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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Lição 13 - A HUMILDADE E O AMOR DESINTERESSADO - 30.12.18


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 13 - A HUMILDADE E O AMOR DESINTERESSADO - 30.12.18
Lucas 14.7-14
Por: Pr. João Barbosa

A Parábola dos Convidados às Bodas – Nesta Parábola, o Senhor ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, propôs-lhes esta parábola, ensinando aos presentes uma belíssima lição de humildade:

“Quando por alguém fores convidado às Bodas, não te reclines no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu, e, vindo o que te convidou a ti e a ele te diga:

Dá o lugar a este. E então com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar” (Lc 14.8,9). Tomar humilde e sinceramente o último lugar é um grande princípio de nobreza para a conduta do homem, enquanto que, buscar pressuroso, o primeiro lugar demonstra egoísmo, orgulho e presunção.

Evitemos irmãos em Cristo, buscar salientar-nos, não só nas ocasiões de grande aparência social, mas nas mínimas oportunidades de apresentação de grandeza. Façamos o que é de nosso dever e delicadeza e não ambicionemos honrarias humanas.

E quando os homens reconhecerem algo em nós de grandeza, sejamos honestos e humildes nesta recepção. “Porque todo que a si mesmo se exaltar, será humilhado e aquele que si mesmo se humilhar será exaltado” (Mt 23.12).

A quem se deve convidar? – Primeiramente, estejamos certos de que Jesus não queria ensinar que não convidássemos para nossas festas os nossos parentes e amigos íntimos.

Trata-se aqui de um banquete especial de beneficência. É uma lição de hospitalidade sem olhar para a aparência ou a posição social. É uma lição de fraternidade que deve moderar o hábito egoísta que os homens têm, de convidar somente os parentes e amigos esquecendo-se dos humildes e necessitados.

Lembremo-nos, pois, de que a dignidade do homem não está somente nas pessoas de nosso parentesco ou pessoas de cultura e aparência social, mas também nos humildes e nos pobres da sociedade em que vivemos. Esta parábola expressa a grande verdade de que todos são convidados à salvação.

As escusas, o relatório do servo e o veredito final:
a) As escusas do convite nesta parábola resumem-se em três: as duas primeiras são sobre as ocupações da vida presente, e a terceira, sobre os prazeres da vida mundana.

Pareciam todas legítimas e justificáveis, mas a grande e terrível verdade é que eles não aceitaram o convite, e, portanto, perderam o privilégio e as consequentes bênçãos.

Era costume ser mandado um segundo convite, bem à ultima hora; mas se esse fosse também rejeitado, equivalia a um insulto. O evangelho é uma grande festa de perdão, alegria, paz e outros privilégios mais. Se o pecador rejeitar este último convite, então perderá a maior riqueza que possui: sua preciosíssima alma.

b) O relatório do servo que saiu a convidar da primeira vez foi, de fato, desolador (v.21), mas o Senhor dá agora, ordem de convidar a todos os que eram desprezados pelos judeus, isto é, os gentios.

Já que os judeus desprezaram o privilégio, agora seriam convidados aqueles a quem eles desprezavam: os gentios. A ordem divina continua até ao dia de hoje. Nós os gentios rejeitados pelos judeus, temos a honra de ser enviados a todos os quadrantes da terra e fazer o grande convite de salvação aos pecadores:

“Sai pelos caminhos e valados, e obrigai-os a entrar, para que a minha casa se encha” (Lc 14.23). É nosso grande privilégio obrigar, não pela força bruta, não por métodos humanos antievangélicos, mas pelo amor constrangedor de Cristo.

E isto até que se complete o tempo dos gentios, até a Segunda Vinda do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

c) O veredito do Senhor é santo e justo – “Pois eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia” (Lc 14.24).

Ai de quem a si mesmo se ilude com a ideia de longanimidade e amor de Deus alcançam as raias da injustiça. “Nenhum”, diz o Senhor, sequer provará o reino de Deus.

