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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Lição 04 - O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas - 24.07.16 EBD CPAD

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
Atos 8.26-40

Reflexão: A missão do evangelista é falar de Cristo a todos, em todo lugar e tempo, por todos os meios possíveis.

Nesta lição analisaremos a missão do evangelista, um dom ministerial ao lado de outros dons de grande importância para a igreja como o de pastor, apóstolos, profetas e doutores.

A Bíblia fala muito pouco sobre esse dom ministerial de evangelista, pois só encontramos três vezes no NT (At 21.8; 2Tm 4.5; Ef 4.11).
Nem por isso, o papel do evangelista pode ser considerado de menor importância no contexto dos ofícios ministeriais que contribuem para o crescimento e para a edificação da igreja do Senhor Jesus Cristo.

No entanto, a tradição do governo da igreja do Senhor Jesus Cristo, tem levado a entender que o evangelista é um cargo ou uma função hierárquica, inferior a de pastor, ou de apóstolos e doutores, mas superior ao de presbíteros.

Porém, à luz da boa hermenêutica ou interpretação dos textos bíblicos, podemos constatar que não são bem assim.
Há homens dentre os que se colocam à disposição da obra do Senhor, que têm uma vocação profunda e prioritária para a pregação do evangelho do Senhor, para a proclamação das boas novas.

Estes são os evangelistas (At 20.8; 8.4-11; 2Tm 4.5; Ef 4.11).
Embora as Escrituras do NT mencione como evangelista, apenas Filipe e Timóteo (At 21.8; 2Tm 4.5), Pedro foi um dos grandes evangelistas e ganhador de almas e pregador das multidões (At 2.37-41; 4.4.

Paulo pregava publicamente e pelas portas (At 20.20,21). Os evangelistas são os pioneiros no trabalho da propagação do evangelho.
Alguém já disse que os evangelistas são os que abrem as trilhas que depois se transformam em auto-estrada por onde caminham as grandes multidões.
Na vida dos evangelistas se cumpre o disse Jeremias 16.16: ...
Eis que enviarei muitos pescadores, diz o Senhor, os quais os pescarão sobre todo o mente, e sobre todo o outeiro, e até nas fendas das rochas.

E o próprio Jesus confirmou estas palavras aos seus discípulos: “E Jesus lhes disse: vinde após mim e vos farei pescadores de homens. E, deixando logo as redes o seguiram” (Mc 1.17; Lc 5.10).

Um dia Deus perguntou ao profeta Isaias: A quem enviarei? E quem há de ir por nós? O profeta respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8).

Os evangelistas são concedidos à igreja como um “dom” divino à mesma, a fim de expandir as suas fronteiras e aumentar o número dos salvos em Cristo.
 Pois, os evangelistas não ganham almas para si, mas, para o Reino de Deus.

O vocábulo missionário, conforme é usado em nossos dias, é o que está mais próximo da ideia dos evangelistas dos dias do NT, do que a palavra evangelista quando aplicada aos pregadores itinerantes que fazem das igrejas locais o centro de suas atividades.
Na vocação de Abraão (Gn 12.1-4), Deus prometeu abençoá-lo bem como a sua posteridade.

Esta passagem de Gênesis é uma das pedras fundamentais da missão cristã, pois os descendentes de Abraão por meio de quem todas as nações estão sendo abençoadas é Cristo e todos aqueles que são salvos pela pregação do evangelho.

Se pela fé pertencemos a Cristo, somos filhos espirituais de Abraão e temos uma responsabilidade pela raça humana. Assim também os profetas do AT. profetizaram que Deus faria de Cristo o herdeiro e a luz das nações (Sl 2.8; Is 42.6; 49.6).

Quando Jesus veio ele concordou com estas promessas, embora o ministério terreno de Jesus tenha ficado restrito às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10. 6; 15.24).
No entanto, ele acrescentou que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus (Mt 8.11 Lc 13.29).

E depois de ressuscitado ele declarou: “É me dado todo o poder, em cima dos céus e embaixo na terra” (Mt 28.18).

Em consequência dessa autoridade universal ele ordenou aos seus apóstolos e seguidores que fizessem discípulos de todas as nações (Mt 28.19).
Os cristãos primitivos começaram essa evangelização logo de Pentecostes (At 1.8; 2.1-4, 37-41; 8.4-8; 11.19-24).

O fim da história só virá quando o evangelho alcançar os confins da terra (Mt 24.14;28.20; At 1.8).
Patriarcas, reis e profetas, todos evangelizaram ou falaram acerca de Cristo conforme declara o apóstolo Pedro:

“Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma. Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.

Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem atentar (1Pe v1.9-12).
Há homens que têm vocação para cuidar do rebanho, que são os pastores, enquanto há outros que são mais usados por Deus para atuar na área do ensino da Palavra.

Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr. Claudionor de .Andrade
ANDRADE, Claudionor. O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura. CPAD. RJaneiro 2016
RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. CPAD. Rio de janeiro
KOHL, Manfred Waldemar e BARRO Antonio Carlos (Organizadores). Missão Integral Transformadora. Editora Descoberta. Paraná 2006
RAMOS Rbson. Evangelização no Mercado pós-Moderno. Editora Ultimato Ltda, Minas Gerais, 2003
GONZALEZ, Justo.L e ORLANDI, Carlos Cardoza. História do Movimento Missionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2008
WINTER Ralph e outros
Perspectivas no Movimento Cristão Mundial. Editora Vida Nova. São Paulo, 2009

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