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quinta-feira, 30 de junho de 2011

SETE MOMENTOS NA CRUZ - Estudo Bíblico

                                       1º. Momento –Uma garantia de Perdão
                                                            Lc 23.34a
                                Pr. João Barbosa e Mssª. Laudicéa Barboza

APRESENTAÇÃO
As últimas palavras são sempre muito importantes. Mas com certeza não existem últimas palavras tão importantes quanto as que foram proferidas por Jesus na cruz.
É digno de nota como Jesus na cruz contrariou completamente o comportamento dos que foram condenados à morte junto a ele. Pois, é este um momento em que o homem pensa somente em si próprio. Mas, quando se aproximou a hora da sentença, Jesus, crucificado, pensou nos outros que  estavam ao seu lado.

DESENVOLVIMENTO
Nos sete brados da cruz, podemos observar como Cristo, crucificado, preocupou-se com os outros.
Um brado por perdão: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”  (Lc 23.34).
Jesus já tinha passado pela agonia do Getsêmani, onde colheu os espinhos da dor e sofrimentos do inferno; nunca um ser humano experimentou um sofrimento semelhante a esse que Jesus  sofreu no Getsêmani.

O cálice que ele por duas vezes pediu ao pai que se possível passasse dele, mas que, contudo fosse feita a sua vontade; o sentido deste cálice mencionado, não é fácil de ser compreendido, pois, nenhum ser humano sabe o que significa enfrentar a ira divina. O cálice do amargor de Deus estava para ser bebido pelo Redentor.

Na última paragem, em sua longa caminhada desde a eternidade até o Gólgota – quando ele se lembrou da glória passada, conforme Jo 17.5 – “A glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” e Tt 1.2; 1Pe 1.9-11, 18-20.

Em seu ministério, Jesus sempre perdoava os pecados dos que precisavam de perdão (Mc 2.1-12). Na cruz Jesus se recusou exercer essa prerrogativa divina; pediu ao Pai que fizesse o que ele havia feito em seu ministério – perdoar pecados, uma vez sacrificado como Cordeiro de Deus, ele sem dúvida era Deus, mas, recusou-se assumir papel de divindade. Jesus era verdadeiramente Deus, mas escolheu suspender seus direitos divinos; tal foi a sua identificação conosco.

Neste brado, Jesus chama Deus de Pai (Lc 23.34). Tornando a chamar Deus de Pai, outra vez, no último suspiro “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Mas quando estava em grande agonia bradou:  “....Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mc 15.34b). Esse foi o seu momento mais sombrio, e teve repercussão até na natureza; a luz do sol foi interrompida. Naquele momento, Jesus sentiu todo o castigo dos nossos pecados (Is 53.5b), e o Pai retirou dele a sua abençoada presença.

Ele podia chamar Deus de Pai enquanto era tratado injustamente; mas quando o castigo dos nossos pecados caiu sobre ele, Jesus bradou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Lc 23.46).

Será que os líderes que condenaram a Jesus ignoravam o crime que estavam cometendo? Certamente, não.!
Judas sabia que havia traído o amigo;
Pilatos sabia que havia condenado um homem inocente;
O Sinédrio sabia que havia subornado testemunhas falsas para sustentar as acusações. Nenhum deles ignorava os crimes dos quais eram culpados, mas ignoravam a monstruosidade de seus crimes, por alguma razão. Não sabiam no entanto, que estavam crucificando o Filho de Deus, assim Paulo concordou (1 Co 2.8).

O crime daqueles homens que crucificaram a Jesus era muito maior do que podiam imaginar, devido ao valor infinito daquele a quem condenaram. Estavam conscientes do que haviam feito, mas não de tudo que haviam feito.

CONTEXTUALIZAÇÃO
Pecado deliberado é pecado por ignorância. No Antigo Testamento o pecado era punido com a morte (Nm 15.30). Já o pecado por ignorância, isto é, sem intenção, era necessário que o transgressor levasse ao Senhor, um carneiro do rebanho para ser oferecido pela culpa (Lv 5.15). A postura do coração e o nível de conhecimento são levados em conta por Deus. Mesmo os pecados por ignorância, precisam do perdão de Deus (Hb 2.2-4).

CONCLUSÃO
A resposta da oração de Jesus: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”, foi respondida por Deus. Jesus orou para que sua morte fosse eficaz para quem devia ser. Alguns soldados presentes ao pé da cruz foram perdoados.

O centurião, que provavelmente era o responsável pelo suplício da cruz, ficou profundamente perturbado com a escuridão, o terremoto e a ruptura do véu do templo; posicionando-se contra a opinião popular, exclamou: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mt 27.54).

Muitos que pediram que ele fosse crucificado, viram o seu sangue sendo derramado, e diziam: “o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”; foram perdoados (Mt 27.25).

O apóstolo Pedro acreditava que as pessoas que crucificaram a Jesus, ignoravam a total extensão da própria culpa. Assim falou Pedro: “Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. Vocês irmãos, agiram por ignorância, bem como os vossos líderes” (At 3.15-17).

E depois desse sermão quase cinco mil homens aceitaram a mensagem da cruz (At 4); e ainda grande número de Sacerdotes confessavam a Jesus como Senhor (At 6.7); tudo isto em resposta às orações de Jesus.


Obs: Aguardem o 2º Momento – “Uma garantia de descanso”.

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