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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pastores e Diáconos – Lição 04 – 3º. Tri EBD CPAD –26.07.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º. Trimestre / 2015
                                                            1Timóteo 2.1-5, 9-11
                   http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com
Reflexão: Os pastores e os diáconos são líderes, escolhidos por Deus, através do ministério, para cuidarem do serviço cristão na igreja local.
Em termos bíblicos, o cargo de pastor é dar condições para o “aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” (Ef 4.11-16).
O pastor tem a função específica de fazer que as outras partes do corpo de Cristo trabalhem. É decisivo incorporar o desígnio de Deus para o pastor em sua descrição do cargo que desempenha.
O título “pastor” é o termo de ternura que designa a tarefa do ministro de apascentar, de pastorear, a qual exige afetividade, renúncia e amor. No AT, “pastor” é alguém que, literalmente, cuida de ovelhas.
No hebraico a palavra correspondente é “raah”, baseada na ideia de  “cuidar dos rebanhos”, “dar pastos”, a qual figura por setenta vezes no AT.
Já em o NT, conforme encontramos em Ef 4.11, segundo o Manual do Pastor Pentecostal – Ed.CPAD, é a única passagem do NT onde o termo grego “poimen” é traduzido com o sentido de pastor de igreja.
Em todas as outras ocorrências o termo grego “poimen” é traduzido com acepção de “pastor de ovelhas”. Pastores designados por Deus empenharão todas as energias em amar, cuidar e alimentar o rebanho. Nessa suprema vocação, grandeza pode ser verdadeiramente encontrada.
Ministério de significado para a igreja do Senhor sempre será prioridade para o pastor que tem coração de “pastor de ovelhas”. Isso sempre foi e sempre será o cerne para o ministério de pastor.
Quando o apóstolo Paulo escreveu que o Senhor deu uns para pastores [...] imediatamente apresentou a razão de Deus dar pastores querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra de ministério, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11.12).
Esse ponto relevante nunca deve ser deslocado. Pastores são dons de Deus para a igreja. Quando Deus dá um dom deve-se presumir que o dom é de grande valor a quem recebe.
O ministério pastoral – Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme Atos 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum elegiam determinados irmãos para o cargo de presbítero ou bispo, de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
Na realidade é o Espírito Santo quem constitui o dirigente da igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso, (At 20.17-35), é um trecho básico quanto a princípios básicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.
A igreja verdadeira consiste somente daqueles que pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus.
Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contra à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (At 20.30).
O pastor é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (1Tm 3.1-7).
Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14).
Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme os propósitos de Deus (1Tm 4.6, 14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm 4.4).
Se por outro lado os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (1Tm 4,6,7).
A instituição dos diáconos – O crescimento vertiginoso da igreja trouxe diversos problemas; entre os conversos, havia pessoas de outros lugares.
Além dos judeus, ou seja, os judeus de fala grega – que eram os da diáspora – havia os judeus crentes, que viviam e moravam em toda a Palestina com a sua maioria em Jerusalém.
Os problemas não tardaram a surgir. O evangelista Lucas escritor dos Atos do Apóstolos, registrou que naqueles dias, quando a comunidade cristã cresceu grandemente, surgiram diversos problemas,  incluindo os de ordem social.
