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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Considerações sobre a Lição nº.09 no contexto EBD NA NET / IEADALPE

      
                                          Bênção e Maldição na Família de Noé 

A falha de Noé, foi que, mesmo sendo ele, a autoridade delegada por Deus na
nova terra, pós diluviana (Gn 7.1), ele, não teve o mesmo cuidado como líder e pai da nova geração.

Noé tornou-se lavrador e plantou uma vinha (Gn 9.20) e foi bem sucedido nisso, porque a vinha produziu uvas das quais foi feito o vinho (Gn 9.21). 

Noé não exerceu o mesmo auto controle dos tempos antediluvianos. Embriagou-se, e ficou inconscientemente nu, e seu filho Cam, viu.

Alguém já disse, que depois de um grande sucesso, se não tivermos cuidado, podemos ter um grande fracasso. Noé perdeu a consciência e ficou nu. 
Ficar nu, é perder a cobertura, aos olhos de Deus. 

Quanto mais expusermos nossos corpos físicos, menos paz interior teremos.

O que então, devemos fazer, quando aquele líder que Deus colocou na frente da obra está errado? Devemos entender que esta questão envolve o governo de Deus. Nesta lição, encontramos duas coisas: O governo divino, e a falha do homem.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A Organização de uma Igreja Local - Ministrado no Estudo de Professores da EBD em Abreu e Lima /PE - 12.09.2015


Reflexão: A igreja local deve subordinar-se à orientação de Deus, através de sua Palavra, que o “Manual de Administração Eclesiástica” por excelência.
O termo “Igreja” vem da palavra grega ekklesia, originária do verbo kalein, que significa chamar.
Ekklesia significa assembleia, congregação, mas os gregos não davam sentido religiosos à palavra.
A palavra usada pelos autores do NT é sempre ekklesia, pois ela denota a ideia de convocação, o que se enquadra perfeitamente no objetivo da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
Dimensões da Igreja – São duas as dimensões da igreja:
1.Local e prática – Igreja local é formada por um grupo de crentes fiéis que se reunem em alguma localidade definida (At 11.26; Rm 16.1; Gl 1.2).
A igreja local é composta de pessoas regeneradas e batizadas que, voluntariamente se reúnem sob as leis do Evangelho de Cristo, procurando estender o reino de Deus tanto em suas vidas, como na dos outros, através da adoração a Deus, do serviço, da evangelização e da comunhão (At 2,42-47).

Lição 09 - Bênção e Maldição na Família de Noé - EBD CPAD - 4º.Tri-29.11.2015

Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
Gênesis 9.20-29

Reflexão: Por causa de sua irreverência e falta de respeito, Cam veio a perder boa parte de sua herança.

Depois do dilúvio foi instituído o governo humano. O caminho da redenção, ainda estava aberto, e os homens podiam escolher ou rejeitar o mesmo.
Mas, se o rejeitassem e continuassem nos atos de violência, não poderiam mais escapar do castigo imediato.

A mais elevada instituição deste governo humano era a instituição da pena de morte “Se alguém derramar o sangue, pelo homem, será derramado o seu sangue” (Gn 9.6). Com a concessão dessa função judicial, ao homem, Deus deu todas as demais funções de governo.

Um governo assim constituído, servia especialmente para deter os desobedientes e manter a ordem (Rm 13.1-7; 1 Tm 1.8-10). Sendo Noé o pai e representante da raça humana pós diluviana, diante de Deus e dos homens, a aliança que Deus estabeleceu com ele, ainda vigora até que Deus venha a instituir outra aliança com a raça humana. Esta aliança achará o seu pleno cumprimento no governo de Jesus, o Filho do Homem, durante o milênio.

Esta dispensação tem maior controle sobre a criação, maior dieta e maior controle sobre os pecadores. Assim, Deus procurava persuadir ao homem que este, da sua própria vontade, escolhesse o caminho certo, ou esperasse o juízo.

Na restrição concernente ao sangue, vê-se o seu caráter santo, bem como aponta o fato de que a redenção será por meio do sangue (Gn 9.4-6). Ao anunciar que a bênção estava nas tendas de Sem (Gn 9.27), Deus indica a linhagem da qual viria o Messias, a semente da mulher.

