Apocalipse 3.14 - 22
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Descrever
a
situação espiritual da igreja de Laodiceia.
- Conscientizar-se
de
que a riqueza da igreja está em manter comunhão com o Senhor.
- Saber como manter a
igreja fervorosa espiritualmente.
Esboço:
Em
sua onisciência o Senhor Jesus conhecia muito bem a real situação da igreja de
Laodiceia – morna espiritualmente, arrogante e soberba espiritualmente – sem
percepção de sua pobreza, miserabilidade, nudez e cegueira espiritual.
Apesar
de todos esses males vividos por Laodiceia o Senhor Jesus ainda não havia
desistido dessa amada e querida igreja e lança-lhe o desafio através da
seguinte demanda: “Aconselho-te que de
mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas para
que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com
colírio, para que vejas” (Ap 3.18).
Esta
é a descrição da condição espiritual da igreja de Laodiceia:
A
igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha
à sociedade ímpia ao seu redor; professa o cristianismo, mas, na realidade, é
espiritualmente “desgraçada e miserável”. (Ap 3.17,18).
Cristo
faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a
mornidão espiritual (Ap 3.15-17). Cristo faz também um convite sincero para que
se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão
(Ap 3.18,19).
Nesta
era de igreja morna, firmes são as promessas de Cristo às igrejas vencedoras. Ele
virá a elas com bênçãos e no poder do Espírito Santo (Ap 3.20-22). E abrirá uma
porta para que possam glorificar o seu nome e proclamar o evangelho eterno.
A
igreja de Laodiceia, em sua próspera auto-suficiência e seu mundanismo (Ap 3.15-18),
tinha rejeitado o Senhor Jesus Cristo. O convite de Cristo, como estando fora
da porta da igreja, é um apelo seu por comunhão para qualquer pessoa que se
arrepender da mornidão espiritual (Ap 3.21).
Devemos
sempre ter em mente a distinção entre as igrejas locais e o Espírito Santo. As
igrejas estão subordinadas ao Espírito de Deus e à sua Palavra inspirada (2 Tm
15.16; 1 Pe 1.24,25; 2 Pe 1.20,21). Essa distinção entre o Espírito e as
igrejas locais podem ser expressas através das seguintes verdades bíblicas: O Espírito
não é propriedade das igrejas nem de qualquer instituição humana. Ele é o Espírito
de Deus e de Cristo e não o Espírito das igrejas (Ap 3.1). O Espírito é livre
para operar onde quiser, de conformidade com os padrões justos de Deus (Jo
1.33; 4.24: 7.39; 14.17).
O
Espírito Santo representa o senhorio atual de Cristo sobre as igrejas. O Espírito
e a sua palavra são a autoridade final. As igrejas devem constantemente julgar
suas normas de fé e conduta pelo Espírito. Uma igreja não deve depositar fé
noutra igreja; nem obedecer ou seguir outra igreja.
O
Espírito e a palavra inspirada são maiores do que as igrejas históricas. O Espírito
Santo permanecerá em qualquer igreja, somente à medida que esta permanecer fiel
a Cristo e a sua palavra e observar o que o Espírito disser às igrejas (Ap 2.5,
16, 22, 23; 3. 3, 15,16).
Laodiceia
era uma cidade da província romana da Ásia Menor, na parte ocidental da moderna
Turquia Asiática. No século III A.C., foi fundada uma cidade no local, por
Selêucida Antíoco II, quando então recebeu nome baseado no nome próprio de sua
esposa, Laodiceia.
Nos
tempos romanos, sua posição geográfica favorecia seu desenvolvimento e prosperidade.
Jazia na importante intersecção de estradas principais da Ásia Menor, que de
Laodiceia ia para o ocidente, até aos portos de Mileto e Éfeso, cerca de cento
e sessenta quilômetros de distância. Para o oriente, essa mesma estrada
conduzia ao planalto central, e, dali, até á Síria.
Uma
outra estrada, que atravessava Laodiceia, corria para o norte, para a capital
principal, Pérgamo, e também para o sul, até as costas de Ataléia. Essas
estradas encorajavam o comércio em Laodiceia, que se tornou um centro bancário
e comercial.
Várias
indústrias surgiram ali, como a da lã, a de tabletes medicinais, e a de fabrico
de roupas. Após os tempos neotestamentários, aumentou mais ainda a prosperidade
material de Laodicéa. Até mesmo durante os dias da república, e nos dias dos
primeiros imperadores, já era uma das mais importantes e florescentes cidades
da Ásia Menor.
Laodiceia,
na qualidade de cidade-mãe, veio a incorporar uma área onde havia nada menos de
vinte e cinco aldeias, de tal modo que era uma autêntica metrópole, conforme é
chamada em inscrições daquele lugar, que sobreviveram até nós.
Já
que Laodice era um nome comum
feminino, nos tempos do N.T., seis cidades receberam tal nome no período
helenista. Por essa razão, a Laodiceia do nosso texto era chamada de Laodiceia
do Lico, isto é, do rio Lico e ficava localizada às margens sul desse rio, a
dez quilômetros ao sul de Hierápolis e a dezesseis quilômetros a oeste de
Colossos.
Historicamente
supõe-se que uma das causas da mornidão de Laodiceia era o culto ao imperador, em que os
imperadores romanos eram adorados como
deuses. Adorava ao imperador ao mesmo tempo que diziam tratar-se apenas de uma
formalidade não o fazendo de coração.
Dessa
maneira, pois, evitavam a perseguição e participavam amplamente das riquezas da
cidade. Paralelamente a tudo isso, procuravam manter uma igreja cristã. Não
eram quentes e nem frios, mas uma espécie de igreja cristã-pagã.
Profeticamente,
cremos que a mesma coisa ocorrerá de novo. O anticristo exigirá a lealdade dos
homens, e até mesmo a adoração da parte deles. Alguns elementos anuirão ás suas
exigências, e apesar disso se chamarão cristãos. Uma forma grandemente
revertida de cristianismo emergirá dessa situação; e o próprio Satanás,
indiretamente, tornar-se-á o deus da “igreja” desses pseudos cristãos, onde ele
será adorado.
O
apóstolo João queria que não houvesse transigências ante o “culto ao
imperador”, e nem concessões ao mesmo. Aqueles que tentam uma posição
eqüidistante, através das pressões e perseguições que passarem, são detestáveis
causadores de náusea, semelhante á água morna. Tal atitude dever ser totalmente
rejeitada, e os que assim agem serão vomitados, por assim dizer, tão forte será
a reação da verdadeira piedade e a lealdade cristã, em tal situação.
Essa
idéia também se aplica àqueles a qualquer crente individual ou igreja que
realmente não se tenha decidido anti-pagã em seus costumes. São apenas e tão
somente meio-crentes, nunca conseguindo qualquer avanço espiritual firme e
permanente.
Tais
cristão não são “frios” à mensagem cristã, isto é, não a rejeitam total e
obviamente. Mas também não são “quentes”, pois não agem decisivamente, de
acordo com a mensagem cristã.
Facilmente
são impelidos por um sermão ou lição. Mas nunca aplicam, realmente, a mensagem
a si mesmos. A principal característica deles é a “complacência” com as coisas,
conforme elas são. Não vêem qualquer razão em Sião para se apressarem e
cumprirem uma elevada missão.
Estão
no mundo e gostam do mesmo. Para esses, a igreja é apenas uma extensão do
mundo, e não algo do qual se devam separar. Laodiceia retrata as igrejas que,
desconstruindo-se como Reino de Deus, reconstroem-se como impérios humanos.
Fontes de Consultas:ANDRADE. Claudionor
de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre-CHAMPLIN, R. N e
BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-Novo Comentário
Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B. HOUSE.
H. Wayne.-LAWSON, Steven J. As Sete Igrejas do Apocalipse. O Alerta Final para
o seu povo. 5.ed. Rio de janeiro: CPAD-2004.-GILBERTO. Antonio. Daniel e
Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª
Edição.1997-Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD