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sábado, 26 de agosto de 2017

Lição 09 -A Necessidade de Termos uma Vida Santa - 27.08.17 - EBD CPAD

 Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
1 Pe 1.13-22
                                                         Por: Pr. João Barbosa                                                         
Encontramos no hebraico do Antigo ou no grego do Novo Testamento, três palavras surgem da mesma raiz, a saber, santo, sagrado e santificar ou santificação.
Nenhuma introdução sobre a verdade da santidade será completa, portanto, senão incluir todas as passagens onde as três palavras aparecem.
Uma coisa pode ser santa por causa de sua relação com Deus – por exemplo, o santo lugar, o santo dos santos.
Uma coisa pode ser santa por causa de sua efetiva associação com Deus ou com o propósito divino – por exemplo, uma nação santa, irmãos santos.
Aqueles que vão viver para Deus em comunhão com eles são ordenados a ser santos na vida. Visto que o Criador é santo em si mesmo, totalmente separado do mal (Sl 22.3; 1Jo 1.6; Tg 1.17).
A obrigação de ser santo – simplesmente em razão de ele ser santo – repousa igualmente sobre toda criação de Cristo.
Deus é santo (Sl 99.1-9; Is 6.2,3; Hc 1.13; 1Jo 1.5). Sendo separados ou santificados, alguns homens são santos (Hb 3.1).
Os anjos fiéis são santos, por serem separados do mal (Mt 25.31).
Encontramos um texto incomum na Palavra de Deus: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44; 1Pe 1.16).  Da criatura humana é claramente requerido que ela seja igual ao seu Criador.
Esta obrigação é incomum e se constitui numa lei inerente e intrínseca, que envolve todos os seres criados.
Após ser salva e trazida em união vital com Cristo, uma nova responsabilidade é gerada para que uma pessoa ande de modo digno da salvação, isto significa ser como ele era neste mundo.
A santidade do homem é sujeita a uma tríplice consideração:
a) O que é conhecido como posicional. No momento em que a pessoa nasce de novo diz-se que ela é santificada. “Tais fostes algum de vós, mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1Co 6.11).
Esta é a santificação posicional. Neste momento, a santidade de Jesus é atribuída ao crente. Cristo é feito em nós justiça e santificação (1Co 1.30).
b) O processo da santificação: prático – Paulo fala dos cristãos em Tessalonica como tendo sido santificados (2Ts 2.13) e ora também a Deus por sua santificação.
“O mesmo Deus de paz, vos santifique em tudo, e todo vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23).
Paulo reconhece que estes Cristãos foram santificados no sentido da santidade de Cristo ter sido atribuído a eles, mas agora precisava que essa santificação imputada se tornasse progressiva e prática na sua vida diária (Cl 3.8-12).
c) Santificação completa e final. A perfeição sem pecado e a santificação completa, aguardam a vinda do Senhor Jesus. Nessa ocasião seremos libertados do corpo dessa carne (Fp 3.20,21; 1Ts 3.13; 1Jo 3.2).
Somos encorajados a crescer na graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2Pe 3.18).
Os meios da santificação – Com respeito aos meios da santificação existe um lado divino e outro humano.
O lado divino: Deus o Pai. Jesus orou ao Pai pelos seus discípulos. “Santifica-os na verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
Paulo orou ao Pai “O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo” (!Ts 5.23,24).
O Pai imputa a santidade de Jesus aos crentes que o recebe como Salvador e Senhor (1Co 1.30).
O Filho, o Senhor Jesus Cristo: Ao derramar seu precioso sangue na cruz (Hb 10.10). Por isso foi também que Jesus para purificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta (Hb 13.12).
O Espírito Santo: Eleito segundo a presciência de Deus pai em santificação do Espírito (Rm 15.16; 1Pe 1.2).
O poder interior e a unção do Espírito Santo, são possivelmente os maiores agentes para nos dá a vitória sobre a carne (Rm 12.13; Gl 5.17,19-23).
O lado humano:  Paulo nos diz que Deus é quem efetua em nós tanto o querer como o efetuar segundo a sua boa vontade (Fp 2.13).
Mas ao mesmo tempo nos é dito em várias passagens das Escrituras que o cristão deve santificar-se  (Lv 20.7; 2Cr 30.3; Js 3.5; 2Co 7.1; 2Tm 2.20,21).
