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sábado, 21 de maio de 2016

Lição 08 - Israel no Plano da Redenção - 22.05.16 - EBD

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 9.1-5; 10.1-8; 11.1-5
Reflexão: A eleição da graça é formada no presente por gentios e judeus nascidos de novo, bem como, no futuro, pela conversão da nação de Israel.

A fama que o apóstolo Paulo tinha de ser alguém que pregava contra as tradições judaicas, chegou aos lugares mais remotos.Paulo teve de esclarecer algumas das suas posições com respeito à lei de Moisés para não transparecer que ele era contra a mesma.

Ele explicou que o problema não estava na lei, que era de origem divina, mas naqueles que buscavam a justificação por meio dela.

Outra coisa precisa ser ainda esclarecida: Paulo não era um antissemita. Ele não renegou seu antigo povo. Aqui ele mostra que não só amava seu povo como também sofria pela situação espiritual na qual se encontravam seus compatriotas.

Não era um mal ser judeu; pelo contrário, constituía-se um grande privilégio já que foi a eles que Deus confiou seus oráculos. O que doía no coração do apóstolo era a dureza de coração que havia cegado seus irmãos, impedindo-os de enxergar o Messias que lhe fora prometido (Rm 9.1-5).

O apóstolo Paulo se refere à posição de Deus em relação aos judeus e a Israel, nos capítulos 9 a 11 da carta aos Romanos.  Quando Paulo começa sua carta á igreja de Roma, ele escreve: “Nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9.6).
No ensinamento de Paulo, Israel é uma questão de escolha, mas do que de nascimento (Rm 6.9-13).

Nem todos aqueles que são chamados de filhos de “Abraão” (descendentes naturais) são, na realidade, a sua “semente”, como demonstrado em Gn 21.12, que afirma: “Em Isaque será chamada a tua semente”.

Lembre-se de que Abraão teve dois filhos. O seu primeiro filho foi Ismael, nascido de Agar, a escrava egípicia (Gn 16). Mas, diz Paulo, Ismael, embora fosse descendente físico de Abraão, não vinha da “semente” que produziu Isaque, o filho espiritual.

Ismael foi gerado quando Abraão podia ter filhos com seu próprio vigor sexual. Isaque nasceu por um ato sobrenatural de Deus, uma vez que Abraão e Sara tinham passado muito da idade de gerar filhos.
Em Romanos 9.8, Paulo passa a mostrar a condição de “filhos da carne” ou filho natural de Abraão, a “filhos de Deus”.

A mudança é sutil, mas muito significativa. Se a semente espiritual de Abraão vem por meio da promessa e do poder de Deus, o povo de Deus não é simplesmente a semente de Abraão, mas quase literalmente a semente de Deus (Gl 4.22-24; 27-30).
Isso nos leva ao que é conhecido como a doutrina da eleição divina, que é, sem dúvida, o conceito mais controverso das Escrituras.

Como explicado por Paulo, Romanos 9 – 11, para compreendermos essa parte das Escrituras é importante que, em primeiro lugar, compreendamos que esses três capítulos não têm conexão com o texto que os antecede ou sucede no livro de Romanos.

Esses três capítulos são um inventário ou testamento, uma obra completa em si mesmo. Eles são autônomos, completamente singulares no seu tema, que representa a declaração de intenções pós Calvário de Deus ao povo judeu.
Essa cláusula adicional foi escrita por Paulo aos cristãos de Roma, para explicar a posição de Deus para o povo judeu, e o seu plano, pelo qual “todo Israel será salvo” (Rm 11.26).

Alguns ensinam que Romanos 9 – 11 se referem à igreja. Que a igreja se tornou um “Israel espiritual” e substituiu o povo judeu. Essa é uma Teologia Anti-semita, que se recusa a crer que Deus ainda tenha um lugar no seu coração para Israel e para o povo judeu. O profeta Zacarias se refere claramente ao povo judeu, como a “menina”, ou a pupila dos olhos de Deus.

Alguns professores da Bíblia ou pregadores simplesmente evitam Romanos 9 – 11, por causa da direção desconfortável que esses complexos versículos nos levam.
Mas ignorar as Escrituras não é a mesma coisa que interpretar as Escrituras.

Um estudo profundo sobre Romanos 9, 10 e 11 como um documento teológico autônomo, podemos observar oito evidências para sustentar tudo que afirmamos anteriormente para o povo de Israel no plano da redenção de Deus.

A evidência de como Paulo delineia a posição de Deus para o Israel nacional e não o Israel espiritual (a igreja) é sustentada por suas oito declarações introdutórias que somente podem ser aplicada ao povo de Israel como nação:

“Que são israelitas, dos quais é adoção de filho, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne” (Rm 9.4,5).
1.            Israel é sempre representado nas Escrituras como os Filhos de Deus entre todos os povos (Dt 14.1; Os 11.1). Quando Paulo fala da “adoção" em Rm 9.4, ele está se referindo ao relacionamento de Deus com o seu primogênito (Ex 4.22). A nação de Israel e não à igreja.

