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sábado, 12 de outubro de 2019

O Menino Samuel.2


O Menino Samuel.2
Texto Bíblico: 1Samuel 1.20-28
Por: Pr. João Barbosa
Elcana era um levita que vivia nos montes de Efraim. Embora fosse homem de grande riqueza e influência era um dos que temia ao Senhor naqueles tempos de decadência espiritual em Israel. Sua esposa, Ana, era uma mulher piedosa e fervorosa, meiga e humilde. Seu caráter se distinguia por um grande ardor e fé elevada.

A bênção tão ansiosamente buscada por todo hebreu era negada a esse bom casal. Seu lar não se alegrava com vozes infantis e o desejo de perpetuar seu nome levou Elcana assim como já havia levado muitos outros hebreus a contrair um segundo matrimônio. Mas este passo, motivado pela falta de fé em Deus, não trouxe a felicidade.

Filhos e filhas foram acrescentados à casa de Elcana; mas a alegria e a beleza da sagrada instituição matrimonial instituída por Deus foram manchadas, e a paz na família fora interrompida. Penina, a nova esposa era ciumenta e dotada de espírito mesquinho, e conduzia-se com orgulho e intolerância para com aquela que ela considerava sua rival. Para Ana, a esperança parecia estar destruída, e a vida tornara-se um fardo pesado. Enfrentou, todavia, a prova com resignada mansidão.

O COSTUME DA POLIGAMIA – A poligamia era um costume social aceito por todo o Oriente Médio. Também era uma prática comum entre os antigos israelitas. Embora possa parecer que a poligamia se desvia da concepção original de Deus para o casamento, (como ilustrado em Gn 2.24), a prática era permitida segundo a lei de Deus, particularmente nos casos de primeiro casamento sem filhos, ou em casamentos leviratos (Dt 25.5-10).

No antigo Israel, a ausência de filhos era considerada uma tragédia na família, por várias razões. Numa cultura agrária, filhos era o necessário para ajudar no trabalho do dia a dia. Sem eles,o nome da família não seria preservado. E sem um herdeiro a família não poderia manter o seu espaço na tribo.

Finalmente, uma mulher sem filhos, jamais seria mãe ou o ancestral do prometido messias (Gn 3.15). Então Elcana vendo que os anos passavam e Ana não lhe dava filhos, tomou uma segunda esposa, Penina, por uma razão que era legítima no mundo antigo: Sua esposa Ana era estéril. Naquele tempo, a responsabilidade por não haver crianças era atribuída a mulher, e a esterilidade da mulher, era frequentemente causa de divórcio. Embora a poligamia fosse um costume aceito, a lei de Deus estabelecia regras contra o casamento com muitas mulheres (Dt 17.17).

Além disso, as Escrituras registram os resultados trágicos da poligamia: que eram famílias divididas e turbulentas. Elcana observava fielmente as ordenanças de Deus. O culto em Siló ainda era mantido apesar do descaso dos sacerdotes. Por essas irregularidades no ministério, os serviços de Elcana no tabernáculo não eram exigidos, pois, sendo ele levita, deveria comparecer ao santuário.

Contudo, anualmente Elcana subia com sua família para adorar e sacrificar nas reuniões no tabernáculo. Mesmo entre as solenidades sagradas ligadas ao serviço de Deus havia influência de mal espírito que infelicitava o lar de Ana e Elcana. Depois de apresentarem as ofertas em ações de graças, toda família, segundo o costume estabelecido, unia-se em uma festa solene e prazenteira. Em tais ocasiões Elcana dava à mãe de seus filhos, (Penina), uma porção, para ela e para cada um dos filhos e filhas; mas em sinal de atenção para com Ana, dava-lhe uma porção dupla, significando que sua afeição por ela era a mesma que se ela tivesse um filho.

Então a segunda esposa, ardendo em ciúmes, reclamava a preferência, como sendo ela altamente favorecida por Deus, e escarnecia de Ana em sua condição de mulher destituída de filhos, como prova do desagrado do Senhor.

Isto se repetia de ano em ano, até    que Ana não pode mais suportar. Incapaz de ocultar sua mágoa, chorou sem constrangimento e retirou-se da festa. Elcana, seu marido procurou consolá-la. “Porque choras? Dizia Elcana. E porque não comes? E porque está mal teu coração!. E disse ele; Não te sou eu melhor de que dez filhos”?( 1Sam 1.2-11). Ana não proferiu censura alguma. O fardo que ela não podia repartir com amigo algum terrestre, lançou sobre Deus. Ansiosamente rogou que lhe tirasse a ignomínia e lhe concedesse o precioso dom de ter um filho e educar e o criar para Deus.