Os meio que Deus colocou à disposição dos seus servos para a santificação:
“...A fim de que recebam eles remissão de pecados e herança dos que são santificados pela fé em mim” (At 26.18).
É pela fé que o crente se apropria pelo sangue purificador referido em Atos 15.9.
Obediência à Palavra: A Palavra de Deus é tida como sendo um grande meio de santificação (Jo 17.17; Ef 5.26; 1Jo 1.7; Sl 119.105).
A única maneira pela qual a Palavra de Deus pode ser um agente purificador em nossas vidas é através da obediência.
Rendição ao Espírito Santo: O Espírito Santo jamais faz pressão sobre quem quer que seja. É necessário que haja uma entrega e uma rendição de nossos membros, á sua unção (Jo 16.13).
Resultado do crescimento cristão: O novo crente é imaturo em sabedoria, em conhecimento, em experiência e em graça.
Em tais esferas eles são designados para crescer, e o crescimento deles deveria ser manifesto. Eles devem “crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Contemplando a glória do Senhor como no espelho, eles são “transformados na mesma imagem de glória em glória, como pelo Senhor, o Espírito” (2Co 3.18).
Esta transformação terá o efeito de estabelecê-los mais e mais separados para Deus. Um cristão pode ser “inculpável”, embora não possa ser dito verdadeiramente dele que ele não tem pecado.
Uma criança laborando para escrever suas primeiras letras pode bem ser inculpável na obra que faz, mas o seu trabalho não é sem erro.
Um crente pode andar na medida plena do seu entendimento hoje; todavia, ele não deve saber que não vive agora a luz aumenta e na experiência em que ele estará amanhã através do crescimento.
Há uma perfeição relativa, então, dentro dessa imperfeição. Os cristãos que estão relativamente incompletos, imaturos, que relativamente se dão ao pecado, podem, entretanto, “permanecer” na videira.
Eles podem ter comunhão com o Pai e com seu Filho. Há também imperfeição dentro da perfeição. Os salvos que realmente são incompletos, imaturos e dados ao pecado, estão mesmo posicionalmente agora santificados e completos “nele” o Senhor Jesus Cristo.
O crescimento do cristão e a santificação experimental não são a mesma coisa, pois um é a causa, e o outro é o efeito.
O cristão estará mais e mais separado à medida que ele cresce a imagem de Cristo pelo Espírito. O aspecto definitivo da santificação que está relacionado à perfeição final do salvo, será seu na glória.
Por sua graça e poder transformador Deus terá mudado todo Filho seu – em Espírito, alma e corpo – para que cada um deles seja “igual a ele” e “conformado à imagem de seu Filho”.
Ele, então, o apresentará “sem mancha” perante a presença de sua glória. A noiva de seu Filho será livre de toda “mancha ou ruga”.
Portanto, todos os cristãos devem se abster do mal. “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente: e o vosso espírito, e alma e corpo sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 13.3).
Três agentes de santificação são enfatizados nas Escrituras:
1. O Espírito Santo (1Co 6.11; 2Ts 2.13; 1Pe 1.2). 2. O Filho (Hb 10.10). 3. A verdade de Deus (JO 17.17.Ef 5.26).
Santo é uma palavra que vem da mesma raiz no original que santificar e refere-se ao que o crente é em virtude de sua posição em Cristo.
A palavra santo é usado cinquenta vezes no AT, para denotar Israel, e sessenta e duas vezes no NT, para designar o crente.
Os filhos de Deus são chamado crentes cerca de cinquenta vezes e irmão cerca de cento e oitenta vezes, enquanto que o nome comum de hoje, cristão, é usado apenas três vezes nos escritos apostólicos.
O termo nunca indica caráter ou dignidade pessoal. Por já serem separados para Deus em Cristo, todo os cristão são agora santos desde o momento em que são salvos.
O fato de eles serem santos, então, não é um aspecto futuro. Todos os crentes são santos, quando posicionalmente considerados (1Co 1.2).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
LEWIS Sperry Chafer. Teologia Sistemática Vl 8. Edit. Hagnus. SPaulo, 2003
SHAFFER.Enciclopédia de Bíblia teologia e Filosofia Vl 6. Edit Hagnus. SPaulo, 2008
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova. SPaulo, 2009
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática – Uma perspectiva Universal. CPAD. RJaneiro 1996

