Subsídios
Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição
09-CONHECENDO A ARMADURA DE DEUS-03.03.19
Efésio
6.13-20
Por: Pr. João Barbosa
Na batalha espiritual a Palavra de Deus e a oração são as duas
principais armas que o crente deve usar na batalha espiritual. Este é o padrão necessário
que encontramos quando estamos envolvidos em uma batalha espiritual.
Devemos estar sempre lembrados de que Deus é aquele que nos dá a provisão.
São muitas as armas que podem ser usadas em uma batalha espiritual. Mas para
cada batalha espiritual existe uma arma específica que não se encontra em
nenhum manual.
Senão vejamos o que disse o apóstolo Paulo em 2Co 10.3-6: “Porque, andando na carne, não militamos
segundo a carne, porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim
poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e
toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo entendimento à obediência de Cristo; estando prontos para vingar toda a
desobediência, quando for cumprida a vossa obediência”.
Davi em sua batalha contra o gigante filisteu Golias não aceitou nenhuma
orientação do rei de como devia enfrentar aquele gigante. Mas se proveu de uma
funda e um seixo (1Sm 17.32-50).
Contra os inimigos filisteus numa das mais duras batalhas travadas por
Sansão, ele se utilizou de uma queijada fresca de jumento e com ela feriu mil
homens (Jz 15.15,16). Mas, quando a sede lhe sobreveio naquela batalha, pois haviam
restado muitos inimigos, a sua arma foi a oração (Jz 15.18,19).
Moisés tinha sempre em mãos a vara de Deus que era sua principal arma para
qualquer batalha. Ele a usou primeiro no seu encontro com Deus no Sinai, depois
perante Faraó no Egito nos milagres efetuados que resultaram nas pragas, na rocha
em Horebe (Ex 17.5-7) e na travessia do Mar (Ex 14.16).
Josafá usou três armas para obter o livramento de Deus contra os moabitas,
contra os filhos de Amon e os da montanha de Seir: a oração, o jejum e o louvor
(2Cr 20.17-23).
Armas espirituais é um conjunto de armas ofensivas e defensivas que Deus
coloca à disposição de seus guerreiros fiéis. Essas armas não são carnais nem
materiais, no entanto são poderosas em Deus para destruir as fortalezas do
inimigo com o objetivo de livrar os servos de Deus e protege-los nos campos de batalhas
espirituais.
Para que o crente entre numa batalha espiritual basta que ele esteja
firme em Cristo Jesus. Isto é o suficiente para que ele se torne inimigo do
mundo. Qualquer objeto numa batalha pode ser usado como uma arma, para atacar
ou ameaçar um inimigo, bem como pode servir para autodefesa.
A utilização de um objeto como arma não transforma a natureza desse
objeto numa arma em si. A orientação de Deus a Davi foi o que transformou
aquele seixo em uma arma, mas isso não transformou a natureza do objeto. O seixo
continuou sendo seixo. Mas se lhes atribui essa característica durante a sua
utilização.
As armas espirituais existem e são reais. Deus nos deu para usarmos em
nossas batalhas. O texto de 2Co 10.3-6 nos mostra a grande importância das
armas de combate e como Deus fornece os equipamentos necessários para entrarmos
na peleja.
Nas muitas batalhas contra o Diabo nosso posicionamento em combate será
usar as armas espirituais. No entanto, os tipos de armas que usamos nas batalhas
espirituais estão ligadas a dois níveis.
Primeiro, o nível defensivo que se relaciona as nossas atitudes e a
nossa disposição para nos defendermos. O segundo nível é o ofensivo, em sentido
espiritual isso significa quando o crente toma iniciativa no ataque contra as
astutas ciladas do maligno.
Não devemos esquecer, portanto, o conselho que o apóstolo Paulo dá a
todos os cristãos. O apóstolo pontua da seguinte forma “Orando em todo tempo com toda oração e súplica no espírito, e vigiando
nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).
Oração, jejum e leitura da Bíblia são armas poderosas no mundo
espiritual. Essas armas podem ser usadas tanto como arma de ataque ou como arma
de defesa.
Observem o que diz o escritor aos Hb.4.12,13. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que
espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e
das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intensões do
coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas
estão nuas e patente aos olhos daquele com quem temos de tratar”.
As armas defensivas em sentido tipológico são: escudo (Jr 46.3; Ef 6.16),
capacete (Ef 6.17; 1Ts 5.8; Is 59.17), couraça (Jó 41.13; Ef 6.14), cinto (Is
11.5; 22.21; Jr 13.1-10).
As armas ofensivas são: espada (Ef 6,17; Sl 45.3), arco (Lm 3.12; Sl 18.34;
46.9), flecha (Sl 144.6; 45.5), funda (1Sm 17.49,50), lança (2Cr 26.14).
Essas são as armas da nossa milícia, não são carnais, mas são poderosas
em Deus para destruir as fortalezas e devem ser usadas mediante os princípios
de obediência e submissão a vontade soberana de Deus.
Na guerra defensiva uma atitude de defesa deve ser usada a nível
individual e tem por objetivo defender o próprio crente e o local onde ele se
encontra.
Nesse combate a batalha pende em nosso favor quando temos uma grande bênção
de Deus a receber. Nesta batalha enfrentamos os ataques do inimigo, que nunca
poderão ser vencidos com armas humanas.
