Igreja Evangélica Assembleia de Deus
em Abreu e Lima Pernambuco
Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios
Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
Lição 03 – - 16.07.17 - EBD CPAD
1Co
12.4-6; 2Co 13.13
Por: Pr. João Barbosa e Prof. Laudicéa Barboza
No princípio era o verbo, e o
verbo estava com Deus e o verbo era Deus (Jo 1.1).
João está apresentando a
genealogia sobrenatural e divina de Jesus Cristo, o eterno filho de Deus.
Jesus Cristo é o LOGOS divino,
o VERBO eterno que se fez carne e habitou entre nós.
B.H.Caroll distingue três
elementos essenciais da divindade do LOGOS:
a) A eternidade absoluta de
seu ser: “No princípio era o VERBO”.
b) A personalidade distinta
de seu ser: “E o VERBO estava com Deus” – duas pessoas juntas.
c) Natureza e essência da
Deidade: “E o verbo era Deus”.
W.C.Taylor, interpretando o
termo LOGOS, diz: “O termo LOGOS não significa somente Razão, mas a fala com
que a razão se comunicou aos homens...”
O termo LOGOS tem duas linhas
na sua hereditariedade...
Para o grego, o LOGOS era a
razão que procede de Deus. Para o hebreu, o LOGOS era a Vontade e
Plano de Deus
entrando na história, para guia-la e controlar seu curso...
A ideia hebraica é a mais
forte no significado resultante do vocábulo. O LOGOS é a plena expressão da
mente divina e do seu coração, no tocante a redenção do homem...
O LOGOS de Deus, sua
expressão de si mesmo, tomou para si uma realidade perfeita.
A expressão “no princípio”,
nos versos 1 e 2, evidentemente “significa na eternidade”, pois o VERBO é o
eterno Filho de Deus. É o próprio Deus.
Esta mesma expressão “no
princípio”, acha-se também em Gênesis 1.1, porém se refere ao princípio ou
origem ou começo de todas as coisas existentes pelo ato criador de Deus, em
sentido absoluto da criação da matéria não existente, e que Deus criou-a do
nada; e, também, dos seres celestiais e tudo quanto possa existir como criação
de Deus.
Ainda temos a expressão
“desde o princípio”, em João 8.44, que, indubitavelmente, não tem o mesmo
sentido da de João 1.1,2, mas se refere ao começo de um ato de rebelião de um
ser angélico criado por Deus, que é o diabo, e que, portanto, não era eterno.
2) A Trindade e a Triunidade
de Deus
Os termos Trindade e
Triunidade referindo-se a Deus, não se acham na Escritura Sagrada.
TRINDADE DIVINA não significa
três deuses num só nem três pessoas numa só, e nem significa que Deus se
manifesta em três modos diferentes.
A Escritura nos revela “Deus
uno em essência e em três pessoas distintas eternas e iguais”.
“Essência é aquilo que faz
que uma coisa seja o que é: natureza íntima das coisas”.
“Em Deus há três pessoas
distintas e uma só divindade”.
As três pessoas da SANTÍSSIMA
TRINDADE têm uma só essência, uma só personalidade, que chamamos TRIUNIDADE de
Deus.
a) O Pai é Deus: “Trabalhai
não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a
qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu seu selo” (Jo
6.27).
b) O Filho é Deus: “No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1)
c) O Espírito Santo é Deus:
“Ananias, porque Satanás encheu o teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo e retivesses parte do preço do terreno?... Não mentiste aos homens, mas a
Deus” (At 5.3,4).
Deus é uno em essência e em
três pessoas DISTINTAS.
“A essência de Deus é única e
indivisível, mas tem três modos de subsistência, e não três modos de
manifestação. A pluralidade da Divindade não é a pluralidade de essência, mas
pluralidade pessoal”.
Portanto, a essência de Deus
é única e indivisível, em três pessoas distintas e em três modos de
subsistência.
Por isso o nome da
TRIUNDIDADE DIVINA é: “EU SOU O QUE SOU”. EU SEREI O QUE SEREI”.
Deus é uno em essência e em
três pessoas eternas.
O modo da triúna existência
de Deus é inescrutável. Entretanto, a Escritura nos revela Deus nessa inescrutável
existência eterna, e nós pela graça de Deus, CREMOS. E isso nos basta.
E negar a doutrina da
TRINDADE E TRIUNIDADE de Deus porque é inescrutável ao homem, é pecado de
presunção, pois o homem finito jamais poderá definir o Infinito.
Negar a TRINDADE de Deus é
negar a Verdade da Palavra de Deus. Negar a TRINDADE é negar que Jesus Cristo é
a Verdade.
Negar a TRINDADE é negar o
Espírito da Verdade. Negar a TRINDADE é negar que Cristo é o verdadeiro Deus
(1Jo 5.20).
Entre os muitos heréticos que
negam a TRINDADE DIVINA acham-se os modernos “Testemunhas de Jeová” e os “Mórmons”.
Sua literatura é
perniciosíssima, saturada de erros bíblicos de toda sorte, exatamente porque
negam a doutrina da Trindade.
Mas a doutrina da trindade
nos fornece a chave de todas as outras doutrinas bíblicas. Quem erra na
doutrina da trindade, errará fundamentalmente em todas as demais doutrinas da
Bíblia Sagrada.
A base bíblica para
compreender a doutrina da trindade:
Embora esse termo Trindade
aplicado a Deus Pai, Filho e Espírito Santo só tenha sido mencionado pela
primeira vez por Tertuliano aproximadamente no ano 220 a.D, uma leitura atenta
da Bíblia nos mostra que ambos os Testamentos fazem referência a essa matéria
de maneira muito clara.
