Abordagem de Conteúdos
Transversalizados com o Tema em Estudo
Atos 8.26-40
Reflexão: A missão do evangelista é falar de Cristo a todos, em
todo lugar e tempo, por todos os meios possíveis.
Nesta
lição analisaremos a missão do evangelista, um dom ministerial ao lado de
outros dons de grande importância para a igreja como o de pastor, apóstolos,
profetas e doutores.
A
Bíblia fala muito pouco sobre esse dom ministerial de evangelista, pois só
encontramos três vezes no NT (At 21.8; 2Tm 4.5; Ef 4.11).
Nem
por isso, o papel do evangelista pode ser considerado de menor importância no
contexto dos ofícios ministeriais que contribuem para o crescimento e para a
edificação da igreja do Senhor Jesus Cristo.
No
entanto, a tradição do governo da igreja do Senhor Jesus Cristo, tem levado a
entender que o evangelista é um cargo ou uma função hierárquica, inferior a de
pastor, ou de apóstolos e doutores, mas superior ao de presbíteros.
Porém,
à luz da boa hermenêutica ou interpretação dos textos bíblicos, podemos
constatar que não são bem assim.
Há
homens dentre os que se colocam à disposição da obra do Senhor, que têm uma
vocação profunda e prioritária para a pregação do evangelho do Senhor, para a
proclamação das boas novas.
Estes
são os evangelistas (At 20.8; 8.4-11; 2Tm 4.5; Ef 4.11).
Embora
as Escrituras do NT mencione como evangelista, apenas Filipe e Timóteo (At
21.8; 2Tm 4.5), Pedro foi um dos grandes evangelistas e ganhador de almas e
pregador das multidões (At 2.37-41; 4.4.
Paulo
pregava publicamente e pelas portas (At 20.20,21). Os evangelistas são os
pioneiros no trabalho da propagação do evangelho.
Alguém
já disse que os evangelistas são os que abrem as trilhas que depois se
transformam em auto-estrada por onde caminham as grandes multidões.
Na
vida dos evangelistas se cumpre o disse Jeremias 16.16: ...
Eis
que enviarei muitos pescadores, diz o Senhor, os quais os pescarão sobre todo o
mente, e sobre todo o outeiro, e até nas fendas das rochas.
E
o próprio Jesus confirmou estas palavras aos seus discípulos: “E Jesus lhes
disse: vinde após mim e vos farei pescadores de homens. E, deixando logo as redes
o seguiram” (Mc 1.17; Lc 5.10).
Um
dia Deus perguntou ao profeta Isaias: A quem enviarei? E quem há de ir por nós?
O profeta respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8).
Os
evangelistas são concedidos à igreja como um “dom” divino à mesma, a fim de
expandir as suas fronteiras e aumentar o número dos salvos em Cristo.
Pois, os evangelistas não ganham almas para
si, mas, para o Reino de Deus.
O
vocábulo missionário, conforme é usado em nossos dias, é o que está mais
próximo da ideia dos evangelistas dos dias do NT, do que a palavra evangelista
quando aplicada aos pregadores itinerantes que fazem das igrejas locais o
centro de suas atividades.
Na
vocação de Abraão (Gn 12.1-4), Deus prometeu abençoá-lo bem como a sua
posteridade.
Esta
passagem de Gênesis é uma das pedras fundamentais da missão cristã, pois os
descendentes de Abraão por meio de quem todas as nações estão sendo abençoadas
é Cristo e todos aqueles que são salvos pela pregação do evangelho.
Se
pela fé pertencemos a Cristo, somos filhos espirituais de Abraão e temos uma
responsabilidade pela raça humana. Assim também os profetas do AT. profetizaram
que Deus faria de Cristo o herdeiro e a luz das nações (Sl 2.8; Is 42.6; 49.6).
Quando
Jesus veio ele concordou com estas promessas, embora o ministério terreno de
Jesus tenha ficado restrito às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10. 6;
15.24).
No
entanto, ele acrescentou que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão
lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus (Mt 8.11 Lc 13.29).
E
depois de ressuscitado ele declarou: “É me dado todo o poder, em cima dos céus
e embaixo na terra” (Mt 28.18).
Em
consequência dessa autoridade universal ele ordenou aos seus apóstolos e
seguidores que fizessem discípulos de todas as nações (Mt 28.19).
Os
cristãos primitivos começaram essa evangelização logo de Pentecostes (At 1.8;
2.1-4, 37-41; 8.4-8; 11.19-24).
O
fim da história só virá quando o evangelho alcançar os confins da terra (Mt 24.14;28.20;
At 1.8).
Patriarcas,
reis e profetas, todos evangelizaram ou falaram acerca de Cristo conforme
declara o apóstolo Pedro:
“Alcançando
o fim da vossa fé, a salvação da alma. Da qual salvação inquiriram e trataram
diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando
que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles,
indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir
e a glória que se lhes havia de seguir.
Aos
quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam
estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito
Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos
desejam bem atentar (1Pe v1.9-12).
Há
homens que têm vocação para cuidar do rebanho, que são os pastores, enquanto há
outros que são mais usados por Deus para atuar na área do ensino da Palavra.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD
- 3º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr. Claudionor de .Andrade
ANDRADE, Claudionor. O
Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as
Boas-Novas a toda criatura. CPAD. RJaneiro 2016
RENOVATO, Elinaldo. Dons
Espirituais e Ministeriais – Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário. CPAD. Rio de janeiro
KOHL, Manfred Waldemar e
BARRO Antonio Carlos (Organizadores). Missão Integral Transformadora. Editora
Descoberta. Paraná 2006
RAMOS Rbson.
Evangelização no Mercado pós-Moderno. Editora Ultimato Ltda, Minas Gerais, 2003
GONZALEZ, Justo.L e
ORLANDI, Carlos Cardoza. História do Movimento Missionário. Editora Hagnus. São
Paulo, 2008
WINTER Ralph e outros
Perspectivas no
Movimento Cristão Mundial. Editora Vida Nova. São Paulo, 2009
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