E fez um voto solene de que, se seu pedido fosse satisfeito, dedicaria o filho a Deus mesmo desde o seu nascimento. Ana tinha se aproximado da entrada do tabernáculo. E na angústia do seu espírito “orou, e chorou abundantemente”.

Contudo, mantinha em seu silencia comunhão com Deus, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos de decadência espiritual, cenas de adoração eram raramente testemunhadas. Festins  irreverentes, e mesmo embriagues, era coisas comuns, mesmo nas festas religiosas. E Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, supôs que estivesse dominada pelo vinho.

Disse com severidade a Ana “Ate quando estarás tu embriagada? Aparta-te do teu vinho. Surpreendida com a repreensão do sacerdote, Ana respondeu com brandura: “Não Senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito. Nem vinho nem bebida forte tenho bebido. Porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas pois, a tua serva por filha de Belial. Porque da multidão dos meus cuidados e dos meus desgostos tenho falado até agora. Então o sumo sacerdote ficou profundamente comovido com s resposta de Ana, pois, era homem de Deus; e em lugar de repreençao proferiu uma benção: Vai em paz: e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pedistes.

A oração de Ana foi atendida; e recebeu a dádiva que tão fervorosamente havia rogado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel – “porque dizia, a Deus o tenho pedido”. Logo que o pequeno Samuel teve idade suficiente para separar-se de sua mãe. “Isso só podia acontecer depois que o menino fosse desmamado entre dois e três anos de idade. Ela cumpriu seu voto.

Amava o filho com toda devoção de um coração de mãe, dia após dia observando suas faculdades infantis sigia-o estreitamente em suas afeiçoes. Era seu único filho, uma dádiva especial do céu; mas recebera-o como um tesouro consagrado a Deus, e não queria privar o doador daquilo que lhe era próprio.

Mais uma vez Ana viajou com o esposo para Siló e apresentou ao sacerdote, em nome de Deus, sua preciosa dádiva, dizendo: “por este menino orava eu”; e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei por todos os dias em que viver.

Eli ficou profundamente impressionado com a fé e devoção daquela mulher de Israel. Ele próprio, pai, por demais condescendente, ficou atemorizado e humilhado vendo o grande sacrifício de uma mãe, separando-se do seu único filho, para que o pudesse dedicar ao serviço de Deus.

Sentiu-se reprovado pelo seu amor egoístico e com humilhação e reverência prostrou-se perante o Senhor e o adorou. O coração da mãe encheu-se de alegria e louvor, e ela almejava extravasar sua gratidão a Deus. O espírito de inspiração lhe sobreveio e orou ana e entoou um cântico ao Senhor (1Sm 2.1-11).

As palavras de Ana em seu cântico eram proféticas, tanto a respeito de Davi que reinaria como rei de Israel, como do Messias, o ungido do Senhor. Referindo-se a princípio a jactância de uma mulher insolente e contenciosa, o seu cântico aponta para a destruição dos inimigos de Deus e o triunfo final do seu povo remido. De Siló, Ana voltou silenciosamente para o seu lar em Rama, deixando o menino Samuel para ser educado para o serviço da casa de Deus sobre a instrução do sumo sacerdote.
 Consultas:
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã. Editora Vida Nova. S Paulo 2009
WHITE. Ellen G. Patriarcas e Profetas. Edit. Casa Publicadora Brasileira, Santo André, SPaulo, 1976
RADMACHER Earl D. O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora central Gospel. RJaneiro, 2010
WALTON John H. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia  - Antigo Testamento. Editora Vida Nova. São Paulo, 2018
CHAMPLIN. Antigo Testamento Interpretado Versículo por versículo. Vl 2. Editora  Hagnus. São Paulo, 2012

sábado, 5 de outubro de 2019

O Profeta Samuel e a Instituição da Monarquia.1


O Profeta Samuel e a Instituição da Monarquia.1
Texto Bíblico: 1Samuel 1.1-8
Por: Pr. João Barbosa

CRONOLOGIA EM PRIMEIRO SAMUEL – LINHA DO TEMPO
Ano 1.200 a.C
Os filisteus ocupam a costa do Mediterrâneo
De 1.110 a 1.010 a.C
Samuel exerce o seu ministério profético sobre Israel
Em 1.050 a.C
Samuel unge Saul a rei sobre Israel
Em 1.118 a.C
22 anos depois de Saul se tornar rei, Samuel unge a Davi como rei sobre Israel no lugar de Saul
Em 1.010 a.C
Davi começa a reinar em Hebrom                             
No ano 1.003 a.C
O reinado de Davi é reconhecido por todo Israel
Em 970 a.C
Davi morre e Salomão assume o trono

O período em que os juízes governaram sobre Israel foi de mais ou menos 450 anos até ao profeta Samuel (At 13.19,20; 1Re 6.1). Samuel era levita, filho de Elcana e Ana. Nasceu em Ramataim-Zofin, no território montanhoso de Efraim. Foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas à Moisés (Lc 24.44). Uma categoria de servo de Deus que, quanto ao AT, prosseguiu até Malaquias, e, na verdade, até João Batista, o precursor do Senhor Jesus.

