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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Prenuncio do Tempo do Fim – Lição 09 – EBD CPAD – 4º. Tri 30.11.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 8.1,3-11

 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.

1.    Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.
2.    Identificar a visão do chifre pequeno.
3.    Compreender o período do tempo do fim.

 CONSIDERAÇÕES
O capítulo 8 de Daniel é paralelo aos capítulos 2 e 7. A visão que Daniel teve, contudo, não é um sonho como o que foi registrado no capítulo 7.

Daniel foi transportado em espírito até Susã, e através do tempo. O profeta nos revela o marco histórico em que ocorreu a visão:

No terceiro ano do rei Belsazar; que estava em Babilônia, Deus transportou a Daniel, em espírito até Susã, capital do reino da província de Elão e junto ao rio Ulaí.

Susã era uma cidade importante mesmo depois da queda da Babilônia, uma espécie de residência de verão onde os reis medo-persas residiam por aproximadamente 3 meses durante o ano.

Neste capítulo, Deus mostra a Daniel, a queda dos dois último impérios, o medo-persa e o grego, representado pelas figuras de outros animais: Um bode e um carneiro.

Os mesmos impérios tratados no capítulo 7 e representados pelo urso (Dn 7.5) e pelo leopardo (Dn 7.6) ganham um sentido especial e particular no capítulo 8.

Os 2 outros animais, com características especiais eram um carneiro (Dn 8.3,4) e um bode (Dn 8.5-9).

Ambos eram animais poderosos, mas foram destruídos, porque ninguém pode prevalecer contra o cetro de Deus.

Neste capítulo, Deus revela a Daniel as características dos 2 impérios, o medo-persa e o grego, representados por 2 animais, “o carneiro e o bode”.

Os elementos históricos da profecia tiveram seu cumprimento no passado; porém, algumas características desses 2 impérios personificam o futuro de Israel e o que acontecerá no “tempo do fim” (Dn 8.19).

A visão do carneiro e do bode (Dn 8.3-5) – A visão do surgimento de um rei que é o protótipo do Anticristo escatológico, o pequeno chifre.

Esse pequeno chifre do capítulo 8 é diferente do pequeno chifre do capítulo 7.

O capítulo 7 fala do Anticristo escatológico, que emerge do quarto reino (o império romano).

O pequeno chifre do capítulo 8 emerge dos 4 reis oriundos da queda do grande rei grego, Alexandre magno. Este pequeno chifre é o maior protótipo do Anticristo escatológico.
Daniel ficou amedrontado e prostrado diante da visão de Gabriel, o agente de Deus que lhe revelou a interpretação da visão (Dn 8.17).

Ele caiu sem sentidos, de rosto em terra, quando Gabriel falou com ele. Daniel ficou fraco e enfermo diante dos fatos futuros que haviam de vir.

Essa visão prova que Deus é quem dirige a história. Daniel descreve o carneiro de 3 maneiras distintas.

Em primeiro lugar, fala que ele tem 2 chifres (Dn 8.3,20). Essa é uma descrição do império medo-persa que se levantaria para conquistar a Babilônia.

Na mesma noite em que o rei Belsazar fazia uma festa e profanava os vasos do templo, a Babilônia caiu nas mãos dos medo-persas.

O carneiro persa derrotou o império babilônico e tornou-se o senhor do mundo. O chifre mais alto é uma descrição do poder prevalecente dos persas na liderança do império.

Ciro, o persa tomou o lugar de Dario, o medo. Ciro tomou o controle da Média. Assim, se cumpriu a profecia.

O carneiro persa derrotou a Babilônia e, por algum tempo, tornou-se senhor do mundo.
Daniel viu sua ascensão e queda, 210 anos antes dos acontecimentos.

Em segundo lugar, Daniel diz que o carneiro é irresistível (Dn 8.3,4). A união dos medos e dos persas em um só império criou um exército poderoso que conquistou territórios:

Para o oeste, Babilônia, Síria e Ásia Menor, ao norte (Armênia) e ao sul (Egito e Etiópia).
Nenhum exército existente naquela época tinha a força e a capacidade necessárias para conter a força e o avanço dos medo-persas.

Em terceiro lugar, Daniel diz que o carneiro engrandeceu-se (Dn 8.4).
Nenhum exército naqueles dias podia resistir ou deter o avanço do reino medo-persa.

Isso levou esse reino a tornar-se opulento, poderoso e cheio de soberba. Por isso, engrandeceu-se, e nisto está a gênese de sua queda.

