Apocalipse 3.1-6
Assessoria literária
redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva laudiceabarboza@hotmail.com
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bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Identificar
os
problemas pertinentes a igreja de Sardes.
- Compreender
que
não podemos viver de aparência.
- Reconhecer
que
somente o Espírito Santo pode vivificar uma igreja espiritualmente morta.
Esboço:
Quão
elevada fora a posição primitiva de Sardes, nos começos de seu período, perante
o mundo!
Que
maravilhosa obra realizaram os seus primeiros reformadores na restauração da
verdade morta pela igreja de Roma.
Lutero
disse:
“Em nome de Deus hei
de ir contra os leões e esmagar debaixo de meus pés os dragões e as víboras.
Isto começará durante
a minha vida e se concluirá depois de minha morte”.
Mas
a luz que lhe fora entregue por aqueles servos de Deus, não foi por ela
aumentada nem seguida, antes abandonada.
Desaparecidos
aqueles baluartes, desenvolveu-se na igreja o orgulho e a popularidade a ponto
de a vida espiritual desaparecer.
A
linha de demarcação entre a igreja da Reforma e o mundo deixou de existir.
E,
para apressar sua desgraça, a igreja protestante uniu-se ao Estado. Esta união profana com os poderes políticos
foi o principal fator de sua decadência espiritual.
Amparado
no braço secular, o Protestantismo de Sardes enfrentou com a espada de aço a
igreja de Roma que lhe declarara guerra aberta, e rios de sangue ensanguentaram
o solo europeu.
Parece-nos
inacreditável que a igreja que ergueu a tocha flamejante do evangelho de Cristo
nos antigos séculos;
que
deu a Bíblia ao povo na sua língua vernácula; que empreendeu a fundação de
importantes sociedades bíblicas
e
de tratados e fundou as primeiras missões que se destinavam à evangelização dos
pagãos – seja considerada morta.
A
igreja de Sardes, fundada provavelmente pelo apóstolo Paulo, exalava abundante
vida.
De
um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o Espírito Santo batizou a
todos no corpo de Cristo (Rm 6.3)
e
todos agora achavam-se irmanados no Autor da Vida (Jo 17.2).
Mas
não demorou muito, e Sardes começou a necrosar-se; morria e não percebia que
estava morrendo (Ap 3.1).
Sardes
agora vivia de aparências.
Embora
parecesse avivada, jazia sem vida. Sua liturgia até lembrava o cenáculo, mas
não passava
de
uma bem ritmada marcha fúnebre.
Aos
olhos de todos a igreja de Sardes exibia-se brilhante e cheia de vida. Mas aos
olhos de Cristo, não passava de um defunto bem produzido.
A
primeira doença a tingir a igreja em foi a perda de sua memória espiritual.
Embora vivesse do passado,
já
não conseguia lembrar-se do que recebera de Deus. A exortação do Senhor é
urgente:
“Lembra-te, pois, do
que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te” (Ap 3.3).
A
situação de Sardes era mais grave do que a de Éfeso.
Esta
igreja ainda podia lembrar-se do primeiro amor e voltar ao local onde caíra.
Mas
aquela, posto já estar morta, carecia de uma ressurreição; um grande e poderoso
reavivamento.
O
Senhor Jesus, porém, tanto nos restaura a memória espiritual, como nos faz
ressurgir dentre os mortos (Ef 5.14).
A
segunda doença da igreja de Sardes foi o desleixo.
Embora
não sejamos perfeitos, nossas obras têm de primar pela excelência.
A
igreja em Sardes, todavia, desprezando o padrão divino, fizera-se tão relapsa,
que o Senhor já não a suportava (Ap 3.2).
Ao
anjo da igreja em Sardes, Jesus apresenta-se como aquele que tem os sete
Espíritos de Deus. Dessa forma o Senhor realça a ação plena do Espírito Santo
na igreja de Cristo.
Somente
o Consolador pode vivificar uma igreja
morta (Ez 37).
Era
urgente que Sardes soubesse que sem o Espírito Santo, a vida é impossível.
Foi
ele quem transmitiu movimento e beleza a uma terra sem forma e vazia (Gn
1,1,2).
No
ventre da virgem de Nazaré, concebeu o Filho de Deus (Lc 1.35)
Em
primeiro lugar Sardes é exortada a lembrar-se do que recebera e ouvira.
Naqueles
dias de trevas emanantes de Roma, Sardes recebera no seu castiçal a pura luz do
evangelho de Cristo que lhe fora entregue pelos primitivos baluartes vigorosos
da Reforma.
Sardes
ouvira maravilhas dos lábios daqueles poderosos servos de Deus, guiados por seu
Espírito.
E
a igreja é exortada a guardar, a viver em harmonia com aquele glorioso
patrimônio do qual já cedo se esquecera.
Mas,
volvendo-se aos padrões do mundo, perdera de vista a cristalina verdade da
inspiração para iluminá-la naqueles caóticos séculos do romanismo.
A
igreja não levou em consideração o apelo de Cristo, e sua condição prosseguiu
até que foi rejeitada como igreja de Deus.
“Porque não achei as tuas obras perfeitas
diante de Deus....”.
Esta
é a segunda grande denúncia de Cristo à igreja de Sardes.
Em
vez de um elogio geral como no caso das igrejas anteriores, Sardes só merece
acusação.
Quão
comprometedor o seu estado espiritual!
Enquanto
se jactava de ter desmascarado a igreja perseguidora por seus erros e de a ter
denunciado como Babilônia,
sua
situação era precária em face de suas obras imperfeitas.
Sua
desastrosa condição, até nossos dias, é devido à sua conformação aos métodos
humanos.
As
inúmeras seitas em que se dividiu a Sardes protestante é inolvidável
cumprimento de tudo quanto encerra a sua carta profética.
De
modo geral a igreja foi acusada de imperfeição.
Mas
isto não implicava que não houvesse ao menos alguns fiéis em seu meio.
Por
entre as trevas notava o Senhor algumas luzes brilhantes, embora poucas.
Alguns
crentes de Sardes não se haviam contaminado, conservavam a pureza da fé e o
zelo da vida cristã.
E
o Senhor lhes garantiu a felicidade futura, que é a de todos os remidos fiéis,
de com Ele andarem
de
brancas vestes, no futuro reino, o prêmio e emblema recordativo da pureza
cristã mantida em suas vidas terrenas em meio à escuridão e a apostasia da
igreja.
Para
os vencedores de Sardes há uma tríplice promessa:
1.
A primeira promessa é o fino vestido branco de que já citamos.
2.
A segunda promessa é a conservação de seus nomes no Livro da Vida, tema tratado
em 20 de Apocalipse.
Esta
promessa implica que o vencedor viverá eternamente com o seu Mestre.
3.
A terceira promessa é a confissão do nome do vencedor diante de seu Pai e de
seus anjos.
Esta
confissão alude ao juízo tratado também no capítulo vinte.
Aquele
que triunfar sobre o reino da maldade, terá seu nome confessado ou definida sua
integridade por seu Salvador, precisamente ao ser o caso de sua vida anterior à
sua conversão apresentado no grande tribunal.
Mas
todo o que não se esforçar para vencer, seu nome será negado por Cristo no
augusto tribunal.
“Tens nome de vives e estás morto....” A
cidade de Sardes bem que podia ser chamada – a Cidade da Morte.
Quão
grandemente enganado pelo inimigo estava e está enganado o anjo da igreja de
Sardes.
Julga-se
estar vivo enquanto o filho de Deus lhe diz que está morto, e com ele a sua
igreja. Não poderá haver pretensão mais enganosa do que esta: Um morto que
pensa estar vivo!
Um
ministério morto só poderá produzir uma igreja morta, pois categoricamente já
não tem mais Cristo ou já o perdeu de vista.
Disse
a apóstolo João: “Quem tem o Filho de
Deus tem a vida: quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” É este o
estado profético e real do Protestantismo.
Se
o anjo da igreja em Sardes não cumprisse os seus deveres teria o nome riscado
Livro da Vida: “O que vencer será vestido
de vestes brancas, e de maneira nenhuma
riscarei o seu nome
do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus
anjos”
(Ap 3.5).
Jesus
declara ser o que possui os sete Espíritos de Deus. Sete é o número da
perfeição e da plenitude. Isto não significa que há sete Espíritos Santos.
Há
apenas um Espírito de Deus. Mas quando o Espírito chega, vem pleno e com
perfeição de poder.
Apenas
um espírito cheio de energia pode inflamar os corações, dar energia ao louvor,
convencer do pecado, quebrantar, tirar o fardo e habilitar ministros.
A
chave para o reavivamento nesta – e em todas as igrejas mortas – está em
Cristo.
Apenas
Jesus pode derramar o Espírito Santo sobre uma congregação.
E
apenas o Espírito Santo pode reavivar a igreja. O reavivamento acontece apenas
através da prerrogativa divina, jamais pela vontade humana.
“Não por força nem
por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4.6).
Fontes de Consultas:ANDRADE. Claudionor
de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre-CHAMPLIN, R. N e
BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-Novo Comentário
Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B. HOUSE.
H. Wayne.-LAWSON, Steven J. As Sete Igrejas do Apocalipse. O Alerta Final para
o seu povo. 5.ed. Rio de janeiro: CPAD-2004.-GILBERTO. Antonio. Daniel e
Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª
Edição.1997-Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
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