Por uma decisão sábia e unânime, escolheram sete homens, com qualidades exemplares para cuidarem daquele ‘importante negócio”, que era dar assistência aos novos convertidos nas suas necessidades básicas;
Visto que muitos aceitavam a Cristo e ficavam em situação difícil, rejeitados por suas famílias e expulsos de casa e desprezados da sociedade.
Diante de uma crise de caráter humanitário, os apóstolos tiveram de tomar medidas que serviram de base para a criação do cargo ou da função de diácono, que faz parte, até hoje, do ministério ordenado nas igrejas cristãs.
“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. 
Não é razoável que deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesasEscolhei, pois, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra. E este parecer contentou a toda multidão, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócolo e Nicanor, e Timão e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. E crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedeciam a fé” (At 6.1-7).
O perfil do diácono – Na conceituação de diácono, vimos que além de serem considerados “servos” e “serviçais”, e até “escravos”, há também a conceituação de “ministros”.
Paulo considerou a si próprio e a Apolo como ministros de Cristo. “Pois quem é Paulo e quem é Apolo senão ministro sobre os quais crestes e conforme o Senhor deu a cada um” (1Co 3.5).
A qualificação do diácono – No NT, os apóstolos são também intitulados de diáconos (2Co 6.4); 9.19; Ef 3.7; Cl 1.23). O próprio Cristo é chamado de diácono da circuncisão (Rm 15.8).
Visto que essa palavra implica em ministrar ou servir, ela é aplicada a todos aqueles que possuíam a tarefa de ajudar aos  homens sem importar se fossem apóstolos, pastores, ou até mesmo a comunidade dos irmãos em Cristo.
Nesse contexto, temos o sentido geral da palavra “diakonos” onde qualquer ministro cristão ou mesmo cada cristão é um diácono.
Entretanto, com o passar do tempo, a palavra passou a ter um significado especial (Fp 1.1; 1Tm 3.8-13), designando aqueles que foram eleitos para deveres especiais na igreja local. Os diáconos precisam ser equipados moral, espiritual e mentalmente (At 6.1-6).
Só devem ser eleitos para o diaconato aqueles que realmente tenham o dom de ministrar ou servir.
De acordo com 1Tm 3.8-13 devem ser:
a)    Honestos e sábios em suas decisões;
b)    Não de língua dobre;
c)    Temperantes;
d)    Bom administrador de suas próprias posses;
e)    Devem ser testados primeiro;
f)     Devem ser pessoas de fé;
g)     Devem ser irrepreensíveis;
h)    Deve ser monogâmicos;
i)     Devem governar bem seus filhos e sua própria casa.
Semelhantemente, os diáconos devem cuidar das necessidades das famílias da igreja, pois os problemas sociais e filantrópicos absorvem muito tempo e energia das igrejas em nosso tempo.
Sendo assim, os pastores não ficarão sobrecarregados e poderão dedicar-se mais ao ministério da pregação da palavra, à semelhança da igreja de Jerusalém (At 1.6,7).
Existem outras responsabilidades que os diáconos podem exercer na igreja, tais como:
Ajudar a igreja no levantamento das ofertas, ajudar o pastor nas visitações e na disciplina eclesiástica, visitar os novos crentes e os doentes nos hospitais, evangelizar, e dirigir cultos.
Os diáconos devem ficar à disposição durante o trabalho da igreja para ajudá-la em qualquer serviço ou necessidade.
Até mesmo quando o pastor, evangelista ou presbítero não estiver presente por algum motivo, e não haja ninguém escalado para substituí-lo, o diácono pode então ficar á frente do trabalho da igreja.
Não existe tempo específico para o ministério diaconal.
Pesquisa
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD
Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná. 2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda.
 CARSON. A. D. A manifestação do Espírito – A Contemporaneidade dos dons à luz de 1º. Coríntios 12 a 14. São Paulo, 2013. Edit. Vida Nova
MARTINS, Jaziel Guerreiro – Manual do Pastor e da igreja, Curitiba, 2005. Santos, Editora.
 CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus  

CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus   

sábado, 18 de julho de 2015

Lição 03 - Oração e Recomendação às Mulheres Cristãs - 19.07.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º. Trimestre / 2015
                                                 1Timóteo 2.1-5, 9-11

Reflexão: A oração é o meio pelo qual falamos com Deus, intercedemos por nossas necessidades e em favor do próximo.

Por que devemos orar se Deus já conhece as nossas necessidades?
Spurgeon ensina aos seus alunos: “Tudo o que  Deus quer de nós são as nossas necessidades”.

Por esta razão tudo o que temos e somos devemos contar a Deus. Ele tem interesse por nós.

Da mesma forma que um pai anela que os seus filhos compartilhem consigo os detalhes corriqueiros de seu dia a dia, Deus anela ouvir de nós os menores detalhes de nossa vida. 

A oração é um tema de grande destaque na Bíblia.

O conselho de Paulo, a Timóteo é que se deveria orar por todos os homens (1Tm 2.1). Pelos reis e por todos os que estão em eminência (1Tm 2.2).

Essa exortação foi feita no momento em que a igreja primitiva passava pela mais implacável perseguição, pois em julho de 64 d.C., o imperador Nero mandou incendiar a cidade de Roma, capital do império.

Esse incêndio durou do dia 18 até o dia 24 daquele mês. E dos quatorze bairros da cidade de Roma, dez foram destruídos. Os outros quatro bairros que restaram eram habitados por judeus e cristãos. A fim de se livrar da acusação Nero lançou a culpa sobre os cristãos.


A partir desta data, acusado de incendiários, os cristãos foram perseguidos cruelmente. Conta o Pastor Ernani Dias Lopes, em seu Comentário a 1ª. Timóteo, que naquele tempo faltou madeira para fazer cruz, tal a quantidade de crentes crucificados em Roma.

Nesse tempo Paulo estava solto, visitando as igrejas. Deixou Tito em Creta, e Timóteo em Éfeso. Acredita-se que um pouco mais tarde Paulo foi capturado, possivelmente em Tróade, estando em casa de Carpo.

Era este o contexto da segunda prisão de Paulo, que dentro de uma prisão insalubre, escreve a Timóteo, exortando-o a orar pelas autoridades (1Tm 1.1,2).

Oração por todos os homens – Os gnósticos dividiam os homens em três classes:

a) Os “hilykoi”, De uma palavra grega que significa “material”, indicando, portanto, homens totalmente “terrenos”.

Esse grupo envolvia a grande maioria dos homens, sendo pessoas totalmente incapazes de redenção, visto que sua lealdade as coisas materiais era tão grande, que nada podia libertá-los delas. Esses homens estavam perdidos e por esses não se deviam orar.

b) Os “psychikoi”, que seria como os profetas do AT, os quais por não prestarem lealdade as coisas materiais, tinham então um grau de espiritualidade.

Mas faltava a estes, o conhecimento “místico” dos gnósticos, e, portanto, os indivíduos desse segundo grupo seriam passíveis de uma redenção de níveis inferiores.

c) Finalmente havia um reduzido grupo de pessoas que seriam Os “pneumatikoi”, isto é, os espirituais, os quais viviam na esfera do conhecimento “místico” ou “gnosis’ (termo que dá origem à palavra gnóstico).

Esses seriam passíveis da redenção mais elevada, de grande glória, podendo ser absorvidos no próprio ser de Deus, quando ele recolhesse para si mesmo todas as suas emanações.

Esse sistema limitava a redenção a um grupo muito reduzido de pessoas. Essa redenção não estaria na dependência de Cristo.

Deus, diziam os gnósticos, achava-se tão inacessível, que era impossível que ele se aproximasse da matéria, por isso eles criaram muitas emanações e mediadores, o que levou o apóstolo Paulo a afirmar: “Porque há um só mediador entre Deus e os homens; Jesus, homem” (1Tm 2.5).

O apóstolo Paulo menciona a importância fundamental da oração no culto público. Antes de tudo exorto que se use a prática de súplicas.

O apóstolo Paulo fala de primazia, de importância, e não de tempo. A oração é uma parte importante do culto, e não um apêndice do culto, mas uma parte vital do ofício religioso (At 6.4).

Deve-se usar a prática de súplicas, orações, intercessões e ações de graças (1Tm 2.1). Podemos observar que o objetivo de Paulo era insistir na centralidade da oração mais que uma análise de seus tipos.

O apóstolo Paulo usa aqui quatro formas de oração.
A primeira, são as súplicas – que se relaciona a apresentação de um pedido ou de uma necessidade a Deus. A palavra grega “deesis”, é um sentimento de necessidade.