A visão do bode (Dn 8.5-8,21) – O bode é uma descrição profética acerca de um dos maiores líderes político e militar da história da humanidade – Alexandre Magno, filho de Filipe II, da Macedônia.

Daniel vê 4 fatos a seu respeito. Em primeiro lugar, fala da rapidez de suas conquistas (Dn 8.5,21).

Esse bode representa o império grego. As conquistas de Alexandre foram extensas e raras.

Segundo os historiadores, em apenas 13 anos, Alexandre conquistou todo o mundo conhecido do seu tempo.

O império medo-persa foi desmantelado, dando lugar ao império grego.
Em 334 a.C., Alexandre cruzou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas.

Pouco tempo depois, venceu Dario III, na batalha de Issos, em 333 a.C.
Em 331, venceu o grosso das forças medo-persas na batalha de Gaugamela.
Em segundo lugar, Daniel fala do poder deste líder (Dn 8.5).
Alexandre é descrito como o chifre notável. Foi um líder forte, ousado e guerreiro.

Era um homem irresistível, um líder carismático, com punho de aço.
Em terceiro lugar, Daniel fala dos triunfos de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn 8.6,7).

 O poderio e a força de Alexandre são descritos na maneira como enfrentou o carneiro.
Primeiro, feri-o; segundo, quebra seus 2 chifre; terceiro, derruba-o na terra e quarto pisoteia-o.

Em último lugar, Daniel fala do engrandecimento e queda de Alexandre e seu reino (Dn 8.8).

“O engrandecimento de um império é ao mesmo tempo prelúdio de sua queda e decadência.

Quanto mais se aproxima do auge de seu poder, tanto mais está perto também de seu fim”.

O império grego-macedônio não foi uma exceção. O versículo 8 profetiza a morte inesperada de Alexandre na Babilônia em 323 a. C., exatamente quando ele queria reconstruir a cidade da Babilônia, contra a palavra profética de que a cidade jamais seria reconstruída.

Com sua morte, o império grego foi dividido em 4 partes entre seus 4 generais legionais que se tornaram reis: A Cassandro, coube a Macedônia e a Grécia no ocidente.

A Lísímaco, coube a Trácia e a Bitínia, no norte. A Ptolomeu, coube a Palestina, a Arábia e o Egito, no sul.

A Selêuco, coube a Síria e a Babilônia ao oriente. Após a morte de Alexandre e a divisão de seu reino entre esses 4 generais (Dn 8.22), o grande império grego desintegrou-se e enfraqueceu-se.

A profecia de Alexandre cumpriu-se literalmente, conforme a visão dada a Daniel, no ano 63. A.C.

Todos os vestígios do império grego caíram sobre o domínio do império romano.

O chifre pequeno (Dn 8.8,9,22) – Daniel fala sobre um pequeno chifre diferente daquele descrito no capítulo 7.

Esse pequeno chifre é apenas um protótipo daquele. Em primeiro lugar, Daniel fala sobre sua procedência.

O pequeno chifre do capítulo 8.9 não deve ser confundido com o pequeno chifre do cap. 7.8.
A origem do pequeno chifre do cap. 7.8 é o quarto império (o império romano).
A origem do pequeno chifre do cap. 8.9 é o bode, o terceiro reino (o império grego).

O pequeno chifre do cap. 8, é um personagem futuro e profético para Daniel; mas para nós, é um personagem do passado, enquanto o pequeno chifre do cap.7.8 é um personagem escatológico para Daniele para nós.

O pequeno chifre de Daniel 8.9 é o principal percursor do Anticristo escatológico.

Principal, porque muitos Antricristo precursores do Anticristo escatológico já passaram pelo mundo (Todo aquele que nega a Cristo, ou que ele veio em carne, pode ser considerado de Anticristo. 1Jo 2.18,22).

Mas nenhum reuniu em si tantas características como esse de Daniel 8.9.

Antíoco Epifânio: O protótipo do Anticristo – Esse pequeno chifre do cap.8 é o rei Selêucida, Antíoco IV, chamado de Antíoco Epifânio, que reinou na Síria entre 175 e 163 a.C.

O Anticristo escatológico imporá uma única reunião em seu reino e perseguirá e matará todos os que não o adorarem (Ap 23.12,15).

Ele se levantará em tempo de grande apostasia, como a apostasia do período do fim (2 Ts 2.3,4. E abrirá a porta para o Anticristo.