Bíblia de Estudo Almeida revista e Atualizada da tradução João Ferreira de Almeida

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Lição 08 - A Igreja de Cristo - 20.08.17 - EBD CPAD

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:

1 Co 12.12-20,25-27
                                                        Por: Pr. João Barbosa                                                         
Definição de Igreja – Jesus assevera, em Mt 16.18 “Edificarei a minha igreja”. Esta é a primeira entre mais de cem referências no NT que empregam a palavra grega primária para “igreja”: ekklesia, composta com a preposição ek (“fora de”) e o verbo kaleo (“chamar”).
Logo, ekklesia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico.
O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes.
Este conceito de ekklesia prevalecia especialmente na capital, Atenas, onde os líderes políticos eram convocados como assembleia constituinte até quarenta vezes por ano.
O uso secular do termo também aparece no NT. Em Atos 19.32.41, por exemplo, ekklesia  refere-se à turba enfurecida de cidadãos que se reuniu em Éfeso para protestar contra os efeitos do ministério de Paulo.

Na maioria das vezes, porém, tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se tornaram “concidadãos dos santos e da família de Deus” (Ef 2.19).
Ekklesia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar e servir ao Senhor.
A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente refere-se à reunião de um povo por convocação (gr. ekkaleo).
No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de Deus em Cristo, que reúne como cidadão do Reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus.
A palavra “igreja” pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou a igreja no sentido universal (JO 16.18; At 20.28; Ef 2.21,22).
A igreja é apresentada como o povo de Deus (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), o agrupamento dos crente redimidos como fruto da morte de Cristo (1Pe 1.18,19).
É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1Pe 2.5; Hb 11.6).
A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no Reino de Deus. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (2Co 6.16-18).
A igreja é o templo de Deus e do Espírito Santo (1Co 3.16; 2Co 6.14 – 7.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10).
Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniquidade e da imoralidade. A igreja é o corpo de Cristo (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27).
Isso indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital de seus membros com Cristo. A cabeça do corpo é Cristo (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).
A igreja é a noiva de Cristo (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap  19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a Cristo, quanto o amor de Cristo à sua igreja e sua comunhão com ela.
A igreja é um a comunhão (gr. kaoinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do Espírito Santo (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22).
A unidade do Espírito Santo (Ef 4.4) e o batismo com o Espírito Santo (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do Espírito (Ef 4.4) e o batismo com o Espírito Santo (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7).
Essa comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).
A igreja é um exército engajado num conflito espiritual batalhando com a espada e o poder do Espírito (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado.
O Espírito que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a palavra viva de Deus, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15-21).
A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (Fp 1.17; Jd 3).
A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Essa esperança tem por centro a volta de Cristo para buscar o seu povo (Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm 2.8; Tt 2.13; Hb 9.28).
A igreja é tanto visível como invisível.
A igreja visível é o conjunto dos crentes de uma determinada localidade unidos por sua fé viva em Cristo que chamamos de igreja local.
A igreja invisível consiste de congregações locais composta de crentes vencedores e fieis (Ap 2.11, 17, 26), bem como de crentes professos porém falsos (Ap 2.22) “caídos” (Ap 2.5), espiritualmente mortos (Ap 3.1) e “mornos” (Ap 3.16; Mt 13.24; At 12.5).
Mas no dia do Arrebatamento o Senhor Jesus levará consigo apenas os crentes fiéis. Todos aqueles que experimentaram o Novo Nascimento (Jo 3.6,7).