A oração começa com o reconhecimento de nossa total dependência de Deus. Na oração a insuficiência humana se aproxima da suficiência de Deus. Quando isto acontece há o mover divino em nosso favor.

Segundo, “as orações” – demonstra o movimento da alma em direção a Deus, quando a alma quebrantada e contrita exulta a Deus pelos seus atributos e por sua misericórdia.

Se a palavra grega “deesis” pode ser usada para súplicas a outro ser humano, “proseuche” (oração), é um termo grego que só pode ser usado, quando aplicado a Deus.

Há coisas que só Deus pode fazer. Só Deus pode salvar ou perdoar. Por isso, só ele merece honra, glória e louvor.

Terceiro, “as intercessões” – se relaciona com a súplica em favor de alguém ou alguma coisa. A palavra grega para “intercessões” é “enteuxis”, dando a ideia de entrar na presença do rei para lhe fazer uma petição.

Pela oração entramos na presença de Deus Onipotente, Soberano, que está assentado na sala de comando do universo, e tem o controle do universo e da história em suas mãos.

Pedido algum é grande demais para ele, pois para Deus não há impossível (Lc 1.37).

Quarta, “as ações de graças” – referem-se à nossa gratidão a Deus pelo que ele tem feito. A palavra grega para “ações de graça” é “eucaristia”, com o sentido de orar.

Não é apenas aproximar-se de Deus para adorá-lo pelo que ele é, e para rogar a ele suas bênçãos, mas sobretudo, para agradecer por aquilo que ele tem feito.

O apóstolo Paulo destaca três alcances das orações:

1) Orar por todos os homens.

2) Orar por todos os reis mesmo que estes sejam perversos como era o caso do imperador Nero. Devemos orar pelas autoridades mesmo que sejam pessoas indignas.
A posição que elas ocupam merece nosso respeito e deve ser objeto de nossas orações.

3) Orar em favor dos que se acham investidos de autoridade, pois toda autoridade procede de Deus (Rm 13.1-3).

Assim teremos vida tranquila, viveremos com toda piedade e respeito porque isto é agradável a Deus.

Orar em pé com as mãos levantadas varia de cultura para cultura, mas a santidade, o amor e a paz com que os homens devem orar, são princípios eternos.

A conduta das mulheres na igreja – 1Tm 2.12-14). Paulo disse: “Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homens; esteja, porém, em silêncio”.

De igual modo, em 1ª. Coríntios 14.34, ele acrescentou: “Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina” (1Pe 3.5,6).

Isso não proíbe o ministério das mulheres, e não degrada a personalidade delas? Solução: De forma nenhuma.

Quando devidamente compreendidas em seu contexto, essas e muitas outras passagens da Bíblia exaltam o papel da mulher e lhes dão um tremendo ministério no corpo de Cristo.

Temos de ter em mente várias coisas concernentes a essa questão do papel da mulher na igreja.

Primeiro, a Bíblia declara que as mulheres, tal como os homens, são imagens de Deus (Gn 1.27). Isto é, elas estão em igualdade com os homens por natureza.

Não há nenhuma diferença essencial – tanto o macho como a fêmea são igualmente seres humanos por criação.

Segundo, o homem e a mulher são iguais por redenção. Ambos têm o mesmo Senhor e partilham exatamente da mesma salvação.

Pois em Cristo “não pode haver.... nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28).


Terceiro, não há distinção de sexo nos dons ministeriais apresentados na Bíblia. Ela não diz: “Dom de ensino: para homens; dom de socorros: para mulheres”.

Em outras palavras, as mulheres têm os mesmos dons que os homens têm para ministrar no corpo de Cristo.

Quarto, por toda Bíblia, Deus deu dons, abençoou e usou muito as mulheres no ministério. Isso inclui Miriã, a primeira ministra de música (Ex 15.20).

Debora, juíza (Jz 4.4); Hulda, a profetisa (2Cr 34.22); Ana, a profetisa (Lc 2.36); Priscila, uma professora da Bíblia que discipulou Apolo (At 18.26), e Febe, que alguns acredita que tenha sido uma diaconisa na igreja primitiva (Rm 16.1).