Esse rei Seulêcia, foi um feroz perseguidor dos judeus (Dn 8.4), porque os fiéis judeus do seu tempo não se prostraram diante de seus ídolos, por isso fora duramente perseguidos.

Calcula-se que 100.000 judeus foram mortos por Antíoco Epifânio.
O Anticristo escatológico também será implacável na sua perseguição aos cristãos (Ap 3.15-17).
O maior engano do fim dos tempos envolverá o culto mundial ao Anticristo. Mas o

Anticristo não subirá ao poder sozinho. Seu sucesso resultará do engano espiritual mundial provocado pelo falso profeta.

A capacidade que esse profeta tem de operar sinais milagrosos o capacitará a convencer o público mundial de que o Anticristo é o líder mundial pelo qual todos procuram.

Quando nos altos círculo políticos mundial se diz de alguém: “Esse é o Cara”, está se fazendo referência ao poder do Anticristo – “Aquele que todos esperam”.

Ap 13, apresenta 10 características identificadoras do falso profeta:

1.            Ele surge da terra (Ap 13.11).
2.            Controla assuntos religiosos (Ap 13.11).
3.            É motivado por Satanás (Ap 13.11).
4.            Promove o culto à Besta (Anticristo) (Ap 13.12).
5.            Opera sinais e milagres (Ap 13.11).
6.            Engana ao mundo todo (Ap 13.14).
7.            Dá poder à imagem da Besta (Ap 13.15).
8.            Mata todos que se recusam a adorar (Ap 13.15).
9.             Controla todo o comércio a nível mundial e local (Ap 13.17).
10.          Controla as marcas da Besta (Ap 13.17,18).


Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
DAYER, Charles H. O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos. SPaulo, 1995. Editora Unilit.
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
SCOFIELD. Bíblia de Estudo
WALVOORD. John F.Todas as Profecias da Bíblia. SPaulo, 2012 – Edit. Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.

GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias – Lição 08 – EBD CPAD – 4º. Tri 23.11.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 7.3-8; 13,14

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.
1.    Descrever e Explicar a visão dos quatro animais
2.    Identificar o clímax da visão do profeta.
3.    Compreender a volta de Jesus à luz do capítulo sete de Daniel.

 CONSIDERAÇÕES

Os estudiosos do livro de Daniel dividem o livro em duas partes: histórica e profética.
Os capítulos 1 a 6 são identificados como históricos, mesmo contendo uma parte profética no capítulo 2.

Os capítulos 7 a 12 são tratados como proféticos. É interessante notar que os acontecimentos dos capítulos 7 e 8 antecedem os descritos nos capítulos 5 e 6.

No capítulo 6, Daniel já passava dos 80 anos de idade e no capítulo 7 ele tinha mais ou menos 70 anos.

Quando Daniel organizou o seu livro tratando das interpretações dos sonhos dos capítulos 2 e 6, e as visões que ele recebeu de Deus as separou da parte histórica.
No capítulo 7, inicia-se, essencialmente, a parte profética do livro de Daniel, o verdadeiro apocalipse do AT.

Esse capítulo 7, com a sua visão dos impérios mundiais, é paralelo com o capítulo 2 que tem os sonhos de Nabucodonosor.
O capítulo 2 apresenta 4 impérios representados por 4 figuras do mundo material.
A visão do capítulo 2, foi dada a um rei pagão, e a visão do capítulo 7 foi dada a um servo de Deus, o profeta Daniel.
A Nabucodonosor a visão revela o lado político e material dos impérios, representados na figura da grande estátua.
A Daniel, Deus revelou o lado moral e espiritual desses impérios representados pelas figuras dos 4 animais.
Os fatos são os mesmos, mas o objetivo das duas visões diferem nas finalidades.
Deus mostra a decadência desses impérios e o surgimento do reino eterno do Messias.

Igualmente, os acontecimentos preditos e profetizados nos capítulos 7 a 12, se darão em sequência cronológica.
As duas primeiras visões dos capítulos 7 e 8 se deram antes da festa de Belsazar, descrita no capítulo 5.

Porém, a visão do capítulo 9 precedeu à experiência de Daniel na cova dos leões no capítulo 6.
Já, a quarta visão de Daniel, capítulos 10 a 1          2, se deu no “ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia” (Dn 10.1).

A visão dos quatro animais – Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel um outro resumo dos impérios mundiais que estavam por vir.

Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos da terra). Dele, subiam 4 grandes animais “diferentes um dos outros” (Dn 7.2,3).
Os animais eram um leão, um urso, um leopardo e um outro não definido, que era “terrível, espantoso e sobremodo forte” (Dn 7.7).

Sobrepondo-se à profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); o leopardo a Grécia com seus 4 generais, que dividiram o reino de Alexandre, o Grande, logo após a sua morte; e Roma (o quarto animal).

O primeiro animal que Daniel viu foi um leão com asas de águia (Dn 7.4a). Esse era exatamente o símbolo usado no escudo de armas do império babilônico, o qual foi o primeiro império mundial profetizado por Daniel de 612 – 539 a.C. Portanto, esse animal se refere a Babilônia e ao seu fundador e rei, Nabucodonosor, que corresponde a cabeça de ouro da grande imagem do capítulo 2.

“Enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas  as asas” (Dn 7.4b).
No começo, o império babilônio, podia locomover-se por todos os lados, com as asas, conquistando a Assíria, o Egito e a Palestina. Mas no final, foram-lhe arrancadas as asas, perdendo, portanto, a sua mobilidade.

Isso ocorreu a Nabucodonosor no capítulo 4, quando foi julgado por Deus por causa do seu orgulho, e tornou-se semelhante a um animal do campo.
“Foi levantado da terra, e posto em dois pés como homem; e lhe foi dada mente de homem” (D, 7.4c).

Isso se refere a quando se cumpriu o tempo de sua punição, e ele se humilhou e reconheceu o domínio do Deus Altíssimo e foi-lhe restaurado novamente o reino.

O segundo animal: um urso. “Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia 3 costelas; e lhes diziam: Levanta-te, devora muita carne” (Dn 7.5).

O urso é um animal cruel que mata e despedaça.
Ele representa o império Medo-Persa, que corresponde ao peito e aos braços de prata da grande imagem do capítulo 2.
As 3 costelas que o urso trazia na boca, entre os dentes, representam 3 reinos: A Lídia, a Babilônia e o Egito.

A Pérsia – potência mundial: 539 – 333 a.C., é o segundo império mundial profetizado por Daniel.
O terceiro animal representa a Grécia – potência mundial: 333 – 63 a.C. Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo; tinha nas costas 4 asas de ave; tinha também este animal 4 cabeças, e foi lhe dado domínio (Dn 7.6).

O leopardo é um animal feroz e cruel, muito veloz e ágil. Representa o império grego macedônio de Alexandre o Grande, e corresponde ao ventre e aos quadris de bronze da grande imagem do capítulo 2.

Alexandre se movia velozmente como um leopardo, conquistando em apenas 3 anos a Ásia Menor, a Mesopotâmia, a Medo-Pérsia, o Egito e a Índia.
Essa velocidade era-lhe conferida pelas suas “quatro asas”, que representam seus 4 generais.

Aos vinte anos, Alexandre já era um grande general. Morreu quando estava no auge da sua glória, aos 33 anos de idade.
Os quatro generais, Casandro, Pitolomeu, Lisímaco e Seleuco, dividiram o império em 4 reinos.

O quarto animal representa Roma, potência mundial de 63 a.C. –  476 d.C. Este animal simboliza a Besta revelada em Ap.13.

Nele vemos um animal espantoso, terrível e sobremodo forte, símbolo do império romano (Dn 7.7).
O que caracteriza esse quarto animal é sua força e poder, ou seja, sua capacidade de destruir.

Tinha grandes dentes de ferro; devorava e fazia em pedaços, pisava aos pés o que sobejava.
Essas características sugerem a força e a insensibilidade com suas vítimas. Esse quarto animal tem 10 chifres que são identificados como 10 reis (Dn 7.24).

Ele é uma descrição do império romano.
Em 241 a.C., os romanos derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Cecília.
Em 218 a. C., as legiões romanas fizeram sua entrada na Espanha. Em 202 a. C., os romanos conquistaram Cartago.

Em 146 a.C., eles tomaram a cidade de Corinto. Em 66 a.C., Pompeu ocupou a Palestina. Em 30 a. C.,   Marco Antônio incorporou o Egito ao território romano.
Assim, antes do nascimento de Cristo os romanos tinham praticamente o controle do mundo conhecido.
O império romano experimentou séculos de glória e esplendor. Mas em 476 d. C., os bárbaros puseram fim ao império romano no Ocidente, e, em 1.453 d.C., os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, pondo fim ao império romano no Oriente.