Não entrará no reino de Deus para o gozo eterno. Permanecerá fora da presença do Senhor eternamente. Tremendamente terrível é o santo e justo veredito de Deus.

Consultas: GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida, São Paulo 2017  / BAILEY Kenneth. As Parábolas de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia do Pregador Pentecostal – SBB  CHAMPLIN. R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010 / LAHAYE Tim. Bíblia de Estudo Profética – Almeida e Corrigida Fiel / SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Lição 12 -ESPERANDO, MAS TRABALHANDO NO REINO DE DEUS - 23.12.18 - Subsídios


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 12 -ESPERANDO, MAS TRABALHANDO NO REINO DE DEUS - 23.12.18 
 Mateus 25.1-13
Por: Pr. João Barbosa

A presente parábola retrata a época da morte de Jesus e da sua ressurreição até o Segundo Advento e fora dirigida aos seus discípulos com o objetivo de motivá-los a levar uma vida fundamentada nos valores por Ele ensinados.

O homem rico a quem os servos se referiam como “senhor” que iria partir refere-se á pessoa do Senhor Jesus Cristo. A viagem a um país distante se refere à sua partida para o Céu.

Ele havia advertido os seus discípulos que na casa de seu Pai havia muitas moradas, quando Ele fosse ia preparar lugar e depois voltaria e os levaria para si mesmo.

Essa partida aos céus foi na presença de todos, apóstolos e discípulos em um total de mais de quinhentos irmãos e refere-se à sua ascenção (At 1.9-11; 1Co 15.8).

Os servos eram em princípios os doze apóstolos a quem Jesus dirigiu a palavra, e no sentido mais amplo diz respeito a todas as pessoas nascidas de novo.

Os talentos são os dons que o Senhor entregou aos seus servos. O seu retorno, Ele está falando do seu Segundo Advento, e a recompensa ou o castigo, seria uma representação do destino dos salvos e daqueles que não são salvos.

Os elogios que o Senhor fez aos seus servos no seu retorno, referem-se aos galardões que se pode esperar no julgamento das obras no Tribunal de Cristo, ou seja, é a vitória do crente no Tribunal de Cristo (2Co 5.10,11; Cl 3.24,25; 1Co 3.11-15; Rm 14.10-12).

A condenação do servo que falhou em sua responsabilidade é uma advertência a todos os salvos em todas as épocas ao não uso ou ao uso indevido dos dons. Visto que a Parábola dos Talentos fala do acerto de contas dos servos diante de Deus.

Não confundir esta parábola com a Parábola das Dez Minas, de Lucas 19.11-27. Nesta Parábola dos Talentos, Jesus falou com os seus discípulos enquanto estava no Monte das Oliveiras; já na Parábola das Dez Minas Ele fala a uma multidão em Jericó.

Na Parábola das Dez Minas os homens que recebem os mesmos dons são remunerados conforme a sua diferença em servir. Na Parábola dos Talentos os homens recebem de forma desigual, mas o devolvem com a mesma diligência e recebem a mesma remuneração.

Cristo não quer nenhum servo que fiquem ociosos. Pois, seus servos têm recebido tudo da parte dele e nada têm de que possa considerar como sua propriedade.

Nessa parábola fica clara a ideia da privação do talento por parte do preguiçoso. Isto pode se aplicar ás bênçãos desta vida, e até mesmo aos meios da graça.

Costumamos dizer que Deus dá diferentes dons aos homens. Nesta parábola a um homem é dado cinco talentos, a outro é dado dois talentos e a um outro, é dado apenas um talento.

Cada homem possui características próprias, de sorte que Deus considera as ações dos mesmos e não a quantidade de talentos que cada um recebeu.

E a grande lição desta parábola é que qualquer que seja o talento que possuamos grande ou pequeno, devemos entregá-lo para o serviço de Deus.

Esta parábola também tem o objetivo de advertir a crentes e não crentes, todos aqueles que de alguma forma são mordomos de Deus para usarem fielmente os talentos que Deus lhes entregou.