A falha de Noé, mesmo sendo ele, a autoridade delegada por Deus no contexto
da nova terra, mesmo tendo sido ele bem sucedido entre os antediluvianos (Gn 7.1), Noé não teve o mesmo cuidado como líder e pai da nova geração. Mesmo assim, a bênção de Deus estava sobre Noé e seus filhos (Gn 8.21 – 9.1).

Noé tornou-se lavrador e plantou uma vinha (Gn 9.20) e foi bem sucedido nisso, porque a vinha produziu uvas das quais foi feito o vinho (Gn 9.21). Noé não exerceu o mesmo auto controle dos tempos antediluvianos. Embriagou-se, e ficou inconscientemente nu, e seu filho Cam, viu.

Alguém já disse, que depois de um grande sucesso, se não tivermos cuidado, podemos ter um grande fracasso. Noé perdeu a consciência e ficou nu. Ficar nu, é perder a cobertura, aos olhos de Deus. Todos nós seres humanos, caídos, ainda que restaurados à comunhão com Deus, precisamos de uma cobertura, não só espiritual, mas também física.

Precisamos estar cobertos na presença de Deus. Antes da queda, o homem estava nu. Nada havia de errado com aquela nudez, pois não havia pecado algum (Gn 3.7).Após a queda, devido a entrada do pecado, é pecaminoso ficar nu. Adão e Eva, descobriram que estavam nus, e fizeram o máximo para se cobrir (Gn 3.7), mas, não foram eficazes nesta atitude.

Deus então veio, e os cobriu com a pele do sacrifício (Gn 3.21). Era em tipologia bíblica, protegidos da nudez do pecado pela cobertura do sangue do Cordeiro de Deus (Jo 1.29; 1 Pe 12.18-20). Fisicamente falando, o homem caído necessita de uma cobertura, principalmente, diante de Deus.

Aos sacerdotes, não lhes era permitido ficar nus; eles precisavam estar totalmente cobertos quando viessem à presença de Deus (Ex 20.26; 28.40-43).
As pessoas, hoje, gostam de ficar nuas, expondo seus corpos tanto quanto possível, tanto os homens quanto as mulheres devem cobrir seus corpos.

Quanto mais expusermos nossos corpos físicos, menos paz interior teremos. Em um estudo cuidadoso da Bíblia, descobriremos que esta convicção a respeito da nudez, vem proveniente da queda. Os povos semitas, na antiguidade, odiavam a nudez. Cristo é nossa cobertura (Lc 15.22; Sl 45.13).

Quando alguém está nu, espiritualmente falando, está nu, diante de Deus. Noé estava errado, descuidado, bêbado e nu. No entanto, devemos olhar Noé sob as perspectiva do governo de Deus. Ele era o líder da nova raça e do governo humano.

O que então, devemos fazer, quando aquele líder que Deus colocou na frente da obra está errado? Devemos entender que esta questão envolve o governo de Deus. Nesta lição, encontramos duas coisas: O governo divino, e a falha do homem.

Se quisermos compreender esta passagem da Palavra de Deus, devemos ver que, a falha de Noé, não intervém na constituição do governo humano estabelecido por Deus. Se o líder está certo, ou errado, a obra ou o governo é de Deus, e isto, tem que ser levado em consideração.

Ao expor a nudez de Noé, Cam negligenciou o governo de Deus. Expor a falha de um líder estabelecido por Deus, é envolver-se negativamente com o governo divino.

Exemplo: Se Noé não fosse o líder daquela geração e a autoridade delegada de Deus não estivesse com ele, a falha de Cam, não seria tão grave. O perigo está em negar a autoridade de Deus da qual o líder estabelecido por Deus, está envolvido. Por isso, devemos ter cuidado com o tratamento governamental de Deus.

Temos um fato no livro de Números, onde Moisés estava errado, ao desposar uma mulher Etíope, (Nm 12.1). Miriam murmurou contra Moisés, e foi punida com a lepra (Nm 12.10). Ela foi amaldiçoada porque atingiu o governo de Deus.
A Bíblia nos mostra que quem quer que despreze ou desonre a seus pais, será amaldiçoado (Dt 27.16), porque isso envolve autoridade delegada de Deus no governo universal.