Quinto, muitas mulheres assistiram a Jesus no seu ministério (Lc 8.1-3; 23.49; Jo 11).
Com efeito, é bastante significativo, naquela cultura patriarcal, ter Jesus aparecido primeiro às mulheres em suas duas primeiras aparições depois da ressurreição (Mt 28.1-10; Jo 20.10-18).

Só em terceiro lugar ele apareceu a Pedro (1Co 15.5).

Sexto, seja o que for que o apóstolo Paulo tenha querido dizer com a frase “Que a mulher... esteja... em silêncio”, é certo que ele não queria dizer que elas não devessem ter ministério algum na igreja.

Isso é claro por várias razões. Antes de mais nada, uma mesma carta, 1ª. Coríntios, Paulo instrui as mulheres sobre como elas deveriam orar e profetizar na igreja, a saber, de maneira ordeira e descente (1Co 11.5).

Também, ele disse que em certos momentos todos os homens deveriam permanecer em silencia, da mesma forma, ou seja, quando outra pessoa estivesse ministrando a palavra de Deus.

Finalmente, Paulo não hesitou em usar mulheres para assisti-lo em seu ministério, como fica evidente por ter ele dado a Febe o importante encargo de levar até o seu destino a epístola ao Romanos (Rm 16.21).

Sétimo, quando entendidas em seu contexto, as passagens “do silêncio feminino” não estão negando o ministério das mulheres, mas estão limitando a autoridade delas.

Paulo afirma que as mulheres não devem ter autoridade sobre os homens (1Tm 2.12 NVI). 
De igual modo, depois de sua exortação às mulheres de permanecerem caladas (1Co 14.34), ele as lembra de permanecerem “submissas”.

É claro, os homens também estavam debaixo de uma autoridade, e tinham de se submeter a supremacia de Cristo sobre ele (1 Co 11.13). Isto é uma prova cabal de que não há nada degradante em se estar submisso a alguém, é que Cristo, que foi Deus em carne humana, sempre é submisso ao Pai tanto na terra (Fp 2.5-8) como no céu (1Co 15.28).

É também evidente que a supremacia e liderança do homem não é simplesmente uma questão cultural devido ao fato desse basear na própria ordem da criação (1Co 11.9; 1Tm 2.13).

Assim, os oficiais da igreja devem ser homens, cada um sendo “esposo de uma só mulher” (1Tm 3.2). Isso, contudo, de forma alguma desmerece ou diminui o papel das mulheres, tanto no âmbito familiar como da igreja.

Fonte de Pesquisa
:
LIMA, Elinaldo Renovato – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 3 Trimestre 2015
LIMA, Elinaldo Renovato – As ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Edit. CPAD. RJaneiro 2015
LOPES. Hernandes Dias – 1Timóteo – O pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. SPaulo 2014
ARCHER Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. Respostas as principais dúvidas, dificuldade e contradições da Bíblia. Editora Vida. SPaulo, 1997
Comentário Bíblico Broadman – Vl. 11 – II Coríntios – Filemon. Novo Testamento.4. Junta de Educação Religiosa Pub. da Conv. Batista Brasileira. RJaneiro 1988
GEISLER, Nornam e HOWRE Thomas. Enciclopédia - Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia. Editora Mundo Cristão. SPaulo, 2001.
ALEXANDER, T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Edit. Vida. SPaulo 2009.
MACARTHUR John. Uma Vida Perfeita. Edit. Vida melhor Editora. RJaneiro, 2014
CHAMPLIN. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos. SPaulo.
LADD. George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Editora Hagnos. SPaulo 2003
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

Bílbia de Estudo Macarthur – SBB

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Lição 02 - O Evangelho da Graça - 12.07.2015
Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º. Trimestre / 2015
                                                 1Timóteo 1.3-10

Reflexão: O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação ao homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.