Para ser usado em toda a sua vida, os quais lhes foram entregues por Deus em confiança, porque o Dia do Juízo virá. Quando todos, mordomos fiéis e infiéis, terão de prestar conta pelo uso que dos mesmos fizeram.

Deus julgará claramente a fidelidade ou infidelidade no uso da mordomia de cada um, no seu Reino. Três classes de pessoas receberam os talentos: Crentes talentosos, crentes capacitados e os não crentes.

O primeiro grupo é o dos que possuíam grande capacidade. Capacidade essa dada pelo próprio Deus: saúde física, saúde mental, saúde espiritual, dons, habilidades e etc.

Estes são os que receberam de Deus cinco talentos, isto é, receberam mais talentos do que os outros. O segundo grupo é o dos servos menos talentosos. São os que receberam dois talentos, estes são os de capacidade mediana.

Finalmente, o terceiro grupo é o dos servos pouco talentosos àqueles de pequena capacidade. Que receberam apenas um talento. O fato mais importante, porém, é que todos têm talentos e o resultado será de acordo com a capacidade de cada um quer sejam eles fieis ou infiéis (Mt 25.15,17).

Os conceitos do primeiro e do segundo mordomo são iguais, em relação ao seu senhor: fidelidade em aplicar os talentos, pouco ou muitos, segundo a sua capacidade, reconhecendo que os mesmos não lhes pertenciam, mas sim ao seu senhor.

Mas o conceito daqueles que formaram o terceiro grupo era completamente diferente dos dois primeiros. Os dois primeiros tinham plena confiança de seu senhor e em seu senhor. Já esse terceiro mordomo, o conceito dele era de plena desconfiança no seu senhor.

Este conceito era a atitude de seu coração, de sua personalidade presunçosa e arrogante. Uma coisa, porém, era bem clara e certa para os três mordomos; que chegaria o dia em que seu senhor pediria acerto de contas, e nenhum conhecia qualquer indício do tempo quando haveria o seu senhor de voltar.

Todos os homens civilizados ou bárbaros possuem um supremo tribunal dentro da estrutura do seu ser criado à imagem e semelhança de Deus: é a consciência e o conhecimento do bem e do mal. E ninguém escapa a esta lei de Deus (Rm 2.14-16). Tudo quanto possuímos recebemos como dádivas de Deus que devem produzir frutos aceitáveis ao Senhor.

Como produziram os dois primeiros mordomos. E o Senhor justo juiz, os recompensará, segundo sua justiça e querer. Apreciará o esforço fiel e leal dos seus mordomos e lhes dará ainda mais capacidade e maiores oportunidades.

“Muito bem, servo bom e fiel” (Mt 14.21). Mas, ao mordomo infiel, inútil, desconfiado e mal, o Senhor repreenderá severamente e lhe tirará o talento ou talentos que lhe dera em confiança.

A punição do servo inútil e mau será perder todo o privilégio: perder a apreciação do seu Senhor, perder o que lhe for entregue, perder a confiança e o privilégio de servir e perder muitas honras e bênçãos que o seu Senhor lhe daria, se fosse fiel.

Porque a todos o que tem dar-se-lhe-á e terá em abundância, mas ao que não tem até aquilo que tem ser-lhe-á tirado. Nossa vida é como um “talento”. Deve ser posta em circulação. Todo homem em sua vida tem preciosas oportunidades de usar os talentos que o Senhor lhe confiou.

Aos crentes fiéis, Deus lhes dá oportunidades gloriosas de servi-lo com os talentos, desenvolvendo cada vez mais sua capacidade. Quanto porém, aos que se dizem cristãos, e aos não crentes, eles provarão esta triste verdade da severa punição, pela falta de fidelidade em usar para o seu Senhor os dons e bens que dele recebera, e o resultado tristíssimo será que até aquilo que recebera lhe será tirado. Ninguém esconda o seu talento, mas o use para o seu Senhor e para o engrandecimento do seu Reino.


Consultas: GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida, São Paulo 2017  / BAILEY Kenneth. As Parábolas de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia do Pregador Pentecostal – SBB  CHAMPLIN. R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010 / LAHAYE Tim. Bíblia de Estudo Profética – Almeida e Corrigida Fiel / SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Lição 11 -DESPERTEMOS PARA A VINDA DO GRANDE REI - 16.12.18


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 11 -DESPERTEMOS PARA A VINDA DO GRANDE REI - 16.12.18
Mateus 25.1-13
Por: Pr. João Barbosa

Esta parábola nos ensina a iminente volta de Jesus. E esta vinda iminente de Jesus Cristo deveria motivar os crentes a viverem como se o arrebatamento pudesse acontecer a qualquer momento.

Nunca se sabe exatamente quando este evento ocorrerá. Por causa disso, três coisas são verdadeiras. Primeiro não se pode contar com o passar de um tempo certo antes que um evento iminente ocorra.

Assim, deve se estar sempre preparado para que aconteça a qualquer momento. Segundo, não é legítimo marcar uma data para a ocorrência de um evento iminente.

Estabelecer datas implica que o evento não pode acontecer até aquela data. Isso destrói o conceito de uma vinda iminente. Terceiro não é legítimo dizer que, pelo fato de o evento ser iminente ele ocorrerá logo.

A Bíblia indica que a Segunda Vinda de Cristo era iminente quando o NT estava sendo escrito. Contudo, é óbvio que não seria um evento próximo para aqueles tempos apostólicos.

O conceito do retorno iminente de Cristo é o seguinte: Sua vinda sempre paira sobre nossas cabeças, está constantemente prestes a nos sobrevir ou cair sobre nós, e está sempre próxima no sentido de poder acontecer a qualquer hora.

Outras coisas podem acontecer antes do retorno de Cristo, mas nada mais precisa biblicamente acontecer antes que ele volte.

Se algo mais precisasse acontecer primeiro, então a sua Segunda Vinda não seria iminente. Como não sabemos exatamente quando Cristo voltará, três coisas são necessárias:

Primeiro – não podemos contar com certo período de tempo que ocorrerá antes de seu retorno. Portanto, devemos sempre estar preparados, pois ele pode voltar a qualquer momento.

Segundo – não podemos legitimamente marcar uma data para o retorno de Cristo. Terceiro – não podemos necessariamente dizer que só porque a vinda de Cristo é iminente, ela acontecerá logo.

Neste capítulo 25 de Mateus 1-13, conhecido no meio cristão como a Parábola das Dez Virgens, é a continuação e ilustração do discurso escatológico de Jesus, que começa com a parábola das dez virgens e a parábola dos talentos e termina com o que alguns teólogos chamam de descrição do Juízo Final.

 Esta parábola, das dez virgens, é mais um incentivo à vigilância cuidadosa, quanto à Segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.

A humanidade, sempre se dividiu em dois grandes grupos: os crentes e os descrentes, que, por sua vez, podem ser descrito sobre múltiplos e variados aspectos.

Np primeiro grupo, o dos crentes, pode haver negligentes, imprudentes, fracos, descuidados, tosquenejantes e mesmo adormecidos, moral e espiritualmente falando: mas, são crentes.

A fé genuína em Cristo, uma vez neles implantada pelo Espírito Santo continua operando mesmo com os problemas espirituais conforme anotamos acima no seu dia a dia.

No segundo grupo, o dos descrentes é completamente diferente: jamais foram crentes, porque não foram gerados de novo pelo Espírito Santo, ou seja, são pessoas que não nasceram da água e do Espírito.

Pois a sua fé em Cristo não é genuína: é uma fé meramente intelectual, fé natural, fé na existência de Deus, de Jesus Cristo e do Espírito Santo, mas não verdadeiramente a fé salvadora.

Como está escrito: “A saber: se, com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.9,10).

A fé do crente em Cristo é uma fé salvadora, é um dom de Deus. A fé das cinco virgens loucas era uma fé que não produz fruto de arrependimento, fruto do Espírito, fruto de uma vida santificada.

Era uma fé na religião cristã, e não uma fé na pessoa de Cristo, como autor e consumador da fé, o único e suficiente salvador, que fez o sacrifício vicário da cruz, para salvação dos pecadores que nele creem verdadeiramente.

Entretanto, ninguém deve supor que estes dois grandes grupos sejam exatamente iguais, no sentido em que a humanidade esteja dividida meio a meio exatamente, nem tampouco que as virgens prudentes sejam sem pecados.

Visto que todas tosquenejaram e adormeceram. Estavam vestidas exatamente iguais, as aparências eram as mesmas. O que faltava em um grupo era a verdadeira santificação sem a qual ninguém verá o Senhor.

Estas dez virgens representam um número completo: a humanidade. E esta, quer sejam prudentes, quer sejam loucas terão de naquele dia contemplar, surpreendidas a vinda do Senhor Jesus, em glória indescritível, e terá de ouvir de Jesus a sentença final de seu justo e divino Juiz.

Esta é a opinião da maioria das igrejas reformadas que entendem que nós, os crentes passaremos pela grande tribulação. No entanto, a iminente vinda de Jesus acontecerá em dois períodos distintos:

Um para arrebatar aqueles fiéis tipificados nas cinco virgens prudentes. E outra é a sua segunda vinda em glórias quando todo o olho o verá.

“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que os traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele, Sim! Amém!” (Ap 1.7).

O apóstolo Paulo deixa bem claro em sua segunda carta aos Tessalonicenses cap.2 e v 1-10 que antes dessa segunda vinda de Cristo, primeiro surgirá o grande engano dos tempos do fim que é a pessoa do Anticristo.

E na sua primeira carta aos Tessalonicenses cap.4 e v 13 -18, o apóstolo coloca de forma cronológica os fatos que ocorrerão naquele dia da parousia, isto é, o arrebatamento secreto para a igreja que surpreenderá o mundo conforme ilustrado na parábola das dez virgens. O noivo chegou no dia e na hora em que ninguém esperava.

Os crentes genuínos que, pela graça de Deus, guardarem a fé em Cristo, o Filho do Deus vivo, como o seu Salvador e Senhor, esses permanecerão na glória com Cristo, o noivo divino para todo o sempre.

Mas os crentes meramente nominais, juntamente com todos os incrédulos, enfrentarão todas as consequências daqueles que rejeitam o Senhor e o sacrifício vicário do seu eterno Filho, Jesus Cristo.

O sofrimento deles é descrito como “choro e ranger de dentes”. E clamarão “Senhor, Senhor, abre-nos as portas”, mas o noivo responderá: “em verdade vos digo, não vos conheço”.

É uma verdadeira loucura o comportamento daqueles que fingem ser verdadeiros crentes, que fingem ter fé em Cristo, pela mera profissão externa do nome de cristão ou do nome de sua religião.

É também uma grande loucura e ignorância continuar vivendo como crente nominal alegando que terá uma segunda oportunidade depois da volta iminente de Jesus, visto que ele não virá para salvar, mas para julgar.

Esta terrível e tremenda verdade é descrita nesta parábola, “e fechou-se a porta”. Quem não tiver a graça de Deus e a fé no Senhor Jesus Cristo, na hora da morte ou na hora da Segunda Vinda de Jesus para arrebatar a igreja, achará a porta fechada.

Esta é a real e terrível verdade dos séculos para a humanidade sem Deus. Esta parábola não é para ensinar a necessidade de arrependimento depois da morte ou por ocasião da Segunda Vinda de Jesus para arrebatar a igreja.

Mas é para ensinar que os pecadores e crentes nominais devem estar sempre preparados, pelo arrependimento de seus pecados e pela fé em Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus. Seja para a hora fatal da morte ou para o momento inesperado da vinda de Jesus.

E o Senhor termina esta parábola com as palavras que a interpretam perfeitamente: “Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. “Portanto: olhai por vós mesmos. Vigiai”.