Bibliografia
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova. SPaulo, 2009
FERREIRA, Ebenézer Soares. Manual da Igreja e do Obreiro. Edit. Juerpe. RJaneiro, 1985
MARETINS, Jeziel Guerreiro. Manual do Pastor e da Igreja. Santos Editora. Curitiba, Paraná, 2002
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática – Uma perspectiva Universal. CPAD. RJaneiro 1996

Bíblia de  Estudo Pentecostal

sábado, 12 de agosto de 2017

Lição 07 - A Necessidade do Novo Nascimento

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
 13.08.17 - EBD CPAD
João 3.1-12
                                                            Por: Pr. João Barbosa                                                         
A regeneração, ou novo nascimento, é uma nova criação interior da natureza humana caída, mediante a ação soberana e graciosa do Espírito Santo (Jo 3.5-8)
A Bíblia concebe a salvação como a renovação redentora do homem, com base em um relacionamento restaurado com Deus em Cristo, e apresenta-a como algo que envolve “uma transformação radical e completa operada na alma (Rm 12.2; Ef 4.23) por Deus, o Espírito Santo (Tt 3.5; Ef 4.24).
Em virtude da qual nos tornamos novos homens (Ef 4.24, Cl 3.10), já não conformado com este mundo (Ef 4.22. Cl 39), mas no conhecimento e na santidade da verdade criado segundo a imagem de Deus” (Ef 4.24; Cl 3.10, Rm 12.2).  
No diálogo com Nicodemos (Jo 3.1-12), Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual.
Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o Reino de Deus, e receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo.
Vemos a seguir importantes fatos a respeito do novo nascimento. A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (Jo 3.6; Tt 3.5).
Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (Jo 3.16; 2Pe 1.4; 1Jo 5.11) e este se torna um filho de Deus (Jo 1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2Co 5.17; Cl 3.10).
Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2) mas é criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).
A regeneração é necessária porque à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradá-lo (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1Co 2.14).
A regeneração tem lugar naquele que se arrepende de seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (Jo 3.1,12).
A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10).
Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (Jo 8.36; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14).
 Vive uma vida de retidão (1Jo 2.29), ama aos demais crentes (1Jo 4.7), evita uma vida de pecado 91Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1Jo 2.15-17).
Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (1Jo 3.9).
Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de  evitar o mal (1Jo 2.3-11, 15-17, 24-29; 3.6-24; 4.7.8,20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo (Jo 15.4) e a dependência do espírito santo (Rm 8.12-14).
Aqueles que continuam vivendo a imoralidade e nos caminho pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam demonstram que ainda não nasceram de novo (1Jo 3.6,7).
Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade.
As Escrituras afirma: “Se viverdes segundo a carne morrereis” (Rm 8.3; Gl 5.19-21).
O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do Espírito e não da carne (Jo 3.6).
Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de Deus Pai para filho que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório aqui na terra (Rm 8.13).
Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2Tm 2.12).
Bibliografia
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova. SPaulo, 2009
Bíblia de  Estudo Pentecostal, p.1576


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Lição 06 – A Pecaminosidade Humana e a sua Restauração a Deus 30.07.17 - EBD CPAD

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
Romanos 5.12-21
                                                    Por: Pr. João Barbosa                                                         
A natureza do pecado: As condições originalmente criadas eram perfeitas, e um Deus perfeito não pode fazer nada diferente de um mundo perfeito.

Num dado momento, por um mau uso do livre arbítrio, o pecado entrou no mundo e viciou a criação perfeita de Deus.

A isto, seguiu-se um estado de pecaminosidade no ser humano – no qual hoje nos encontramos – que é humanamente irreparável.

A nossa imperfeição é compreendida à luz do padrão final de perfeição, que é o próprio Deus. Este vívido contraste revela uma imagem deplorável da natureza e depravação humana.

A base bíblica da natureza e da pecaminosidade humana: Há dois tipos básicos de pecado. Todos os pecados podem ser classificados em duas categorias gerais: Os pecados de comissão e os pecados de omissão.

Os pecados de comissão ocorrem quando fazemos o que não deveríamos fazer; são descritos pelo apóstolo João neste versículo: “Qualquer que comete o pecado também comete a iniquidade, porque o pecado é iniquidade” (Jo 3.4).