As epístolas de Paulo a Timóteo e Tito são conhecidas como “Cartas Pastorais”. Essa designação foi dada pela primeira vez por Tomás de Aquino em 1274.

Ao escrever sobre a carta de Paulo a Timóteo, Tomás de Aquino afirmou: “É como se esta carta fosse uma regra pastoral que o apóstolo deu a Timóteo”.

Foi no entanto, no século XVIII, para ser mais preciso no ano de 1720 que o grande erudito Anton, ao ministrar uma série de palestras, chamou as três cartas de Paulo a Timóteo e Tito de “Epístolas Pastorais”.

Essas cartas têm o propósito de orientar a lidarem corretamente com as diferentes demandas da vida eclesiástica. Essas epístolas são atualíssimas.

Os tempos mudaram, mas o ser humano quanto as coisas espirituais não mudou. As culturas sofreram variações, mas a Palavra de Deus permanece a mesma.

As palavras do apóstolo Paulo nessas três cartas são atemporais, pois se fundamentam em princípios eternos. São regras seguras que devem nortear a vida espiritual e a conduta pastoral em todas as épocas e lugares.

Embora Timóteo fosse jovem, tímido e doente, estava à frente da grande igreja de Éfeso, capital da Ásia Menor. Aquele era um campo minado pelos falsos mestres e um território de gigantescas lutas espirituais.

Timóteo deveria guardar o evangelho intacto. Quando a última página do diário da vida de Paulo foi virada e ele foi martirizado lá pelos anos de 67 a 68 d.C., Timóteo continuou seu trabalho como pastor da igreja de Éfeso.

A tradição eclesiástica diz que Timóteo foi bispo de Éfeso e sofreu o martírio do ano 97 d.C., sob o imperador Nerva.

Como te roguei quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso para advertires alguns que não ensinem outra doutrina, nem se deem as fábulas ou genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faça agora” (1Tm 1.3-4).

Os ensinos dos judaizantes e guinósticos perturbavam a igreja de Éfeso. Quando Paulo se despediu dos anciãos de Éfeso, ele externou sua preocupação com o rebanho de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.

Esta fora uma palavra profética, pois, sete anos mais tarde, ele deixou Timóteo em Éfeso (At 20.29,30). Para entre outras coisas, combater as heresias dos judaizantes como dos guinósticos.

Os judaizantes eram aqueles crentes novos convertidos do judaísmo, que incentivados por alguns líderes dentro da igreja, ensinavam aos crentes gentios que para serem salvos tinham que se circuncidar, guardar os sábados e demais festas e costumes do judaísmo, de outra forma não seriam salvos (At 15.1,5).

Mesmo o Concílio de Jerusalém tendo rejeitado a proposta judaizante (At 15.28,29), esta falsa doutrina continuou perturbando a igreja por muitos anos.

As cartas aos Gálatas foram escritas para combater os ensinos judaizantes no seio da igreja, que Paulo chamou de outro evangelho (Gl 1.6-9; 2.14, 20,21).

Já a carta aos Efésios e aos Colossenses, foi escrita para condenar um remanescente movimento guinóstico que ensinava culto aos anjos, exaltavam as emanações, desclassificavam a pessoa e a morte de Cristo e tornavam nulo o sacrifício expiatório de Cristo.

Paulo mostrou que Cristo pagou toda a dívida. “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.14,15).

E condenou o culto aos anjos. “Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão” (Cl 2.18).
E que Jesus é superior e todo principado e potestade estão sujeitos ao senhorio de Cristo (Ef 1.19-22; 6.11-13).

Mas o Evangelho que Paulo pregava era o evangelho da graça de Deus (Ef 2.8,9). Na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo mostra todo o processo da conversão: “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus” (Rm 10.17).

E acrescenta: “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração creres, que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10.7-10).

Este é o evangelho da graça de Deus que fundamenta as relações divinas-humanas, e na iniciativa generosa e tolerante de Deus em sua atividade vigorosa e restauradora em favor da humanidade.