Prémilenismo – é a teoria do arrebatamento em que está fundamentado este estudo. Pois, os premilenistas creem que Cristo retornará no final da era da igreja e estabelecerá um reino físico na terra por mil anos literais.

A maioria dos premileninstas creem que o retorno de Cristo é precedido pela septuagésima semana de anos de Daniel 9.27. Que inclui uma tribulação de sete anos.

Premilenistas são aqueles que creem no arrebatamento da igreja antes da grande tribulação e não no meio, mesotribulacionismo, ou depois, postribulacionismo.

Se somos pretribulacionistas e premilenistas, não passaremos pela grande tribulação, mas seremos arrebatados na iminente vinda do Senhor Jesus Cristo em glória.



Consultas: GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida, São Paulo 2017  / BAILEY Kenneth. As Parábolas de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia do Pregador Pentecostal – SBB  CHAMPLIN. R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010/ SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018/ LAHAYE Tim. Bíblia de Estudo Profética -Almeida e Corrigida Fiel. Editora Hagnos


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Lição 10 -PRECISAMOS DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL - 09.12.18 - Subsídios


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 10 -PRECISAMOS DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL - 09.12.18
Mateus 24.45-51
Por: Pr. João Barbosa

Jesus à sombra da cruz esforça-se no sentido de preparar os discípulos para o que havia de acontecer – O grande discurso escatológico de Jesus: a destruição de Jerusalém.

Jesus após ter chamado a atenção dos discípulos para a oferta da viúva pobre, deixa, com profunda tristeza e para sempre, o recinto do templo.

E quando saia do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras e que edifícios! Ao que Jesus lhe disse: Vês estes grandes edifícios? Não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.

Então o Senhor, com seus discípulos dirige-se ao Monte das Oliveiras, proferindo o grande discurso escatológico que descreve a destruição de Jerusalém, a transição da destruição de Jerusalém para a sua Segunda Vinda, e a Segunda Vinda propriamente dita (Mt 24.1-14).

A profecia da destruição de Jerusalém, posto que futura, está, contudo, iminente. Era questão de cerca de quatro décadas. Segue a transição, que seria certa, mas, quanto ao tempo, indeterminada.

Este intervalo indeterminado é chamado o tempo dos gentios, o qual se estende a vinte e um séculos e continua indefinido. É tempo de salvação universal. A humanidade toda, se quiser, pode ser salva. Finalmente o Senhor descreve sua Segunda Vinda o fim do mundo e o Juízo Final.

È difícil, naturalmente, uma harmonização completa do sermão escatológico; contudo, empenhamos nossos esforços em concatenar do melhor modo possível as declarações do Mestre.

De vez que cremos que o Senhor, ao passo que ia declarando os acontecimentos, o fazia, ora se referindo à destruição de Jerusalém, ora a sua vinda final, ora fazendo simbolizar os eventos históricos da destruição de Jerusalém e do povo como nação, aos eventos de sua parousia e o Juízo Final.

A ideia de tempo na Bíblia – Em se tratando de Escatologia é imprescindível que conheçamos claramente a ideia de tempo na revelação de Deus. Temos, pois, na Bíblia:

Eternidade, épocas, anos, meses, semanas, dias, horas, momentos, brevidade de tempo, um pouco de tempo, hora que já durou vinte séculos, tempo antigo, tempo aceitável, tempo de visitação, tempo de refrigério, tempo de reforma, tempo de ira, de destruição, de trevas, de angústia. Segunda Vinda.

Dia, no sentido genérico (Gn 1.5).
Dia, no sentido natural, do nascer ao por do sol (Gn 31.39).
Dia, no sentido de doze horas ((Jo 11.9).
Dia, no sentido de vinte e quatro horas – é o dia convencional moderno (Jo 1.39).
 Dia, no sentido profético de um ano ou trezentos e sessenta e cinco dias naturais (Ez 4.6).
Dia, no sentido de uma parte de um período, como se fosse período inteiro (1Sm 13.1).