Este livro, de 1Samuel, foi chamado assim por causa do principal personagem das narrativas anteriores, o homem de Deus que ungiu os dois primeiros reis de Israel: Saul e Davi. Originalmente, 1º e 2º Samuel eram um livro só: O Livro de Samuel nas Escrituras hebraicas.

Quando estas foram traduzidas para o grego (a septuaginta), por volta do ano 150 a.C, os livros de Samuel e Reis foram agrupados para completar a história da monarquia hebraica. Essa unidade das Escrituras era dividida em quatro partes: Primeiro, segundo, terceiro e quarto reinados.

Os livros de Samuel e Reis foram separados novamente mais tarde, mas as divisões da tradução grega persistiram. Com isso, temos em nossas versões modernas os livros de 1º e 2º Samuel e de 1º e 2º Reis.

No início do livro de 1Samuel, a nação de Israel se encontrava em um baixo nível espiritual. Até mesmo o sacerdócio tinha se corrompido (1Sm 2.12-17). A situação tornava-se ainda mais grave, visto que os juízes em Berseba também eram desonestos (1Sm 8.2,3).

Com o mau exemplo desses perversos líderes, o povo passou a demonstrar desdém pelas Escrituras e recusou-se a dar ouvidos ao profeta Samuel. No entanto, mesmo em meio a toda aquela corrupção e apostasia, ainda permanecia um remanescente israelita fiel, que adorava a Deus com pureza e fé (1Sm 1.3).

Porém, mesmo o conteúdo do tabernáculo foi tocado nesses tempos tumultuosos e maus. A arca de Deus foi capturada pelos filisteus (1Sm 4.11). E depois de ser levada a permanecer na cidade dos filisteus durante sete meses (1Sm 5.1 – 6.16),  Tendo retornado a Bete-Semes (1Sm 6.19), sendo mantida em Quriate-Jearim (1Sm 7.1), até que Davi lhe trouxe para Jerusalém (2Sm 6.1-17).

Durante esse tempo, os israelitas passaram a ficar insatisfeitos com o governo abusivo dos juízes (1Sm 8.3). Os israelitas passaram a desejar as glórias de uma monarquia como as que eles viam nas nações vizinhas. Então, Deus lhes permitiu ter um rei igual ao das nações vizinhas. Foi então escolhido o bonito e alto rei Saul (1Sm 2.1).

Embora ele parecesse estar bem preparado para liderar a nação seu reinado acabou tragicamente porque Saul não seguia as orientações de Deus. Assim, entendemos porque boa parte das ações narradas em 1Sm está associada á queda, ao reinado e a vida tumultuosa de Saul, em contraste com a rápida ascensão do jovem e fiel Davi. O propósito de 1Samuel é prover um relato oficial da assenção da monarquia durante o tempo de Samuel, bem como do desenvolvimento dela sob o reinado de Saul e Davi entre os anos de 1.050 a 970 a.C., tempo em que os historiadores denominam de período do Reino Unido.

Os livros de 1º e 2º Samuel ilustram em vivas cores a pecaminosidade do coração humano e os inevitáveis maus resultados do pecado. Líderes piedosos de Israel, como Eli, Davi e Samuel, não acertaram sempre, pois, suas falhas também são salientadas no relato bíblico.

O quem é de admirar entretanto, é que esses três homens tiveram filhos que foram rebeldes contra o Senhor. Na qualidade de pais, os três enfrentaram tremendas dificuldades para encaminhar seus filhos na senda da retidão.

Assim, os filhos de Eli furtavam os sacrifícios trazidos pelo povo, blasfemavam contra Deus e cometiam fornicação, e isto no papel de sacerdotes que ministravam perante o Senhor (1Sm 2.13-17,22; 3.13). Não admira que eles tenham sido mortos pelos filisteus. O trágico, na história de Samuel, é que foi justamente por causa dos delitos de seus filhos que o povo de Israel chegou a exigir que lhes fosse dado um monarca (1Sm 8.5).

