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sábado, 14 de janeiro de 2012

OS FRUTOS DA OBEDIÊNCIA NA VIDA DE ISRAEL - Lição 03 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Deuteronômio 11. 26-32
Pr. João Barbosa

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.   Compreender que obediência a Deus é a condição indispensável para um viver próspero
2.   Conscientizar-se de que a desobediência é a causa da maldição
3.   Citar algumas das conseqüências da obediência na vida do crente.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         
Esboço: Princípios básicos do Antigo Testamento comprovam que a obediência gera a prosperidade. A passagem de Dt 28.1-6, enfatiza repetidamente a responsabilidade que os israelitas tinham de obedecer, embora Israel não tivesse obtido a salvação por meio da obediência.
Deus já havia escolhido salvar os israelitas da escravidão e torná-los seu povo. Ele prometera ser seu Deus e dar-lhes Canaã.
Mas Deus impôs uma condição para que os hebreus recebessem todas as ricas bênçãos na terra – “E será que se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus; te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão quando, ouvires a voz do Senhor teu Deus. Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e a criação das tuas vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito serás ao saíres” (Dt 28.1-6). A obediência é o canal por onde flui a prosperidade (Is 48.17-19).

A palavra bênção, originária do grego, (eulogia), tem os seguintes significados:
1. Uma dádiva divina que faz prosperar o trabalho do crente (Dt.28.12);
2. A presença de Deus conosco (Gn 26.3) e a dotação de força, poder e ajuda divina (Ef 3.16; Cl 1.11);
3. Deus operando em nós e através de nós para realizar o bem (Fp.2.13).

A vida e a história do povo de Deus, pode estar sob a bênção ou a maldição (Dt 11.26).
A bênção divina era um realidade bem constante no ministério dos apóstolos (Rm 15.29).
A bênção de Deus é condicional, dependendo do seu povo, o qual opta pela bênção ao obedecer a Deus, ou pela maldição ao desobedecer (Dt 30.15-18; Jr 17.5,7).
A bênção de Deus pode não estar relacionada a lucros materiais, pessoais e à ausência de sofrimento na vida do crente (Hb 11.37-39; Ap 2.8-10).
Deus prometeu segurança total ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação passar por situações conflituosas, não obstante à sua eleição.
 E todos àqueles que desejarem viver integralmente para Cristo, passarão por momentos adversos (2 Tm 3.12), embora não seja isto motivo de desespero.
Se obedecemos a Deus podemos confiar nele, pois há promessa de segurança e proteção para os que o servem fielmente.
Nós somos a propriedade particular de Deus (1 Pe 2.9).
É modismo dos dias atuais, associar-se a pobreza ao pecado e os infortúnios da vida a alguma maldição não quebrada, o conhecido ensino herético denominado de “maldição hereditária”.
A Bíblia mostra que pais e filhos, cada um responde diante de Deus pelos seus feitos, e o pecado de um não é motivo para que outros paguem pelo seu pecado.
“Que tendes vós, que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel dizendo: Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos se embotaram! Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel.
Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar esta morrerá” (Ez 18.2-4).
Mas as Escrituras mostram que a desobediência á palavra de Deus, e não uma maldição hereditária, é a causa do castigo. Conforme Gl 3.13, “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”.
Portanto, assim como a bênção está associada à obediência a Deus, igualmente, a maldição vem associada à desobediência.
Deuteronômio 28, descreve com propriedade a lei da retribuição tanto no sentido positivo como no negativo em relação à obediência ou desobediência.
No entanto, a obediência não isenta os justos de passarem por tribulações, enfermidades e angústias, pois os santos são constantemente provados.
Jesus enfatizou “..... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
A maldição é o resultado da desobediência aos preceitos divinos, e na vida de pessoas com algum grau de prosperidade é muito comum o pecado da idolatria, ao colocar os bens materiais acima de Deus.
Em Israel, tal fato acontecia frequentemente (Dt 28.15).
As bênçãos que adviriam a Israel seriam, portanto, resultado direto da obediência que Israel tivesse em relação a Deus.
Deus prometia abençoar Israel e fazer dele uma bênção, desde que ele obedecesse ao Senhor em tudo, a fim de se mostrarem às nações como propriedade peculiar de Deus dentre os povos, como um “reino sacerdotal e um povo santo”.
A obediência era o segredo para ser “bendito” ou “maldito”. Era por cumprir a lei, e viver pelos mandamentos dados por Deus que Israel alcançaria a bênção ou a maldição (Dt 11.26-28).
No entanto, como uma demonstração de que o povo estava a obedecer, ou não, ante a circunstância de que Israel era uma nação estabelecida num determinado território, o Senhor fez promessas de bênçãos materiais aos israelitas, para que eles pudessem se manter como nação independente das demais e com condições de levá-las a servir a Deus.
Assim é que, já no capítulo 11 do livro de Deuteronômio, vemos que o Senhor traz os benefícios da obediência, a começar pela chuva a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que pudessem ser recolhidos o grão, o mosto e o azeite (Dt 11.14,15).
Esta circunstância a respeito da chuva era fundamental para a sobrevivência de Israel que, em seu período de formação no Egito, vivia um outro regime, que era o da irrigação do Nilo, o único rio daquele país (Dt 11.10,11).
Não é por acaso que a primeira forma de Deus mostrar seu descontentamento com Israel ao longo da história sagrada era a falta de chuvas sobre a terra, que gerava fome, e consequentemente necessidades para todo o povo; um visível sinal para que se buscasse a Deus  e se descobrisse o que estava a ocorrer (2 Sm 21.1).
Em havendo obediência ao Senhor, Deus prometia a Israel a manutenção de seu sustento, as condições para que pudessem, do fruto da terra, obter a sua sobrevivência, para que, tendo com que comer, vestir e beber, pudessem exercer o seu papel de “reino sacerdotal e  povo santo”.
Ao mesmo tempo, que o Senhor prometeu bênçãos a Israel, não deixou de alertar os israelitas para que seus corações não se deixassem enganar pela prosperidade material e, com isso se desviassem dos caminhos do Senhor, pois, se isto acontecesse, se o povo deixasse de servir a Deus por causa das bênçãos dadas por Deus, tais bênçãos desapareceriam, com o fechamento dos céus, a falta de água, e o consequente perecimento por falta de condições de sobrevivência (Dt 11.16,17). 
Assim, eventuais bênçãos que recebamos da parte do Senhor serão apenas um elemento para que cumpramos o nosso papel diante dos homens, jamais um meio para termos uma vida regalada sobre a face da terra, pois, se assim o fizermos, deixando o Senhor de lado, estaremos somente assinando a nossa própria perdição, precisamente aquilo que Deus não quer nem para nós, nem para cada um dos homens por ele criado.
Nós fomos chamados para ser “testemunhas de Cristo” (At 1.8), pregando o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo a toda criatura e por todo o mundo (Mc 16.15).
Somos chamados para ser luz do mundo e sal da terra, para sermos instrumentos para que os homens glorifiquem a Deus (Mt 5.13-16).

Fontes:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia
Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
HAGIN, E. Kenneth. Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus. Graça Editorial
HAGIN, E. Kenneth. Compreendendo a UNÇÃO. Graça Editorial
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã - Bíblia de Estudo Defesa da Fé – Edição CPAD

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