Veremos a seguir algumas
evidências textuais da doutrina da trindade no NT.
Textos
sobre o batismo de Jesus:
(Mt 3.13-17; Mc 1.9-11; Lc 3.21-23; Jo
1.32-34). Estas passagens falam do filho encarnado que está diante de João
Batista para ser batizado enquanto o Espírito desce do céu tomando a forma
corpórea de uma pomba e ao mesmo tempo ouve-se a voz do Pai dizendo algo sobre
o Filho amado.
Nesses textos percebe-se três
pessoas que aparecem simultaneamente, e não três modos diferentes da mesma
pessoa se apresentar, como pensam os modalista.
Embora a ênfase maior da
pessoa recaia sobre o Pai (que fala) e o filho que está sendo batizado,
todavia, o Espírito aparece de forma distinta das outras duas pessoas.
Textos
sobre a fórmula batismal:
(Mt 28.16-20; Mc 16.15-18).
Os textos sobre o batismo de Jesus mostram a presença simultânea das três
pessoas de uma forma bem distinta.
Textos
sobre a bênção apostólica:
(1Co 13.13). Esta passagem bíblica nos mostra
de maneira clara as três pessoas sendo apontadas como as beneficiadoras dos remidos
de Deus.
Deve-se observar que esse
texto mostra que as funções abençoadoras de cada uma das três pessoas tem um
caráter pessoal.
A graça, o amor e a comunhão
são propriedades de pessoas, não de energias ou de poderes. Há três pessoas
distintas claramente ensinadas nessa passagem.
Ap 1.4,5 também nos mostra as
três pessoas juntas, mas com nomenclaturas diferentes. Neste texto o
Pai é
chamado àquele que era, que é e que há de vir e aquele que está no trono; o
Filho, Jesus Cristo, é chamado de a fiel testemunho o primogênito dos mortos e
o soberano dos reis da terra;
O Espírito é chamado de “os
sete Espíritos de Deus”. Portanto, graça, paz e amor vêm desse Deus Triuno.
O curioso é que a bênção
aarônica de Nm 6.24-27 também mostra uma forma triúna à luz do ensino do NT
(2Co 13.13).
Textos
gerais sobre a Trindade:
(1Co 12.4-6). Nesta passagem
há novamente a menção das três pessoas exercendo funções diferentes na
capacitação da igreja. O Espírito é o mesmo que distribui os dons para os
membros do corpo (v.4);
o Filho que aqui é chamado de
Senhor, é quem, determina o lugar onde os membros do corpo vão trabalhar (v.5);
e o Pai é quem dá a diversidade das realizações dos membros do corpo (v.6).
(Ef 4.4-6).
Nesta passagem,
Paulo trata da unidade do corpo, dando várias evidências da mesma. A
característica importante é que essa unidade gira em torno das três pessoas da
trindade. Há um só Espírito, um só Senhor e um só Deus e Pai de todos.
A Trindade, como no texto de
1Co 12.4-6, é a mola mestra da vida do corpo (a igreja). Sem as pessoas da
trindade o corpo (a igreja) não pode funcionar.
(1Pe 1.1,2). Enquanto as duas
passagens acima têm a ver com a capacitação da igreja, esta tem a ver com a
obra sotereológica das pessoas da Trindade.
O Pai é o responsável pela eleição,
segundo a sua presciência; a obra da redenção dos pecadores é feita pela
aspersão do sangue de Jesus Cristo, o Filho, e a santificação dos eleitos e
redimidos é feita pelo Espírito Santo.
(Jd 20-22). Esta passagem também
nos mostra as três pessoas novamente exercendo funções diferentes na vida dos
santos.
O Pai é quem guarda os santos
no seu amor. O Filho é a expressão da misericórdia divina, na qual os santos
devem esperar. O Espírito é o que edifica os santos na fé santíssima, ou seja,
no corpo de doutrina recebido, a mesma fé que uma vez foi entregue aos santos.
CONCLUSÃO:
A Trindade é uma doutrina com
sólidos fundamentos bíblicos e, mesmo sem conhecer essa terminologia os
cristãos do período apostólico reconheciam essa verdade.
Essa doutrina está implícita
no AT, pois há declarações que indicam claramente a pluralidade na unidade de
Deus (Gn 1.26; 3.22; 11.6,7; Is 6.8-11)
Em Is 6.8-11 há de forma bem
clara uma manifestação da Triunidade de Deus, pois deis o Pai está assentado no
Trono enquanto o profeta Isaias está falando da pessoa do Filho (Mt 13.13-15;
Jo 12.38-41), e do Espírito Santo (At 28.25-27).
Apesar da ênfase da doutrina
monoteísta com o shemá: “Ouve,
Israel, o Senhor, nosso Deus é o único Senhor” (Dt 6.4), reafirmada pelo Senhor
Jesus Cristo (Mc 12.29), o AT mostra que a unidade de Deus não é absoluta.
O NT revela que essa
pluralidade se restringe ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo (Mt 28.19; 1Co
12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2).
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr.
Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim
vivemos. CPAD RJaneiro 2017
GIOIA Egídio. Notas e Comentários À
Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerpe – Rio de Janeiro, 1981
CAMPOS. Heber Carlos de. O Ser de Deus e
os seus atributos. Coleção Fé evangélica. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2002
BERKHOF Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2015
A
Bíblia Apologética com Apocrifos. ICP – Edição Ampliada – RJaneiro, 2015
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