Dia, no sentido de um tempo de juízo (AP 6.17; Jr 18.7).
Dia, no sentido de salvação (2Co 6.2).
Dia, no sentido de visitação, de redenção, do Senhor (Is 3.9; Ap 1.10).
Ano e anos (Gn 15.13; Dn 9.2). Meses (Nm 10.10). Semanas (Lc 18.2).

Dias (Gn 8.3; Lc 11.3) Horas (Dn 5.5; Jo 11.9).
Momentos (Ex 33.5; 1 Co 15.52). Um dia como mil anos (2Pe 3.8). Hora que já começou e está durando vinte séculos (Jo 5.25).
Mas não sabemos quando se consumará (Jo 5.28).

Portanto, a ideia de tempo, na Bíblia, é clara, e a interpretação da Escritura, em relação a tempo, deve ser feita também à luz da revelação de Deus na mesma Escritura, e não em cálculos suposições e hipóteses humanas.

As profecias e o tempo – A profecia é característica de todas as épocas da revelação no VT. Houve profetas antigos e profetas dos últimos dias. O profeta era o homem de emergência nos problemas imediatos e mediatos.
O fator conhecimento do futuro, em alguns casos, também era anunciado pelo profeta. Às vezes, a profecia tinha relação local, mas também tinha elemento universal.

Os profetas falavam, movidos pelo Espírito Santo, do Reino de Deus no passado, no presente e no futuro. Profecias houve que já se cumpriram em tempos pre messiânicos, e os profetas chamavam estes tempos de tempo do fim.

Ou seja, o término ou a realização da profecia que cada um deles iam pregando ao povo, isto é, quando aquela profecia tinha o seu cumprimento, então chegava “o tempo do fim” ou “os últimos tempos” ou “os últimos dias”.

Assim, temos profecias de cumprimento contemporâneo e profecia de cumprimento após a morte do profeta, ou antes da vinda do Messias (2Re 19.20-31; 15.12; 1Pe 1.11).

Houve profecias que se cumpriram no tempo messiânico, isto é, com a vinda do Messias (Is 7.14;9.6; 53.1-12; Sl 22; Mt 26.18; Jo 7.6).

Os últimos dias de que Jesus fala não é o fim do mundo, mas “o fim dos tempos”, o fim do período judeu, em conexão com a destruição de Jerusalém.

Em certo sentido, Jesus veio quando Jerusalém foi destruída. Profecias houve e há que se cumpriram e que estão se cumprindo, e outras profecias que ainda se cumprirão após a sua ascensão aos céus, desde os tempos apostólicos e pós apostólicos até o fim dos séculos (Lc 19.43; 21.34; 1Co 1.8; 1Ts 5.2; Hb 10.25).

E, finalmente, há profecias de Jesus que só se cumprirão após a sua parousia ou Segunda Vinda (Mt 24.36-44; 26.29; 25.31-46).

Na parábola do servo fiel e do servo prudente, Jesus tem uma exortação para todos os seus servos. Os fariseus tinham falhado como servos e agora os verdadeiros guias espirituais estão aqui apresentados.

Devem ser fiéis, pois vivem e trabalham na ausência do Mestre da mesma forma como fariam se ele estivesse presente. Também devem ser prudentes, aptos a lidar com os seus conservos, de forma a encorajar o tímido e a reprovar o ousado.

Devem ser governantes dentro e fora de seus lares. Governar corretamente significa unir e inspirar os outros a fim de lidera-los numa linha correta de ação.

Se forem submissos ao seu governante celestial, então conduzirão outros a se submeterem a ele, e alimentá-los com a verdade e o seu próprio exemplo de simpatia por eles.

Para aqueles que assim servirem o Mestre, haverá um respeito ainda maior e honra imortal, quando ele vier. Acrescentar essa advertência contra a infidelidade, Cristo liga a fé ao comportamento.

Se cremos em sua vinda, devemos nos portar de acordo com o que acreditamos. Não podemos viver como desejamos, se verdadeiramente cremos que ele pode vir a qualquer momento.

