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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Dons de Revelação - Lição 03 – 2º. Tri EBD CPAD – 20.04.2014

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: 1Co 12.8,10; At 6.8-10; Dn 2.19-22     
  
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1. Analisar o dom da palavra de sabedoria.
2. Compreender o dom da palavra da ciência.
3. Saber a respeito do dom de discernimento dos espíritos.

CONSIDERAÇÕES:
Os dons de revelação podem ser classificados por categorias conforme encontramos nos capítulos 12, 13 e 14 de 1Coríntios, a saber: a) Palavra da sabedoria, b) Palavra do conhecimento ou ciência, c) Discernimento de espíritos.
Os dons de revelação constituem-se no cuidado de Deus em conceder aos crentes em Cristo, capacidade sobrenatural de compreender e transmitir as coisas mais profundas do Espírito de Deus, de forma tal que a multiforme sabedoria de Deus na igreja, possa ser conhecida dos principados e potestades – nos céus (Ef 3. 8-10).
Os dons de revelação podem identificar a origem, os meios e os propósitos de muitas falsas doutrinas que surgem a cada dia, no meio evangélico. O apóstolo Paulo advertiu aos presbíteros acerca do surgimento de falsos ensinadores ao  se dirigir aos irmãos da seguinte forma:
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com o seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós, lobos cruéis, que não pouparão o rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas para atrair os discípulos após si”. (At 20.28-30).
Quando as igrejas locais têm esses dons, as diferenças de serviços e ministérios dinamizam o trabalho na igreja (1Co 3.10), como aconteceu no caso dos diáconos em Jerusalém e nas discussões sobre a circuncisão (At 6.1-7; 15.11-21).
Dom da sabedoria – Paulo entendia plenamente que há uma sabedoria do Espírito de Deus operando na igreja (1Co 2.9-11). Há exemplos da operação desse dom no AT – Quando o Senhor encheu de sabedoria os homens que iam trabalhar na construção do Tabernáculo (Ex 36.1,2).
Esse dom da sabedoria geralmente aparece em momentos especiais, como foi no caso de José, quando interprertou o sonho de Faraó e administrou os empreendimentos do rei (Gn 41.14-41). A sabedoria de Deus na vida de Salomão quando resolveu o problema de duas mulheres que se diziam mãe do mesmo menino (1re 3.18-28; 4.29,30), e no ministério de Jesus (Mt 13.54-56; Mc 6.1-3).
Dom da palavra do conhecimento ou da ciência (1Co 12.8) – Trata-se de uma mensagem inspirada pélo Espírito Santo revelando conhecimento a respeito de pessas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas profundas, onde só pelo Espírito será possível compreender (1Co 2.7-11).
Alguns estudiosos dessa doutrina acreditam que esse dom está ligado ao dom espiritual de mestre (Ef 4.11,12). Outros pensam que este dom tem estreito relacionamento com o dom de profecia (1Co 14.24,25).
O dom da palavra do conhecimento ou da ciência, traz compreensão aos princípios básicos e doutrinários (1Co 1.5; Rm 15.14). O AT é pródigo em revelar a manifestação desse dom na vida de alguns homens. Jacó quando abençoou os dois filhos de José, Manassés e Efraim (Gn 48. 11-20), e na bênção dada as doze tribos em (Gn 49.1-28).
Na vida de Moisés nas planícies de Moabe, em suas últimas palavras ele abençoou as tribos e revelou como seria o futuro dos filhos de Israel (Dt 33.6-25). Este dom do conhecimento ou da ciência operou profundamente na vida e no mistério de Daniel ao lembrar ao rei da Babilônia o seu sonho que os sábios da Babilônia diziam ser impossível revelar (Dn 2.3-5, 10,19-47).
Esta palavra do conhecimento traz luz aos princípios bíblicos e doutrinários. Temos ainda os casos de Eliseu que revelava ao rei de Israel os planos do rei da  Síria (2Re 6.8-12), e do profeta Samuel que anunciou a Saul que as jumentas do seu pai haviam sido encontradas (1Sm 9.15-20). Este dom atuou na vida de Pedro quando desmascarou a farsa de Ananias e Safira (AT 5.1-11). Este dom revela coisas que não são percebidas pela visão natural (1Sm 16.7; Jo 2.24,25).
Através desse dom o crente penetra nas profundezas de Deus (Ef 1.17-19), pois em Cristo estão escondidos todos os mistérios da sabedoria e da ciência (Cl 2.2,3). Este dom deve ser exercido no meio da igreja, pois Deus quer que este conhecimento profundo e sobrenaturtal esteja à disposição de todo os crentes (1Co 2.9). O dom da ciência é o conhecimento profundo, dado por Deus para compreendermos as coisas divinas e as coisas dos homens que estão além do conhecimento natural (1Co 2.14,15).
Dom do discernimento de espírito (1C0 12.10) – Este dom é um poder sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, capacitando o crente a distinguir entre as operações do Espírito Santo e as operações de espíritos enganadores (1Tm 4.1; 1Jo 4.1). Existem muitos homens dotados de poderes espirituais e psíquicos, que pertencem ao reino das trevas, mas aparecem disfarçados como se pertencessem ao reino da luz, conforme adverte o apóstolo Paulo (2Co 11.14), o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
Em Filipos, uma pitonisa procurou enganar os apóstolos Paulo e Silas com o objetivo de impedir a propagação do evangelho naquela cidade dizendo “...Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela, e,  na mesma hora saiu” (At 16.16-18). Aquele demônio agia como se fosse uma revelação de Deus, quando na verdade era uma manifestação de um espírito de demônio.
Em seu ministério terreno, o homem Jesus tinha este dom de discernimento de espírito (Jo 2.24,25; Mt 7.15-20). O Espírito Santo é quem efetua todos os dons espirituais. Nada vem do homem, e o homem não serve de causa secundária. Na grande causa – a obra de Deus, todos esses dons estão unidos como se fossem um só. Um único efeito, portanto a unidade essencial é preservada.
O exercício dos dons espirituais, pois, não podem servir de base para divisão na igreja, os dons não devem criar nem herois, nem facções, pois somente o Senhor Jesus Cristo deve ser glorificado – “Portanto, ninguém se glorie nos homens, porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (1Co 3. 21-23).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).RENOVATO, Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD - GRUDEM, Wayne. O Dom de Profecia – Do NT aos dias atuais. São Paulo, 2004. Edit.Vida - GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva.São Paulo, 2004 Edit.Vida - BARCLAY, William. As Obras da Carne e o fruto do Espírito. Vl 2. São Paulo, 2000. Edit. Vida Nova - SOUZA, Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná. 2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda. - CARSON. A. D. A manifestação do Espírito – A Contemporaneidade dos dons à luz de 1º. Coríntios 12 a 14. São Paulo, 2013. Edit. Vida Nova   KUYPER Abraham. A Obra do espírito – O Espírito Santo em ação na igreja e no indivíduo. São Paulo, 2-010. Ed.Cultura Cristã. CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus

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