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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Lição 08-NOSSA LUTA NÃO É CONTRA CARNE E SANGUE-24.02.19 - Subsídios


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 08-NOSSA LUTA NÃO É CONTRA CARNE E SANGUE-24.02.19
Efésio 6.10-12
Por: Pr. João Barbosa

As epístolas aos Colossenses e Efésios nos dão uma perspectiva limitada da estrutura organizada do reino maligno de Satanás (Ef 6.11). E que abaixo dele existe pelo menos seis níveis de autoridade que supervisiona o seu programa a nível mundial.

(Ef 1.21; Rm 8.38; Cl 1.16; 2.15), identificam tronos e soberanias ou domínio como os dois primeiros níveis de autoridade sobre Satanás. Nestes versículos estão listados tronos, soberanias, principados e potestades, forças espirituais do mal e dominadores deste mundo tenebroso.

A estrutura se parece com uma hierarquia de comando militar, onde tudo procede de Satanás e volta para ele. Satanás não é onipresente, mas o seu reino tem uma estrutura como se fosse onipresente que trabalha para governar a humanidade e controlar a vida interior dos homens.

Este reino organizado afeta também os crentes. Essa passagem de Ef 6.10-18 nos alerta que os que estão na rede de Satanás são nossos inimigos ferrenhos. Eles lutam contra os crentes para impedi-los de andarem na vontade de Deus.

As Escrituras sugerem que esse sistema de poderes malignos em larga escala, altamente organizado, mantém uma guerra constante contra o plano de Deus (Mt 12.25,26; Jo 12.31;14.30).

As tarefas entregues a estes poderes do mal podem influenciar virtualmente todos os aspectos das vidas humanas. A Palavra de Deus fala sobre diversas áreas em que o inimigo age ativamente.

Eles promovem a idolatria, feitiçaria e bruxaria, assim como todo tipo de ensinamento, de sistemas e de religiões falsas (1Tm 4.1-4; 1Jo 4.1-4; Dt 32.17; Sl ,94.4,5; Ap 13.4,15).

Eles causam ou aumentam as enfermidades ou males físicos. Podem causar confusões (Mc 9.20; Lc 9.39), deficiência física (Lc 13.11;16), cegueira (Mt 12.22), incapacidade de ouvir ou falar (Mc 9.17-29; Mt 9.21,33) e até ferimentos físicos (Mc 5.5; 9.22; Lc 9.39).

Eles provocam tempestades fortes e algumas vezes controlam os elementos, a fim de ajudarem Satanás a executarem os seus planos (Jó 1.2,16,19; 2.7). Promovem perversões sexuais e as formas mais sórdidas de comportamento humano (1Co 5.1-5; Ef 2.1-3; Rm 1.18-32; Ap 18.2,3), influenciam o povo de Deus e fazem com que desonrem o Senhor Jesus Cristo (Ap 2.12-17,20-26; 1Tm 4.1-4; Ef 6.10-18; At 5.1-6).

Causam perturbações emocionais graves e tentam fazer com que os indivíduos se tornem autodestrutivos (Lc 8.27-35; Mc 9.22). Podem ocultar a verdade do evangelho aos incrédulos (2Co 4.3,4,13,15; 2 Ts 3.1-3).

Disfarçam-se em espíritos bons que fazem obras boas, a fim de enganar as pessoas e coloca-las em cativeiro (2Co 11.3-5, 13,14,15).

Nem sempre se pode atribuir a ação direta de Satanás ou envolvimento das pessoas nestes problemas, mas isto se aplica em muitos casos.

Na guerra espiritual, é sempre a provisão divina de Deus que derrota o inimigo e conquista a vitória. Em 2Co 10.3-5, nos lembra de que as armas de guerra dos crentes são suficientes para “destruir as fortalezas”.

Satanás organizou suas fortalezas sobrenaturais, invisíveis e poderosos na forma de tronos, domínios, principados, potestades, poderes deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal.

Mas o Salmista lembra: “O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Sl 27.1). E “O Senhor é refúgio nas horas de tribulação” (Sl 9.9).

Neemias conhecia e vivia essa verdade. Os poderosos não são realmente tão poderosos quanto pensamos quando o confrontamos com o Todo-Poderoso.

Todas as fortalezas de Satanás estão sujeitas a Deus que é a nossa fortaleza. É importante que cada cristão confronte e dirija a vitória de Cristo contra os obstáculos colocados por Satanás para impedir a vitória do crente (Cl 2.14,15).

