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sábado, 12 de maio de 2012

SARDES, A IGREJA MORTA - Lição 07 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço


                
                                  Apocalipse 3.1-6
               pastorjoaobarbosa@gmail.com
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Identificar os problemas pertinentes a igreja de Sardes.
  2. Compreender que não podemos viver de aparência.
  3. Reconhecer que somente o Espírito Santo pode vivificar uma igreja espiritualmente morta.

Esboço:
Quão elevada fora a posição primitiva de Sardes, nos começos de seu período, perante o mundo!
Que maravilhosa obra realizaram os seus primeiros reformadores na restauração da verdade morta pela igreja de Roma.
Lutero disse:

“Em nome de Deus hei de ir contra os leões e esmagar debaixo de meus pés os dragões e as víboras.
Isto começará durante a minha vida e se concluirá depois de minha morte”.

Mas a luz que lhe fora entregue por aqueles servos de Deus, não foi por ela aumentada nem seguida, antes abandonada.
Desaparecidos aqueles baluartes, desenvolveu-se na igreja o orgulho e a popularidade a ponto de a vida espiritual desaparecer.
A linha de demarcação entre a igreja da Reforma e o mundo deixou de existir.

E, para apressar sua desgraça, a igreja protestante uniu-se ao Estado.  Esta união profana com os poderes políticos foi o principal fator de sua decadência espiritual.

Amparado no braço secular, o Protestantismo de Sardes enfrentou com a espada de aço a igreja de Roma que lhe declarara guerra aberta, e rios de sangue ensanguentaram o solo europeu.                                               

Parece-nos inacreditável que a igreja que ergueu a tocha flamejante do evangelho de Cristo nos antigos séculos;
que deu a Bíblia ao povo na sua língua vernácula; que empreendeu a fundação de importantes sociedades bíblicas
e de tratados e fundou as primeiras missões que se destinavam à evangelização dos pagãos – seja considerada morta.

A igreja de Sardes, fundada provavelmente pelo apóstolo Paulo, exalava abundante vida.
De um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o Espírito Santo batizou a todos no corpo de Cristo (Rm 6.3)
e todos agora achavam-se irmanados no Autor da Vida (Jo 17.2).

Mas não demorou muito, e Sardes começou a necrosar-se; morria e não percebia que estava morrendo (Ap 3.1).
Sardes agora vivia de aparências.
Embora parecesse avivada, jazia sem vida. Sua liturgia até lembrava o cenáculo, mas não passava
de uma bem ritmada marcha fúnebre.

Aos olhos de todos a igreja de Sardes exibia-se brilhante e cheia de vida. Mas aos olhos de Cristo, não passava de um defunto bem produzido.
A primeira doença a tingir a igreja em foi a perda de sua memória espiritual. Embora vivesse do passado,
já não conseguia lembrar-se do que recebera de Deus. A exortação do Senhor é urgente:
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te” (Ap 3.3).

A situação de Sardes era mais grave do que a de Éfeso.
Esta igreja ainda podia lembrar-se do primeiro amor e voltar ao local onde caíra.
Mas aquela, posto já estar morta, carecia de uma ressurreição; um grande e poderoso reavivamento.
O Senhor Jesus, porém, tanto nos restaura a memória espiritual, como nos faz ressurgir dentre os mortos (Ef 5.14).
A segunda doença da igreja de Sardes foi o desleixo.
Embora não sejamos perfeitos, nossas obras têm de primar pela excelência.
A igreja em Sardes, todavia, desprezando o padrão divino, fizera-se tão relapsa, que o Senhor já não a suportava (Ap 3.2).

Ao anjo da igreja em Sardes, Jesus apresenta-se como aquele que tem os sete Espíritos de Deus. Dessa forma o Senhor realça a ação plena do Espírito Santo na igreja de Cristo.
Somente o Consolador  pode vivificar uma igreja morta (Ez 37).
Era urgente que Sardes soubesse que sem o Espírito Santo, a vida é impossível.

Foi ele quem transmitiu movimento e beleza a uma terra sem forma e vazia (Gn 1,1,2).
No ventre da virgem de Nazaré, concebeu o Filho de Deus (Lc 1.35)
Em primeiro lugar Sardes é exortada a lembrar-se do que recebera e ouvira.
Naqueles dias de trevas emanantes de Roma, Sardes recebera no seu castiçal a pura luz do evangelho de Cristo que lhe fora entregue pelos primitivos baluartes vigorosos da Reforma.

Sardes ouvira maravilhas dos lábios daqueles poderosos servos de Deus, guiados por seu Espírito.
E a igreja é exortada a guardar, a viver em harmonia com aquele glorioso patrimônio do qual já cedo se esquecera.
Mas, volvendo-se aos padrões do mundo, perdera de vista a cristalina verdade da inspiração para iluminá-la naqueles caóticos séculos do romanismo.

A igreja não levou em consideração o apelo de Cristo, e sua condição prosseguiu até que foi rejeitada como igreja de Deus.
Porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus....”.
Esta é a segunda grande denúncia de Cristo à igreja de Sardes.
Em vez de um elogio geral como no caso das igrejas anteriores, Sardes só merece acusação.
Quão comprometedor o seu estado espiritual!
Enquanto se jactava de ter desmascarado a igreja perseguidora por seus erros e de a ter denunciado como Babilônia,
sua situação era precária em face de suas obras imperfeitas.
Sua desastrosa condição, até nossos dias, é devido à sua conformação aos métodos humanos.

As inúmeras seitas em que se dividiu a Sardes protestante é inolvidável cumprimento de tudo quanto encerra a sua carta profética.
De modo geral a igreja foi acusada de imperfeição.
Mas isto não implicava que não houvesse ao menos alguns fiéis em seu meio.
Por entre as trevas notava o Senhor algumas luzes brilhantes, embora poucas.

Alguns crentes de Sardes não se haviam contaminado, conservavam a pureza da fé e o zelo da vida cristã.
E o Senhor lhes garantiu a felicidade futura, que é a de todos os remidos fiéis, de com Ele andarem
de brancas vestes, no futuro reino, o prêmio e emblema recordativo da pureza cristã mantida em suas vidas terrenas em meio à escuridão e a apostasia da igreja.

Para os vencedores de Sardes há uma tríplice promessa:
1. A primeira promessa é o fino vestido branco de que já citamos.
2. A segunda promessa é a conservação de seus nomes no Livro da Vida, tema tratado em 20 de Apocalipse.
Esta promessa implica que o vencedor viverá eternamente com o seu Mestre.
3. A terceira promessa é a confissão do nome do vencedor diante de seu Pai e de seus anjos.
Esta confissão alude ao juízo tratado também no capítulo vinte.
Aquele que triunfar sobre o reino da maldade, terá seu nome confessado ou definida sua integridade por seu Salvador, precisamente ao ser o caso de sua vida anterior à sua conversão apresentado no grande tribunal.

Mas todo o que não se esforçar para vencer, seu nome será negado por Cristo no augusto tribunal.
Tens nome de vives e estás morto....” A cidade de Sardes bem que podia ser chamada – a Cidade da Morte.
Quão grandemente enganado pelo inimigo estava e está enganado o anjo da igreja de Sardes.

Julga-se estar vivo enquanto o filho de Deus lhe diz que está morto, e com ele a sua igreja. Não poderá haver pretensão mais enganosa do que esta: Um morto que pensa estar vivo!
Um ministério morto só poderá produzir uma igreja morta, pois categoricamente já não tem mais Cristo ou já o perdeu de vista.

Disse a apóstolo João: “Quem tem o Filho de Deus tem a vida: quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” É este o estado profético e real do Protestantismo.
Se o anjo da igreja em Sardes não cumprisse os seus deveres teria o nome riscado Livro da Vida: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma
riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5).

Jesus declara ser o que possui os sete Espíritos de Deus. Sete é o número da perfeição e da plenitude. Isto não significa que há sete Espíritos Santos.
Há apenas um Espírito de Deus. Mas quando o Espírito chega, vem pleno e com perfeição de poder.

Apenas um espírito cheio de energia pode inflamar os corações, dar energia ao louvor, convencer do pecado, quebrantar, tirar o fardo e habilitar ministros.
A chave para o reavivamento nesta – e em todas as igrejas mortas – está em Cristo.

Apenas Jesus pode derramar o Espírito Santo sobre uma congregação.
E apenas o Espírito Santo pode reavivar a igreja. O reavivamento acontece apenas através da prerrogativa divina, jamais pela vontade humana.
“Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).                                                                                                                               
Fontes de Consultas:ANDRADE. Claudionor de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre-CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.-CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B. HOUSE. H. Wayne.-LAWSON, Steven J. As Sete Igrejas do Apocalipse. O Alerta Final para o seu povo. 5.ed. Rio de janeiro: CPAD-2004.-GILBERTO. Antonio. Daniel e Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª Edição.1997-Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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