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sábado, 28 de janeiro de 2012

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA - Lição 05 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Gálatas 3.2-9
Pr. João Barbosa

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.   Identificar o caráter pessoal das bênçãos sobre Abraão
2.   Compreender  o aspecto nacional da bênção de Deus sobre Israel
3.   Conscientizar-se de que através da igreja as bênçãos de Deus têm um alcance universal

Esboço
O ato de abençoar constitui-se em geral de um modo benigno para uma pessoa, grupo ou mesmo instituição, que pressupõe um efeito no mundo espiritual, de modo a influenciar o mundo físico, fazendo com que o desejo se cumpra.
Encontramos bênçãos na Bíblia de forma implícita, desde o Éden. Depois da queda, as bênçãos temporais ficaram com a descendência de Caim e as espirituais com a descendência de Sete. As bênçãos espirituais, sempre prevalecem sobre as bênçãos temporais.
Pela fidelidade de Noé diante das dificuldades do seu tempo quando aqueles que tinham as bênçãos temporais prosperaram muito e se afastaram de Deus, Noé permaneceu fiel e Deus deu testemunho dele dizendo: “.....te hei visto justo diante de mim nesta geração” (Gn 7.1). As bênçãos temporais sem as espirituais tornam os homens indiferentes a Deus.
Depois do dilúvio Deus veio e abençoou Noé e a seus filhos (Gn 9.1), mas foi em Abraão onde as bênçãos na Bíblia foram reveladas de forma mais ampla, visto que o clímax da chamada de Abraão se encontra na declaração “para que todas as famílias da terra sejam abençoadas por meio de Abraão”. A promessa de que Abraão se tornaria “grande nação”, encontrada na primeira parte da fala divina em Gn 12.1-3, é secundária à vontade principal de Deus de abençoar todas as famílias da terra.
O principal motivo para o chamado de Abraão é a intenção de Deus de abençoar a humanidade e reverter as consequencias desastrosas da rebeldia de Adão e Eva no Jardim do Éden.
A Abraão, Deus prometeu em Gn 12.2, "Farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; sê tu uma bênção." (VRA).
A bênção dada aqui a Abraão, foi que este seria uma grande nação, que o nome deste seria engrandecido e que Abraão deveria abençoar assim como ele foi abençoado.
Uma promessa pode ser equiparada a um juramento, com um propósito de transferir segurança para o cumprimento da mesma.
Na Bíblia encontramos muitas bênçãos e promessas preciosas que são incondicionais para toda a humanidade a exemplo da promessa de Deus de enviar-lhe um Salvador (Gn 12.2,3; Gn 3.15; Gl 4.4).
As bênçãos e promessas podem ser gerais, individuais, e também específicas. Logo, há uma diversidade de alvos no tocante à concessão dessas bênçãos e promessas, haja vista, algumas delas serem direcionadas especificamente para Israel e outras para a Igreja e ainda outras para os gentios (1 Co 10.32).
Assim, faz-se necessário uma compreensão aguçada e um determinado conhecimento do contexto bíblico e histórico dos povos e circunstâncias a fim de que haja uma correta interpretação das promessas bíblicas, esse ato amoroso e gracioso, por meio do qual o Senhor estabelece um compromisso fiel e santo com aqueles que o servem.
Extraído da própria lição estamos expondo um quadro demonstrativo para maior compreensão na interpretação das promessas bíblicas:
1. Promessas feitas a indivíduos específicos não foram formuladas com a interpretação de serem válidas para todos os crentes.
2. Promessas feitas aos israelitas do Antigo Testamento não se aplicam à pessoas de hoje.
3. Algumas promessas bíblicas feitas no Antigo Testamento são aplicáveis aos dias de hoje. Nessa categoria estão as promessas bíblicas baseadas na natureza de Deus, promessas com paralelos em o Novo Testamento e promessas gerais para “os que confiam no Senhor”.
4. Os “ditos de sabedoria” do livro de Provérbios não foram escritos para serem considerados como promessas bíblicas.
5. Palavras ditas por seres humanos registradas na Escritura, não são necessariamente, promessas bíblicas.
6. Algumas promessas bíblicas são incondicionais, enquanto outras são condicionais.
7. Ao interpretar as promessas de Deus, tenha sempre em mente o que outras passagens sobre o mesmo assunto revelam.
8. Ao interpretar as promessas de Deus, deixe o contexto determinar o significado apropriado das palavras bíblicas.
È certo que Deus deseja abençoar e conceder ricas e grandiosas bênçãos aos seus filhos.
A lição em estudo tem como foco o conhecimento e a compreensão das bênçãos prometidas por Deus especificamente a Israel, bem como as promessas que Deus destinou à sua Igreja, partindo do princípio da análise das promessas divinas no devido contexto do Antigo Testamento, através da Antiga Aliança, onde as bênçãos de Deus contemplavam o presente, mas também o futuro, pela Nova Aliança, pois cada uma destas Alianças desenrolam-se dentro de uma esfera de atuação.
As bênçãos eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (Gn 12.2,3). A chamada de Abraão, porém, continha não somente promessas, mas também compromissos. Deus requeria de Abraão tanto a obediência como a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido.
A declaração divina:  “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, referia-se á salvação que viria a ser oferecida, gratuitamente a todos os povos através da pessoa do Senhor Jesus Cristo (Cl 3.8).
O mesmo pode-se afirmar da promessa do derramamento do Espírito Santo, uma promessa que embora feita a Israel, acha-se disponível a todos os que recebem a Jesus como Salvador (Jl 2.28-31; At 2.39).
Como povo, Israel necessitava de uma terra para habitar. Por isso, ao chamar Abraão, o Senhor prometeu fazer dele uma grande nação (Gn 12.2) e dar a terra de Canaã como herança perpétua a ele e os seus descendentes (Gn 17.8). Esta bênção diz respeito unicamente ao povo de Israel (Dt 28.8).
As bênçãos de Deus para Israel possuem um aspecto de caráter nacional, referiam-se a ele como povo e tangia ao contexto geográfico, algo muito importante na história do povo judeu, mas também havia as bênçãos de caráter universal e espiritual que apontavam para um futuro distante.
Do ponto de vista geopolítico, as bênçãos também alcançavam Israel no relacionamento com nações vizinhas; estando localizado em um meio hostil, Israel dependia da guarda divina (Dt 28.7). Mas com a intervenção divina, Israel passou a ser respeitada e temida como propriedade particular do Senhor (Dt 28.10).
As bênçãos na Antiga Aliança eram de natureza material, social e também espiritual, portanto, muitas de caráter transitório e outras de caráter eterno.
Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto temporal em contraste com a Nova Aliança (Hb 8.13; 10.34). Nesta, as bênçãos são eternas. O que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento na Nova.
O transitório pertencia ao Antigo Pacto; o permanente ao Novo (2 Co 3.1-11), significando que as bênçãos em sua plenitude, estavam reservadas para a Nova Aliança.
Muitas das bênçãos eram ao mesmo tempo material e espiritual a exemplo de (Ef 1.3), “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais”.
Claramente observa-se que aquilo que é eterno pode englobar o transitório, assim como o que é coletivo pode contemplar algo particular ou individual.
As promessas espirituais atendem também as nossas necessidades físicas e materiais, embora o seu real propósito esteja muito além dessa dimensão. O que deve ser destacado é que o material jamais deve sobrepujar o espiritual.
As bênçãos da Antiga Aliança por exemplo, incluíam bois, jumentos,, ovelhas, prata e ouro (Gn 24.35; Jó 1.1-3).
Por outro lado, as da Nova Aliança fazem referência à justificação (Gl 3.2), à herança espiritual de filho de Deus (Rm 8.14), à vida eterna (Gl 3.21) Rm 8.2) e à verdadeira liberdade que só encontramos em Cristo  (Gl 4.8-10; 5.1).
Em outras palavras as bênçãos da Nova Aliança se sobrepõem as da Antiga e são superiores e exclusivas para os crentes do Novo Pacto, tanto judeus quanto gentios (Hb 8.6). Basta aceitar a Cristo para ter acesso a elas.
Algumas promessas bíblicas feitas no Antigo Testamento são aplicáveis aos dias de hoje. Nesta categoria estão as promessas bíblicas baseadas na natureza de Deus, e não em circunstâncias concernentes aos israelitas, a exemplo de Is 55.11, que faz referência á eficácia da Palavra de Deus: “Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”.
Essa promessa está baseada inteiramente na soberania intrínseca de Deus (uma natureza que não muda), ele fala algo de algo que é verdade em qualquer tempo e em qualquer lugar.  Portanto podemos ficar seguros de que a Palavra de Deus é tão eficaz hoje, quanto na época do Antigo Testamento.
Na Bíblia, nenhum texto é endereçado aos anjos e muitos poucos aos gentios. Cerca de ¾ da Bíblia está diretamente endereçado a Israel e ¼ da Bíblia diz respeito à Igreja.
Há abundantes textos para indicar o propósito divino para o chamamento da igreja, tanto de judeus como de gentios (Ef 2.11-19).
Sete figuras são empregadas no Novo Testamento para apresentar a relação que existente Cristo e a Igreja:
1. Cristo é o Pastor e os cristão são as ovelhas. Israel também era o rebanho de Deus e as ovelhas do seu pastoreio.
2. Cristo é a videira e a igreja militante na atualidade são os ramos. Israel era a vinha de Jeová.
3. Cristo é a pedra principal, de esquina, e os crentes em Cristo, a construção. Israel tinha um templo, mas a igrejas é o templo vivo para habitação de Deus através do Espírito Santo.
4. Cristo é o sumo sacerdote e a igreja um reino de sacerdote. Israel tinha um sacerdócio; a igreja em sua totalidade é um sacerdócio.
5. Cristo é o cabeça da igreja que é o corpo. Israel era uma comunidade, uma nação organizada; a igreja é um organismo vivo em razão da participação da vida de Cristo que é o cabeça.
6. Cristo é o cabeça de uma nova criação e a igreja está com ele nessa criação como seus membros vitais. Israel era da antiga criação e ligada à terra; a igreja é da nova criação e ligada ao céu.
7. Cristo é o noivo e a igreja a noiva. Israel era a esposa repudiada de Jeová (mas profeticamente será restaurada); a igreja é a noiva virgem, desposada a Cristo. Este relacionamento para a igreja, prevista em vários tipos, é totalmente de outra esfera e é futuro. Ele apresenta a glória de Cristo de que a igreja como sua noiva compartilhará.
  Fontes:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
DESMOND, T. Alexander e ROSNER, Brian. S – Novo Dicionário de Teologia Bíblica – Editora Vida.
CHAFER. Teologia Sistemática. (V.7,8) Editora Hagnus
HAGIN, E. Kenneth. Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus. Graça Editorial
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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