No nome do Senhor Jesus Cristo e pelo poder de seu sangue todos os níveis das fortalezas de Satanás são destruídas.

Se você entregar sua vida plenamente a Deus e colocar sua mente e todo o seu ser no sacrifício da cruz, as áreas das fortalezas satânicas governadas por aqueles poderes mencionados acima, podem ser derrubadas e esmagadas.

As fortalezas satânicas que são usadas contra os crente são:
1.    A pornografia;
2.    Práticas sexuais pervertidas;
3.    Adultério e prostituição;
4.    O uso e a promoção de drogas;
5.    Promoção de traficantes;
6.    A embriaguez;
7.    A prática e a promoção do aborto;
8.    Blasfêmias e linguagem imoral;
9.    Incredulidade e humanismo;
10.Ensinamentos da Nova Era;
11.Promoção e atividades do ocultismo;
12.Adoração satânica;
13.Distorção da televisão e da mídia;
14.Promoção da Teologia da Libertação e Falsas doutrinas;
15.Divisões no corpo de Cristo (na igreja);
16.Aumento da violência e do crime;
17.Pedofilia;
18.Divórcio e desunião na família;
19.Interesse no Espiritismo e sobrenaturalismo maligno;
20.Promoção do ódio, raiva e violência;
21.Obstáculo ao recrutamento e financiamento de missionários;
22.Orgulho, arrogância espiritual e indiferença para com a obra de Deus;
23.A negligência no estudo bíblico e na oração;

As igrejas locais sentem estes problemas no seu meio e as denominações nas batalhas sobre temas polêmicos. As organizações paraeclesiásticas são devastadas por disputas internas.

Apesar de todas estas expressões de dissenção interna, a capacidade soberana de Deus para impor a sua vontade tem permitido que a obra do evangelho avance em todo o mundo para louvor e honra da sua glória.

Para os que estão esperando Cristo Pedro deu o seguinte conselho: “Pois o tempo de começar o julgamento já chegou, e os que pertencem ao povo de Deus são os primeiros a ser julgados. Esse julgamento vai começar conosco. Qual será o fim daqueles que não creem na boa notícia de Deus?” (1Pe 15.17).

Nós, cristãos, temos de mudar nosso comportamento diante de um Deus santo e de um mundo escarnecedor. Temos diversos problemas internos e destruidores que precisam ser vencidos.

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda armadura de Deus para que possais estar firmes contras as astutas ciladas do Diabo. Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas sim, contra as potestades, contra o príncipe das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef 6.10-12).





Consultas no Trimestre:  SOARES Ezequias. Comentarista da Lição Bíblica EBD do 1º. Trimestre 2019 com o Tema: Batalha Espiritual.
SOARES Ezequias. Batalha Espiritual. CPAD. Rio de Janeiro, 2018
OLIVEIRA Miqueias. Batalha Espiritual por Princípios Bíblicos. BV Films Editora Eireli, Rio de Janeiro, 2016
GIOIA, Egídio. A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerpe. Rio de Janeiro, 1981
BARCLAY Willliam. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito Vol.2. Editora Vida Nova São Paulo, 2010
BUBECK Mark I. O Adversário. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
BUBECK Mark I. O Reavivamento Satânico. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
DAMASCENO Fábio. A Cura Interior. Editora Vinde. Rio de Janeiro, 1997
SAUTTER Gerard. New Age- A Nova Era através do Evangelho. Edições  Vida Nova. São Paulo, 1992.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Lição 07- TENTAÇÃO - A BATALHA POR NOSSAS ESCOLHAS E ATITUDES -17.02.19 - Subsídios


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 07- TENTAÇÃO -  A BATALHA POR NOSSAS ESCOLHAS E ATITUDES -17.02.19
Mateus 4.1-11
Por: Pr. João Barbosa

Jesus firmou-se na palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória. Não é pecado ser tentado; até o nosso Senhor Jesus Cristo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).

É pecado, sim, ceder á tentação. Por mais contraditório que pareça a tentação é para o nosso próprio bem: “Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque quando for provado receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam” (Tg 1.12).

A tentação de Jesus, no limiar de seu ministério terreno era a prova da derrota final de Satanás. E nos serve de lição sobre como devemos lidar com casos de tentação em nosso dia a dia.

Porque, naquilo em que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados (Hb 2.17,18).

Pelo que convinha que, em tudo, fosse feito semelhante a seus irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.

Jesus no deserto foi tentado três vezes. Estas três tentações foram tanto reais como típicas, em essência. A expressão “mas sem pecado” de Hb 4.15, confirma que todas as tentações que veio sobre Jesus não tiveram origem em sua mente.

Mas, uma investida de Satanás, portanto, uma tentação exterior, pois o texto Lucano diz: “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou ao Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lc 4.1).

A tentação é o ato pelo qual Satanás procura induzir o homem a pecar contra Deus. O fato de o homem ser tentado não constitui pecado, porém, cair na tentação, sim, é pecado.

Durante toda sua vida na terra, Jesus suportou fortes e complexas tentações, em algumas delas a Bíblia não nos revela os detalhes.

Todavia, esse embate mereceu especial destaque, pois, esteve em questão todo o futuro da humanidade.

Os ataques do Diabo foram contra o Messias (o ungido de Deus) – At 10.38, o cabeça da nova humanidade (Cl 2.15).

Jesus foi tentado de forma extrema, sutil, ardilosa e não menos poderosa. Contudo, venceu por nós.

O comentarista Pr. José Gonsalves, no seu livro: Lucas, o evangelho de Jesus – O homem perfeito, pág. 50, diz que a palavra grega peirasmos (Lc 4.2), dependendo do texto, pode significar tentação ou prova.

Enfatiza, que no contexto, onde Deus está por trás da ação, neste caso, o crente está sendo provado. Por outro lado, quando é o Diabo quem está por trás da ação, o crente está sendo tentado.

Em outras palavras, Deus nos prova, e o Diabo, nos tenta. Deus nos testa para nos aperfeiçoar.

Em Lc 4.1-3, Jesus é enviado pelo Espírito para ser testado, e em Gn 22.1, Deus testa Abraão em relação à morte de seu filho Isaque. Porque Deus a ninguém tenta (Tg 1.12,13).

Na citação de Lucas, o Diabo aproveitando-se das condições frágeis do homem Jesus, pois estava jejuando á quarenta dias e sentindo fome, procurou tirar proveito desta situação.

Nesta ocasião, a prova que Jesus estava sendo submetido, tornou-se uma tentação.  “Porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13).

O apóstolo Tiago adverte seus leitores a não culpar Deus, mas procurar compreender a causa e o resultado da tentação.

Ao ser tentado, ninguém deve dizer: “Deus está me tentando”, porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e nem ele tenta ninguém. Porém, cada um é tentado quando, seu próprio desejo perverso é atraído e seduzido.

Então depois de o desejo haver concebido, dá luz ao pecado; e o pecado, uma vez completamente amadurecido, dá luz a morte (Tg 1.13-15).

O crente que passa pelo teste é bem-aventurado, mas aquele que fracassa, fica com remorso.

O que fracassa nas tentações, nunca admite sua falta de fé e encontra sempre um culpado. Foi assim com Adão e Eva, e será sempre assim (Gn 3.8-13).

Ninguém deve dizer “sou tentado por Deus”. Tiago está dizendo, que Deus criador de todas as coisas, não é a causa do mal.

Em sua santidade, Deus está acima do mal e não pode ser influenciado pelo mal. Por causa de sua perfeição, Deus não tem nenhum contato com o mal e o mal não pode tentá-lo.

Além do mais, Deus a ninguém tenta. Não diga: Deus é culpado por meus fracassos.

Jesus ensinou os crentes a orar: “E não nos deixes cair em tentação” (Mt 6.13; Lc 11.4). Em outras palavras, peça a Deus para lhe guardar de cair em tentação.

Quem tenta é Satanás, ele é chamado de tentador (Mt 4.3; 1Ts 3.5). Assim, entendia o apóstolo Paulo: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; mas juntamente com a tentação vos dará livramento, de sorte que possais suportar” (1Co 10.13).

Deus testa o crente para fortalecer sua fé. Em sua providência, Deus permite que Satanás tente o cristão.

Deus permitiu, por exemplo, que   Satanás tirasse de Jó todos os seus bens, mas Jó louvou a Deus (Jó 1.21).  Mesmo quando sua esposa o incentivou a amaldiçoar Deus, Jó permaneceu fiel (Jó 2.9,10).

Por ter sido fiel nas provas e tentações, Deus abençoou a Jó, devidamente (Jó 42.10).

Satanás tentou Jesus com o desejo da carne (Mt 4.2,3), com o desejo dos olhos (Mt 4.8,9), e com o orgulho da vida (Mt 4.5,6; 1Jo 2.16).