2.    Em Rm 9.4, a glória de que Paulo está falando é a glória Shekiná, ou a presença visível de Deus (Ez 1.28). Essa glória era visível como a nuvem luminosa que conduziu Israel para fora da escravidão do Egito (Ex 14.19,20; 24.16) e a presença de que não se falava que ficava sobre o propiciatório no Santo dos Santos (Hb 9.5). É a manifestação visível da presença de Deus com o seu povo escolhido.

3.    Deus deu ao povo judeu a terra de Israel, por concerto divino (Gn 15.17-21; 17.7,8).  Esse concerto é um concerto de sangue; é eterno e imutável. E não pode ser remendado por nenhuma instituição na face da terra (Jl 3.2).

Os concertos que Deus fez com seu povo são eternos, não terão fim. Eles não se baseiam na fidelidade dos homens a Deus; mas se baseiam na fidelidade de Deus aos homens.

4.     A nação de Israel recebeu a Torá ou a lei escrita de Deus que foi dada a Moisés no Monte Sinai. A Torá foi entregue ao povo judeu milhares de anos antes que os gentios soubessem que ela existia (Rm 3.1,2).
Paulo explica que não rejeitou o conteúdo da lei, ele viu que a lei era incapaz de trazer a salvação; no entanto, Jesus disse: não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir (Mt 5.17).

5.    O serviço de Deus ou (o serviço a Deus) se refere ao elaborado conjunto de regras para construção do templo, além do sistema de sacrifícios que purificavam Israel do pecado.
Durante 1.500 anos, os judeus – o Israel nacional – foram o único povo que possuía essa forma singular de adoração, designada e ordenada pelo próprio Deus.

6.    O Antigo Testamento está repleto de muitos tipos de promessas, mas as promessas que Paulo menciona em Rm 9.4 se referem ás promessas messiânicas feitas ao Israel nacional “e não ao Israel espiritual”, de que “de Sião virá o libertador” (Rm 11.26).

7.    Por mais que as nações se alegrem nas riquezas que encontrem em Jesus Cristo, jamais devem se esquecer de que elas foram prometidas, em primeiro lugar, a Israel, e que foi por meio do Israel nacional que elas vieram – e não por intermédio da igreja (Jo 4.22).

8.    Os patriarcas são Abraão, Isaque e Jacó, fundadores da nação de Israel. Em Rm 11.27,28, Paulo faz esta assombrosa declaração: E este será o meu concerto com eles, o povo judeu, quando eu tirar os seus pecados.

“Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais”.
O povo judeu é permanentemente amado por Deus, porque ele fez promessas a Abraão, Isaque e Jacó, a respeito do futuro de Israel e do povo de Deus.

O povo judeu é a origem de Jesus Cristo. Jesus de Nazaré nasceu de uma mãe judia. Ele era um judeu entre judeus. Quando Jesus falou na sinagoga, somente aqueles que falavam hebraico (os judeus) puderam ouvir.

Quando ele enviou apóstolos , somente judeus foram escolhidos. Quando Roma o crucificou no Gólgota, ele entregou a sua alma, estava pregado sobre sua cabeça um cartaz que dizia “Este é o rei dos judeus”.
 Estas oito evidências registradas pelo apóstolo verificam além de qualquer dúvida possível, que Romano 9 – 11, é a posição de Deus a respeito do Israel nacional e se destina exclusivamente ao povo judeu.

Hoje, há aproximadamente 14 a 15 milhões de judeus em todo o mundo, quase a metade deles reside na América do Norte e do Sul. Mais ou menos 37% residem em Israel. Tel Avive é o lar de mais ou menos 2,5 milhões de judeus, seguida por New York com mais ou menos 1,9 milhões.

Haifa, com aproximadamente 655 mil; Losangeles, mais ou menos 621 mil; Jerusalém com aproximadamente 575 mil. O povo judeu é normalmente dividido em dois grupos: os judeus ashkenazic e os sefarditas.

Asqenazitas é Alemanha em hebraico, sefarad é a Espanha em hebraico. Os judeus cujas famílias vem da Europa e fala o ídiche, são consideradas asquenazitas, e aqueles cujas famílias vem da Espanha ou do mundo árabe são chamados sefarditas.

Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
 GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento com Recursos Adicionais. Editora Central. RJaneiro, 2010
CHAMPLIN. R.N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnus. SPaulo, 2002
CHAMPLIN R. N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
DYKE, Fred Van, e outros.A Criação Redimida – A base Bíblica para a Mordomia Ecológica. Edit. Cultura Cristã. Spaulo 1999
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal Vozes. R.Janeiro, 1982.
WOLF. Hans Walter. Antropologia do Antigo Testamento. EditoraHhagnos. SPaulo 2007
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. CPAD. RJaneiro 2012
LIETH Norbert. O Estado Judeu – De escândalo á Necessidade Mundial. Edit. Chamada da Meia Noite. Porto Alegre, 1997
HAGGE John. Em defesa de Israel – Um Mandato Político para apoiar Israel.  Edit. CPAD Rio Janeiro, 2009

BARBAGLIO. Giuseppe. As Cartas de Paulo Vl 2. Edit. Loyola. São Paulo, 1991.

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