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GRACIOSA DOUTRINA DA MORDOMIA CRISTÃ -07.07.19
Lucas 16.1-8,
42; Mt 20.8
Por: Pr. João Barbosa
MORDOMIA – (gr. oikonomia,
que significa “administração de um lar”). A administração de deveres ou bens
pelos quais a pessoa é responsável.
A pessoa que administra o lar é chamada “mordomo” (oikonomos “lei da casa”)
ou “superintendente” (epitropos).
A ideia tem suas raízes na instituição da escravidão. O senhor nomeava
um escravo para administrar seu lar com todo o patrimônio, inclusive ensinar e
disciplinar os membros da família, especialmente outros escravos e as crianças.
Um exemplo clássico é a posição de José na casa de Potifar (Gn 39.4-6). A
ideia comum de mordomia é encontrada em várias passagens do NT, notavelmente na
parábola do administrador infiel (Lc 16; Mt 20).
O tutor de uma criança menor também podia ser chamado de mordomo (Gl
4.2). Um oficial do governo podia ser chamado mordomo (oikonomos). Na Bíblia
Almeida atualizada ARA, é chamado tesoureiro ou procurador (epitropos) Lc 8.3.
A ênfase moderna na mordomia dos bens, embora seja uma realidade, o
estudioso dessa doutrina deve ter cuidado para não obscurecer o fato de que a
mordomia básica do cristão é a da vida e pregação ensinada no verdadeiro
evangelho, e isto inclui o modo de como utilizar toda sua vida e não somente os
bens e o dinheiro.
Deus confia seus bens ao homem, a fim de que este o administre com
sabedoria, diligência, honestidade e fidelidade. Trata-se de uma relação de
confiança entre Deus e o homem que está fundamentada no favor divino e não na
lei.
Deus designou o homem como gestor ou mordomo da sua criação, com o
imperativo divino de sujeitá-la e dominá-la (Gn 1.27-30; 2.15,16).
Após a queda do homem, a doutrina da mordomia não foi revogada. Deus
sempre reivindicou ser o dono absoluto de tudo o que existe, e que os homens são
apenas seus mordomos (Sl 24.1; 50.12; Ag 2.8; Cl 1.16).
No NT, Jesus ensinou a doutrina da mordomia em várias de suas parábolas:
A do servo vigilante (Lc 12.35-48), a das dez minas (Lc 19.11-27), a dos trabalhadores
da vinha (Mt 20.1-16 e a dos talentos (Mt 25.14-30).
Jesus não só nos ensinou sobre o que é mordomia, como viveu e ensinou
como o mordomo chefe. Ele usou os dons que Deus lhe confiou para ensinar,
pregar e curar.
O apóstolo Paulo também ensinou esta graciosa doutrina onde cuja ideia
central no ensino do grande apóstolo é a de que cada crente é um mordomo (oikonomos
de Deus).
A exigência de Deus para seus mordomos é de que cada um se ache fiel
(1Co 4.1,2 – Almeida NAA), e tenha vida irrepreensível.
O apóstolo Pedro ensina também que cada crente deve servir uns aos
outros com o dom que recebeu, como um bom mordomo da multiforme graça de Deus (1Pe
4.10).
A aplicação prática desta doutrina na vida da igreja, hoje, é de extrema
importância. Isto porque esta doutrina nos constrange e nos obriga a colocar
Deus em primeiro lugar na nossa maneira de viver.
Não vivemos mais para nós, mas para Deus. Jesus diz: Busquem em primeiro
lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas
(Mt 6.33 Almeida NAA).
Num ensino cuidadoso desta doutrina aprendemos que não podemos dar nada
para Deus, pois tudo é dele. Os dízimos e as ofertas são apenas devoluções que
realizamos como expressão de confiança e dependência dele.
Assim se expressava Davi: “Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to
damos” (!Cr 29.14). Jamais devemos esquecer que o que temos foi Deus que nos
deu temporariamente para que possamos administrar essa porção de seus bens que
está sobre nossos cuidados.
Nunca digas, pois, no teu coração: a minha força e o poder do meu braço
me adquiriram estas riquezas. Antes te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é
ele o que te da força para adquirires riquezas, para confirmar sua aliança, que,
sob juramento, prometeu a teus pais como hoje se vê (Dt 8.17,18).
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