Os pais são autoridades de Deus sobre seus filhos. Quando um filho desonra seus pais, eles desonram a autoridade delegada de Deus na terra. Quando um filho faz isso, ele recebe uma maldição.

Davi estava muito errado em matar Urias e tomar sua mulher Bateseba. Nesse período, seu filho Absalão se rebelou contra Davi. Esta rebelião custou a vida de Absalão, mesmo com o rei Davi querendo livrá-lo da morte (2Sm 15.19; 18.14,15).

Hoje, muitos jovens desonram seus pais, e todos que assim fazem, perdem a bênção de Deus. Quem honra seus pais recebe a bênção de Deus (Ef 6. 2,3).
Cam, não foi diretamente amaldiçoado, porque quando Deus veio a Noé, depois do dilúvio, o Senhor abençoou a Noé e a seus filhos, Sem, Cam e Jafé (Gn 9.1), e, onde estiver a bênção de Deus não há lugar para maldição (Nm 23.20).

A maldição de Cam, caiu sobre Canaã – seu neto. A falha de cam foi ter se envolvido contra o governo de Deus representado na pessoa de Noé. A falha de Noé foi um teste para a seus filhos. Enquanto um recebeu maldição, os outros dois receberam bênção (Gn 9.22-27).

Cam perdeu a oportunidade de receber a bênção, pois, negligenciou a autoridade de Deus na pessoa de Noé, mas, Sem e Jafé, seus dois irmãos, conheciam e respeitavam a autoridade delegada de Deus na pessoa de Noé.

“Então, Sem e Jafé, tomaram uma capa, puseram-na sobre ambos os seus ombros, e, indo virados para traz, cobriram a nudez do seu pai; e os seus rostos, eram virados de maneira que não viram a nudez do  seu pai” (Gn 9.23).

O que eles fizeram não foi simplesmente certo e moral. Eles honraram a autoridade de Deus delegada ao pai. Aquela situação não estava somente relacionada com o comportamento de Noé, mas também com a autoridade de Deus.

Sejamos cautelosos. O líder estar certo ou errado, é uma questão pessoal.
Não se esqueçam que ele está em uma posição de autoridade delegada por Deus. A maldição e a bênção de Noé, foram inspiradas por Deus em honra a autoridade por ele delegada.

Não foi algo de acordo com os sentimentos de Noé, mas conforme a vontade soberana de Deus. Sem, o filho primogênito, foi o antepassado dos hebreus. Cam, o segundo filho, foi o antepassado dos povos subsaariano.

Jafé, o terceiro filho de Noé, foi o antepassado dos europeus, americanos e povos latinos. Jafé seria engrandecido por Deus. Os americanos são a expansão dos europeus. Poder governamental, ciência, arte e habilidades nos negócios; esta bênção, Deus deu aos europeus, filhos de Jafé. “Engradeça Deus a Jafé”. Todo progresso dos europeus vem desta bênção.

De Sem foi dito: “Bendito seja o Senhor Deus de Sem”. A expansão é de Jafé, mas o Senhor Deus, é de Sem. A salvação vem dos judeus (Jo 4.22). Os judeus escreveram o Antigo Testamento e o Novo Testamento, com uma exceção, o Evangelho de Lucas.

A expansão do evangelho, foi dos filhos de Jafé. Mas Jafé quando se expande, habita nas tendas de Sem (Gn 9.27). Os americanos e europeus são fortes, mas precisam das tendas de Sem. Sem as tendas de Sem, eles nada podem fazer.
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
Olson. N. Lourence. O Plano Divino Através dos Séculos – Estudo das Dispensações. CPAD ,RJaneiro 1963
LAHAYE Tim. Enciclopédia Ppular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro 1910
Escrito por NEE Watchman – e publicado por LEE. Witness. Estudo-Vida de Gênesis. Edit. Árvore da Vida, SPaulo, 1987.
GRONIGEN, Gerard Van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento: A Origem Divina do Conceito Messiânico e seu Desdobramento Progressivo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2003.

CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por Versículo. Vl 1,  Editora  Hagnus. SPaulo, 2001 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Lição 08 - O Início do Governo Humano - EBD CPAD - 4º.Tri-22.11.2015

O Início do Governo Humano - EBD CPAD - 4º.Tri-22.11.2015
Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
Gênesis 9.1-13
Reflexão: Deus instituiu autoridade e leis, a fim de preservar a sociedade humana de uma depravação total e irreversível.  Durante 1.656 anos do período antediluviano, o homem tornou-se cada vez mais pecador, aumentando em cada geração a iniquidade.

Expirado os 120 anos de provação (a pregação de Noé), Deus mandou o dilúvio (Gn 6.3; 8.14), o qual, durou 1 ano e dez dias, e destruiu todos os iníquos. Só Noé e sua família de 8 almas, se salvaram por meio da arca (2 Pe 2.5).

Deus administra os assuntos do mundo conforme sua vontade e em vários estágios, que são às vezes denominados de dispensações. Compreender a diferença entre estas dispensações ajuda a interpretar corretamente as revelações de Deus, para uma determinada época.

Agostinho de Hipona, no início de sua vida eclesiástica afirmava: ‘distingam as épocas, e as Escrituras se harmonizam”. A cada dispensação, Deus apresenta novas promessas e ordenanças, mas o seu plano para a redenção da humanidade permanece o mesmo ao longo da história.

Mas, o que é uma dispensação? O termo em português “dispensação” é uma tradução do grego oikonomia, não raro traduzido por “administração” nas traduções modernas.
Oikonomia é uma justaposição de oikos, que significa “casa” e nomos, que significa “lei”. Ela descreve o gerenciamento ou a administração dos assuntos de um lar.

Uma dispensação, inclui os seguintes elementos: Promessa de Deus; mandamento de Deus para testar a obediência humana; princípios para guardar a vida da humanidade; fracasso do gênero humano em cumprir as ordenanças de Deus. Uma revelação progressiva dos planos de Deus para a humanidade.

As sete dispensações: Algumas promessas, ordenanças e princípios passam de uma dispensação para outra, enquanto que outras são anuladas por novas revelações.
Deus revelou sete dispensações nas Escrituras. Inocência, consciência, governo humano, promessa, lei, graça ou igreja e reino ou milênio.

A aliança noaica e a dispensação do governo humano: – Durante a dispensação da consciência, o homem desfrutou de uma vida longa, mas não foi capaz de seguir sua consciência. A humanidade falhou no teste e demonstrou que não conseguiria o princípio geral de fazer o que é bom. “Era continuamente mau, todo desígnio de seu coração” (Gn 6.5), então arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra” (Gn 6.6). A dispensação da consciência terminou com o dilúvio.

Após o dilúvio varrer a sociedade do pó da terra, deixando apenas oito pessoas vivas, Deus apresentou uma novas aliança com uma nova promessa, a qual veio com uma nova dispensação e novos testes.

Os princípios das duas primeiras alianças, tiveram continuidade; as pessoas deveriam prover suas necessidades e viver de acordo com a sua consciência, mas o homem já não vivia como um indivíduo isolado, responsável apenas por si mesmo.

A aliança noaica incluiu a instituição do governo humano, a humanidade passaria a viver em um a sociedade corporativa. Antes disso, as pessoas, viviam em grandes famílias governadas por chefes tribais. Com o crescimento da sociedade, as pessoas passariam a organizar-se sob governos centrais.

Depois do dilúvio, Deus firmou uma aliança com Noé e concedeu o arco-íris como sinal: Este é o sinal do concerto que ponho “entre mim e vós” (Gn 8.12).
A aliança noaica deu início ao terceiro período de tempo; a dispensação do governo humano. A humanidade falhou em viver conforme a consciência individual, então Deus puniu a humanidade por meio do dilúvio mundial.
Na aliança do governo humano, Deus confirmou elementos das alianças anteriores: o homem devia subjugar a terra e prover suas necessidades (Gn 9.3).E as leis físicas do universo continuariam organizadas (Gn 8.22; 9.15). O teste da dispensação do governo humano, consistia em a humanidade se dividir em nações, sociedades e governo.