Nesse conflito o crente não ataca o inimigo, mas contra ataca a partir
dos próprios ataques do inimigo. Por esta causa estamos em constante guerra
defensiva quando o inimigo de nossas almas mostra-nos suas forças.
Nesta ocasião devemos mostrar ao inimigo “quem é” que nos protege. O
escudo é uma arma muito poderosa com a função tanto defensiva como ofensiva e
serve para proteger o corpo inteiro e nos defender dos dados inflamados. Isto é
a segurança de todos aqueles que creem nas providências de Deus.
Josafá alertou seus guerreiros da seguinte forma: “Crede no Senhor vosso
Deus, e estarás seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis” (2Cr 20.20).
Na metáfora usada pelo apóstolo Paulo, o capacete é uma arma de defesa
que serve para proteger a mente do crente contra as inverdades do inimigo.
O cinto é uma arma de defesa que protege nossa identidade porque ele
representa a verdade. A couraça é uma arma também de defesa que produz os órgãos
vitais de nosso corpo: como coração, pulmão, rins e estômago – é uma vestimenta
espiritual que nos protege contra as acusações do inimigo, principalmente as do
coração.
Assim se expressou Jeremias: “Enganoso
é o coração, mas do que todas as coisas, e perverso; quem, o conhecerá?” (Jr
17.9).
A espada do Espírito que é a Palavra de Deus é a arma que pode ser usada
tanto em sentido ofensivo quanto ofensivo. A guerra defensiva acontece quando o
crente aplica os princípios básicos do reino de Deus: a fé, salvação, verdade e
justiça.
Esses princípios uma vez aplicados, temos a força que vem de Deus para
vencermos as batalhas onde todos estão intimamente ligados às armaduras
espirituais: escudo, capacete, cinto e couraça, que são os fundamentos que nos
protegem durante a caminhada espiritual.
Reportando-nos ainda a Josafá, diz-nos as Escrituras que ele recebeu o
mensageiro dos inimigos que vinham pela montanha de Seir, junto ao deserto de Tecoa,
dizendo que iriam atacar e que não iria sobrar ninguém.
Eram os mesmo inimigos que sempre se levantaram contra Israel, os
amonitas, os moabitas e também os filhos da montanha de Seir que se levantaram
contra Josafá. Ele disse ao povo: “Nesta
batalha não tereis que pelejar; portai-vos, ficai parados, e vede a salvação do
Senhor. Então Josafá se prostrou com o rosto em terra, e todo o Judá e os
moradores de Jerusalém se lançaram contra o Senhor, adorando-o.
Levantaram-se os
levitas, dos filhos dos coatitas, e dos filhos dos coraítas, para louvarem ao Senhor
Deus de Israel, com voz muito
alta. E pela manha cedo se levantaram e desceram ao deserto de Teco. E, ao saírem,
Josafá pôs-se em pé e disse: ouvi-me, ó Judá, e vós moradores de Jerusalém: crede
no Senhor vosso Deus e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis” (2Cr 20.17-20).
Josafá compreendeu plenamente que as armas que seus soldados utilizavam
naquele momento eram armas espirituais. Todos os levitas que estavam com ele
ouviram a sua voz e seguiram fielmente suas ordens empunhando os escudos de
adoração e celebração ao Senhor.
“Aconselhou-se com o povo e ordenou
cantores para o Senhor que louvassem a majestade santa, saindo diante dos
armados, e dizendo: Louvai ao senhor porque a sua benignidade dura para sempre.
E, quando começaram
a cantar e dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de
Moab e os da montanha de Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados. Porque
os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores da montanha de Seir
para os destruir e exterminar; e, acabando eles com os moradores de Seir,
ajudaram uns aos outros a destruir-se.
Nisso chegou a Judá
atalaia do deserto; e olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos que
jaziam em terra e nenhum escapou” (2Cr 20.21-24).
Quando você libera sua voz ao Deus que você confia e crê, isso trás
confusão em todo plano diabólico do reino das trevas, pois o inimigo não espera
que você tenha essa atitude.
O inimigo pensa que fomos programados somente para atacar com armas
humanas. Armas carnais da murmuração, das palavras de derrotas, da precipitação,
do suicídio. Mas quando o crente abre sua boca em louvor a Deus, isso produz
desespero nas hostes infernais e desarticula, todo plano do adversário.
Quando morreu na cruz do Calvário, Jesus desceu as partes mais baixas e
tomou as chaves da morte e do inferno. Foi isso que ele disse a João em Ap 1. 18.
Consultas no Trimestre: SOARES
Ezequias. Comentarista da Lição Bíblica EBD do 1º. Trimestre 2019 com o Tema:
Batalha Espiritual.
SOARES Ezequias. Batalha Espiritual. CPAD. Rio de
Janeiro, 2018
OLIVEIRA Miqueias. Batalha Espiritual
por Princípios Bíblicos. BV Films Editora Eireli, Rio de Janeiro, 2016
GIOIA, Egídio. A Harmonia dos
Evangelhos. Editora Juerpe. Rio de Janeiro, 1981
BARCLAY Willliam. As Obras da Carne e
o Fruto do Espírito Vol.2. Editora Vida Nova São Paulo, 2010
BUBECK Mark I. O Adversário. Edições
Vida Nova. São Paulo, 1993
BUBECK Mark I. O Reavivamento
Satânico. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
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