Os pecados de omissão são a nossa falta de ação naquilo que deveríamos agir, como Tiago colocou “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17).

Os sete pecados detestáveis por Deus: Deus explicitou sete pecados específicos que ele não tolera. “Estas seis coisas aborrece ao Senhor, e a sétima a sua alma abomina:

Olhos altivos, e língua mentirosa, e mãos que derramam o sangue inocente, e coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal, e testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos”. (Pv 6.16-19).

Dito de forma simples, eles são: o orgulho, o engano, o assassinato, a premeditação de maldades, a pressa em fazer o mal, o falso testemunho, e a geração de conflitos.

Existem várias designações bíblicas para o pecado, muito mais do que para o bem. Cada palavra apresenta sua condição para formar a descrição completa dessa ação horrenda contra a santidade de Deus.

A palavra hebraica normalmente traduzida por pecado é “chata”, que significa “errar”, “ser confiscado” ou “estar em falta”. O uso de “chata” no Sl 51.4, traz a ideia por detrás deste termo.

Depois de cometer adultério e planejar um assassinato Davi confessou a Deus: “Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mau”.

A palavra básica para o pecado é “hamartia”, que significa errar o alvo (Rm 3.23).

Conceito bíblico de pecado: Na perspectiva bíblica, o pecado não é somente o ato de praticar o mal, mas também um estado de alienação de Deus. Para os grandes profetas de Israel, o pecado é mais do que a violação da vontade de Deus ou a transgressão de um estatuto externo.

Pecado significa o rompimento de um relacionamento pessoal com Deus, uma traição da confiança que ele tem em nós. Nos tornamos mais  conscientes da nossa pecaminosidade quando estamos na presença do Deus santo (Is 6.5; Sl 51.1-9; Lc 5.8).

Os atos pecaminosos têm sua origem no coração corrupto do homem (Gn 6.5; Is 29.13; Jr 17.9; Mc 7.21-23).

O testemunho bíblico afirma que o pecado é universal. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).

A essência do pecado é a descrença ou a dureza de coração. As manifestações principais do pecado são: o orgulho, a sensualidade e o medo. Outros aspectos relevantes do pecado são: a auto piedade, o egoísmo, o ciúme e a ganância.

O pecado é tanto pessoal como social, individual como coletivo. Ezequiel declarou: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas irmãs; mas nunca amparou o pobre e o necessitado” (Ez 16.49).

Entre as formas coletivas do pecado que são as pragas do mundo de hoje estão o racismo, o nacionalismo, o imperialismo, o conflito de gerações, o sexismo, etc.

Os efeitos do pecado são a escravidão moral e espiritual, a culpa, a morte e o inferno. Tiago explicou: “Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz ao pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.14,15).

De acordo com Paulo, “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23; 1Co15.56). O coração humano é tão perverso que as próprias proibições da lei que visavam refrear o pecado servem, ao invés disso, para despertar o desejo pecaminoso (Rm 7.7,8).

A origem do pecado realmente é um mistério e está ligada com o problema do mal. Essa história nos conta que antes do pecado humano havia o pecado demoníaco que forneceu a ocasião para transgressão humana.

A Bíblia declara que Deus criou todas as coisas perfeitas (Gn 1.31; 1Tm 4.11), o que incluiria o arcanjo Luzbel, que passou a ser conhecido como Satanás.

Tanto em Deus quanto no céu, não existe pecado (Hc 1.13; Tg 1.13). Mesmo assim, Lúcifer pecou e se rebelou contra Deus (1Tm 3.6; Is 14.12-15; Ez 28.14-17. Ap 12;4).

Como uma criatura perfeita, criada por Deus, e colocado em um ambiente perfeito poderia cometer um pecado? O pecado não poderia ter emanado de um Deus perfeito nem do ambiente perfeito onde Lúcifer habitava, tão pouco da sua natureza perfeita. De ondem, afinal, veio o pecado?

O pecado surgiu, primeiramente, no universo a partir do livre arbítrio de Lúcifer, conforme já exposto acima.

