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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Lição 04 – O Senhor e Salvador Jesus Cristo - 23.07.17 - EBD CPAD

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos
João 1.1-14
                                                          Por: Pr. João Barbosa                                                         
O estado pre-encarnado de Cristo: O Antigo e o Novo Testamento apresentam claramente que Cristo é o Filho eterno de Deus.

Como Filho, ele é eternamente submisso ao Pai, fato evidenciado na eternidade passada pela sua boa vontade em submeter-se à vontade do Pai para ser o Redentor da humanidade.

Jesus proclamou: “Então, disse: eis aqui venho no princípio do livro está escrito de mim, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: sacrifício e oferta, e holocausto, e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram, então, disse: eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb 10,7-10).

Enquanto esteve na terra Cristo sempre obedeceu à vontade do Pai (Jo 15.10). Jesus sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz (Fp 2.6-8).

Na eternidade vindoura, Cristo ainda se submeterá ao Pai. Assim escreveu Paulo: “Depois, virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.

Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. O ultimo inimigo que há de ser aniquilado é a morte. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Co 15.24-26,28).

A filiação eterna de Cristo segundo o NT: Como a segunda pessoa da Santíssima Trindade Cristo não teve começo. João escreveu: “No princípio, era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus” (Jo 1.1).

Na realidade, “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). Paulo acrescentou: “Nele foram criadas todas as coisas que há nos céu e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.16,17).
Jesus orou: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5).

“Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58). Cristo é o Filho eterno do Pai eterno. Quando ele disse: “Eu e o pai somos um” (Jo 10.30). “Os judeus pegaram em pedras” (Jo 10.31), reivindicando o direito de mata-lo “Pela blasfêmia, porque, sendo tu homem te fazes Deus a ti mesmo” (Jo 10.33).

Na carta do apóstolo Paulo aos Colossenses 1.15 é dito acerca de Jesus o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação. Justino Mártir diz que esse texto aponta para a divindade de Cristo, em contraste com a sua humanidade.

Novaciano do terceiro século de nossa era, ao referir-se a presente passagem diz que Cristo é unigênito por ser divino; porque na qualidade de palavra divina em relação ao Pai, era o unigênito, mas que a criação subsequente de outros seres fez dele o primogênito.

Portanto, esse é um título que indica posição, e não começo no tempo, embora essa relação com o mundo tenha começado dentro do tempo. Porém, o que é dito acerca da relação não pode ser aplicada ao ser essencial que não teve princípio.

A filiação eterna de Cristo segundo o AT: O Salmista escreveu: “Eu, porém, ungi o meu rei sobre o meu santo monte Sião. Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu filho; eu hoje te gerei.
Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão. Beijai o filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem aventurados todos aqueles que nele confiam (Sl 2.6-8,12).

Provérbios acrescenta: “Quem subiu ao céu e desceu? Quem cerrou o vento nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho, se é que o sabes” (Pv 30.4). Uma das extraordinárias provas da filiação e deidade pré encarnada de Cristo do AT é a sua aparição como “o anjo do Senhor”.

O mensageiro de Jeová é Jeová. No AT o termo “Jeová” (Senhor) é exclusivamente usado em alusão a Deus. E o próprio Deus proclamou: Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor Jeová e não há outro (Is 45.18).

Deus diz que este título é o seu “nome”, dizendo: “Eu sou o Senhor Jeová. E eu apareci a Abraão e a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo Poderoso, mas pelo meu nome, o Senhor, não lhe fui perfeitamente conhecido” (Ex 6.2,3).

O mensageiro do Senhor é Jeová: Este ponto está claro quando ele apareceu a Moisés, pois “apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça” (Ex 3.2).
No v.7, ele é chamado “O Senhor (Jeová),” e no v. 14, ele dá o seu nome como “Eu sou o que Sou”. 

Em outros lugares do AT, o mensageiro do Senhor é chamado Deus.
Em Gn 18.1, um dos mensageiros (anjos) que apareceu a Abraão se chamava Jeová (“o Senhor”). Quando os outros dois anjos partiram para Sodoma, lemos: “Abraão ficou ainda em pé diante da face do Senhor (Jeová)” (Gn 18.22).

Semelhantemente, “o anjo do Senhor” que apareceu a esposa de Manuá (Jz 13.3) aceitou e respondeu a oração de Manuá, que ele “orou instantemente ao Senhor e disse: Há Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer” (Jz 13.8). Na realidade, Manuá lhe perguntou qual era o seu nome, ele disse que o seu nome era maravilhoso (Jz 13.18; Is 9.6).

O anjo do Senhor é uma pessoa diferente do Senhor. No AT, vez ou outra o anjo do Senhor, que é o Senhor, falou com outra pessoa que é chamada “o Senhor” “Jeová”.
Por exemplo, Zacarias registrou: “Então, o anjo do Senhor respondeu e disse: Ó Senhor dos exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos. Respondeu o Senhor (Jeová), ao anjo” (Zc 1.12,13).

O mesmo tipo de conversa aconteceu entre o Pai e o Filho no Sl 110.1, onde Davi escreveu: “Disse o Senhor (Jeová) ao meu Senhor (Adonai): Assenta-te á minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.

Em Mt 22.42,45 Jesus confirmou esta interpretação do texto. No Sl 45, o Pai fala com o Filho dizendo: “O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade” (Sl 45.6; Hb 1.8).

O anjo do Senhor é Cristo. O anjo do Senhor é a segunda pessoa da trindade, verdade derivada de duas linhas de evidências importantes. Primeiro, o anjo do Senhor no AT desempenha o mesmo papel que Cristo desempenha no NT. O Pai é quem planeja e envia o Redentor, o Filho é quem é o Redentor, e o Espírito Santo é quem convence e aplica a redenção àqueles que são redimidos.

Segundo, assim que o Filho, Cristo, entrou em permanente forma encarnada (Jo 1.1,14; 1Jo 4.2) nunca mais o anjo do Senhor aparece, embora um anjo apareça de vez em quando (At 12.7). Nenhum anjo que ordena ou aceita adoração ou afirma ser Deus jamais aparece novamente.

O Cristo pré-existente se fez carne (Jo 14.15):
Nesse prólogo de profunda revelação divina o apóstolo inspirado apresenta o Cristo histórico do Evangelho na sua pré-existência eterna, sua divindade, sua obra criadora, sua relação com o pai, sua encarnação, sua missão redentora, sua revelação, sua graça e sua glória.

Jesus Cristo é o verbo eterno, a luz da vida em sua expressão real, perfeita, completa e infinita. O verbo eterno que se fez carne revelou a natureza e a paternidade de Deus, revelou o plano divino da salvação do homem e revelou seu amor, sua justiça, sua santidade, sua verdade e sua glória.

No princípio, isto é, antes que existissem quaisquer seres celestes, humanos ou animais, o verbo estava face a face com Deus.
No Filho unigênito de Deus estava a vida na sua essência e na sua maravilhosa expressão. E a vida que estava no Verbo era a luz dos homens – luz intelectual, luz moral, luz espiritual, luz divina.

Jesus Cristo é a revelação plena e perfeita de Deus aos homens: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.3-6).
Luz é figura da verdade e do conhecimento. A luz dissipa as trevas e permanece: “Eu, que sou a luz, vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12.46).

Verdadeiramente, “em ti está a fonte da vida; na tua luz, veremos a luz” (Sl 39.9). A luz divina, que é Jesus Cristo, o Filho de Deus, tem não somente o testemunho da verdade, mas até o testemunho humano de que ele é a vida e a luz.

Deus mesmo providenciou este testemunho na pessoa de João Batista. Sua missão singular e gloriosa era de testemunhar que Jesus Cristo era o Verbo eterno e verdadeiro Deus, a luz dos homens para iluminar os corações que jazem nas trevas do pecado e da morte (Jo 1.26-34).

Jesus Cristo, que era a luz, já estava no mundo que ele criou, mas o mundo não o conheceu (Jo 1.10,11). O mundo, na sua incredulidade e depravação, já não podia conhecer o seu criador. Entretanto, havia, na terra, um povo que devia conhecê-lo: era o povo de Israel, o povo escolhido de Deus, a quem através de milênios se havia revelado e lhe havia manifestado seu santo nome, sua personalidade, sua misericórdia e seu amor.

É deste Cristo histórico que testificam a Santíssima Trindade (Mt 3.13-17) e João Batista (Jo 1.15-34) e, ainda, todos os apóstolos, os evangelistas e os discípulos de Cristo, em todos os tempos. E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.14).

Somente Jesus Cristo é cheio de graça, porque ele é Deus. Maria, a bendita virgem e mãe de Jesus, não era cheia de graça, mas, como afirma o texto sagrado, agraciada. Maria recebeu a graça de Deus e não é despenseira da graça. A graça pertence a Deus, e somente ele é quem distribui a quem ele quer.
  
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
GIOIA Egídio. Notas e Comentários À Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerpe – Rio de Janeiro, 1981
CAMPOS. Heber Carlos de. O Ser de Deus e os seus atributos. Coleção Fé evangélica. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2002
BERKHOF Louis. Teologia Sistemática.  Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2015
GEISLER, Norman.Teologia Sistemática. CPAD. RJaneiro 2010.
CHAMPLIN, R. N. PHD. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vol.5. Edit Hagnus. São Paulo, 2012

 A Bíblia Apologética com Apocrifos. ICP – Edição Ampliada – RJaneiro, 2015

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