A Bíblia fala muito pouco sob esta dispensação e sobre como o homem vivenciou tal teste. A maior parte dos registros históricos traz as gerações dos filhos de Noé. Por este motivo, Gênesis capítulo 10, lança pouca luz sob este longo e misterioso período de tempo
.
O juízo que encerra, porém, é muito bem conhecido; o fracasso da humanidade neste período do governo humano fica evidente com o juízo na Torre de Babel (Gn 11.6-8). Embora a humanidade falhasse na dispensação do governo humano, Deus não anulou os princípio dados a Noé. Os princípios de governo e os princípios das duas primeiras alianças continuaram válidos.

A ordem de Deus para esta dispensação do governo humano, era, espalhar-se pela terra e formar governo. A falha desta dispensação está expressa no orgulho do homem pós diluviano na construção da Torre de Babel. Teologicamente, o governo humano é a autoridade que Deus entregou a Noé e a seus filhos, tendo como objetivo administrar a justiça, por ordem à sociedade e tornar sustentável a terra.

Embora o governo seja humano, a soberania é divina. Mesmo Deus tendo delegado o governo do mundo ao homem, continuou ele a comandar todas as coisas. Essa dispensação do governo humano durou 437 anos do dilúvio até a dispersão em Babel e a vocação de Abraão (Gn 8.15 – 11.19; 12.1-7).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
Olson. N. Lourence. O Plano Divino Através dos Séculos – Estudo das Dispensações. CPAD ,RJaneiro 1963
LAHAYE Tim. Enciclopédia Ppular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro 1910
DOUGLAS J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova. SPaulo, 2006
KIDNER Derek. Gênesis – Introdução e Comentário. Edições Vida Nova. SPaulo, 1979
GRONIGEN, Gerard Van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento: A Origem Divina do Conceito Messiânico e seu Desdobramento Progressivo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2003.

CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por Versículo. Vl 1,  Editora  Hagnus. SPaulo, 2001 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A Família que Sobreviveu ao Dilúvio Lição 07 - EBD CPAD - 4º.Tri-15.11.2015

Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
                                        Gênesis 6.1-8
Reflexão: Apesar da corrupção generalizada do mundo atual, é possível manter nossa família nos padrões da Palavra de Deus.’       ]

O “filho” que Eva recebeu alegremente com a ajuda do Senhor (Gn 4.1), tomou o seu lugar no grande conflito que o Senhor anunciara á mulher (Gn 3.15).
Caim, ao assassinar seu irmão Abel, expressou a inimizade e hostilidade da serpente, ou seja, de Satanás e sua semente contra a família real da qual desertou (Gn 4.5-16).

Um traidor da causa da vitória da semente da mulher. “Caim esmagou a cabeça” de seu irmão, matando-o (Gn 4.8), dando desta maneira, expressão concreta ao esforço satânico de reverter o pronunciamento do Senhor, ao esmagamento da cabeça da serpente – Satanás.

Rebelião e desafios caracterizam a atitude e as ações de Caim. Quando chamado a confessar, e recusa-se procura evitar a punição que merece (Gn 4.9-14). Ele cometeu várias dimensões do pecado que Adão tinha introduzido na família real estabelecida por Deus, embora, seus empreendimentos culturais, indiquem que certa porção do prestígio, das prerrogativas, e das propensões reais, permaneciam (Gn 4.16,17).

O Senhor humilhou-o, baniu-o, mas também o protegeu (Gn 4.11, 15). Afastando-se da presença do Senhor, Caim empreendeu dominar, cultivar e encher a terra (Gn 4.16,17). Caim buscou construir seu próprio reino, contrariando os princípios estabelecidos por Deus, do reino, da aliança e do mediador (Gn 2.15; 3.15).

Caim, seguiu o reino parasita de Satanás, que Jesus chamou de príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16,11), e que Paulo denominou deus deste século (2Co 4.4), e príncipe das potestades do ar e dominador deste mundo tenebroso (Ef 2.2); e que o próprio Satanás declarou a Jesus que lhe daria os reinos deste mundo, que é um reino parasita e usurpador (Mt 4.8,9), caso ele o adorasse.

A semente da serpente teve uma aparente vitória, em uma luta longa e amarga até o Calvário, com a morte e ressurreição de Jesus quando ele despojou Satanás de todo seu poder e aparente glória (Cl 2.14,15; Ef 1.20-22).