Deus criou criaturas perfeitas e deu-lhes tanto uma natureza quanto uma liberdade perfeita. Com a liberdade, embora esta seja inerentemente boa, vem a capacidade de pecar.

A liberdade das criaturas é boa, mas ela, pela sua própria natureza, é portadora da possibilidade do mal. Deus criou Lúcifer perfeitamente bom; Lúcifer se tornou mau por opção própria.

Pecado imperdoável: O ensino cristão a respeito do pecado imperdoável tem sua origem num dito de Jesus registrado nos evangelhos sinópticos (Mt 12.31,32; Mc 3.28,29; Lc 12.10).

Mateus e Lucas referem-se ao perdão por “alguma palavra contra o Filho do homem”, ao passo que Marcos menciona as blasfêmias que os filhos dos homens proferem.

A apostasia contra o Filho teriam consequências igualmente drásticas (Hb 6.4-6; 10.26-31;1Jo 5.10).
Os cristãos evangélicos levam muito a sério a avaliação bíblica da natureza grave de certos pecados. 

O Senhor Jesus Cristo falou do pecado que não será perdoado (Mt 12.31,32; Mc 3.28,29; Lc 12.10). Paulo ensina que aqueles que participam de certos pecados específicos estão excluídos do reino (1Co 6.9; Gl 5.21; 1Ts 4.6).

João dá instruções claras a respeito da oração em favor daqueles que cometeram o “pecado para a morte” (Jo 5.16; Hb 4.6). Estas passagens não podem ser desconsideradas levianamente e exigem a mais minuciosa atenção exegética.

Os efeitos do pecado é a morte. A morte existe em três aspectos. A morte física (Rm 5.23; Gn 2.16,17; Gn 3.1-4), a morte espiritual que é a separação espiritual de Deus (Ef 2.1), e a morte eterna – a separação eterna de Deus, o lago de fogo, que é a segunda morte (Ap 20.14,15).

Controvérsia histórica sobre o pecado: No século V, Augustinho desafiou as opiniões do monge britânico Pelágio, que entendia que o pecado era basicamente um ato externo de transgredir a lei, e considerava o homem livre para pecar ou desistir do pecado.

Augustinho, apelando ao testemunho das Escrituras, sustentava que o pecado incapacita o homem para a prática do bem e, pelo fato de nascermos pecadores, não possuímos o poder de praticar o bem.

Mas, porque deliberadamente escolhemos o mal e não o bem, temos que sofrer as consequências do nosso pecado. Augustinho deu a ilustração do homem que, ao abster-se da comida necessária para a saúde, enfraqueceu-se de tal maneira que não consegui comer.

Embora continuasse sendo um ser humano, criado para sustentar sua saúde comendo, já não tinha a capacidade de comer. Semelhantemente, no evento histórico da queda, toda a humanidade tornou-se incapaz de fazer aquele movimento em direção a Deus – a própria vida por causa da qual ele fora criado.

Pelágio sustentava que a pessoa podia elevar-se pelos seus próprios esforços em direção a Deus, e, portanto, a graça seria a recompensa pela virtude humana.

Augustinho respondeu que o homem é incapaz de fazer o bem até que a graça venha sobre ele, e, quando a graça assim é dada, ele é atraído irresistivelmente para Deus e para o bem.


Bibliografia
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
GIOIA Egídio. Notas e Comentários À Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerpe – Rio de Janeiro, 1981
CAMPOS. Heber Carlos de. O Ser de Deus e os seus atributos. Coleção Fé evangélica. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2002
BERKHOF Louis. Teologia Sistemática.  Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2015
 A Bíblia Apologética com Apocrifos. ICP – Edição Ampliada – RJaneiro, 2015
CHAMPLIN, R. N. PHD. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vol.5. Edit Hagnus. São Paulo, 2012
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GEISLER, Norman. Teologia Sistemática – Pecado, Salvação, A Igreja e as Últimas Coisas Vl 2 – CPÀD RJaneiro, 2010

CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Vls 5 e 6. Editora Hagnus, SPaulo, 2008.