Um ponto de partida para o estudo da benevolência de Deus para com a humanidade no AT, é a revelação de Deus em Exodo.

Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti, e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Ex 33.19).

Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande beneficência e verdade; que guardas a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visitas a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração” (Ex 34.6,7).

A atividade graciosa de Deus é o resultado de sua própria disposição (Jn 4.2-11). A graça de Deus é dada livremente, mas também possibilita e provoca uma resposta humana, para que as pessoas sejam convocadas a se comportarem perante Deus em adoração, gratidão e obediência (At 22.1-4; 6,7; 12.15).

Um convite ao bom combate – Depois de orientar Timóteo sobre a difícil missão de combater as heresias na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de ânimo, encorajamento e incentivo ao jovem obreiro.

Numa atitude de um verdadeiro “pai na fé” (1Tm 1.18), Paulo lembra a Timóteo que em sua vida de obreiro, ele teve o respaldo de mensagens proféticas a seu respeito.

Certamente, por meio do “dom de profecia”. Deduz-se do texto, que as “profecias” eram tão consistentes que Timóteo deveria militar a “boa milícia”, ou o bom combate, com base naquilo que Deus lhe falara.

No seio da igreja cristã, os dons espirituais são usados como ferramentas ou instrumentos para o fortalecimento da fé dos crentes, no cumprimento da missão confiada por Cristo, ante os embates com as forças que a ela se opõem. Mas os dons, e em especial a profecia só têm valor se for genuína. “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus....” (1Pe 4.11).
Pela experiência e  evidências incontestáveis na vida de Timóteo, o apóstolo concluiu que o plano de Deus na vida dele estava em pleno andamento, e ele deveria lembrar-se das “profecias que houve acerca” dele, a fim  de saber conduzir-se na “boa milícia” que lhe fora confiada, “conservando a fé e a boa consciência” (1Tm 1.19).

A rejeição da fé e suas consequências – A base ou o fundamento da “boa milícia” a que Timóteo deveria dedicar-se, era a “fé e a boa consciência” cristã, de que o jovem obreiro era bem conhecedor.

Essa “fé” é a fé “não fingida” (1Tm 1.5), aliada à boa consciência” a que Paulo já se referira (1Tm 1.5). Sem essa base de caráter espiritual e esse respaldo doutrinário, seria temerário engajar-se numa luta contra as forças do mal que agiam na igreja de Éfeso através de judaizantes e guinósticos.

Com essa exortação, Paulo lembra que quem rejeitou esse fundamento naufragou na fé, não foi bem sucedido e fracassou em sua jornada. Foi muito forte sua admoestação.

Ele diz que “rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé. E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.19,20).

Quem rejeita a “fé não fingida” e a “boa consciência” cristã colhe os resultados de sua má escolha, e o resultado é o “naufrágio na fé”.

Paulo toma como exemplo de obreiros que entraram por esse caminho, Himeneu e Alexandre.

Quem eram esses maus exemplos de falsos mestres? Pouco se fala deles no NT. Quanto a Himeneu, é citado em 2Tm 2.17. Não se sabe ao certo qual doutrina falsa ele semeava.

Mas ele se encarrega de disseminar “falatórios profanos”, ao lado de outro heresiarca, chamado Fileto (2Tm 2.17,18). Estudiosos dizem que eles eram representantes do gnosticismo no meio da igreja de Éfeso.

Com relação a Alexandre, aliado de Himeneu na semeadura das falsas doutrinas, era tão pernicioso, que Paulo o considera desviado ou “naufragado” na fé. Sua influência era tão maliciosa que o apóstolo os entregou “à  Satanás para que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1.20).

Eram “os dois apóstatas” que estavam à frente do movimento herético, surgido no seio da igreja de Éfeso, com o objetivo de promover dissensão e divisão naquela igreja.

Esse tipo de falso obreiro perturbou também a igreja em Creta, e Paulo tomou a medida de enviar Tito para fazer frente à ação predatória contra a igreja (Tt 1.10,11).


Fonte de Pesquisa
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Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
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