Esse quarto reino é diferente dos 3 primeiros (Dn 7.23). Os 3 foram absorvidos um pelo outro, mas o 4º. império será destruído por intervenção divina.
“A pedra cortada sem auxílio de mão”. O reino de Cristo será estabelecido sobre toda a terra.

O clímax da visão profética - Um importante e novo elemento foi acrescentado nesta revelação.

A Daniel foi concedida a visão celestial do Filho do Homem, perante o tremendo e resplandecente trono de Deus, o Todo-poderoso, o Ancião de Dias (Dn 7.9-14).

Durante suas palavras no cenáculo, o Senhor Jesus disse aos seus discípulos que ele (o Filho do Homem) retornaria no seio de seu pai celestial que o havia enviado para morrer pela humanidade (Jo 14.1-6; 28; 16.28).

Na verdade, sua volta para a glória foi testemunhada por aqueles fiéis discípulos.
Os anjos lhes disseram: “esse Jesus que dentre vós foi assunto aos céus virá do modo como o vistes subir” (At 1.11).

Daniel pode ter testemunhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do trono de Deus, depois de morrer pelos pecados da humanidade.

Daniel viu: “[... eis que vinha com as nuvens dos céus, um como Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele” (Dn 7.13). Tanto a divindade como a humanidade de Cristo são vistas nas palavras que o identificam.

Era o Filho de Deus (Sl 2.7) e o Filho do Homem que havia sido profetizado.
Ser chamado de Filho do Homem, mostra que Cristo não era apenas uma divindade, mas também um ser humano (Jo 10.30; 1.1-3).

Ao Filho do homem, foi lhe dado domínio, e glória, e o reino. Para que povos, nações e homens de todas as línguas o servissem;
o seu domínio é domínio eterno que não passará. E o seu reino jamais será destruído (Dn 
7.14).

Trata-se, na verdade, de um 5º. reino, cuja duração será de 1.000 anos na história da terra (Ap 20.4-9).
Esse reino prosseguirá pela eternidade com a Nova Jerusalém e Novos Céus e Nova Terra onde habita a justiça (Ap 21 – 22 ).

Neste reino, o Messias, o Altíssimo reinará (Dn 7.18,22,25,27). “O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27).

A vinda do Filho do Homem – No sonho profético descrito em Dn 7, uma 11ª. ponta nascia na cabeça do quarto animal e arrancava 3 das 10 pontas existentes ali (Dn 7.8).

O vers. 24 fornece a interpretação da imagem, indicando que algum tempo depois do estabelecimento do futuro império romano revivido em 10 divisões, um décimo primeiro governante subirá ao poder enquanto os 10 governantes regionais estiverem governando conjuntamente.

O novo governante derrotará 3 destes governantes originais.
Isto significa que ele ganhará imediatamente a posição dominante de autoridade sobre o império e, em essência, se tornará o seu imperador.

Daniel 7 e outras passagens proféticas mostram que esse governante agora chamado de Anticristo será um ditador absoluto, arrogante e blasfemo, durante os sete últimos anos anteriores à Segunda Vinda de Cristo à terra.

Na metade deste período, ele se  estabelecerá como deus em um novo templo em Jerusalém (Dn 9.27; 11.36,37; 2ts 2.3,4).

Então perseguirá severamente a Israel e aqueles que se recusarem a adorá-lo (Dn 7.21,25; 9.27; Ap 13.4-8; 20.4).

O seu objetivo será trazer todo o mundo sob o seu governo, em favor do seu mestre, Satanás (Dn 11.38-45; Ap 13.1-8; 16.13-16; 19.19).

Compreendendo o número 10 – A Bíblia afirma de forma constante que o futuro império romano revivido consistirá em 10 divisões (Dn 7.7; 20.24; Ap 13.1; 17.3,7,12,16).

Diferentemente, a União Europeia é compostas por mais de 10 nações. Considerando isto, como tal organização poderá cumprir a revelação bíblica a respeito de um futuro império romano revivido?

Uma solução é que algumas nações deixem o grupo. Uma segunda solução pode ser encontrada no crescente foco da Europa nas regiões, e não em nações separadas.

Em outras palavras, pode ser que o número “10” bíblico seja uma referência a 10 regiões e não a 10 nações. Somente o tempo poderá dizer.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
WALVOORD. John F.Todas as Profecias da Bíblia. SPaulo, 2012 – Edit. Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.

GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD