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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Vida Plena nas Aflições - Lição 14 - 3º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 30.09.12


 Texto da Lição: Filipenses 4.1013
                           
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Descrever as aflições da vida do apóstolo Paulo.
  2. Explicar como se contentar em Cristo apesar das necessidades.
  3. Saber que precisamos amadurecer pela suficiência de Cristo, o nosso Senhor
II – TEXTO ÁUREO: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.12,13).

III – VERDADE PRÁTICA: As tribulações levam-nos a amadurecer em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.

IV – PALAVRA CHAVE: Aflição

V  – COMENTÁRIO DA LIÇÃO - Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
Depois de Jesus, uma das pessoas mais experimentada no sofrimento por amor a Deus foi o apóstolo Paulo. Ao longo do Novo Testamento, Paulo conhecido como o apóstolo dos gentios é provado de várias formas.

O homem que perseguia os cristãos se torna perseguido; aquele que os afligia, é afligido; o que consentia na morte dos outros, tem a sua consentida. Por isso o Senhor disse para Paulo que duro seria “recalcitrar contra os aguilhões” (At 9.5).

Sua segunda carta aos Corintos relata com muita propriedade grande parte dos seus sofrimentos por amor do evangelho – “São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim). Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoite, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.

Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um;
três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;

Em viagens, muitas vezes; em perigos de rios; em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos;

em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez.
Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.

Quem enfraquece que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?
Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.

O Deus eterno e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto. Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas ás portas da cidade dos damascenos, para me prenderem, e fui descido num cesto por uma janela de muralha; e assim escapei das suas mãos” (2 Co 11.23-33).

O Espírito Santo, através das palavras de Paulo, revela-nos a angústia e o sofrimento de uma pessoa totalmente dedicada a Cristo, á sua Palavra e à causa e em prol da qual Ele morreu.

Paulo comungava com os sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o coração e os sofrimentos de Cristo. Seguem-se vinte formas da participação de Paulo nos sofrimentos de Cristo. O apóstolo fala em:

01. Muitas tribulações enfrentando ao servir a Deus (At 14.22).

02. Sua aflição no Espírito, por causa do pecado dominante na sociedade (At 17.16).

03. Servir ao Senhor com lágrimas (2 Co 2.4).

04. Advertir a igreja “noite e dia com lágrimas”, durante um período de três anos, por causa da perdição das almas, pela distorção do evangelho por falsos mestres, contrário à fé bíblica apostólica (At 20.31).

05. Sua grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13).

06. A “grande tristeza e contínua dor” no seu coração, por causa da recusa dos seus “patrícios” em aceitarem o evangelho de Cristo (Rm 9.2,3; 10.1).

07. As muitas aflições e provações que lhe advieram por causa do seu trabalho para Cristo (2Co 4.8-12; 11.23-29; 1Co 4.11-13).

08. Seu pesar e angústia de Espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja (@ Co 2.1-3; 12.21; 1Co 5.1,2; 6.8-10).

09.Sua “muita tribulação e angústia do coração”, ao escrever aqueles que abandonavam a Cristo e ao evangelho verdadeiro (2Co 2.4).

10. Seus gemidos, por causa do desejo de estar com cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (2Co 5.1-4).

11. Suas tribulações “por fora e por dentro”, por causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (2 Co 7.5; 11.3,4).

12. O “cuidado” que o oprimia cada dia, por causa do seu zelo por “todas as igrejas” (2 Co 11.28).

13. O desgosto consumidor que sentia quando um cristão passava a viver em pecado (2 Co 11.29).

14. O desgosto de proferir um “anátema” sobre aqueles que pregavam outro evangelho, diferente daquele revelado no Novo Testamento (Gl 1.6-9).

15. Suas “dores de parto” para restaurar os que caiam da graça (Gl 4.19; 5.4).

16. Seu choro por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18).

17 Sua “aflição e necessidade”, pensando naqueles que podiam decair da fé (1Ts 3.5-8).

18. Suas perseguições por causa da sua paixão pela justiça e pela piedade (2Tm 3.12).

19. Sua lastimável condição ao ser abandonado pelos crentes da Ásia (2Tm 3.15).

20. Seu apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1Tm 4.1; 6.20; 2Tm 1.14).

Apesar dos sofrimentos e necessidades o apóstolo Paulo declarou que mesmo diante de tais situações, sabia como se contentar em Cristo, dizia ele: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.

Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13).
Dessa forma nos mostra que apesar das angústias e aflições da vida presente é possível ao servo de Deus viver uma vida plena em Cristo com nosso coração e mentes firmados em Cristo e Ele nos conduzirá ao deleite de suas promessas (Is 40.28).

Quando colocamos diante de Deus, em oração, as nossas inquietações, sua paz ficará como guarda à porta de nosso coração e de nossa mente, para impedir que os cuidados e angústias perturbem-nos a vida e a esperança em Cristo (1Pe 5.7).

O crente deve fixar sua mente nas coisas verdadeiras, puras, justas e santas, pois esta é uma condição prévia para experimentarmos a paz de Deus e o livramento da ansiedade. O segredo do contentamento, da satisfação, é reconhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância tudo quanto necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo (2Co 2.14).

Nossa capacidade de viver vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo que flui em nós e através de nós, no entanto, isso não ocorre naturalmente; precisamos aprender a viver na dependência de Cristo. 

O apóstolo Paulo declarou: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13). Deus nos fortalece para fazermos todas as coisas que ele quer que façamos. Recebemos misericórdia e graça em tempos de necessidade (Hb 4.16), e podemos estar certos de que todas as coisas que Deus permite que nos aconteçam concorrerão para o nosso bem (Rm 8.28).

Em Cristo achamos graça suficiente para que mesmo não tendo as necessidades satisfeitas, o nosso coração goze de tranquilidade e paz. 

As aflições deste tempo presente, todos os sofrimentos da vida cotidiana: enfermidades, dores, calamidade, decepções, pobreza, maus-tratos, tristezas, perseguições, e todos os tipos de aflição devem ser considerados insignificantes ante a bênção, os privilégios e a glória que serão concedidas ao crente fiel na era vindoura (2Co 4.17).

Como Paulo, devemos regozijar-nos no Senhor em meio às aflições e aos sofrimentos da vida. Isso é ser maduro e livre da opressão da necessidade. Embora sejamos assolados por tudo isto,, ainda assim esperemos em Deus e alegremo-nos nele que é a nossa esperança (Sl 11.1).

É possível viver uma vida plena a despeito das aflições porque as riquezas que termos em Cristo superam, em muito, qualquer frustração, dor ou angústia que possa nos atingir neste mundo. Não estamos sendo irrealistas quanto às feridas provocadas pelos sofrimentos da vida e nem tão pouco minimizando a capacidade que as enfermidades e dificuldades têm de nos abater não somente o corpo, mas também o próprio Ser.

Mas estamos ressaltando o poder muito maior que Cristo tem de erguer, sustentar, prover e fortalecer a alma abatida em meio aos momentos de dor. Como declara Paulo: “segundo a riqueza da sua glória”, Deus nos concede que sejamos “fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior (Ef 3.16, ARA).

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva).

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

Wikpedia - A Enciclopédia Livre

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
SWINDOLL. Charles L. Série heróis da Fé – Paulo um homem de coragem e graça. Edit. Mundo Cristão. 10ª. reimpressão, São Paulo, 2012.

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