Saul começou seu governo como um homem humilde que recebia orientação do Espírito de Deus. No entanto, com o passar do tempo, ele passou a rebelar-se contra o Senhor, até que terminou sobre a influência de espíritos malignos, e foi atacado por excesso de inveja e fúria maligna que alguns especialistas pensam tratar-se de uma demência precoce, ou coisa ainda pior.

Sua queda moral e espiritual foi tão vertiginosa que ele acabou apelando para a pitonisa de En-Dor. Para quem chegara a receber instruções diretas da parte de Deus, isso foi como ser precipitado do céu para o inferno. Deus não mais lhe respondia. Lemos em 1Sm 28.6 “Consultou Saul o Senhor, porém este não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas”.

Por isso em seu desvario, e desesperado, Saul perguntou onde poderia encontrar uma médium que consultasse os mortos. Quando aconteceu a batalha dos israelitas com os filisteus, este conseguiram cercar Saul e os seus três filhos e o seu escudeiro com todos os homens de guerra que estavam em sua companhia.

A experiência pecaminosa de Davi provê-nos de uma triste instrução, que tem aspectos positivos e negativos. O grande rei Davi era homem segundo o coração de Deus. Mas, em um momento de falta de vigilância deixou se arrastar pela tentação, tendo se envolvido em adultério secreto e homicídio cometido sob circunstâncias das mais covardes.

E isso depois de ter exibido por anos a fio, grande fé e devoção ao Senhor. Todavia, tendo Davi finalmente reconhecido seus grandes pecados, foi espiritualmente restaurado por Deus (2Sm 12.13). O Senhor o perdoou e deu continuidade a benção a ele prometida, demonstrando-lhe, assim, graça e misericórdia. Entretanto, há um aspecto que não podemos esquecer a lição que esses incidentes nos ensinam.

É que, apesar da confissão sincera de Davi e de haver ele sido perdoado do por Deus, Deus consentiu que Davi sofresse inevitáveis consequências penais de seu pecado. Amom, seu primogênito o imitou e cometeu incesto com sua meia irmã, Tamar. Isso precipitou a vingança de Absalão, que terminou, traiçoeiramente tirando a vida de Amom e houve várias outras tragédias na família, como a da revolta de Absalão que violentou as mulheres de seu pai e acabou sendo morto com três dardos que lhes traspassara o coração, quando ele estava preso pelos longos cabelos, enroscado em um galho de árvores pendurado a um metro acima do solo.

Apesar desses pontos extremamente negativos na vida de Davi e de seus familiares mais diretos, ainda assim o Senhor muito o abençoou, assim como o seu reinado, em sua incalculável misericórdia. Deus também recuperou Bate-Seba, culpada com Davi de adultério. O Senhor também foi gracioso com Davi e Bate-Seba dando-lhes um outro filho, Salomão, que mais tarde se tornou sucessor de Davi e rei de Israel.

O escritor hebreu nos fornece um excelente material biográfico relacionado aos pais de Samuel. Primeiramente entra em cena o pai de Samuel, Elcana. E então surge Ana, por meio de quem o poder miraculoso de Deus haveria de operar e Ana engravidar de Samuel visto quando ela não tinha  condição de gerar filhos.

Ramataim-Zofin, no hebraico significa “vigilante em dupla altura” foi nesse lugar que nasceu tanto Elcana, pai de Samuel, quanto o próprio Samuel. Tornou-se a residência oficial de Samuel (91Sm 7;17; 8.4). Foi nesta cidade que se deu o sepultamento de Samuel (1Sm 25.1).

O juiz profeta Samuel, figura chave da história de Israel, merece portanto, cuidadosa introdução biográfica no livro. Os eruditos opinam que o AT mostra-se historicamente exato a partir da época de Samuel. Se não mesmo antes. Desde os tempos mais remotos, um fenômeno nunca igualado no caso da história das nações mais antigas do mundo, cujos primórdios perdem-se nos tempos em lendas e em mitos.

Ramataim-Zodim ficava na região montanhosa de Efraim, cerca de vinte e quatro quilômetros ao norte de Jerusalém. Josepho identificava essa localidade como Arimateia, referido no NT. Elcana, portanto, residia no território de Efraim, mas pertencia á tribo de Levi. Logo, era levita por descendência e efraimita por residência. Foi por esse motivo, que seu filho, Samuel, pode envolver-se sem empecilho algum nos atos do tabernáculo.


Consultas:
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológico da Igreja Cristã. Editora Vida Nova. S Paulo 2009
RADMACHER Earl D. O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora central Gospel. RJaneiro, 2010
WALTON John H. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia  - Antigo Testamento. Editora Vida Nova. São Paulo, 2018
CHAMPLIN. Antigo Testamento Interpretado Versículo por versículo. Vl 2. Editora  Hagnus. São Paulo, 2012