O Início do
Governo Humano - EBD CPAD - 4º.Tri-22.11.2015
Abordagem de
Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
Gênesis 9.1-13
Reflexão: Deus instituiu autoridade e leis, a fim de
preservar a sociedade humana de uma depravação total e irreversível. Durante 1.656 anos do período antediluviano,
o homem tornou-se cada vez mais pecador, aumentando em cada geração a
iniquidade.
Expirado os 120 anos de provação (a pregação de
Noé), Deus mandou o dilúvio (Gn 6.3; 8.14), o qual, durou 1 ano e dez dias, e destruiu
todos os iníquos. Só Noé e sua família de 8 almas, se salvaram por
meio da arca (2 Pe 2.5).
Deus administra os assuntos do mundo conforme sua vontade
e em vários estágios, que são às vezes denominados de dispensações. Compreender
a diferença entre estas dispensações ajuda a interpretar corretamente as revelações
de Deus, para uma determinada época.
Agostinho de Hipona, no início de sua vida
eclesiástica afirmava: ‘distingam as épocas, e as Escrituras se harmonizam”. A
cada dispensação, Deus apresenta novas promessas e ordenanças, mas o seu plano
para a redenção da humanidade permanece o mesmo ao longo da história.
Mas, o que é uma dispensação? O termo em
português “dispensação” é uma tradução do grego oikonomia, não raro traduzido
por “administração” nas traduções modernas.
Oikonomia é uma justaposição de oikos, que
significa “casa” e nomos, que significa “lei”. Ela descreve o gerenciamento ou
a administração dos assuntos de um lar.
Uma dispensação, inclui os seguintes elementos: Promessa
de Deus; mandamento de Deus para testar a obediência humana; princípios para
guardar a vida da humanidade; fracasso do gênero humano em cumprir as
ordenanças de Deus. Uma revelação progressiva dos planos de Deus para a
humanidade.
As sete dispensações: Algumas promessas,
ordenanças e princípios passam de uma dispensação para outra, enquanto que outras
são anuladas por novas revelações.
Deus revelou sete dispensações nas
Escrituras. Inocência, consciência, governo humano, promessa, lei, graça ou
igreja e reino ou milênio.
A aliança noaica e a
dispensação do governo humano: – Durante a dispensação da consciência, o homem
desfrutou de uma vida longa, mas não foi capaz de seguir sua consciência. A
humanidade falhou no teste e demonstrou que não conseguiria o princípio geral
de fazer o que é bom. “Era continuamente mau, todo desígnio de seu coração”
(Gn 6.5), então arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra” (Gn 6.6). A
dispensação da consciência terminou com o dilúvio.
Após o dilúvio varrer a sociedade do pó da terra,
deixando apenas oito pessoas vivas, Deus apresentou uma novas aliança com uma
nova promessa, a qual veio com uma nova dispensação e novos testes.
Os princípios das duas primeiras alianças, tiveram
continuidade; as pessoas deveriam prover suas necessidades e viver de acordo
com a sua consciência, mas o homem já não vivia como um indivíduo isolado,
responsável apenas por si mesmo.
A aliança noaica incluiu a instituição do governo
humano, a humanidade passaria a viver em um a sociedade corporativa. Antes disso, as pessoas, viviam em grandes famílias
governadas por chefes tribais. Com o crescimento da sociedade, as pessoas passariam
a organizar-se sob governos centrais.
Depois do dilúvio, Deus firmou uma aliança com Noé
e concedeu o arco-íris como sinal: Este é o sinal do concerto que ponho “entre
mim e vós” (Gn 8.12).
A aliança noaica deu início ao terceiro período de
tempo; a dispensação do governo humano. A humanidade falhou em viver conforme a
consciência individual, então Deus puniu a humanidade por meio do dilúvio
mundial.
Na aliança do governo humano, Deus confirmou
elementos das alianças anteriores: o homem devia subjugar a terra e prover
suas necessidades (Gn 9.3).E as leis físicas do universo continuariam
organizadas (Gn 8.22; 9.15). O teste da dispensação do governo humano,
consistia em a humanidade se dividir em nações, sociedades e governo.
A Bíblia fala muito pouco sob esta dispensação e
sobre como o homem vivenciou tal teste. A maior parte dos registros históricos
traz as gerações dos filhos de Noé. Por este motivo, Gênesis capítulo 10, lança
pouca luz sob este longo e misterioso período de tempo
.
O juízo que encerra, porém, é muito bem conhecido; o
fracasso da humanidade neste período do governo humano fica evidente com o
juízo na Torre de Babel (Gn 11.6-8). Embora a humanidade falhasse na dispensação do
governo humano, Deus não anulou os princípio dados a Noé. Os princípios de
governo e os princípios das duas primeiras alianças continuaram
válidos.
A ordem de Deus para esta dispensação do governo
humano, era, espalhar-se pela terra e formar governo. A falha desta
dispensação está expressa no orgulho do homem pós diluviano na construção da
Torre de Babel. Teologicamente, o governo humano é a autoridade que Deus entregou
a Noé e a seus filhos, tendo como objetivo administrar a justiça, por ordem
à sociedade e tornar sustentável a terra.
Embora o governo seja humano, a soberania é divina.
Mesmo Deus tendo delegado o governo do mundo ao homem, continuou ele a
comandar todas as coisas. Essa dispensação do governo humano durou 437
anos do dilúvio até a dispersão em Babel e a vocação de Abraão (Gn 8.15 –
11.19; 12.1-7).
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º.
Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro,
2015 – CPAD
Olson. N. Lourence. O Plano Divino Através dos Séculos – Estudo das Dispensações.
CPAD ,RJaneiro 1963
LAHAYE Tim. Enciclopédia Ppular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro 1910
DOUGLAS J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova. SPaulo,
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KIDNER Derek. Gênesis – Introdução e Comentário. Edições Vida Nova.
SPaulo, 1979
GRONIGEN, Gerard Van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento: A
Origem Divina do Conceito Messiânico e seu Desdobramento Progressivo. Editora
Cultura Cristã. São Paulo, 2003.
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por
Versículo. Vl 1, Editora Hagnus. SPaulo, 2001
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