Abordagem
de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
Gênesis 6.1-8
Reflexão: O mundo de Lameque em nada diferia do nosso;
resistindo à graça de Deus, entregaram-se à devassidão, à violência e à
resistência ao Espírito Santo.
Gn 4.15-24 – É notável
observar a misericórdia que o Senhor teve pela vida de Caim; apesar deste ter
assassinado o próprio irmão, o Senhor não o matou nem permitiu que alguém o
fizesse.
O Senhor o protegeu colocando nele uma marca, como
proteção.
Mesmo em sua ira Deus demonstra misericórdia. Alguns
teólogos pensam que o Senhor queria dar tempo a Caim para que este se
arrependesse.
A terra de Node, foi um lugar por onde Caim
peregrinou. A palavra Node, significa “vagueação”, exílio”, “vagabundagem”.
Caim, provavelmente, encontrou uma esposa entre suas irmãs. O nome Enoque,
significa dedicado.
Este foi o mesmo nome dado ao descendente de Sete
que andou com Deus e foi transladado para não ver a morte (Gn 5.21-24).
Caim fundou uma cidade e deu a ela o nome do filho
descendente de Sete – Enoque (Gn 4.14-17). Aquela cidade se tornou o berço do
nascimento da civilização, das ocupações específicas, das polis e das artes (Gn
4.20-22).
Aqui encontramos a história de Lameque, o mais conhecido
dos descendentes de Caim, e não o Lameque filho de Matusalém (Gn 5.28-31).
Este Lameque, filho de Caim, representa a
habilidade e a força, assim como a arrogância e o sentimento de vingança.
Ele tinha duas mulheres em uma atitude deliberada de subverter o padrão familiar
estabelecido por Deus (Gn 4.23,24; Mt 19.4-6).
Tubalcaim, foi a oitava geração dos descendentes de
Adão pela linhagem de Caim. Ele foi o artífice de todo instrumento cortante de
ferro e de bronze (Gn 4.22).
O processo de produção de ferro desde a extração
até a obtenção do produto final, é altamente tecnológico.
Se fizermos uma comparação com os descendentes de Sete, encontraremos Matusalém
como a oitava geração dos descendentes de Adão por Sete.
Matusalém nasceu quando Adão
tinha 687 anos de sua criação. Podemos concluir que, 700 anos após Adão ser
criado e 800 anos antes do dilúvio ocorrer, já havia uma civilização com alto
grau de conhecimento tecnológico.
Em Gênesis capítulo 4, percebemos algumas das características
tecnológicas dessa civilização. Haviam cidades (Gn 4,17), havia agropecuária
(Gn 4.20), haviam entretenimentos em forma de instrumentos (Gn 4.21), tecnologia
em forma de mineração, siderurgia, metalurgia e processo manufaturados (Gn 4.22).
Assim, os avanços tecnológicos que ocorreram nos
1.656 anos entre a criação de Adão e o dilúvio, foi algo impressionante. Todo o
conhecimento daquela geração se perdeu no dilúvio. Apenas Noé e sua família
sobreviveram ao grande cataclisma.
Deles vieram todas as civilizações antigas. Noé e
seus filhos não detinham todo aquele conhecimento das gerações cainita antediluviana,
todo aquele conhecimento se perdeu nas águas julgadoras do dilúvio.
Toda civilização pré-diluviana desenvolveu-se numa sociedade
violenta (Gn 4.23,24), corrompida e má (Gn 6.5). A tal ponto de não ser
encontrado nela, nenhum justo que andasse com Deus, a não ser Noé (Gn 6.8,9).
Noé nasceu apenas 126 anos após a morte de Adão, o
primeiro homem criado por Deus. Hoje, nossa civilização corre o mesmo risco
dos antediluvianos (Mt 24.37,38; Lc 17.26).
A geração de Lameque também usufruía de vinda longa
e próspera, mas viviam de forma imoral e irracionalmente. Sua lógica era o pecado.
Se já caminhavam na iniquidade por quase 17 séculos, por que mudar agora?
Por isso, o Senhor resolve colocar um limite
biológico à vida humana (Gn 6.3). Doravante,
os
filhos de Adão e Eva, não passariam de 120 anos.
A geração antediluviana contava seus século de
vida; a geração pós dilúvio passaram a contar suas vidas em décadas.
Matusalém viveu 969 anos (Gn 5.27), Terá, pai de Abraão viveu 205 anos (Gn
11.32).
Quando chegamos ao fim do Gênesis, a fronteira da
vida humana tinha sido fixada em 110 anos (Gn 50.26). Mais tarde, Moisés
lamenta: “Nossa vida é de 70 anos, e os
que passarem disso e chegarem aos 80 é canseira e enfado” (Sl 90.10).
Havia harmonia ecológica até ao dilúvio; convivência
harmônica entre o reino animal, vegetal e humano. As feras se comportavam como
se fossem animais domésticos.
No pós dilúvio, tudo mudou. Pavor e medo recaíram nos
homens, sobre os animais, pois estes adquiriram depois do dilúvio, naturezas
bravias (Gn 9.2; Rm 8.22).
Ao invés de
agradecer ao Criador por tudo, os filhos de Adão aproveitaram tais favores para
depravarem-se mais e mais. Adão foi o responsável pela introdução do pecado,
no mundo (Rm 5.12); mas historicamente, o pecado se alastrou no mundo e
adquiriu várias de suas formas, hoje conhecidas, a partir de Lameque, filho
de Metusael (Gn 4.18).
Lameque foi o primeiro pecador confesso, e não
arrependido, da história da humanidade. De uma única vez admitiu, haver cometido
duas transgressões contra Deus. Nunca se arrependeu; e de forma indireta,
declara ser um bígamo e duplamente homicida (Gn 4.23).
Lameque
propagou a iniquidade por todo o planeta. Ele estabeleceu as formas de como
ser um criminoso. Hoje temos assassinatos, homicídios, genocídios e crimes
contra a humanidade. Haja vista os extermínios de judeus, armênios, e o que
dizer de monstros como Nero, Stalim, Hitler, Maotisé-tung e Polpot.
Consultas: Lições Bíblicas
EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro,
2015 – CPAD
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora Fiel. SPaulo, 2011
WHITE Ellen G. Patriarcas e
Profetas. Casa Publicadora Brasileira. SPaulo, 1976
DOUGLAS J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova. SPaulo,
2006
LOURENÇO, Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação.Editora
Fiel. SPaulo, 2011
KIDNER Derek. Gênesis - Introdução e Comentário - Edições Vida Nova. SPaulo, 1979
KIDNER Derek. Gênesis - Introdução e Comentário - Edições Vida Nova. SPaulo, 1979
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por
Versículo. Vl 1, Editora Hagnus. SPaulo,
2001
Bíblia de Estudo Scofield
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