Mesmo assim, a vitória deste reino parasita que Caim seguiu está dentro da moldura da maldição e do banimento pronunciado pelo Senhor. O nascimento de Sete (Gn 4.25 – 5.3), marcou a continuação da semente da mulher. O texto evidencia que Sete prolongou a linha da realeza do reino, da aliança e do mediador.

Ele era à semelhança de Adão, “conforme a sua imagem”. As forças engajadas nesse combate mortal estavam assim dispostas: Realeza caída porém restaurada pela graça salvadora: Adão-Sete.

Contra a realeza banida, mas protegida pela graça comum-Caim. A primeira estava em comunhão com Deus, e invocava o seu nome (Gn 4.1, 25). A segunda tinha-se retirado da presença do Senhor (Gn 4.16).

As reconhecidas capacidades da realeza caída e banida pelo Senhor, são descritas a seguir: Caim construiu uma cidade para seu primogênito (Gn 4.17).

Ali as atividades culturais e tecnológicas floresceram quando séculos depois, um de seus descendentes teve três filhos, que se tornaram hábeis em fabricar tendas, em tocar harpa, e flauta, e em forjar bronze e ferro, e na criação de gado (Gn 4.20-22).

Enquanto isso, acelerava-se a desintegração social. Ao desposar duas mulheres, Lameque, um parente distante de Caim, violou a ordenança do matrimônio, e distorceu o núcleo da vida familiar e social.

E jactava-se de haver derramado o sangue de um homem por simplesmente o pisar, e outro, por lhe ferir (Gn 4.19,23). Ele desafiou Deus em sua jactância (Gn 4.23,24). Lameque seguiu á risca a desobediência da semente da serpente, contra a semente da mulher.

Vejamos agora as características e os desígnios pervertidos da humanidade decaída e banida da presença de Deus nos descendentes de Caim. Agora, misturada com a linhagem piedosa de Sete (Gn 6.1-3). Os homens esforçaram-se para estabelecer seus domínios.

Era o avanço do reino parasita, os que foram bem sucedidos nisto, fizeram por meio da violência, e do derramamento de sangue. Tomaram mulheres de todos os caminhos da vida e forçaram-na aos seus haréns.

Assim, geraram e nutriram seus próprios “filhos e filhas reais”. A frase viram os “filhos de Deus”, (Gn 6.2), deve ser entendida como à referir-se à descendência dos reis locais ou dominadores das cidades, ou dos chefes de clãs nômades.

Esses reis ou chefes locais, tendo usurpado a autoridade divina de reinar, visto serem eles descendentes da linhagem de Sete, eram ainda, por virtude de sua própria autoridade de governar, os representantes legais de Deus, o Soberano governador.

Os que entendem que, “filhos de Deus” se refere aos anjos, não levam em conta que anjos não procriam e que passagens como Salmos 58.1 e 82.1, onde governantes ou anjos são chamados “filhos de Deus”.

A frase filhas dos homens (Gn 6.2), refere-se à todas as mulheres, “filhas da humanidade”. Os filhos dos governantes tomaram esposas de ambas as linhas da semente de Caim e de Sete, e, como Lameque, destruíram os homens que se lhes opunham.

Por causa disso, a violência e o derramamento de sangue encheram a terra. Era nesse contexto, que Noé andava com Deus e vivia segundo a vontade de Deus, e procurava demonstrar isto aos demais homens.

Noé andava com Deus (Gn 6.9). Tinha comunhão com ele, e assim dava prova da sua natureza real e original, da humanidade, e de sua posição e papel. O pronunciamento do juízo sobre a humanidade e sobre todas as coisas vivas na terra, deve ser entendido como a declaração do Senhor, de como, naquela situação, ele executaria a maldição que pronunciara no Éden.

Uma resposta divina estava para vir mesmo, do coração pesaroso e entristecido de Deus (Gn 6.6). A intenção pervertida da semente real rebelde e à distorção e destruição que ela causava. O julgamento de Deus seria em duas dimensões.

Primeiro: O Senhor retiraria seu Espírito (Gn 6.3). Essa retirada da presença e da influência do Espírito de Deus, marcaria a descontinuidade do envolvimento pessoal e direto do Senhor com a humanidade rebelde, e a cessação de sua graça comum. Isso implicava em uma separação maior entre o Deus Soberano, e seu vice regente – O homem caído. Por sua vez, seria a confirmação da morte espiritual.

Segundo: O Senhor traria o Diluvio, que iria por fim à vida, aos planos e obras dos que visavam expressar sua própria soberania. O Dilúvio, traria uma trágica separação, pela qual, a vida seria retirada da humanidade, e as pessoas seria removidas do seu lugar de domínio.

Todas aquelas coisas, as quais eles desejavam ter domínio absoluto, seriam destruídas. Assim, a maldição abrandada, pronunciada sobre Adão e o cosmo, sobre o qual ele havia sido colocado como guardião real (Gn 2.15), tornar-se-ia maldição plenamente executada.

Justo e reto, Noé foi salvo da maldição (Gn 7.1-12; 1 Pe 3.20; 2Pe 2.5). De Noé, é dito, que ele era justo e irrepreensível entre seus contemporâneos, Noé andava com Deus (Gn 6.9). Somente Noé, marido e pai, foi dito que era justo (Ez 14.14-20). No entanto, toda a família foi poupada das águas julgadoras do dilúvio.
 Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora Fiel. SPaulo, 2011
DOUGLAS J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova. SPaulo, 2006
KIDNER Derek. Gênesis – Introdução e Comentário. Edições Vida Nova. SPaulo, 1979
CAMPOS       , Heber Carlos de. O Habitat Humano – O Paraíso perdido – Estudos de Antropologia, Esditora Hagnus. São Paulo, 20’2.
GRONIGEN, Gerard Van. Criação e Consumação – O Reino a Aliança, e o Mediador. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2002
GRONIGEN, Gerard Van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento: A Origem Divina do Conceito Messiânico e seu Desdobramento Progressivo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2003.
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por Versículo. Vl 1,  Editora  Hagnus. SPaulo, 2001 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O Impiedoso Mundo de Lameque - Lição 06 -EBD CPAD - 4º.Tri-08.11.2015

Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
                                                  Gênesis 6.1-8
Reflexão: O mundo de Lameque em nada diferia do nosso; resistindo à graça de Deus, entregaram-se à devassidão, à violência e à resistência ao Espírito Santo.

Gn 4.15-24 – É notável observar a misericórdia que o Senhor teve pela vida de Caim; apesar deste ter assassinado o próprio irmão, o Senhor não o matou nem permitiu que alguém o fizesse.
O Senhor o protegeu colocando nele uma marca, como proteção.
Mesmo em sua ira Deus demonstra misericórdia. Alguns teólogos pensam que o Senhor queria dar tempo a Caim para que este se arrependesse.

A terra de Node, foi um lugar por onde Caim peregrinou. A palavra Node, significa “vagueação”, exílio”, “vagabundagem”. Caim, provavelmente, encontrou uma esposa entre suas irmãs. O nome Enoque, significa dedicado.
Este foi o mesmo nome dado ao descendente de Sete que andou com Deus e foi transladado para não ver a morte (Gn 5.21-24).

Caim fundou uma cidade e deu a ela o nome do filho descendente de Sete – Enoque (Gn 4.14-17). Aquela cidade se tornou o berço do nascimento da civilização, das ocupações específicas, das polis e das artes (Gn 4.20-22).
Aqui encontramos a história de Lameque, o mais conhecido dos descendentes de Caim, e não o Lameque filho de Matusalém (Gn 5.28-31).

Este Lameque, filho de Caim, representa a habilidade e a força, assim como a arrogância e o sentimento de vingança. Ele tinha duas mulheres em uma atitude deliberada de subverter o padrão familiar estabelecido por Deus (Gn 4.23,24; Mt 19.4-6).

Tubalcaim, foi a oitava geração dos descendentes de Adão pela linhagem de Caim. Ele foi o artífice de todo instrumento cortante de ferro e de bronze (Gn 4.22).
O processo de produção de ferro desde a extração até a obtenção do produto final, é altamente tecnológico. Se fizermos uma comparação com os descendentes de Sete, encontraremos Matusalém como a oitava geração dos descendentes de Adão por Sete.

Matusalém nasceu quando Adão tinha 687 anos de sua criação. Podemos concluir que, 700 anos após Adão ser criado e 800 anos antes do dilúvio ocorrer, já havia uma civilização com alto grau de conhecimento tecnológico.

Em Gênesis capítulo 4, percebemos algumas das características tecnológicas dessa civilização. Haviam cidades (Gn 4,17), havia agropecuária (Gn 4.20), haviam entretenimentos em forma de instrumentos (Gn 4.21), tecnologia em forma de mineração, siderurgia, metalurgia e processo manufaturados (Gn 4.22).

Assim, os avanços tecnológicos que ocorreram nos 1.656 anos entre a criação de Adão e o dilúvio, foi algo impressionante. Todo o conhecimento daquela geração se perdeu no dilúvio. Apenas Noé e sua família sobreviveram ao grande cataclisma.
Deles vieram todas as civilizações antigas. Noé e seus filhos não detinham todo aquele conhecimento das gerações cainita antediluviana, todo aquele conhecimento se perdeu nas águas julgadoras do dilúvio.

Toda civilização pré-diluviana desenvolveu-se numa sociedade violenta (Gn 4.23,24), corrompida e má (Gn 6.5). A tal ponto de não ser encontrado nela, nenhum justo que andasse com Deus, a não ser Noé (Gn 6.8,9).

Noé nasceu apenas 126 anos após a morte de Adão, o primeiro homem criado por Deus. Hoje, nossa civilização corre o mesmo risco dos antediluvianos (Mt 24.37,38; Lc 17.26).
A geração de Lameque também usufruía de vinda longa e próspera, mas viviam de forma imoral e irracionalmente. Sua lógica era o pecado. Se já caminhavam na iniquidade por quase 17 séculos, por que mudar agora?

Por isso, o Senhor resolve colocar um limite biológico à vida humana (Gn 6.3). Doravante, 
os filhos de Adão e Eva, não passariam de 120 anos.
A geração antediluviana contava seus século de vida; a geração pós dilúvio passaram a contar suas vidas em décadas. Matusalém viveu 969 anos (Gn 5.27), Terá, pai de Abraão viveu 205 anos (Gn 11.32).

Quando chegamos ao fim do Gênesis, a fronteira da vida humana tinha sido fixada em 110 anos (Gn 50.26). Mais tarde, Moisés lamenta: “Nossa vida é de 70 anos, e os que passarem disso e chegarem aos 80 é canseira e enfado” (Sl 90.10).

Havia harmonia ecológica até ao dilúvio; convivência harmônica entre o reino animal, vegetal e humano. As feras se comportavam como se fossem animais domésticos.
No pós dilúvio, tudo mudou. Pavor e medo recaíram nos homens, sobre os animais, pois estes adquiriram depois do dilúvio, naturezas bravias (Gn 9.2; Rm 8.22).

Ao invés de agradecer ao Criador por tudo, os filhos de Adão aproveitaram tais favores para depravarem-se mais e mais. Adão foi o responsável pela introdução do pecado, no mundo (Rm 5.12); mas historicamente, o pecado se alastrou no mundo e adquiriu várias de suas formas, hoje conhecidas, a partir de Lameque, filho de Metusael (Gn 4.18).

Lameque foi o primeiro pecador confesso, e não arrependido, da história da humanidade. De uma única vez admitiu, haver cometido duas transgressões contra Deus. Nunca se arrependeu; e de forma indireta, declara ser um bígamo e duplamente homicida (Gn 4.23).

Lameque propagou a iniquidade por todo o planeta. Ele estabeleceu as formas de como ser um criminoso. Hoje temos assassinatos, homicídios, genocídios e crimes contra a humanidade. Haja vista os extermínios de judeus, armênios, e o que dizer de monstros como Nero, Stalim, Hitler, Maotisé-tung e Polpot.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora Fiel. SPaulo, 2011
WHITE  Ellen G. Patriarcas e Profetas. Casa Publicadora Brasileira. SPaulo, 1976
DOUGLAS J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova. SPaulo, 2006
LOURENÇO, Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação.Editora Fiel. SPaulo, 2011
KIDNER Derek. Gênesis - Introdução e Comentário - Edições Vida Nova. SPaulo, 1979
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por Versículo. Vl 1,  Editora Hagnus. SPaulo, 2001

Bíblia de Estudo Scofield