Apocalipse 3.7-13
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Conhecer
o
contexto geográfico e histórico da cidade de Filadélfia.
- Compreender
como
Jesus se apresenta a igreja de Filadélfia.
- Elencar as principais características da igreja de Filadélfia.
- Esboço:
Filadélfia
era uma antiga cidade da província romana da Ásia, na porção ocidental de que
agora é a Turquia Asiática. Ficava situada a cento e vinte quilômetros a
sudeste de Sardes.
Nos
tempos do Novo Testamento era a cidade mais importante da Lídia.
Originalmente
a cidade foi fundada por Eumenes, rei de Pérgamo no século II A.C. tendo
recebido nome de seu irmão, Átalo, cuja lealdade lhe ganhara o título de
“Filadelfo”.
A
intenção de seu fundador foi a propagação da cultura grega na Lídia e na
Frígia. Nos seus áureos dias foi uma importante cidade bem edificada e
comercialmente próspera, denominada ás vezes de – Pequena Atenas.
Filadélfia
jazia perto do limiar de um trecho fértil da região do planalto, o que lhe dava
grande parte da sua prosperidade.
Conforme
se dava com a maioria das cidades daquela área, Filadélfia estava imersa na
idolatria e mais tarde, mergulhou no culto ao imperador. O paganismo tinha em
Filadélfia o seu culto do sol com seus altares e seus templos. Era famosa pelo
número e grandiosidade de seus templos e de suas festividades religiosas.
Como
é bem conhecido hoje em dia, a área geral onde estavam localizadas as sete
igrejas do Apocalipse, e que recebeu originalmente esse livro, não é mais uma
área cristã. Porém dentre todas as sete igrejas, a de Filadélfia foi onde o
cristianismo sobreviveu por mais tempo. Pelos fins do I século, quando se
escreveu o Apocalipse, o seu estado religioso cristão era florescente.
A
cidade era objeto de freqüentes terremotos. No ano dezessete da era cristã um
terremoto que a destruiu causou tal pânico a seus habitantes que muitos deles
viveram muitos anos fora de seus muros. Mas Tibério mandou-a reedificar.
No
século XIV Tamerlão destruiu Filadélfia que ainda sobreviveu. Foi a última
cidade da Ásia Menor a cair nas mãos dos turcos (1390). Hoje a cidade chama-se Allah Shehr, nome turco que significa – Cidade de Deus – tendo cerca de três mil
casas e dez mil habitantes.
A
situação é pitoresca, pois a aldeia ocupa quatro ou cinco colinas, estando bem
suprida de árvores, e o clima é saudável.
Acredita-se
que uma das mesquitas ali existentes era o lugar das reuniões da igreja
endereçada no Apocalipse. Uma coluna solitária, de grande antiguidade, com
freqüência tem sido notada, lembrando as pessoas sobre as palavras de
Apocalipse 3.12 – “Ao vencedor, fá-lo-ei
coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá....”
Filadélfia
ficava em uma área fronteiriça de cultura, como portão de entrada para a Ásia
Menor. Tinha um estilo cosmopolita de vida, não grego, e não romano, ainda que
como é óbvio, fosse influenciado por ambos.
Essa
maneira “aberta” e irrestrita de
viver pode ter inspirado o autor do livro de Apocalipse a falar sobre “a porta aberta” oferecida àquela igreja
local, no campo das atividades missionárias (Ap 3.7,8).
O
significado da palavra Filadélfia é –
Amor Fraternal – o que expressa
estreita amizade entre irmãos, principalmente entre os que comungam da genuína
fé religiosa.
O
glorioso emblema harmoniza-se perfeitamente com os componentes desta igreja,
cujo viver fremia de abundante amor mútuo e transbordante por Cristo.
No
fim da era presente, quando a tribulação ameaçar o mundo, Deus se dirigirá á
humanidade daqueles que derem lugar ao amor de Cristo em seus corações, assim
amando-se uns aos outros.
Haverá
um refúgio que nos abrigará de toda contenda; haverá calmaria para as águas
agitadas; haverá um oásis no grande deserto espiritual do fim. Isso se
encontrará na comunidade da Igreja do Amor Fraternal, cujo Senhor será o
Cristo.
Sendo
rica em amor, Filadélfia era também abundante em obras e virtude teológicas (Ap
3.8). Se a igreja em Filadélfia tinha algum segredo, era o amor que ela
santificava a Cristo. Era o amor a maior de suas obras.
Embora
nenhuma de suas obras haja sido particularizada por Cristo, a igreja em
Filadélfia cumpria zelosa, e perseverantemente, os termos da Grande Comissão
(Mt 28.19,20; At 1.8).
Para
essa igreja amante como Filadélfia, o Amado no seu senhorio absoluto, abre uma
porta que ninguém poderia fechar – os portais da evangelização missionária.
Isso pode ser constatado em Mt 28.18; que diz: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.....”
O
prazer de Cristo é o de abrir a porta para todas as nações, para que ouçam o
evangelho, e o Apocalipse mostra que isso se realizará. Cristo tem o poder de
trazer a muitos para o Reino de Deus; e isso ele fará.
“....tenho posto diante de ti uma porta aberta.....”
A porta aberta do citado texto, profeticamente falando refere-se à era
missionária da igreja que começou nos fins do século XVIII e que chega até aos
nossos dias.
John
Gill, escreveu pouco antes do começo dessa era, considerava a sua própria era
como a era da igreja de Sardes. Predisse ele que a era da igreja de Filadélfia
seria uma espécie de reino espiritual de Cristo, com a renovação do amor e do
evangelismo.
Por
isso conjecturou ele: Essa porta aberta talvez ofereça uma oportunidade incomum
para a pregação do evangelho; uma grande liberdade mental de seus pregadores e
grande atenção por parte dos ouvintes, cujos corações serão abertos para
observar, receber e abraçar ao evangelho, além da grande colheita de almas para
Cristo e suas igrejas.
Haverá
pregação abundante e freqüente da palavra com grande sucesso – o que não poderá
ser tolhido por qualquer criatura. A história tem comprovado que essa
interpretação está correta mediante a grande oportunidade, especialmente para o
“Brasil”, em relação ao serviço missionário.
Em
1 Co 16.9, o apóstolo Paulo confirma – “Porque
uma porta grande e eficaz se me abriu; e há muitos adversários”. Esta porta
aparece aqui como símbolo de oportunidade divinamente conferida para o serviço
missionário.
Conforme
Ap. 3.8, a porta foi divinamente aberta, e só o Senhor poderá fechá-la. Isso
também é um encorajamento. Ilustra o “senhorio” de Cristo, tal como o faz o
conceito inteiro das chaves citado no versículo anterior. Já fomos informados
que Cristo é quem abre e fecha, ou seja, ele usa as suas chaves de acordo com
sua própria vontade.
O
movimento das missões modernas, a princípio era resistido dentro da própria
igreja, e então pelo mundo. Nada, entretanto foi capaz de fechar tal porta. Em
pouco tempo uma grande multidão se apropriou do fato, e inúmeras agências
missionárias foram formadas, tendo sido enviados missionários a todas as porções
da terra.
Precisamos
perceber a significação profética desta carta do Apocalipse, e qual é a nossa
participação no plano piloto do evangelismo do mundo, o que certamente é um
grande privilégio.
Precisamos
ter mentes abertas, reconhecendo que o tempo urge, pois em breve a porta se fechará,
que a vida de cada um de nós é breve, não havendo tempo para servirmos a nós
mesmos.
Também
precisamos perceber que essa é uma porta aberta pelo Senhor, e que todos temos
uma missão – divinamente conferida – de cumprir parte desse desígnio. Esse é um
grande privilégio, como também um notável encorajamento.
À
igreja de Filadélfia, Jesus se apresenta como “O Santo de Deus” – um dos
principais atributos de Cristo. Sendo “Santo”, de sua igreja ele requer
santidade e pureza (1 Pe 1.16). Filadélfia, portanto, deveria fazer-se notória
também pela santidade, pois sem esta, ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
À
igreja de Filadélfia, Jesus se apresenta também como “O Verdadeiro” – demandando
assim à sua igreja, uma postura verdadeira e confessante. Filadélfia tinha tais
características, por isso estava disposta a professar Jesus Cristo até o fim. Filadélfia
não se conformava com este mundo.
Finalmente,
como chave de Davi, Cristo se apresenta á Filadélfia. Somente ele reuniu as
condições necessárias para exercer o tríplice ministério messiânico: profeta,
sacerdote e rei (Sl 110.1-7).
Apresentando-se
assim a Filadélfia, ele deixa bem claro que, na expansão do Reino de Deus,
nenhuma porta haverá de prevalecer contra a Igreja, porque Ele as abrirá (Mt
16.13-19). Assim, se nos dispusermos a alcançar os confins da terra, tenhamos a
certeza de que não há portas fechadas aos que se dispõem a ganhar o mundo para
Cristo.
A
carta a igreja de Filadélfia elogia os crentes por suas obras (Ap 3.8), e por
sua paciência (10), a despeito de sua fraqueza (8). Além de suportar as mesmas
provações econômicas que o resto da população da cidade, a igreja sofria também
o ônus dos ataques da sinagoga judaica local (9). Porém, sua fidelidade durante
esse período será logo recompensada:
Deus
lhes concederá uma proteção especial por ocasião das tribulações que enviará
aos habitantes da terra. O corpo da carta termina com uma promessa de que Jesus
retornará sem demora, e uma exortação para que, nesse ínterim guardem o que têm
– a coroa.
Em
Filadélfia, as bênçãos aos vencedores prometiam estabilidade – uma preciosa
promessa para um povo que convivia diariamente com a insegurança da exposição a
terremotos, tremores e desmoronamento de paredes e prédios.
Eles
serão as colunas do templo de Deus (Ap 3.12); levarão o nome de Deus (Ap 3.12;
14.1; 22.4); terão seu “selo” (Ap 7.2; 9.4).
Trarão
consigo o nome de uma nova e celestial cidade, a Nova Jerusalém (Ap 21.10);
Assim como os vencedores de Pérgamo, também receberão novos nomes.
Fontes de Consultas:ANDRADE. Claudionor
de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre-CHAMPLIN, R. N e
BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-Novo Comentário
Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B. HOUSE.
H. Wayne.-LAWSON, Steven J. As Sete Igrejas do Apocalipse. O Alerta Final para o
seu povo. 5.ed. Rio de janeiro: CPAD-2004.-GILBERTO. Antonio. Daniel e
Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª
Edição.1997-Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
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