querite longe da vista de tudo e de todos, onde os
corvos lhe traziam comida pela manhã e à tarde, enquanto água ele bebia do
ribeiro.
Para desânimo de Elias o
ribeiro de água secou como acontecera com sua vitalidade espiritual e
emocional. Mas Deus preparou aquele retiro junto ao ribeiro á leste do Jordão
como um lugar de renovação para suas forças espirituais e físicas. Ali, Elias
aprofundou o seu conhecimento acerca de Deus e a sua comunhão com o Senhor.
João Batista o profeta
conhecido por muitos como o comedor de gafanhoto passou a maior parte da sua
vida adulta pregando às pedras no deserto. Nenhuma mensagem convincente
naqueles dias de solidão pregada por João Batista pode atrair as massas.
O profeta estava nos anos de
solidão, silêncio e obscuridade até o dia que as multidões afluíram para ouvi-lo
e por ele ser batizado. Foi nesse período de solidão e no silêncio do deserto
que Deus falou com ele acerca do seu filho Jesus Cristo e deu-lhe um sinal:
Ele vai vir no meio da
multidão para ser batizado como um cidadão comum e sobre aquele que você vir
descer o Espírito Santo, este é o meu filho amado. Isto marcou tanto a vida de
João Batista que daquele dia em diante ele mudou o seu discurso. Uma hora ele
dizia de Jesus:
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Outra hora ele externava aquilo que
mais o impressionou na vida de Jesus. Ele dizia: “Eu vi o Espírito descer do Céu como uma pomba e repousar sobre ele”
(Jo 1.32).
Observemos que Deus sempre
permite aos seus servos passarem pelos desertos do anonimato, da solidão, do
desprezo, das privações e até mesmo do abandono. E é, nesses períodos que Deus
se revela com profundidade a cada um deles em particular. São formas de Deus
trabalhar aqueles com quem ele tem negócio.
Assim, Deus não permitiu que
Davi assumisse o trono aos dezessete anos de idade, embora fosse homem corajoso
e cheio de fé. Mas Deus queria também um homem calejado e experiente para ser o
chefe do seu povo. Os treze anos de solidão e obscuridade calejou Davi para que
pudesse assumir o reino de Israel.
Deus não permitiu que Elias
enfrentasse Jezabel quando ele esteve com Acabe pois ele ainda não estava
pronto para enfrentar a ímpia rainha. Mais tarde Deus o usou de maneira
poderosa, por causa daquele tempo que ele passou junto ao ribeiro de Querite. Ele
crescera em conhecimento e em sabedoria, tornando-se mais dependente da
provisão de Deus.
Saulo de Tarso depois de
convertido ao Senhor teve também o seu retiro no deserto, onde a sós com Deus
fez profundas reflexões sobre as profecias messiânicas e a pessoa de Jesus que
lhe aparecera na estrada de Damasco. Deus o havia transformado em menos de uma
semana, e de um assassino cruel, que odiava os cristãos, o transformou em
pregador fervoroso.
Depois do seu retorno do
deserto da Arábia ele pode dizer aos Gálatas: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou de Deus? Ou
procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de
Cristo.
Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o
Evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem
o aprendi de homem algum, mas mediante a revelação de Jesus Cristo.
Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora
no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e devastava. E, na
minha nação, quanto ao judaísmo avantajava-me a muitos da minha idade, sendo
extremamente zeloso das tradições de meus pais.
Quando, porém, ao que me separou antes de eu
nascer e me chamou pela sua graça, aprove revelar seu filho em mim, para que eu
o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue, nem
subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as
regiões da Arábia, e voltei, outra vez, para Damasco” (Gl 1.10-17).
Na Arábia, ele ficou a sós
com Deus, pensando em todas as implicações de seu encontro com o Cristo
Ressurreto na estrada de Damasco. Quando Saulo deixou a solidão da Arábia, o
Senhor já havia começado a trabalhar na sua vontade obstinada revertendo os
efeitos de uma vida de pura independência de Deus e do próximo.
Saulo agora aprendera a
dependência mediante uma série de circunstâncias, nas quais sem a assistência
de pessoas menos influentes ele não seria capaz de continuar. “Então,
permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos e logo pregava, nas
sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus.
Ora, todos os que o ouviam
estavam atônitos e diziam: não é este o que exterminava em Jerusalém os que
invocavam o nome de Jesus e para aqui veio precisamente com o fim de levá-los
amarrados aos principais sacerdotes?
Saulo, porém, mais e mais se
fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus
é o Cristo. Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a
vida;
porém o plano deles chegou
ao conhecimento de Saulo. Dia e noite guardavam também as portas, para o
matarem, mas os seus discípulos tomaram-no de noite, e, colocando-o num cesto
desceram pela muralha (At 9.19-25).
Na carta anônima aos Hebreus
temos um capítulo que ao longo da história da igreja ficou popularmente
conhecido como a “Galeria dos Heróis da Fé”. Ali o seu escritor afirma que a fé
é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não
vêem.
O escritor desta carta faz
uma tecitura da vida dos homens de Deus desde Abel, passando por Noé, Abraão,
Isaque e Jacó, descrevendo a forma como eles renunciaram a tudo para atender o
chamamento de Deus.
Dos três grandes patriarcas
ele assegura que nem se lembravam da cidade de onde tinham saído porque
aguardavam uma cidade melhor, isto, a celestial. Ele nos fala de Moisés que se
recusou ser chamado filho da filha de Faráo. Isto quer dizer que Moisés
rejeitou a possibilidade de mais tarde ser proclamado rei.
Porque, escolhendo antes ser
maltratado com o povo de Deus, do que, por um pouco de tempo ter o gozo do
pecado. Tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros
do Egito porque tinha em vista a recompensa.
Ainda nos fala de Raabe a
meretriz, que escapou de perecer com os incrédulos na idólatra cidade de Jericó
porque dava testemunho acerca do Deus de Israel. Dizia ela para os espias: O
vosso Deus é Deus em cima nos Céus e é Deus embaixo na Terra. E por fé Raabe escondeu os espias.
Continua o escritor da carta
aos Hebreus: Que poderia dizer mais acerca de Gideão, de Baraque e de Sansão, e
de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos Profetas? E acrescenta: os quais, pela
fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as
bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada.
Da fraqueza tiraram forças,
na batalha se esforçaram, e puseram em fugida os exércitos dos estranhos.
Atentemos para a conclusão que faz acerca daqueles heróis, quando acrescenta
ele: Que outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.
Foram apedrejados, cerrados, tentados, mortos ao fio de espada; andaram
vestidos de pele de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados. Assim
conclui afirmando acerca daqueles homens: “Homens
dos quais o mundo não era digno” (Hb cap. 11).
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e
Silva).
COELHO,
Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro,
2012.
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia –
Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
SWINDOLL. Charles L. Série heróis da Fé –
Paulo um homem de coragem e graça. Edit. Mundo Cristão. 10ª. reimpressão, São
Paulo, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário