Total de visualizações de página

domingo, 29 de janeiro de 2012

VENÇA AS CRISE DO CASAMENTO RECONSTRUINDO-O A PARTIR DOS FUNDAMENTOS BÍBLICOS

Programa Missionário “Andando Por Onde Jesus Andou”.
Produção e Direção do Pr. João Barbosa da Silva e da Mssª. Laudicéa Barboza
Apresentação no Dia a Dia da nossa Rádio Missionária nasendadacruz.com  
Casando no Senhor - Para ser vitorioso em todas as batalhas do Casamento
Acompanhe nossa programação permanente com muita música evangélica de boa qualidade
e mensagens de alcance bíblico, cultural, missionário, social e integratório

Texto Bíblico Chave
Efésios 6.10-12
Revista-se das armaduras de Deus - Salte Muralhas e Celebre
Jubilosamente
BODAS DE OURO
“No demais irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue,
mas, sim, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais".

A Batalha Espiritual faz parte da vida de casados e da educação dos filhos desde o início. 
Nos dias hodiernos onde a mídia é quem dita para muitos as regras do jogo
na vida a dois - Somente a Mulher Sábia mantém o seu Casamento
A narrativa bíblica fundamental em Gn cap. 3, vers. 1-6, relata como Satanás, o tentador, convenceu a primeira mulher a transgredir o mandamento de Deus e como o marido a seguiu e pecou também.
“ .... É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim? E disse a mulher a serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: não comereis deles, nem nele tocareis.
Entretanto Deus não havia falado que era proibido tocar no fruto, apenas não comer. O desvio da mulher teve início ai, quando ela mentiu. Então, a serpente disse à mulher: certamente não morrereis.
E vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
A coisa que mais levou a mulher em seu diálogo com a serpente, a se rebelar contra Deus, foi aceitar a mentira da serpente: “ser igual a Deus” (Gn 3. 5).
Desde então, o casamento se parece mais com uma guerra pelo controle e uma série de tentativas, conscientes e inconscientes, de manipulação do que de um paraíso edênico.
O primeiro caso de rivalidade entre irmãos do qual se tem conhecimento resultou no assassinato de Abel por seu irmão, Caim, por inveja e ciúmes. “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando ele no campo, se levantou Caim contra seu irmão Abel e o matou. E disse o Senhor a Caim: onde está Abel, teu irmão? E ele disse: não sei; sou eu guardador de meu irmão? E disse Deus: que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão” (Gn 4.8-11).
O Senhor vos abençõe e vos guarde.... O Senhor sobre vós levante o seu rosto e vos dê a paz.
Deuteronômio 6.24
É a oração diária do devocional de Mainha e Painho
No Novo Testamento a situação da família não é diferente. Em toda a Bíblia encontramos relatos de diversas conseqüências do pecado nos relacionamentos conjugais e familiares, desde a queda.
Pode-se dizer que o texto mais importante a tratar sobre Batalha Espiritual é Efésios cap. 6.10-20, o qual nos orienta como estar preparados para vencer esse conflito espiritual contra o mal e que é descrito como o combate da fé – “No demais irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue,
mas, sim, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçado os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e suplica por todos os santos,
e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar”. 
Antes dessas considerações sobre Batalha Espiritual,
o apóstolo Paulo faz uma apresentação do casal como uma figura da Igreja e afirma:
“Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e serão dois numa carne, e prossegue o apóstolo dizendo: 
Grande é esse mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo
e da igreja. Assim também vós, cada um em particular
ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido” (Ef 5.28-33).
Em seguida Paulo aconselha pais e filhos dentro do relacionamento familiar. “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor;
porque isso é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, porque
é o primeiro mandamento com promessa, para que te vás bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.1-4).
Os tribunais e autoridades públicas têm decidido, decretado e se pronunciado em favor de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
A mídia também tem mostrado uma tendência simpatizante com esta causa.
E com base em nossas convicções, de que a Crise Cultural com respeito ao casamento e à família,
tem suas raízes em uma crise espiritual,
cremos firmemente que a única solução consiste em resgatar e reconstruir os fundamentos bíblicos destas instituições – casamento e família.
Nos últimos anos, a estrutura que até pouco tempo atrás fora considerada uma família “normal”,
constituída de pai, mãe e filhos, tem sido vista cada vez mais
como uma dentre várias opções, a ponto de não poder mais afirmar ser a única ou
a mais elevada forma de organização dos relacionamentos humanos – casamento e família.
A visão judaico cristã do casamento e família, cujas raízes encontram-se nas Escrituras Hebraicas do Antigo Testamento, foi substituída, em grande parte,
por um conjunto de valores que prezam por direitos humanos e realização pessoal tanto a nível individual como social.
 Podemos dizer que casamento e família são instituições visadas no mundo de hoje e que, em relação a esses dois pilares sociais, a própria civilização atual se encontra em crise.
A crise entre o casamento e a família de nossos dias, é apenas um sintoma de uma crise espiritual profunda que continua corroer os fundamentos de valores sociais, dantes considerados inatingíveis.
Como vivemos na Era Pós-Moderna, onde os valores são relativos e cada pessoa tem a sua cosmovisão, ou seja, sua própria visão de mundo; os valores do casamento estabelecidos por Deus têm se transformado em verdadeiros conflitos na vida a dois.
Deus, o Criador, instituiu o casamento e a família de acordo com o modelo bíblico, no entanto, um ser maligno chamado Satanás, desde o princípio guerreia contra os propósitos criadores de Deus neste mundo. 
Não é de se espantar ver que os alicerces divinos dessas instituições estão sobre ataque serrado nos novos tempos.
Quer o homem perceba ou não, nós, seres humanos, estamos envolvidos em um conflito espiritual e cósmico entre Deus e Satanás, onde o casamento e a família são áreas de suma importância dentro das quais são travadas batalhas espirituais e culturais que resultam em crises de toda natureza.
Se quisermos preservar o casamento e a família neste mundo conturbado, devemos compreender profundamente essas visões contrárias da realidade para superá-las, pois elas são as raízes dessa crise.
Na cosmovisão dominante, onde tudo é relativo, não se pode, portanto, contestar nenhum conceito nem se pode considerar superior a qualquer outro conceito, mesmo que esteja fora dos fundamentos estabelecidos por Deus.
Os cristãos devem entender o choque de cosmovisões que está mudando a face de nossa sociedade. E devemos estar preparados para responder quando as pessoas se tornarem desiludidas com as falsas crenças e os falsos valores e começarem a buscar as verdadeiras respostas.
Devemos saber não só qual é a nossa cosmovisão, e porque acreditamos nela, mas também como defendê-la. Assim nos exorta o apóstolo Pedro.
 “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Devemos também ter algum entendimento das cosmovisões contrárias e porque as pessoas acreditam nelas.
Somente assim podemos distinguir o falso do verdadeiro.
Considerações finais
“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve” (Mq 3.18).