Essa esperança deve governar a nossa vida no lar e impedir-nos de viver uma vida sem moderação e sem disciplina. Quando o servirmos de maneira a honrá-lo, teremos verdadeira comunhão uns com os outros, santidade de vida e estaremos vigilantes.

Para aqueles servos maus que escarnecem da verdade de sua vinda, e arrogantemente detratam os outros, e se associam com os glutões a uma condenação repentina e veloz.

Para eles não há premio – somente lhes cabe a porção junto com os hipócritas. O choro e ranger de dentes expressam a plenitude de sua vergonha.

Que a graça nos seja concedidas para que possamos viver de tal maneira que não sejamos envergonhados perante ele em sua vinda.

Olhai e vigiai – Esta é a solene advertência do Senhor da glória especialmente aos seus remidos: “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço.

Porque há de vir sobre todos que habitam na face da terra. Vigiai, pois, em todo tempo, orando, para que possais escapar de todas essas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc21.34).

Nosso Senhor não somente advertiu seus apóstolos e discípulos, mas a todos os crentes em todos os tempos: “O que vos digo a vós, a todos o digo”. Somos, pois, exortados a cuidarmos de nossa vida sob todos os seus aspectos; físico, moral e espiritual.

O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, que levam o coração dos homens à glutonaria, embriaguez e às vaidades da vida secular, desprezando a vida espiritual e a mordomia fiel de servos de Deus, em troca de uma vida mundana material e infrutífera.

Lembremo-nos de que o dia da volta do Senhor virá de “improviso como um laço”, para nos apresentarmos e estarmos na presença do Filho do Homem.

Que vergonha será para qualquer remido do Senhor, naquele dia, se não estiver preparado? Crentes em Cristo: Olhemos por nós mesmos, para que não sejamos encontrados, pelo Senhor da glória, em lugares menos dignos, e, muitas vezes em lugares que nos podem induzir ao pecado:

Mentiras, impurezas, irreverência, vaidade humana, deslealdade, superstições, idolatrias, espiritismo e feitichismo, avareza e todo um rosário de pecados em que qualquer crente pode cair se não olhar por si mesmo, se não vigiar contra as astutas ciladas do Diabo, se não orar constantemente ao Pai celestial, para não cair na tentação do Diabo e dos desejos da carne.

Os crentes devem se lembrar que estão no mundo, mas não são do mundo; eles devem vigiar e orar para não entrar em tentações, em todo tempo, até à vinda do Senhor.

Esta é a exortação que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos dá neste sermão escatológico: “Olhai e vigiai”.

Nesta parábola dos dois servos o Senhor adverte os crentes quanto à sua parousia, para que sejam achados            vigilantes, fiéis e preparados para recebê-lo.

O servo fiel representa os crentes fiéis na causa do evangelho e, de modo particular os ministros da Palavra: pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos e auxiliares e todos aqueles que se ocupam em algum mister na casa de Deus.

Este servo fiel receberá precioso galardão (1Co 4.2; Jo 21.15-17; 1Pe 5.2-4). “Bem aventurado aquele servo a quem, o seu Senhor quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens” (Mt 25.46,47).

E, pelo contrário, o mau servo, cujo coração incrédulo orgulhoso e hipócrita se manifestou na infidelidade ao seu Senhor e na crueldade com os outros conservos, será punido severamente.

Seu Senhor virá quando ele não o espera e o destruirá com terrível suplício. O Senhor Jesus quer advertir a todos, por meio dessa figura severíssima, que ele virá repentinamente, para julgar os vivos e os mortos, e sua punição não será no sentido físico, como na parábola, mas será uma punição moral e espiritual:

O mau servo será lançado no fogo do inferno, onde haverá choro e ranger de dentes eternamente.


Consultas: GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida, São Paulo 2017  / BAILEY Kenneth. As Parábolas de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia do Pregador Pentecostal – SBB  CHAMPLIN. R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010/ SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018