Jesus não comeu nada durante os quarenta dias. Evidente, que a tentação de Jesus ocorreu durante todo o tempo do seu jejum. Diferente do que aconteceu com Moisés e Elias (Dt 9.9,18; 1Re 19.8).

Durante os quarenta dias de jejum, Satanás, o adversário, se aproximou de Jesus para o tentar.

O local onde Jesus estava era deserto, de acordo com Marcos, havia muitas feras, mas, os anjos de Deus o servia. Jesus não estava só (Mc 1.12,13).

Toda tentação é humana, é externa, e se comunica com o pecado que está dentro do coração do homem (Mc 7.21,23; Jr 17.9; Pv 4.23).

Mas, a natureza humana de Jesus, não se originou na queda. Sua tentação não era uma luta interna, emocional ou psicológica, mas um ataque externo por um ser pessoal, no auge da fome:

Se és o Filho de Deus, ou, já que Você é o Filho de Deus, transforme estas pedras em pão. Jesus responde: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3).

Todas as três respostas que Jesus deu ao Diabo estão em Deuteronômio. A Bíblia é a palavra de Deus revelada ao homem para todos os momentos (Ef 6.11; 2Tm 3.16,17; Hb 4.12,13).

Na segunda tentação Satanás cita as Escrituras (Sl 91.11,12). Aqui Satanás conduziu Jesus ao pináculo do templo, uma altura aproximada de cento e cinquenta metros. Jesus responde a Satanás com a Bíblia (Dt 6.16; Ex 17.2-7).

Por fim, de um alto monte, Satanás oferece a Jesus, os reinos do mundo. Satanás já é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11), e o deus deste século (2 Co 4.4), quando está sujeito ao seu poder (1Jo 5.19; Dn 10.13).

Jesus repreende Satanás com (Dt 6.13,14). Como homem Jesus foi um vencedor. “Tudo que há no mundo, a concupiscência da carne a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não vem do Pai, mas do mundo. E o mundo passa com as suas concupiscências, mas aquele que faz a vontade do Senhor permanece para sempre” (1 Jo 2.15-17).





Consultas no Trimestre:  SOARES Ezequias. Comentarista da Lição Bíblica EBD do 1º. Trimestre 2019 com o Tema: Batalha Espiritual.
SOARES Ezequias. Batalha Espiritual. CPAD. Rio de Janeiro, 2018
PEARLMAN Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Editora Dois irmãos Ltda. Rio de Janeiro, 1963
OLIVEIRA Miqueias. Batalha Espiritual por Princípios Bíblicos. BV Films Editora Eireli, Rio de Janeiro, 2016
GIOIA, Egídio. A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerpe. Rio de Janeiro, 1981
BARCLAY Willliam. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito Vol.2. Editora Vida Nova São Paulo, 2010
BUBECK Mark I. O Adversário. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
LAHAYE Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica .CPAD. Rio de Janeiro, 2010
BUBECK Mark I. O Reavivamento Satânico. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
DAMASCENO Fábio. A Cura Interior. Editora Vinde. Rio de Janeiro, 1997
CHAFFER. Lewis Sperry Vol.1&2.Editora Hagnus. São Paulo, 2003
Bíblia King James – Atualizada
CAMOSTRINI, Hildomar – O Homem de Adão a Cristo. Edição do Autor. Distribuição Ebar Editora. Rio de Janeiro, 1995
SILVA. Severino Pedro da. O Homem Corpo Alma e Espírito. CPAD. Rio de Janeiro, 2001
LA HAYE, Tim. Temperamentos Transformados . Editoras Mundo Cristão. São Paulo 2008
NEE, Watchman. KISTEMAKER, Simon. Tiago e Epístolas de João – Comentário do Novo Testamento. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2016
NEE Watchman. O Homem Espiritual – Vol 1. Editora Betania. Belo Horizonte, 2002
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
CAMPOS, Heber Carlos de. As Duas Naturezas do Redentor – A Pessoa de Cristo. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2004
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita – Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas Nelson. RJaneiro, 2014.
Bíblia Sagrada Tradução King James – Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Lição 06-QUEM DOMINA A SUA MENTE -10.02.19 - Subsídios


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 06-QUEM DOMINA A SUA MENTE -10.02.19
Filipenses 4.4-9
Por: Pr. João Barbosa

O tema em apreço aborda o homem em seus três aspectos: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). Ao mesmo tempo, sabemos que tanto a alma quanto o espírito também têm três subdivisões.

A alma se divide em mente, vontade e emoções. O espírito em consciência, comunhão e intuição. A mente do homem é a sede do pensamento. É ela que nos dá condições de conhecer, pensar, imaginar, lembrar e entender.

O intelecto, a sabedoria, a inteligência e o raciocínio humano pertencem á mente. De modo geral a mente é uma função da alma e está alojada no cérebro e exerce um importante papel na vida humana porque o pensamento influencia a ação.

O Novo Testamento grego emprega o termo “nous”, que tem um amplo significado, como “mente, entendimento, intelecto, pensamento, sentido” (Rm 11.34; 1Co 2.16; 14.14; 2Co 11.13).

No contexto em estudo o sentido destas palavras é de uma faculdade psicológica que envolve compreensão, raciocínio, pensamento e decisão: “De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente sou escravo da lei de Deus, mas segundo a carne sou escravo da lei do pecado” (Rm 7.25).
Nesse texto o apóstolo Paulo está se referindo ao “eu” ou o nosso ego regenerado em contraste com a carne, sem o controle do Espírito Santo. É com essa mente cristã que desejamos a lei de Deus, isto é, “a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus”.

Para se entender melhor o que é a vida espiritual precisamos fazer uma análise sobre o espírito e assimilar todas as suas leis. E nos inteirarmos das suas diferentes funções.

Depois de nos familiarizarmos das suas leis e entendermos suas diferentes funções é que podemos andar segundo o Espírito. Quando dizemos que alguém é espiritual, significa que aquela pessoa anda pelo Espírito.

Conhecendo as leis do Espírito e suas funções, entenderemos o relacionamento do homem interior, nosso espírito, (2 Co 4.16) para com o homem exterior, “nosso corpo” que Paulo chama de corpo do pecado (Rm 6.6).

Então, seremos capazes de identificar o nosso espírito em nossa experiência ou em nosso viver diário.

Jesus demonstrou aos apóstolos um firme propósito de ir a Jerusalém. E mandou alguns de seus discípulos irem adiante para preparar-lhe uma pousada.

E eles entraram numa aldeia de samaritanos, os quais não o quiseram receber porque o seu aspecto era como o de quem ia á Jerusalém.

Tiago e João disseram ao Senhor: “Queres que digamos que desça fogo dos céus e os consuma, como Elias também fez? A resposta de Jesus... vós não sabeis de que espírito sois (LC 9.51-55).

O espírito é composto de três funções: consciência, comunhão e intuição. Devemos entender que estas são funções do espírito e não o espírito.

Porque o espírito é substancial, pessoal, e invisível. E está além da nossa atual compreensão perceber a substância do espírito.

A consciência é uma função do espírito que tem a importante tarefa de corrigir e repreender e de nos inquietar quando ficamos aquém daquilo que Deus exige de cada um de nós.

É na consciência do crente onde Deus expressa sua santidade. Quando muitas vezes estamos pensando em tomar algum caminho que desagrada o Espírito Santo, nossa consciência junto com a intuição nos alerta quanto á decisão a ser tomada.

O apóstolo Paulo falava que sua consciência dava testemunho0 no Espírito santo (Rm 9.1; 8.16). O salmo 34.18 fala de contrito de espírito, nós estamos contritos de espírito quando percebemos que erramos. Isto é uma função da consciência (Dt 2.30).

Espírito endurecido é quando estamos com a consciência cauterizada. Quando deixamos a vida de pecado o sangue de Cristo purifica nossas consciências (Hb 10.2; 9.18).

Comunhão no espírito – Nos comunicamos com o mundo material através do corpo e com o mundo espiritual através do espírito. A fim de cultuar a Deus e ter comunhão com ele, o homem deve possuir uma natureza semelhante a dele (Jo 4.14).

O apóstolo Paulo afirma o seguinte em relação a entendermos as coisas de Deus: “As coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem penetraram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2.9).

Aqui o apóstolo fala de Deus e das coisas de Deus. O que ele preparou não pode ser visto ou ouvido pelo homem exterior, nem concebido por seu coração interior. O pensamento do homem não pode  conceber a obra de Deus, pois esta transcende aquela.

Para ter comunhão com Deus não podemos depender apenas de nosso pensamento. “Por que qual dos homens conhece as coisas do homem senão o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus senão o Espírito de Deus” (1Co 2.11).

Antes do novo nascimento o espírito do homem estava morto, tanto a comunhão de Deus com o homem e a adoração do homem a Deus dependem de um espírito regenerado (Ef 2.1; Rm 8.9,10; Ef 1.17).

A comunhão com Deus é sempre no espírito (Jo 4.24; Rm 1.9; 7.6; Ef 6.18; Lc 1.47; 1Co 6.17). Além de o homem ter um espírito que o capacita a ter comunhão com Deus, possui também uma alma, ou a consciência de si próprio. Ele tem consciência de sua existência através da alma.

Ela é a sede de sua personalidade. Os elementos que nos dão status de ser humano pertence à alma. O intelecto, a mente, os ideais, o amor, a emoção, o discernimento, a capacidade de decisão são experiências da alma.

Tanto o espírito quanto o corpo acham-se amalgamados com a alma, que, por sua vez, é a sede da nossa personalidade. É por isso que, às vezes, a Bíblia chama o homem de “alma” (Gn 46.27), como se ele tivesse apenas esse constituinte.

As quatro funções do coração: Mente, vontade, emoção e consciência. Nas páginas da Bíblia tanto no Antigo como no NT, coração é o vocábulo mais completo para indicar todas as faculdades humanas, como a mente, o intelecto (Rm 10.6, 8-10), a vontade (1Co 4.5), sentimentos ou emoções (Rm 9.2).

Assim é apontado o homem interior, aquela porção da personalidade humana que possui os meios naturais através dos quais todo homem deveria entender o Redentor.

Mas é justamente o coração que se torna obscurecido. O coração pode ser a morada do Espírito Santo (Rm 5.5). Ou a maldade pode fazer dele o seu habitar (Rm 1.24).

Jesus enumerou uma série de vícios que podem proceder do coração (Mc 7.21-23; Mt 15.19; Gl 5.17-21). O coração equivale ao homem interior (Ef 3.16,17). Assim temos o homem essencial – espírito, o homem real – alma e o homem físico – corpo.

Deus fez uma promessa a Israel que um dia poria as suas leis no interior dos filhos de Israel e escreveria suas palavras no seu coração (Jr 31.33), mas em Hb 8.10 ele diz: “Porei minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei”.

Paulo reconhece três dimensões no ser humano – espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). Hebreus 4.12 menciona o espírito e a alma e o dividir dessas duas partes.

Para um melhor conhecimento das coisas espirituais precisamos distinguir o espírito da alma (Lc 1.46,47). A alma e o espírito dão distinguidos um do outro (Fp 1.27). O crente deve ser de um só espírito e de uma só alma.

Em Mc 12.30 está escrito: “Amarás, o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma, de todo teu entendimento e de toda tua força”.







Consultas no Trimestre:  SOARES Ezequias. Comentarista da Lição Bíblica EBD do 1º. Trimestre 2019 com o Tema: Batalha Espiritual.
SOARES Ezequias. Batalha Espiritual. CPAD. Rio de Janeiro, 2018
PEARLMAN Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Editora Dois irmãos Ltda. Rio de Janeiro, 1963
OLIVEIRA Miqueias. Batalha Espiritual por Princípios Bíblicos. BV Films Editora Eireli, Rio de Janeiro, 2016
GIOIA, Egídio. A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerpe. Rio de Janeiro, 1981
BARCLAY Willliam. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito Vol.2. Editora Vida Nova São Paulo, 2010
BUBECK Mark I. O Adversário. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
LAHAYE Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica .CPAD. Rio de Janeiro, 2010
BUBECK Mark I. O Reavivamento Satânico. Edições Vida Nova. São Paulo, 1993
DAMASCENO Fábio. A Cura Interior. Editora Vinde. Rio de Janeiro, 1997
CHAFFER. Lewis Sperry Vol.1&2.Editora Hagnus. São Paulo, 2003
Bíblia King James – Atualizada
CAMOSTRINI, Hildomar – O Homem de Adão a Cristo. Edição do Autor. Distribuição Ebar Editora. Rio de Janeiro, 1995
SILVA. Severino Pedro da. O Homem Corpo Alma e Espírito. CPAD. Rio de Janeiro, 2001
LA HAYE, Tim. Temperamentos Transformados . Editoras Mundo Cristão. São Paulo 2008
NEE, Watchman. KISTEMAKER, Simon. Tiago e Epístolas de João – Comentário do Novo Testamento. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2016
NEE Watchman. O Homem Espiritual – Vol 1. Editora Betania. Belo Horizonte, 2002