Fontes de Consulta:
COLSON, Charles – E Agora como Viveremos? – Edições CPAD
VEITH, Gene Edward, Jr – Tempos pós-Modernos – Edit. Cultura Cristã
KOSTENBERGER, Andreas J. – Deus – Casamento e Família (Reconstruindo o  Fundamento Bíblico) – Edit. Vida nova
VAUX, Roland de – Instituições de Israel No Antigo Testamento - Edit.

Bíblias:
Estudo Pentecostal (CPAD)
Estudo de Genebra (Edit.Cultura Cristã e Soc. Bíblica do Brasil)

sábado, 28 de janeiro de 2012

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA - Lição 05 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Gálatas 3.2-9
Pr. João Barbosa

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.   Identificar o caráter pessoal das bênçãos sobre Abraão
2.   Compreender  o aspecto nacional da bênção de Deus sobre Israel
3.   Conscientizar-se de que através da igreja as bênçãos de Deus têm um alcance universal

Esboço
O ato de abençoar constitui-se em geral de um modo benigno para uma pessoa, grupo ou mesmo instituição, que pressupõe um efeito no mundo espiritual, de modo a influenciar o mundo físico, fazendo com que o desejo se cumpra.
Encontramos bênçãos na Bíblia de forma implícita, desde o Éden. Depois da queda, as bênçãos temporais ficaram com a descendência de Caim e as espirituais com a descendência de Sete. As bênçãos espirituais, sempre prevalecem sobre as bênçãos temporais.
Pela fidelidade de Noé diante das dificuldades do seu tempo quando aqueles que tinham as bênçãos temporais prosperaram muito e se afastaram de Deus, Noé permaneceu fiel e Deus deu testemunho dele dizendo: “.....te hei visto justo diante de mim nesta geração” (Gn 7.1). As bênçãos temporais sem as espirituais tornam os homens indiferentes a Deus.
Depois do dilúvio Deus veio e abençoou Noé e a seus filhos (Gn 9.1), mas foi em Abraão onde as bênçãos na Bíblia foram reveladas de forma mais ampla, visto que o clímax da chamada de Abraão se encontra na declaração “para que todas as famílias da terra sejam abençoadas por meio de Abraão”. A promessa de que Abraão se tornaria “grande nação”, encontrada na primeira parte da fala divina em Gn 12.1-3, é secundária à vontade principal de Deus de abençoar todas as famílias da terra.
O principal motivo para o chamado de Abraão é a intenção de Deus de abençoar a humanidade e reverter as consequencias desastrosas da rebeldia de Adão e Eva no Jardim do Éden.
A Abraão, Deus prometeu em Gn 12.2, "Farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; sê tu uma bênção." (VRA).
A bênção dada aqui a Abraão, foi que este seria uma grande nação, que o nome deste seria engrandecido e que Abraão deveria abençoar assim como ele foi abençoado.
Uma promessa pode ser equiparada a um juramento, com um propósito de transferir segurança para o cumprimento da mesma.
Na Bíblia encontramos muitas bênçãos e promessas preciosas que são incondicionais para toda a humanidade a exemplo da promessa de Deus de enviar-lhe um Salvador (Gn 12.2,3; Gn 3.15; Gl 4.4).
As bênçãos e promessas podem ser gerais, individuais, e também específicas. Logo, há uma diversidade de alvos no tocante à concessão dessas bênçãos e promessas, haja vista, algumas delas serem direcionadas especificamente para Israel e outras para a Igreja e ainda outras para os gentios (1 Co 10.32).
Assim, faz-se necessário uma compreensão aguçada e um determinado conhecimento do contexto bíblico e histórico dos povos e circunstâncias a fim de que haja uma correta interpretação das promessas bíblicas, esse ato amoroso e gracioso, por meio do qual o Senhor estabelece um compromisso fiel e santo com aqueles que o servem.
Extraído da própria lição estamos expondo um quadro demonstrativo para maior compreensão na interpretação das promessas bíblicas:
1. Promessas feitas a indivíduos específicos não foram formuladas com a interpretação de serem válidas para todos os crentes.
2. Promessas feitas aos israelitas do Antigo Testamento não se aplicam à pessoas de hoje.
3. Algumas promessas bíblicas feitas no Antigo Testamento são aplicáveis aos dias de hoje. Nessa categoria estão as promessas bíblicas baseadas na natureza de Deus, promessas com paralelos em o Novo Testamento e promessas gerais para “os que confiam no Senhor”.
4. Os “ditos de sabedoria” do livro de Provérbios não foram escritos para serem considerados como promessas bíblicas.
5. Palavras ditas por seres humanos registradas na Escritura, não são necessariamente, promessas bíblicas.
6. Algumas promessas bíblicas são incondicionais, enquanto outras são condicionais.
7. Ao interpretar as promessas de Deus, tenha sempre em mente o que outras passagens sobre o mesmo assunto revelam.
8. Ao interpretar as promessas de Deus, deixe o contexto determinar o significado apropriado das palavras bíblicas.
È certo que Deus deseja abençoar e conceder ricas e grandiosas bênçãos aos seus filhos.
A lição em estudo tem como foco o conhecimento e a compreensão das bênçãos prometidas por Deus especificamente a Israel, bem como as promessas que Deus destinou à sua Igreja, partindo do princípio da análise das promessas divinas no devido contexto do Antigo Testamento, através da Antiga Aliança, onde as bênçãos de Deus contemplavam o presente, mas também o futuro, pela Nova Aliança, pois cada uma destas Alianças desenrolam-se dentro de uma esfera de atuação.
As bênçãos eram tanto temporais como eternas. As temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos tempos (Gl 4.4).
Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (Gn 12.2,3). A chamada de Abraão, porém, continha não somente promessas, mas também compromissos. Deus requeria de Abraão tanto a obediência como a dedicação pessoal a Ele como Senhor para que recebesse aquilo que lhe fora prometido.
A declaração divina:  “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, referia-se á salvação que viria a ser oferecida, gratuitamente a todos os povos através da pessoa do Senhor Jesus Cristo (Cl 3.8).
O mesmo pode-se afirmar da promessa do derramamento do Espírito Santo, uma promessa que embora feita a Israel, acha-se disponível a todos os que recebem a Jesus como Salvador (Jl 2.28-31; At 2.39).
Como povo, Israel necessitava de uma terra para habitar. Por isso, ao chamar Abraão, o Senhor prometeu fazer dele uma grande nação (Gn 12.2) e dar a terra de Canaã como herança perpétua a ele e os seus descendentes (Gn 17.8). Esta bênção diz respeito unicamente ao povo de Israel (Dt 28.8).
As bênçãos de Deus para Israel possuem um aspecto de caráter nacional, referiam-se a ele como povo e tangia ao contexto geográfico, algo muito importante na história do povo judeu, mas também havia as bênçãos de caráter universal e espiritual que apontavam para um futuro distante.
Do ponto de vista geopolítico, as bênçãos também alcançavam Israel no relacionamento com nações vizinhas; estando localizado em um meio hostil, Israel dependia da guarda divina (Dt 28.7). Mas com a intervenção divina, Israel passou a ser respeitada e temida como propriedade particular do Senhor (Dt 28.10).
As bênçãos na Antiga Aliança eram de natureza material, social e também espiritual, portanto, muitas de caráter transitório e outras de caráter eterno.
Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto temporal em contraste com a Nova Aliança (Hb 8.13; 10.34). Nesta, as bênçãos são eternas. O que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento na Nova.
O transitório pertencia ao Antigo Pacto; o permanente ao Novo (2 Co 3.1-11), significando que as bênçãos em sua plenitude, estavam reservadas para a Nova Aliança.
Muitas das bênçãos eram ao mesmo tempo material e espiritual a exemplo de (Ef 1.3), “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais”.
Claramente observa-se que aquilo que é eterno pode englobar o transitório, assim como o que é coletivo pode contemplar algo particular ou individual.
As promessas espirituais atendem também as nossas necessidades físicas e materiais, embora o seu real propósito esteja muito além dessa dimensão. O que deve ser destacado é que o material jamais deve sobrepujar o espiritual.
As bênçãos da Antiga Aliança por exemplo, incluíam bois, jumentos,, ovelhas, prata e ouro (Gn 24.35; Jó 1.1-3).
Por outro lado, as da Nova Aliança fazem referência à justificação (Gl 3.2), à herança espiritual de filho de Deus (Rm 8.14), à vida eterna (Gl 3.21) Rm 8.2) e à verdadeira liberdade que só encontramos em Cristo  (Gl 4.8-10; 5.1).
Em outras palavras as bênçãos da Nova Aliança se sobrepõem as da Antiga e são superiores e exclusivas para os crentes do Novo Pacto, tanto judeus quanto gentios (Hb 8.6). Basta aceitar a Cristo para ter acesso a elas.
Algumas promessas bíblicas feitas no Antigo Testamento são aplicáveis aos dias de hoje. Nesta categoria estão as promessas bíblicas baseadas na natureza de Deus, e não em circunstâncias concernentes aos israelitas, a exemplo de Is 55.11, que faz referência á eficácia da Palavra de Deus: “Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”.
Essa promessa está baseada inteiramente na soberania intrínseca de Deus (uma natureza que não muda), ele fala algo de algo que é verdade em qualquer tempo e em qualquer lugar.  Portanto podemos ficar seguros de que a Palavra de Deus é tão eficaz hoje, quanto na época do Antigo Testamento.
Na Bíblia, nenhum texto é endereçado aos anjos e muitos poucos aos gentios. Cerca de ¾ da Bíblia está diretamente endereçado a Israel e ¼ da Bíblia diz respeito à Igreja.
Há abundantes textos para indicar o propósito divino para o chamamento da igreja, tanto de judeus como de gentios (Ef 2.11-19).
Sete figuras são empregadas no Novo Testamento para apresentar a relação que existente Cristo e a Igreja:
1. Cristo é o Pastor e os cristão são as ovelhas. Israel também era o rebanho de Deus e as ovelhas do seu pastoreio.
2. Cristo é a videira e a igreja militante na atualidade são os ramos. Israel era a vinha de Jeová.
3. Cristo é a pedra principal, de esquina, e os crentes em Cristo, a construção. Israel tinha um templo, mas a igrejas é o templo vivo para habitação de Deus através do Espírito Santo.
4. Cristo é o sumo sacerdote e a igreja um reino de sacerdote. Israel tinha um sacerdócio; a igreja em sua totalidade é um sacerdócio.
5. Cristo é o cabeça da igreja que é o corpo. Israel era uma comunidade, uma nação organizada; a igreja é um organismo vivo em razão da participação da vida de Cristo que é o cabeça.
6. Cristo é o cabeça de uma nova criação e a igreja está com ele nessa criação como seus membros vitais. Israel era da antiga criação e ligada à terra; a igreja é da nova criação e ligada ao céu.
7. Cristo é o noivo e a igreja a noiva. Israel era a esposa repudiada de Jeová (mas profeticamente será restaurada); a igreja é a noiva virgem, desposada a Cristo. Este relacionamento para a igreja, prevista em vários tipos, é totalmente de outra esfera e é futuro. Ele apresenta a glória de Cristo de que a igreja como sua noiva compartilhará.
  Fontes:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
DESMOND, T. Alexander e ROSNER, Brian. S – Novo Dicionário de Teologia Bíblica – Editora Vida.
CHAFER. Teologia Sistemática. (V.7,8) Editora Hagnus
HAGIN, E. Kenneth. Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus. Graça Editorial
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

sábado, 21 de janeiro de 2012

Lição 04 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – -A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO

Turminha do Berçário recita o texto áureo da EBD - Portugal 2007
Lição 04 EBD-CPAD - 2 Coríntios 8.1-9
Pr. João Barbosa
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com
  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas. Escute nossa Rádio Missionária - 24 horas no ar em nasendadacruz.com 

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:


1.   Saber que a prosperidade em o Novo Testamento é escatológica.
2.   Conscientizar-se de que a prosperidade em o Novo Testamento é mais uma questão de ser que de ter.
3.   Compreender que a prosperidade em o Novo Testamento é sempre uma questão filantrópica. 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Esboço:
A vivência Novo Testamentária, põe em destaque uma das mais inquietantes questões que perpassa os nossos dias. Estamos tratando da prosperidade como expoente de vida bem sucedida financeiramente, tão bem decantada entre aqueles que não possuem uma experiência de intimidade com Deus o doador e supridor da vida, do existir, do ser e do ter.
Para o homem moderno, ser próspero é ser bem sucedido e galgar os mais altos píncaros da fama, em oposição ao que nos afirma o Senhor Jesus Cristo em o Novo Testamento, que não credencia nenhum valor aos bens materiais, antes incentiva-nos até à perda desses bens. Isto é o que podemos avaliar em Lucas 18.22 com a parábola do jovem rico, cujas riquezas o impedia de seguir a Cristo, haja vista uma das exigências para estar em sintonia perfeita com o senhorio de Cristo; não seja a pobreza nem a riqueza, e sim o desapego dos bens materiais.
O livro de Provérbios no capítulo 30 e versículos 8 e 9 apresenta-nos uma sábia petição feita a deus com respeito à riqueza e á pobreza: “Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dê nem a pobreza nem a riqueza; mantêm-me do pão da minha porção acostumada; para que porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus”.
No versículo 22 do capítulo 18 de Lucas, a  orientação dada por Jesus àquele homem que desejava herdar a vida eterna foi: “..... ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me”.
Não é de espantar que tal ensino deixou aquele homem muito triste porque era muito rico, o que levou Jesus a declarar no versículo 24 “.... quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas”. Note-se que Jesus não disse ser impossível, apenas, difícil. 
Mas em continuação a pontuação que Jesus fez em torno da celeuma do jovem rico, transformou-se numa das mais surpreendentes declarações feitas por nosso Senhor Jesus Cristo:  “.... é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus” (Lc 18.25).
E para Pedro Jesus respondeu: “....Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pai, ou irmãos, ou mulher, ou filhos pelo reino de Deus, e não haja de receber muito mais neste mundo e, na idade vindoura, a vida eterna” (Lc 18.
As riquezas, traduzidas em nossos dias por prosperidade material,  são, na perspectivas de Jesus, um obstáculo tanto à salvação, quanto ao serviço cristão. Elas transmitem um falso senso de segurança própria (Lc 12.15), enganam (Mt 13.22) e exigem total lealdade do coração. “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” ( Mt 6.21).
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar a um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24).
“Porque o Reino de Deus na é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.7).
Pelo descrito e ainda conforme pontua o comentarista, o conceito de prosperidade em o Novo Testamento, excede a aquisição de bens materiais, terrenos. O conceito está fundamentado nas promessas do Reino de Deus na época vindoura, sendo portanto, uma questão escatológica.
Logo, ser próspero não é ter muitos bens materiais. A Palavra de Deus nos mostra que tal façanha vai muito além do “Ter” e é a verdadeira essência do “Ser”.  
O novo Testamento adverte-nos quanto a inversão dos valores eternos e enfatiza que a prosperidade é mais uma questão de SER do que de TER (Lc 12.13-21). O “Ter”  está relacionado com aquilo que possuímos, ao passo que o “Ser”, com aquilo que realmente somos. (Lc 12.21).
Nos tempos hodiernos é o “Ter” que vale, e sem ele, o “Ser” é submergido, apagado e desprezado. Porém em o Novo Testamento encontramos de um modo geral, Jesus vivendo e ensinando o estilo do “Ser”. Para ele é o que está por vir – a vida eterna, que deve ter primazia na vida do homem. Em Mt 6.16, ele exortava aos seus discípulos “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma”.
Na doutrina apostólica, os verdadeiros valores são eternos e não só temporais; as verdadeiras riquezas são as espirituais, e não as materiais. A riqueza em si não é má, no entanto, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10).
A Bíblia condena o “amor do dinheiro” mas não a sua aquisição através do trabalho honesto e responsável (1 Tm 6.10).
Nos dias de Jesus, em o Novo Testamento, predominava entre os judeus a idéia de que as riquezas, ou seja, a prosperidade material, era um sinal do favor especial de Deus, e que a sua ausência denotava falta de fé e do desagrado de Deus. Adotando tal crença escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (Mt 16.14).
Porém essa idéia falsa é firmemente repelida por Cristo (Lc 6.20; 16.13; 18.24,25). A Bíblia aponta a busca insaciável e avarenta da prosperidade material, das riquezas, como idolatria, a qual é demoníaca (Co 10.19,20; Cl 3.5). Por causa da influência demoníaca associada às riquezas, á prosperidade, à fama e ao sucesso; a ambição por ela e a sua busca frequentemente e em geral conflituosa, escravizam as pessoas (Mt 6.24).
Quase sempre os ricos vivem como quem não precisa de Deus. Na sua luta para acumular riquezas, os ricos sufocam sua vida espiritual (L.8.14), caem em tentação e se sucumbem aos desejos nocivos (1 Tm 6.9), e daí abandonam a fé (1 Tm 6.10).
Os cristão não devem ter a ambição de ficar ricos (1 Tm 6.9-11), haja vista ser o amontoar egoísta de bens materiais, uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1). O egoísta é cobiçoso e deixa de centralizar em Deus seu alvo e suas realizações, concentrando-as em si mesmo e em suas possessões. O fato de a esposa de Ló pôr todo o seu coração numa cidade terrena e seus prazeres, e não na cidade celestial, levou-a a tragédia de virar uma estátua de sal (Gn 19.16,26; Lc 17.28-33; Hb 11.8-10).
Para os cristãos a verdadeira prosperidade consiste na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus Cristo (1 Co 13.4-7: Fp 2.3-5). Quanto à atitude correta em relação aos bens e o seu usufruto, o cristão tem obrigação de ser fiel (Lc 16.11).
Não devemos apegar-nos às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, devemos abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu Reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo.
Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim um administrador dos bens de Deus (Lc 12.31-48). Os tais devem ser generosos, prontos a ajudar o carente, e serem ricos em boas obras (Ef 4.28; 1 Tm 6.17-19).
A prosperidade em o Novo Testamento tem natureza filantrópica até mesmo pelo fato de a igreja primitiva, assim como a hodierna, serem formadas por diferentes classes sociais. Quando a igreja teve início, pessoas de todas as classes sociais, sem exceção, agregaram-se à nova fé (At 6.7). Logo, o cuidado com os menos favorecidos é um dever da igreja. As colunas da igreja primitiva Pedro, Tiago e João, pediam ao apóstolo Paulo que não se esquecesse dos pobres (Gl 2.10).
Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia” (At 11.27-29). Em virtude do relato, Paulo iniciou uma campanha para arrecadar donativos para os crentes pobres de Jerusalém. As igrejas gentias responderam generosamente (Rm 15.26).
A prosperidade legitima-se na generosidade. Embora possamos ser agraciados com bens materiais, nossa vida não deve ser direcionada por uma cultura de consumo que busca desenfreadamente a realização do ego em detrimento dos valores espirituais, é o que nos ensina o Novo testamento.
“Quando somos bem sucedidos, não devemos confiar no sucesso, mas acreditar em Deus, que nos concedeu os talentos; permanecer humildes, honestos e dependentes. Quando Deus nos proporciona algum êxito, a sua intenção é que o usemos a favor dEle.
O nosso sucesso pode ser a ferramenta que ajudará outras pessoas, individual ou coletivamente”.

 Fontes:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
HAGIN, E. Kenneth. Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus. Graça Editorial
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

sábado, 14 de janeiro de 2012

OS FRUTOS DA OBEDIÊNCIA NA VIDA DE ISRAEL - Lição 03 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Deuteronômio 11. 26-32
Pr. João Barbosa

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.   Compreender que obediência a Deus é a condição indispensável para um viver próspero
2.   Conscientizar-se de que a desobediência é a causa da maldição
3.   Citar algumas das conseqüências da obediência na vida do crente.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         
Esboço: Princípios básicos do Antigo Testamento comprovam que a obediência gera a prosperidade. A passagem de Dt 28.1-6, enfatiza repetidamente a responsabilidade que os israelitas tinham de obedecer, embora Israel não tivesse obtido a salvação por meio da obediência.
Deus já havia escolhido salvar os israelitas da escravidão e torná-los seu povo. Ele prometera ser seu Deus e dar-lhes Canaã.
Mas Deus impôs uma condição para que os hebreus recebessem todas as ricas bênçãos na terra – “E será que se ouvires a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus; te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão quando, ouvires a voz do Senhor teu Deus. Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e a criação das tuas vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito serás ao saíres” (Dt 28.1-6). A obediência é o canal por onde flui a prosperidade (Is 48.17-19).

A palavra bênção, originária do grego, (eulogia), tem os seguintes significados:
1. Uma dádiva divina que faz prosperar o trabalho do crente (Dt.28.12);
2. A presença de Deus conosco (Gn 26.3) e a dotação de força, poder e ajuda divina (Ef 3.16; Cl 1.11);
3. Deus operando em nós e através de nós para realizar o bem (Fp.2.13).

A vida e a história do povo de Deus, pode estar sob a bênção ou a maldição (Dt 11.26).
A bênção divina era um realidade bem constante no ministério dos apóstolos (Rm 15.29).
A bênção de Deus é condicional, dependendo do seu povo, o qual opta pela bênção ao obedecer a Deus, ou pela maldição ao desobedecer (Dt 30.15-18; Jr 17.5,7).
A bênção de Deus pode não estar relacionada a lucros materiais, pessoais e à ausência de sofrimento na vida do crente (Hb 11.37-39; Ap 2.8-10).
Deus prometeu segurança total ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação passar por situações conflituosas, não obstante à sua eleição.
 E todos àqueles que desejarem viver integralmente para Cristo, passarão por momentos adversos (2 Tm 3.12), embora não seja isto motivo de desespero.
Se obedecemos a Deus podemos confiar nele, pois há promessa de segurança e proteção para os que o servem fielmente.
Nós somos a propriedade particular de Deus (1 Pe 2.9).
É modismo dos dias atuais, associar-se a pobreza ao pecado e os infortúnios da vida a alguma maldição não quebrada, o conhecido ensino herético denominado de “maldição hereditária”.
A Bíblia mostra que pais e filhos, cada um responde diante de Deus pelos seus feitos, e o pecado de um não é motivo para que outros paguem pelo seu pecado.
“Que tendes vós, que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel dizendo: Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos se embotaram! Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel.
Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar esta morrerá” (Ez 18.2-4).
Mas as Escrituras mostram que a desobediência á palavra de Deus, e não uma maldição hereditária, é a causa do castigo. Conforme Gl 3.13, “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”.
Portanto, assim como a bênção está associada à obediência a Deus, igualmente, a maldição vem associada à desobediência.
Deuteronômio 28, descreve com propriedade a lei da retribuição tanto no sentido positivo como no negativo em relação à obediência ou desobediência.
No entanto, a obediência não isenta os justos de passarem por tribulações, enfermidades e angústias, pois os santos são constantemente provados.
Jesus enfatizou “..... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
A maldição é o resultado da desobediência aos preceitos divinos, e na vida de pessoas com algum grau de prosperidade é muito comum o pecado da idolatria, ao colocar os bens materiais acima de Deus.
Em Israel, tal fato acontecia frequentemente (Dt 28.15).
As bênçãos que adviriam a Israel seriam, portanto, resultado direto da obediência que Israel tivesse em relação a Deus.
Deus prometia abençoar Israel e fazer dele uma bênção, desde que ele obedecesse ao Senhor em tudo, a fim de se mostrarem às nações como propriedade peculiar de Deus dentre os povos, como um “reino sacerdotal e um povo santo”.
A obediência era o segredo para ser “bendito” ou “maldito”. Era por cumprir a lei, e viver pelos mandamentos dados por Deus que Israel alcançaria a bênção ou a maldição (Dt 11.26-28).
No entanto, como uma demonstração de que o povo estava a obedecer, ou não, ante a circunstância de que Israel era uma nação estabelecida num determinado território, o Senhor fez promessas de bênçãos materiais aos israelitas, para que eles pudessem se manter como nação independente das demais e com condições de levá-las a servir a Deus.
Assim é que, já no capítulo 11 do livro de Deuteronômio, vemos que o Senhor traz os benefícios da obediência, a começar pela chuva a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que pudessem ser recolhidos o grão, o mosto e o azeite (Dt 11.14,15).
Esta circunstância a respeito da chuva era fundamental para a sobrevivência de Israel que, em seu período de formação no Egito, vivia um outro regime, que era o da irrigação do Nilo, o único rio daquele país (Dt 11.10,11).
Não é por acaso que a primeira forma de Deus mostrar seu descontentamento com Israel ao longo da história sagrada era a falta de chuvas sobre a terra, que gerava fome, e consequentemente necessidades para todo o povo; um visível sinal para que se buscasse a Deus  e se descobrisse o que estava a ocorrer (2 Sm 21.1).
Em havendo obediência ao Senhor, Deus prometia a Israel a manutenção de seu sustento, as condições para que pudessem, do fruto da terra, obter a sua sobrevivência, para que, tendo com que comer, vestir e beber, pudessem exercer o seu papel de “reino sacerdotal e  povo santo”.
Ao mesmo tempo, que o Senhor prometeu bênçãos a Israel, não deixou de alertar os israelitas para que seus corações não se deixassem enganar pela prosperidade material e, com isso se desviassem dos caminhos do Senhor, pois, se isto acontecesse, se o povo deixasse de servir a Deus por causa das bênçãos dadas por Deus, tais bênçãos desapareceriam, com o fechamento dos céus, a falta de água, e o consequente perecimento por falta de condições de sobrevivência (Dt 11.16,17). 
Assim, eventuais bênçãos que recebamos da parte do Senhor serão apenas um elemento para que cumpramos o nosso papel diante dos homens, jamais um meio para termos uma vida regalada sobre a face da terra, pois, se assim o fizermos, deixando o Senhor de lado, estaremos somente assinando a nossa própria perdição, precisamente aquilo que Deus não quer nem para nós, nem para cada um dos homens por ele criado.
Nós fomos chamados para ser “testemunhas de Cristo” (At 1.8), pregando o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo a toda criatura e por todo o mundo (Mc 16.15).
Somos chamados para ser luz do mundo e sal da terra, para sermos instrumentos para que os homens glorifiquem a Deus (Mt 5.13-16).

Fontes:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia
Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
HAGIN, E. Kenneth. Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus. Graça Editorial
HAGIN, E. Kenneth. Compreendendo a UNÇÃO. Graça Editorial
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã - Bíblia de Estudo Defesa da Fé – Edição CPAD